quinta-feira, janeiro 31, 2008

Um Almanaque de fôlego

Tenho uma relação um tanto curiosa com futebol e novelas. Raramente acompanho um ou outro, mas adoro ler sobre os dois assuntos. Já houve um tempo em que eu era noveleiro e colorado fanático. Hoje são temas que me interessam mais numa perspectiva histórica.

Não sou muito fã desses "Almanaques" que estão na moda no mercado editorial. Alguns são apenas apanhados esporádicos de textos e ilustrações, mas com pouca informação. Não é o caso de "Almanaque da Telenovela Brasileira", de Nilson Xavier. Talvez por ter sido organizado por um entusiasta e não por um escritor de ofício (Nilson é Analista de Sistemas, mas sua paixão por novelas levou-o a criar o site Teledramaturgia), o livro é farto em dados, curiosidades e imagens. Ao contrário da maioria das obras retrospectivas, que demonstram falta de memória e se concentram em anos recentes, este Almanaque vai fundo nas lembranças de todas as épocas. Minha única decepção foi a novela "Ninho da Serpente", exibida em 1982 pela Bandeirantes, não ter sido citada no capítulo "Quem matou". Eu lembro de ter assistido a alguns capítulos da trama na casa de uma amiga, mas depois não soube o desfecho. Estou até hoje querendo saber quem foi o assassino da moça que queria casar virgem e não cedia à pressão do noivo (último resquício de um tabu superado).

Aproveitando o gancho, vejam aqui uma retrospectiva sobre novelas exibida pelo Vídeo Show nos anos 80. Começa com "Nino, o Italianinho", da Rede Tupi, e termina com a segunda versão de "Selva de Pedra", de 1986:



Ainda quanto ao Almanaque, há que se fazer uma observação sobre um tópico do capítulo "Mortes (in memoriam)". Ao lembrar o falecimento de Sérgio Cardoso em 1972, o livro diz:

O ator Sérgio Cardoso morreu de ataque cardíaco, aos 47 anos de idade, no dia 18/8/1972, quando faltavam 28 capítulos para terminar a novela O primeiro amor (Globo). Seu papel passou a ser intepretado por Leonardo Villar. A substituição doi personagem foi feita com todo o elenco reunido no estúdio.

Até aqui, está tudo certo. Mas o restante do parágrafo, infelizmente, não:

Sérgio Cardoso foi visto saindo por uma porta em sua última aparição na novela. Depois, com a imagem congelada no vídeo, um texto lido pelo autor Paulo José explicava o que acontecera e relembrava a trajetória do ator. Por fim, batia-se a porta e, quando a cena recomeçava, entrava Leonardo Villar, sendo recebido pelo elenco.

Embora o autor não faça referência direta, a fonte para essa informação com certeza foi o livro "Dicionário da TV Globo Vol. 1: Programas de Dramaturgia e Entretenimento", citado na bibligrafia. Ali a atriz Renata Sorrah, que fazia o papel de Mariana, é creditada por esse testemunho. Mas não está correto. Eu tinha 11 anos na época e lembro bem como foi. Estava acontecendo uma cena de discussão entre o "Professor Luciano" (Sérgio Cardoso) e outro personagem. De repente, mostra-se uma cadeira vazia com um par de óculos por cima e a luz se apaga. A seguir, aparece o elenco todo perfilado. É Paulo José quem fala: "Esta foi a última cena, gravada no dia 18 de agosto às 6 da tarde..." Posso estar errando o horário. Depois de uma breve homenagem póstuma, Paulo José anuncia que Sérgio Cardoso será substituído por um colega e amigo. "O colega, o amigo, é Leonardo Villar, que a partir de hoje fará o papel de Professor Luciano." Enquanto a última frase é dita, Leonardo entra no estúdio e se posiciona à frente dos demais atores. Em seguida, a cena da discussão recomeça do ponto em que parou, já com Leonardo no lugar de Sérgio. Eu jamais esqueci isso, pois fiquei surpreso de saber que a gravação de uma cena aparentemente contínua podia ser feita ao longo de vários dias.

E já que falamos em Sérgio Cardoso, vejam aqui uma retrospectiva de trabalhos dele, exibida originalmente no Vídeo Show. Aparecem trechos de "Antônio Maria" e de dois Casos Especiais:

Antônio Maria fazendo uma homenagem às coisas simples da vida. Essa cena é antológica.

Caso Especial "O Médico e o Monstro". Os monstros mais assustadores do cinema e da TV geralmente não são os que têm cara de lobisomem ou extraterrestre, mas aqueles em que as feições são ao mesmo tempo humanas e sinistras. Tem-se a impressão de que é possível encontrar um deles na rua numa noite escura.

Muitos se surpreendem com essa imagem. Sérgio Cardoso em cores? Ele faleceu no ano em que a TV a cores estreou no Brasil, mas chegou a estrelar este Caso Especial, "Meu Primeiro Baile", anunciado no vídeo abaixo como a primeira produção colorida da Globo.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Assinatura legível

Acho engraçadíssimo quando vou retirar alguma encomenda no correio e tenho que assinar num campo que diz: "Assinatura legível". Como assim? E se minha assinatura fosse ilegível, como eu faria? Assinatura é uma só e não é necessariamente o mesmo que "nome manuscrito".

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Cabeça Quebra Cabeça

Mais um clip do baú pra vocês. Este foi exibido em 1986 no "RBS Revista" para promover a peça "Cabeça Quebra Cabeça", que estava em cartaz. É a música tema interpretada por Nico Nicolaiéwsky. Dez anos depois Nico lançaria a música em seu primeiro CD solo sem mudar uma vírgula do arranjo. A direção do vídeo é do mestre Carlos Kober (foi meu professor na Faculdade).

sábado, janeiro 26, 2008

Os Incríveis Netinho e Nenê em 1987


Entrevista dos Incríveis Netinho e Nenê para Amaury Jr. em 1987, numa "Festa dos Anos 60". A dupla fala dos sucessos do grupo, do rock dos anos 80 e Netinho lembra seu namoro com Rita Pavone. Aqui, utilizei o recurso de regular o brilho e o contraste da imagem, já que o vídeo original havia ficado muito escuro na digitalização direta.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Dois momentos de Luciene Adami


A atriz gaúcha Luciene Adami teve seu momento de maior destaque em 1990 como a Guta da novela "Pantanal", na Manchete. Quem poderia esquecer a antológica cena de sexo com o ator Marcos Winter, algo sem precedentes na TV aberta do Brasil? Pois aqui vemos a moça em dois momentos antes da fama nacional: num comercial do Tumelero e numa apresentação do grupo Urubu Rei em 1984, em Porto Alegre. Neste vídeo, tive chance de testar alguns recursos de edição do VideoStudio, como superposição de imagem, câmera lenta e "fade in" e "fade out" de áudio. E até que não me saí mal. O comercial é do "Comunicação", de Clóvis Duarte, em 1987. O trecho do Urubu Rei é de uma retrospectiva intitulada "RBS Memória", de 1988. Ficou boa a edição, não? Te cuida, Carlos Gerbase! Te cuida, Jorge Furtado!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Rádio-relógio

Eu tinha 12 anos quando conheci meu primeiro rádio-relógio. Era novidade. Um modelo eletromecânico, muito diferente dos eletrônicos que existem hoje. Mesmo assim, era chamado de "digital" porque não tinha ponteiros. Os números estavam impressos em preto sobre fitas brancas que se moviam com suavidade quando a hora mudava. Havia também uma alavanca que se deslocava aos poucos até desligar automaticamente o rádio, conforme programada.

A idéia de dormir com música me fascinava. Algumas vezes, quando meus pais estavam viajando, dormia na cama deles só para aproveitar o rádio-relógio. Deixava na Continental, claro. Ainda ficava um tempo olhando hipnotizado para a luz que iluminava o fundo branco dos números. Foi naquele rádio-relógio que ouvi pela primeira vez "Mini Neila" com Guilherme Lamounier e "Let It Grow" com o Renaissence, no escuro do quarto.

Hoje percebo que, de certa forma, cada rádio-relógio marcou o começo de uma nova etapa na minha vida. Quando casei, havia um rádio-relógio na lista de presentes. Foi a primeira coisa que coloquei na cabeceira da cama. E o manual estreou a gaveta. Muitos anos depois, em 1997, já separado, eu estava no Shopping Iguatemi quando resolvi comprar uma lente zoom para minha máquina fotográfica. No dia seguinte eu embarcaria para assistir aos três shows de David Bowie no Brasil, em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. A loja em que fiz a compra estava com uma promoção de aniversário. Participei de um sorteio e ganhei – adivinhem? – um rádio-relógio! Justo num momento em que iria mesmo precisar. Era um modelo diferente dos que eu conhecia, redondo, vertical, mais difícil de manusear deitado. Mas as primeiras noites com ele não trazem boas lembranças. Ele estreou no chão, ao lado de um colchonete. Depois dias melhores vieram, mas ele não começou bem.

Mas o rádio-relógio foi uma bem-vinda invenção. Ele deu um toque mais humano à fria tarefa de marcar o tempo. Serviu para simbolizar que as horas não foram feitas para ser apenas numeradas, mas vividas, desfrutadas, aproveitadas. E depois, de uma forma ou de outra, todos nós estamos esperando a nossa hora. Pois que essa espera não seja vazia e ociosa. E quando chegar o momento de soar o despertador, que seja sem trauma, ou com a suavidade do som ambiental, ou com a voz de um locutor anunciando um novo dia.

Ontem comprei um rádio-relógio. Rádio-relógio novo, vida nova. Pensamento positivo.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

As duas estréias de André Damasceno

Conheci André Damasceno antes da fama, como já contei aqui. Em 1978 eu tinha mania de imitar meus professores do cursinho pré-vestibular e um colega vivia dizendo: "Quem imita bem mesmo é o meu irmão, ele não faz só a voz, ele diz o que a pessoa diria na situação..." Até que um dia o tal irmão começou a fazer shows. E teve sua participação anunciada no programa RBS Revista em 1986. Este quadro foi ao ar uma semana antes daquele em que André, brincando, "previu" que o Inter seria Campeão do Mundo em 1986. Que eu saiba, esta foi a primeiríssima aparição dele na TV. Já tinha feito algumas participações em rádio.



Sete anos depois, em 1993, André estreou para todo o Brasil na Escolinha do Professor Raimundo, de Chico Anysio:

O Magro do Bonfa era um raro personagem de criação própria que André encarnava em seus shows, em meio a imitações de personalidades famosas. Muitos anos depois ele mudou o nome para Gaúcho do Bonfa, já que os não-gaúchos não conseguiam entender como alguém tão, digamos, reforçado podia ser chamado de "Magro". Essa foi uma gíria criada pelo radialista Cascalho (Antônio Carlos Contursi) nos anos 70, quando trabalhava na Rádio Continental de Porto Alegre. De tanto chamar os ouvintes de "magrinhos" ou "magros", o termo acabou pegando no Rio Grande do Sul. Virou sinônimo de "cara" ou "malandro", não importando o peso. Já o bordão "não me faz de pegar nojo" havia sido o refrão da música "Só Não Me Faz", lançada pelo grupo gaúcho Discocuecas: "Só não me faz... só não me faz te pegar nojo, não me faz..." Mesmo que Damasceno tenha usado a frase apenas como um recurso, sem intenção de citar a música, seria praticamente impossível que não a conhecesse. Segundo os próprios Discocuecas, foi uma citação do publicitário Marcos Fróes que eles aproveitaram.


Observem que a imitação de Lula é praticamente a mesma que ele faz até hoje nos shows. E o fato de chamá-lo de "ex-futuro Presidente" nos faz pensar se não há mesmo qualquer coisa de premonitório em suas caricaturas.

E já que o assunto é André Damasceno, não custa lembrar este vídeo que literalmente correu o mundo, mas foi descoberto e lançado por este blog: o da "profecia", claro!

terça-feira, janeiro 22, 2008

Incentivo à cultura

A Estante Virtual vai me levar à falência. É raro o dia em que eu não encontro um livro que me interesse. Dez reais aqui, 20 reais ali, tudo relativamente acessível, até que o saldo vai baixando. Mas o problema não é só esse. É também e principalmente: como vou achar tempo para ler tudo isso?

As pessoas que gostam de ler deveriam ter direito a aposentadoria antecipada. Essa, sim, seria a verdadeira lei de incentivo à cultura.

Celular em público

Quando telefone celular era novidade, eu achava que havia um misto de inveja e preconceito em quem reclamava do uso do aparelho em público. Qual o problema? As pessoas não conversam normalmente na rua, em ônibus, táxis, orelhões, lotações, aviões...? E os outros ouvem tudo. Por que não usar livremente o telefone celular diante de outros? Se não pudermos usá-lo em trânsito, por que então carregá-lo? Mas no começo a ostentação de um celular incomodava uns e outros.

Eu já disse muitas vezes que não sou fã de telefone celular. Não entendo essa euforia pelo aparelho. As lojas de celulares estão tomando conta dos shoppings. Eu só me rendi ao celular quando percebi o quando poderia ser útil para mim numa crise de asma, por exemplo. De resto, acho um incômodo que a gente possa ser achado em qualquer lugar. Acabou a privacidade. Acabou o "Fulano não está". Como, "não está"? Então o celular dele está andando sozinho por aí? Também não gosto muito de MSN, mas sobre isso falarei mais detalhadamente em outra oportunidade.

Mas há, sim, situações em que um celular é desagradável. Num cinema, por exemplo. Teatro. Palestra. Reunião. E outros casos. Já sobre o uso em público, acho normal. Foi para isso que o aparelho foi criado. Mas, claro, é preciso manter uma certa discrição. Agora mesmo, numa lan house, um sujeito se instalou diante do computador e se pôs a falar em altos brados. "Não tem poblema!" - repetiu diversas vezes. Além de ferir os ouvidos, agredia também o idioma pátrio. Gritou ao telefone por cerca de cinco minutos e depois ainda tentou discutir o tempo efetivo do uso do computador. E saiu da sala com a sutileza de uma jamanta desgovernada.

Celular foi feito para ser usado. E às vezes surgem emergências. Mas é preciso respeitar os ouvidos alheios.

domingo, janeiro 20, 2008

Iuri aos 3 anos



Estou gostando do brinquedo de capturar imagens de vídeo. Pra mim é novidade, pois só agora tenho hardware e software com esse recurso. Então aí vão três imagens do meu filho aos 3 anos, em fevereiro de 1997.

sábado, janeiro 19, 2008

Os primórdios dos Engenheiros do Hawaii

Depois de uma pausa, retomemos a postagem de vídeos aqui no blog. Esta gravação de 1986 (ou 1987, não lembro ao certo) é interessante por diversas razões. Em primeiro lugar, ela mostra os Engenheiros do Hawaii ainda com a formação original, promovendo o primeiro LP. Eu gosto de toda a obra dos Engenheiros, mas esta é a minha fase preferida. No começo o grupo ainda tinha uma "espontaneidade de iniciante" que depois se perderia com o sucesso. Até a forma de cantar de Humberto Gessinger foi afetada. Vejam-no aqui com seu indefectível cabelo "mullet". Nem ele escapou desse modismo.

O baixista Marcelo Pitz ficou pouco tempo no grupo. No disco seguinte, Humberto assumiu o baixo e Augustinho Licks foi convidado para entrar como guitarrista. Depois Licks também sairia em termos nada amigáveis, mas não vem ao caso agora. O curioso é que Pitz parecia ser bem participativo na química do grupo. Ele fazia diversos vocais de apoio (geralmente o "ôôô..." nas músicas) e foi co-autor de "Sopa de Letrinhas", que é a primeira que eles cantam aqui. Há quem pense que era ele o responsável pelo som "reggae" que a banda fazia no começo, mas observem que é Humberto quem cita Bob Marley como uma de suas preferências. O que fica evidente é a postura discreta de Pitz, que logo corta a conversa dizendo "o Carlos gosta de falar". O baterista Carlos Maltz não se faz de rogado e sai lá de trás para discorrer sobre as vicissitudes do show biz.
Outra curiosidade, obviamente, é o próprio programa de que eles participam: o histórico "Perdidos na Noite", da Bandeirantes, com Fausto Silva. Quem assistia ao "Perdidos" afirma que Faustão se despersonalizou quando foi para a Globo e ficou deslocado em sua nova vitrine. Pudera, ele era a antítese da Globo e citava a concorrente sem o menor pudor. Observem a brincadeira que ele faz com os rapazes do grupo, "façam tudo o que vocês teriam vontade de fazer na Globo". Ao final de "Toda a Forma de Poder", Humberto ainda brinca: "Fausto na Globo!" Não era uma profecia, embora tenha se concretizado. Era uma idéia absurda. Para muitos, continua sendo.


Como o YouTube não permite segmentos de mais de dez minutos, tive que dividir a apresentação em duas partes. Aqui eles conversam com Faustão e cantam "Sopa de Letrinhas".


Neste trecho eles tocam "Todo o Mundo é Uma Ilha" e o sucesso da época, "Toda Forma de Poder". Além de "Fausto na Globo", como já foi comentado, Humberto diz também "Brizola no Rio de olho em Brasília". Com efeito, os Engenheiros participariam de um "showmício" de Brizola tocando "Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones". Foi ali que tiveram a idéia de gravar a música. Ele fala também na Constituinte, outro fato histórico da época. Os Engenheiros do Hawaii já tiveram diversas formações desde então e passaram a ser, nas palavras do próprio Humberto Gessinger, um "ato solo" do compositor. Fica aqui esta recordação do tempo em que eles eram a mesma banda de começo de carreira que tocava em shows coletivos no Rio Grande do Sul e que abriu para o RPM em Tramandaí no verão de 1986.
P.S.: Atendendo a pedidos, disponibilizei a apresentação completa para download em formato WMV. Está no Rapidshare. É só clicar aqui. Mas baixem logo, pois não fica para sempre e é muito grande para ficar subindo de novo de tempos em tempos.

Sem lógica

Faz alguns dias que baixei a versão de teste do software de edição de vídeo VideoStudio Plus. Um dos atrativos da versão "Plus", além dos recursos mais poderosos, era o WinDVD como parte do pacote. Estranhei que, aparentemente, o WinDVD não veio junto. Imaginei que o obteria quando finalmente comprasse o software.

Já devidamente convencido das vantagens do VideoStudio, decidi comprá-lo antes de encerrar o prazo de 30 dias. Cliquei no botão "Buy" ("comprar") e já tive a primeira surpresa: fui levado a uma página em que o preço não contemplava o desconto que havia sido oferecido anteriormente. Além disso, tudo indicava que eu iria apenas ganhar uma chave de desbloqueio para a versão que já estava usando, sem baixar nenhum software adicional. Seria, talvez, "fim de promoção"? Na dúvida, não confirmei a compra.

Voltei para a página inicial do site, como se não tivesse baixado nada e quisesse fazer a compra direto, sem testar. Ali, estranhamente, o preço ainda aparecia com desconto. E incluía todos os extras oferecidos, inclusive o WinDVD. O que fiz? Desistalei a versão de teste e fiz a compra desde o começo, como se não tivesse testado nada. Tive que baixar tudo de novo, mas valeu a pena. Por que eu iria pagar mais para ter menos?

Não entendi se é para ser assim mesmo ou foi falha de quem elaborou o site. Se o objetivo é só oferecer o desconto e o software de bônus para quem comprar sem testar, é bobagem, pois todos farão o que eu fiz para pagar o preço menor e ter direito a tudo. Talvez até o software extra fosse oferecido depois da compra da chave de desbloqueio, mas por que o preço maior? Não tem lógica.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Ney Matogrosso de 1973 a 1987

Esta retrospectiva de Ney Matogrosso foi mostrada no Vídeo Show em 1987. Cada um dos clips foi exibido originalmente no Fantástico. Na série de DVDs do Fantástico que foi lançada há alguns anos, ficou faltando um volume dedicado à música. Talvez não tenha saído por problemas de direitos autorais. Os fãs dos Secos e Molhados - tanto os que conheceram o grupo em sua época áurea quanto os jovens que o descobriram depois pelas gravações - clamam por um DVD. Inclusive, pergunta-se o que mais a Globo terá do grupo em seus arquivos. O antológico clip de "Sangue Latino", reproduzindo a capa do primeiro LP (com as cabeças sobre a mesa), deve ter sido perdido no incêndio, pois nunca mais foi visto. Mas tem o clip de "Flores Astrais" (o último trabalho da formação clássica reunida), o clip de "Tercer Mundo" (que não aparece nessa retrospectiva) e os trechos do show no Maracanãzinho.

Uma curiosidade é que, nos primeiros anos da carreira solo de Ney Matogrosso, uma revista, acho que a Manchete, perguntou ao cantor se estava em seus planos um dia cantar de smoking e sem maquiagem. Pois foi o que ele veio a fazer no show "Pescador de Pérolas", que aparece no final do vídeo. Assistam:

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Aniversário do Iuri

Iuri, FELIZ ANIVERSÁRIO! Já antecipamos a comemoração no fim-de-semana, mas teu dia mesmo é hoje. Teu nascimento foi um dos momentos mais bonitos da minha vida. Beijão do Pai.

sábado, janeiro 12, 2008

Flagra no Rogério Mendelski

Esta imagem foi mostrada no "Comunicação" de Clóvis Duarte, possivelmente em 1988, numa seqüência de erros de gravação e cenas de bastidores. Depois de terminar seu comentário, Rogério Mendelski saiu de cena, mas a câmera continuou registrando seus movimentos, revelando que ele não estava com o traje completo. Ressalte-se que esse trecho não foi ao ar no programa dele, Mendelski, mas ficou gravado e depois Clóvis mostrou, como curiosidade. Na verdade isso é mais comum do que se imagina. A gente vê os apresentadores engravatados, na maior beca, e muitas vezes eles estão bem à vontade da cintura para baixo. Ainda mais naqueles dias de calor insuportável.

P.S.: Mendelki já viu e comentou este vídeo. Leiam aqui.

"Você vai ser você mesma..."

Quando eu comecei a fazer gravações com videocassete, adorava o "Comunicação" de Clóvis Duarte e também o "Video Show", na Globo, porque eram programas que exibiam farto material de arquivo, além de erros de gravação e curiosidades de bastidores. Era uma rara chance de gravar trechos de programas antigos, do tempo em que videocassete não existia (ao menos não em larga escala e com certeza não no Brasil). Às vezes eu me pergunto quantas preciosidades não teria guardadas se tivesse conseguido um videocassete, por exemplo, em 1976.

Este comercial do Guaraná Antártica fez bastante sucesso nos anos 70. Meu palpite é de que foi veiculado em 1975, mas posso estar enganado. Gravei-o do "Comunicação" em 1988, no mesmo programa que mostrou o "Taffarel... é na direita".

Abraço ao Guaíba em 1988

Vou repetir um texto anterior do blog, com algumas modificações e agora acompanhado do vídeo respectivo.

Em 1988, pouco antes da eleição para a Prefeitura de Porto Alegre (ainda em 15 de novembro e em um só turno), o então Prefeito Alceu Collares inaugurou a Avenida Beira-Rio. Era o primeiro passo de um projeto maior que deveria urbanizar a orla do Guaíba. Felizmente, parece ter sido abandonado. Mas a Avenida foi feita. No domingo anterior à inauguração, houve um "abraço ao Guaíba" em protesto. O candidato Olívio Dutra passou de carro por entre os manifestantes apertando uma mão contra a outra num gesto de solidariedade. Alguns começaram a cantar: "Vai dá Olívio, vai dá Olívio, PT, PT, PT..." Mas não era o que indicavam as pesquisas, que apontavam Antônio Britto na liderança. De última hora, houve uma virada e deu Olívio mesmo. Inclusive o Prefeito eleito anunciou que fecharia a Avenida Beira-Rio nos fins de semana e assim foi feito.

O vídeo abaixo é da cobertura que a RBS fez da manifestação. Eu apareço rapidamente (ver foto ao lado). Estava lá por uma razão muito concreta: eu corria no espaço que a Avenida Beira-Rio haveria de ocupar. Hoje a trilha paralela à avenida é usada para corrida e caminhada, mas na época da inauguração o cascalho era muito fofo, forçava os tendões. Muitos compareceram à manifestação na base do "tem festa, tamo fazendo", mas o meu protesto era legítimo. Eu era radicalmente contra a obra.



(Leiam também "A Avenida Beira-Rio é dos automóveis". Sobre minha opinião a respeito da atual orla em comparação com o que eu pensava em 1988, vejam aqui.)

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Flautista misterioso

A imagem acima é de 1975. Quem é o flautista de cabelos longos? Essa pergunta foi feita em um "Vídeo Show" de 1985. A resposta está no vídeo abaixo. É alguém que fez muito sucesso no Brasil nos anos 80.

Vou relaxar

De vez em quanto eu comento aqui no blog que "estão roubando minhas idéias". Digo isso sempre que aparece na imprensa alguma crônica com enfoque semelhante a algo que eu tenha publicado aqui. Nesta semana, por exemplo, Paulo Sant'ana intitulou uma de suas colunas "O ciumento profissional" e teceu comentários semelhantes aos que eu já havia feito em "A inveja e os invejosos". Não no mesmo tom, mas o tema, no fundo, era idêntico. Eu tinha pensado em fazer uma observação sobre isso, mas acabei esquecendo. Estava envolvido demais com os vídeos. Imaginem se eu tivesse feito. Ontem apareceu um comentário a meu texto "Até tu, Martha Medeiros?", onde eu insinuava que a cronista havia roubado uma idéia minha. Eis o teor:

Ei, relaxa! Tudo o que você pensar hoje, milhares de outras pessoas pelo mundo já pensaram, disseram ou escreveram muito antes de você. O importante é que você o disse. E eles também. Acreditas mesmo em idéias originais? Em palavras usadas apenas por você?

Déborah

Pode deixar, Déborah, eu vou relaxar. Às vezes eu esqueço do perigo das ironias. Como bem observou Luis Fernando Verissimo aqui.

P.S.: Pior é que agora me bateu uma desconfiança de quem seja realmente essa "Déborah". Com esse português correto, frases todas por extenso, pontuação impecável, nada de internetês e a "sacudida" em tom de indignação... Será? Se for, já estou quase pedindo desculpas por ter sido mal interpretado.

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Dos 32 vídeos que publiquei no YouTube, o "Taffarel... é na direita!" já é o segundo mais visto depois de apenas quatro dias em que está disponível. Neste momento a contagem está em 945. Em primeiro lugar permanece o "vídeo da profecia", em que André Damasceno "prevê" que o Inter seria Campeão do Mundo em 2006, com a insuperável marca de 28.460. Já os outros que postei recentemente variam de duas a 28 exibições. Acho que posso acrescentar um terceiro item à minha lista de dicas que realmente ajudam um blog a ser visitado: além de fotos de mulher pelada e músicas em mp3 para baixar, acrescente-se vídeos relacionados a futebol. Ou talvez o segredo seja contratar um publicitário para divulgá-los. Isso o meu sobrinho Rafael Barcellos está fazendo de graça.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

O recesso de Kleiton e Kledir

Hoje pouca gente lembra, mas houve um período em que Kleiton e Kledir estiveram separados. A dupla se desfez no começo de 1987, algum tempo depois de lançar o quinto LP (descontados os quatro álbuns com os Almôndegas). O primeiro a ressurgir em carreira solo foi Kledir, numa regravação de "Espanhola", de Guarabyra e Flávio Venturini. Um dia ele apareceu no "Globo de Ouro" cantando a música, que foi lançada no LP da novela "Que Rei Sou Eu?" em 1989. Alguns sites apontam a música como tendo sido gravada pela dupla Kleiton e Kledir, mas foi apenas Kledir. Vejam o clip:


Tanto Kleiton quanto Kledir viriam a lançar um LP solo cada um. Mas antes disso, eles voltariam a tocar juntos. Não como dupla, mas como integrantes dos Almôndegas, o velho grupo que se reuniu em 1990 para comemorar 15 anos do surgimento. Todos os ex-integrantes participaram, menos o baixista João Batista, que foi substituído por Inacinho. A foto abaixo já tinha sido publicada no blog, mas vai de novo:
(Cliquem para aumentar.)

Agora vejam também uma matéria em que o grupo é rapidamente entrevistado:



Uma curiosidade é que, no show a que assisti, quando eles voltaram para o bis, alguns na platéia começaram a pedir músicas de Kleiton e Kledir, como "Maria Fumaça". Kleiton brincou: "Quem quiser ouvir Maria Fumaça vai ter que esperar o show de 15 anos de Kleiton e Kledir". No fim demorou um pouco mais do que 15 anos (a dupla surgiu em dezembro de 1979, no Festival da Tupi), mas eles acabaram voltando. Lançaram o CD "Dois" no final de 1996, mas a primeira gravação no retorno saiu um pouco antes: foi o Hino do Internacional para um CD da revista Placar (embora Kleiton seja gremista). Hoje já faz tempo que Kleiton e Kledir estão de volta com todo o gás, mas eu não esqueço que, no final do show dos Almôndegas em 1990, Kledir falou: "Não percam, daqui a 15 anos, o show de 30 anos dos Almôndegas!" O prazo já venceu, mas a gente concede uma prorrogação.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Salinas - estrelando Lídia Brondi


Não lembro ao certo se esse comercial foi ao ar em 1975 ou 1976, mas foi por aí. Eu tive oportunidade de gravá-lo quando foi reexibido em 1988 no programa "Comunicação", de Clóvis Duarte. Clóvis menciona o papel de Lídia na novela "Vale Tudo". Em 1991, a atriz anunciou que estava se afastando da televisão e cumpriu o que disse. Nós, os seus fãs, esperamos que ela esteja bem e feliz. Tanto quanto eu saiba, Salinas não se tornou "a praia da moda", como previa o comercial, mas tudo bem.

Sobre os vídeos

Em princípio, não é minha intenção fazer com que este blog passe a ser apenas uma vitrine para os vídeos de meu acervo. Mas como estou me divertindo com meu brinquedo novo (o programa de edição que baixei), aproveito para ir dividindo minhas relíquias com vocês. De qualquer forma, dificilmente conseguirei voltar a fazer como nos primeiros tempos, em que eu publicava praticamente uma crônica por dia. Ali eu estava dando vazão a uma "demanda reprimida". Como escrevo aqui por prazer e não por obrigação, nem sempre acho assunto. Ou inspiração.

Confiram minha conta no YouTube. Coloquei mais algumas coisinhas lá além do que "linkei" aqui. Como agora consigo converter arquivos MPG para WMV, subi mais um trecho do show de Karine Cunha e também de Sá, Rodrix e Guarabyra. E também um clip de Nélson Coelho de Castro, "Sertório". Breve aqui, mais comerciais antigos. E outras curiosidades.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

"Taffarel... é na direita!"


Quem lembra deste antológico comercial das cadeiras do Beira-Rio em 1988? O garoto é Ariel Nehring. O goleiro, claro, é Taffarel, no tempo em que tinha cabelo e jogava pelo Internacional. Só mesmo na fantasia da publicidade um menino conseguiria não apenas adivinhar em que canto seria feita a cobrança do pênalti mas também avisar ao goleiro e ser ouvido. Depois surgiria outro comercial em resposta a este em que o goleiro do Grêmio, Mazarópi, na mesma situação, era alertado por um sujeito bem simplório nas arquibancadas: "Mazarópi... é nas esquerda". Quem apresenta e comenta a peça publicitária é Clóvis Duarte, em seu saudoso "Comunicação".

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Meus dois segundos de fama

Vamos inaugurar a nova fase do blog, "agora com vídeos de acervo próprio". O começo de 2008 é um bom momento para isso.

Eu já tinha publicado a imagem acima, mas fotografando a TV. Desta vez é uma foto capturada, como deve ser. E logo abaixo está o vídeo:



A data provavelmente é 9 de setembro de 1993. Nesse dia eu e minha (hoje ex) esposa estávamos no Shopping Praia de Belas quando fui avistado por meu ex-colega de faculdade Fernando Parracho, que acompanhava o repórter Nilton Schuler como aprendiz do projeto Caras Novas da RBS. Ele me chamou para dar uma opinião sobre o cheque pré-datado. Além da inflação citada na matéria, é oportuno lembrar que, nessa época, ainda não existiam os cartões de débito. De tudo o que eu falei, só aproveitaram um trecho de dois segundos ou menos. Isso foi ao ar quase na madrugada, depois de uma luta de box que atrasou o Jornal, e se não me engano ainda teve um jogo antes, então quase ninguém viu. No dia seguinte o Jornal do Almoço reprisou a matéria, mas com outra edição, sem os depoimentos.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Estou aqui

Ocupadíssimo, como sempre. De qualquer forma, baixei uma versão de teste (que funciona com todos os recursos, mas apenas por um mês) do Ulead VideoStudio 11. Meu objetivo principal é converter trechos de minhas raridades em vídeo para disponibilizar no blog via You Tube. Refiro-me às gravações que venho fazendo da TV desde 1985. Outra opção bem interessante é a captura de imagens. Dá um pouquinho de trabalho (não muito), mas fica muito melhor do que aquele método ridículo de fotografar a tela de TV, pegando também o reflexo da lâmpada. Com o tempo, pretendo ir substituindo as fotos que já postei por imagens capturadas. E postando outras, claro. Só que agora o melhor é colocar logo trechos dos vídeos. Gostaria de começar a fazer isso logo, mas não posso prometer rapidez. Ainda tenho que aprender a usar bem o software.

Boa noite

terça-feira, janeiro 01, 2008

Larga esse disco!

Esta foto, original da capa do "Milwaukee Journal" de hoje, foi postada em um fórum de colecionadores de discos e apreciadores de música. Não, o objetivo não era impressionar ninguém com as raridades no acervo do distinto senhor que orgulhosamente exibe o seu exemplar de "Magical Mystery Tour", dos Beatles. O que deixou a todos estarrecidos foi a forma com que ele segura o LP! Isso lá é jeito de segurar um disco de vinil? E raridade, ainda por cima? Vai enchê-lo de impressões digitais!

Fiquei feliz de constatar que não sou o único que dá valor a essas coisas. Às vezes os amigos pedem para folhear um livro meu e eu já fico apreensivo. Posiciono-me ao lado, bem próximo, pronto para "saltar em cima" se o visitante resolver abrir demais o livro a ponto de quebrar a lombada. Nesta semana, uma pessoa ficou horas de cara emburrada, sem falar comigo, porque eu tirei da mão dela uma caneta sem tampa com que pretendia remover o plástico de uma caixa de DVD de papelão. E ela insiste que não iria causar qualquer dano!

É por isso que eu não gosto de emprestar nada. Você emprestaria seu carro? Pois, para mim, discos, livros e DVDs são como carros. Só que as pessoas em geral nunca vão entender isso. Não esqueço a angústia de um conhecido meu que teve a casa arrombada e seus CDs mais preciosos foram levados. Depois ele veio comentar comigo: "Não adianta, as pessoas não entendem o valor dos CDs. Já me disseram até que eu tenho que agradecer por não terem levado os móveis. Ora, se levassem os móveis era só comprar novos!"

Sim, eu sei que sou chato. Mas o legal da Internet é descobrir que não sou o único.

Googladas incautas de dezembro

Já viramos o ano, mas ainda não listamos as últimas googladas incautas de 2007. A lista de dezembro ficou pequena. Com as férias, não tive muito tempo de ficar examinando os argumentos de busca no Site Meter. Além disso, está havendo muita repetição. Algumas pesquisas que antes me surpreendiam agora já não me chamam tanto a atenção. Por exemplo, todos os dias entra gente procurando o que escrever no "quem sou eu" do Orkut (e chegando aqui). Esses eu nem anoto, mais.

"Googladas incautas" é como eu chamo os argumentos de busca digitados por quem não sabe usar o Google. Muita gente acha que o Google é um programa de inteligência artificial avançadíssimo capaz não só de entender uma frase mas de obedecer ao que ela pede. Eu me divirto selecionando as frases mais engraçadas e publicando aqui uma vez por mês. Vamos lá:

COMO COLOCAR TV NO MEU COMPUTADOR sem antena

Sem antena deve ser mais fácil, né? Experimente um daqueles modelos em miniatura. Talvez caiba no gabinete.

como deixar o orkut inteligente

Essa é boa!

como deixar o orkut mais alegre?

Experimente contar uma piada para ele.

Da série "Google, auxiliar de hacker":

como descobrir todas as senhas digitadas em um pc
UM POGRAMA QUE APAGUE AS FOTOS DO ORKUT DA OUTRA PESSOA

"Pograma?" Como eu sempre digo, a maldade e a ignorância andam juntas.

como faço para roubar a senha do orkut quero orientaçoes

Além de mal intencionado, ainda entra em detalhes com o Sr. Google: "quero orientações". Então tá.

como faço colocar letras bem grandes nos recados do orkut
como faço para que o google não fique dando sugestões na hora que escrevo para pesquisar

Manda ele calar a boca, ora!

como fazer para colocar a foto do meu time da comunidade no lance

Da série "peça para o Google pensar por você":

EXPLICAÇÕES DAS PRINCIPAIS OBRAS DE MARIO QUINTANA

Da série "Google, conquistador de plantão":

frases bonitas para conquista de uma mulher com 70 caracteres

Uma mulher com 70 caracteres? Nunca vi! Essa deve ser mesmo difícil de conquistar!

Este foi bem educado ao consultar o Sr. Google:

gostari de saber como coloco meu nome em cima da minha foto do orkut

Esta é ótima:

maquina que coloca minha foto no orkut

Existe máquina só pra isso? É incrível o nível de especialização a que chegou a informática!

mensagens inteligentes para colocar no perfil do orkut

Esse pelo menos se conhece.

programa que eu possa montar faris foto de uma so

"Faris fotos de uma só?" Esse tefe serr alemon ta colônia!

qual a música de fafa de belem que tem o trecho amor da minha vida eu tenho que saber

Experimenta pegar um microfone e cantarolar. Talvez o Sr. Google reconheça a melodia!

Vamos à turma do "quero-quero". São os que pensam que têm que dizer que "querem" alguma coisa em sua pesquisa:

quero fazer lindas montagens e deixar minhas fotos lindas
quero monta minha foto bem bonita

Então faça, ora! E o Google com isso?

quero fazer uma montagem sem precisar baixar o programa

Vou trabalhar em uma loja de jóias e quero saber dicas sobre o assunto.

Ah, sim, o Sr. Google vai saber lhe dizer tudo!

Vamos à "googlada incauta do mês". Já houve melhores, mesmo assim achei bem divertida:

mulheres peladas que de para ver bem direitinho

Acho hilário quando os incautos "entram em detalhes" com o Sr. Google! Esse, por exemplo, fez questão de explicar que não bastava ser foto de mulher pelada. Tinha que ser alguma em que "dê pra ver bem direitinho". As fotos que ele viu até agora não o satisfizeram. Deve ter ficado uma fera quando chegou neste blog e não achou o que procurava.

Um ótimo 2008 a todos os visitantes do blog!

São Silvestre

Existe uma curiosidade a respeito da corrida de São Silvestre que, tanto quanto eu saiba, a Globo nunca explorou. Mas deveria, pois seria algo bem interessante.

Em 1983, o atleta brasileiro José João da Silva, que havia sido o vencedor de 1980, não pôde participar porque estava lesionado. Então ficou acompanhando e comentando a corrida com a equipe da Globo. O também brasileiro João da Mata logo tomou a dianteira da prova. Quem estava assistindo à competição pela TV viu quando João da Mata passou por José João da Silva e este lhe disse: "Vamos lá, Joãozinho... Se ele tiver cabeça ele ganha esta corrida!" E ganhou, para alegria dos brasileiros que torciam por ele.

Dois anos depois, os papéis se inverteram. João da Mata, lesionado, acompanhou a prova com os jornalistas da Globo. E José João da Silva logo assumiu a liderança da competição. Ao passar por João da Mata, deve ter ouvido seus gritos de incentivo, que também foram transmitidos pelo microfone da Globo. E José João da Silva venceu pela segunda vez. Essas imagens, bem editadas, seriam um prato cheio para uma reportagem retrospectiva. Está dada a sugestão.