domingo, junho 30, 2013

Fim de mês

Este foi um mês de poucas postagens, como aliás tem sido a regra já há bastante tempo. Mas resolvi dar um alô no último dia. Não posso me queixar. Junho poderia ter sido melhor, mas trouxe algumas novidades bem alentadoras. Quem sabe o melhor vem por aí em julho ou agosto. Continua rolando um projeto legal de participação em livro que tem tudo para se concretizar. Torçam comigo. A montagem do apartamento teve uma pausa, mas breve devo retomá-la. Ainda há caixas por abrir no segundo quarto. E um plano que tive que abandonar no ano passado, neste ano, deve se realizar: carro novo. Cada coisa a seu tempo.

Como sempre dizia minha mãe nesta virada de mês: feliz meio do ano!

sexta-feira, junho 21, 2013

Manifestações

Minha opinião sobre as manifestações é a de que nada disso era necessário. Ao menos não da forma como ocorreu. Como bem observou uma amiga em conversa que tivemos ontem, os motivos alegados para o protesto não são novidade. Sempre houve casos de corrupção no poder. Por que justamente agora? Acredito que havia pessoas com interesses legítimos nas passeatas. Mas é óbvio que uma movimentação dessas propicia a infiltração de baderneiros. As consequências desastrosas eram mais do que previsíveis. Também não vi unidade de motivações entre os participantes. Só o que havia de comum era a vontade de sair às ruas e se manifestar. Quando lembro do movimento das "Diretas Já", claro e focado, percebo bem a diferença. Desde o início fiquei bastante apreensivo com essa euforia de protestar. Acho que o saldo foi negativo para todos.

A resposta tem que ser dada no voto. Eleição direta é pra isso.

sexta-feira, junho 14, 2013

Livro de Peter Criss sai no Brasil

A editora Lafonte está lançando no Brasil a autobiografia de Peter Criss, o baterista original do Kiss. Como seria difícil recriar o trocadilho em português, mantiveram o título original: "Makeup to Breakup" (uma inversão da expressão "break up to make up", brigar para fazer as pazes, sendo que "make up", como vocês devem saber, também significa "maquiagem"). Li o texto em inglês, na época do lançamento, de forma que não posso comentar a tradução. O que posso dizer é que é um livro obrigatório para fãs do grupo e do músico. Bem mais apimentada do que as autobiografias de Gene Simmons e Ace Frehley, a obra lava a roupa suja em público, resultando naquilo que se chama em inglês de "guilty pleasure" - um "prazer culpado" por nos deliciarmos com tanta fofoca. 

Peter e Ace eram considerados os "bad boys" do Kiss por serem os dois integrantes que abusavam de drogas e outros excessos. É curioso ler o relato do baterista de que Gene Simmons era sem graça como companheiro de quarto porque não era parceiro na cocaína e ficava a noite toda apenas transando com alguma fã. Realmente, que tédio deve ser passar as noites fazendo sexo em vez de se drogar! Uma passagem que me fez rir em voz alta foi quando Peter lembrou o que Gene comentou no livro dele, que imaginou que o pó que o produtor Bob Ezrin tinha em sua mesa fosse adoçante. Aí ele completa: "E ele pensou que a gilete fosse para mexer e o espelho para a pessoa se admirar?"

O lance de Peter com as drogas realmente fugiu de controle. Como o dinheiro não vinha tão depressa quanto ele gostaria, no auge da banda ele traficou cocaína para sustentar o vício. Sua primeira esposa Lydia misturava o pó com laxante infantil para fazer render e a mistura era vendida à equipe da turnê. Na maioria das vezes em que comenta os erros que cometeu, o baterista insinua que Gene e Paul fizeram por merecer as atitudes dele. Ou que a reação irritada dos companheiros era exagerada. Ele chega a dar a entender que é normal para astros de rock destruir carros e quartos de hotel. Mas confessa que ficou esgotadíssimo na excursão europeia e implorou a Paul Stanley que cancelasse os demais shows, no que foi atendido.

Claro que a parte musical também é abordada. Sobre "Beth", música de sua autoria que se tornou um sucesso inesperado, ele lembra o incentivo de Bob Ezrin: "É um tema universal, a pessoa que gostaria de estar em casa e não pode, todos vão se identificar, médicos, executivos..." Por outro lado, é estranho que ele critique "I Was Made For Loving You", de Paul Stanley, por ser em estilo discotheque, pois no mesmo álbum (Dynasty) há também "Dirty Livin'", do próprio Peter, em gênero idêntico. Outro depoimento questionável é quando ele afirma ter sido duro no confronto com o falso Peter Criss no programa de TV Donahue. Essa "acareação" com o impostor chegou a ser disponibilizada na íntegra no YouTube (embora tenha sido removida) e, pelo que se viu, o tom de Peter foi o tempo todo amistoso e sem ressentimentos.

Sobre a maquiagem, ele lembra a bizarra situação de ser famoso, mas não reconhecido. Em uma boate de Nova York, ele tentou conseguir uma mesa dizendo: "Eu sou Peter Criss do Kiss!" E o garçom respondeu: "Ah, sim, e eu sou Mick Jagger". Como se sabe, Peter foi o primeiro da formação original a sair do Kiss. Considerando seu comportamento instável, hoje ninguém mais critica a decisão de Gene e Paul em afastá-lo. Mas ele ainda tenta se justificar com um discurso típico dos rejeitados, alegando ter sido tirado justo quando estava tentando melhorar como músico.

Em suas memórias, Peter oscila entre vítima e réu confesso. Na maior parte das afirmações ele se considera injustiçado, mas de vez em quando deixa escapar um "mea culpa", dizendo que a cocaína interferia com o seu bom senso e ele acabava fazendo bobagens. Então fica um zigue-zague entre ele se achando um gênio incompreendido e, quando menos se espera, reconhecendo que errou. Ele chegou a se internar e, quando recebeu a visita dos pais, eles puseram toda a culpa na segunda esposa dele: "Eu falei pra você não casar com ela, que ela só iria lhe trazer aborrecimentos..." Como se ela fosse a única responsável.

No final ele acaba estendendo as mágoas também ao até então fiel Ace Frehley, que ele diz tê-lo traído na volta da formação clássica com maquiagem, ocultando o quanto estava recebendo para tocar. Peter narra também o seu drama com o câncer de mama, mais raro em homens, mas que acabou por atingi-lo. É impossível sintetizar o livro todo, mas estejam certos de que será uma leitura bem interessante para fãs. Repetindo, não sei como está a tradução, mas pelo conteúdo em si, é um livro mais do que recomendado para quem aprecia autobiografias de músicos de rock.

Para ler meu comentário sobre a autobiografia de Paul Stanley, clique aqui.

quarta-feira, junho 12, 2013

Dia dos Namorados

Feliz Dia dos Namorados a todos os visitantes do Blog! Quem me conhece sabe que eu sou um cara romântico. Houve uma época em que eu escrevia bastante sobre relacionamentos por aqui. Inclusive, alguns desses tópicos ainda são bastante visitados. Nos últimos tempos o foco dos assuntos mudou mais para a música, em especial depois que o International Magazine deixou de circular em 2009. Mas continuo sendo a mesma pessoa que acredita que "fundamental é mesmo o amor" e que "é impossível ser feliz sozinho". Pelo menos totalmente feliz. Namorados, aproveitem o seu dia!

segunda-feira, junho 10, 2013

Oi

Alô, amigos, tá tudo bem, só ando ocupado, como sempre. Breve devo comentar dois livros por aqui. Um que ouvi em audiobook e outro que li em formato texto e está sendo lançado em português no Brasil. No mais, nenhuma novidade. Eu vou bem, meu filho vai bem e meu apartamento vai bem. Vocês já sabem que o Blog pode passar por períodos de silêncio, mas ele será mantido.

segunda-feira, junho 03, 2013

Colabore com o novo CD de Nei Lisboa

Sou fã do gaúcho Nei Lisboa desde o Musipuc de 1980, em que ele concorreu com "Pra Viajar no Cosmos Não Precisa Gasolina", "Doody II" e outras. E ainda assim cheguei atrasado, pois no ano anterior ele havia montado o histórico show "Deu Pra Ti Anos 70", que acabou inspirando um Super-8 de longa metragem e também uma das mais conhecidas músicas de Kleiton e Kledir. Pra mim, Nei Lisboa é o maior solista gaúcho da virada do milênio. Merecia ser, no mínimo, tão famoso no resto do Brasil quanto Adriana Calcanhoto ou os Engenheiros do Hawaii. Por sinal, quando os Engenheiros lançaram seu primeiro LP em 1986, o Longe Demais das Capitais, Nei participou na faixa de maior sucesso, "Toda a Forma de Poder". É dele a voz mais aguda que canta "toda a forma de poder é uma forma de morrer por nada, iê iê..." Como já tinha dois discos lançados, era ele quem dava uma força à banda estreante.

Nei financiou seu primeiro álbum em 1983 com a venda de bônus de encomenda antecipada, aproveitando uma ideia posta em prática em 1981 por Nélson Coelho de Castro (que por sua vez seguiu a sugestão de Luciano Alabarse, que usara o método para o lançamento de um livro). Embora ainda não existisse o termo, os três foram pioneiros do que hoje se chama de crowdfunding. Pois 30 anos depois, Nei volta a usar o mesmo recurso, desta vez aproveitando as facilidades hoje disponíveis na Internet. Se quiser encomendar algum dos pacotes que ele está oferecendo para a reserva antecipada de seu novo CD A Vida Inteira, é só clicar aqui. Tem muita coisa legal ali, vale a pena escolher com calma. Eu já comprei o meu com direito a um DVD raríssimo que não havia sido vendido nas lojas. Faltam 32 dias para Nei cumprir sua meta. Como antigo incentivador do artista, eu conclamo a todos a prestigiá-lo nessa empreitada.  


Veja também:

Elefantes Não Esquecem (Especial da RBS TV de 1991)
Nei Lisboa em 1980  
Nei Lisboa e os anos 80
A origem do "Deu Pra Ti" 

sábado, junho 01, 2013

Aranhas no palco

Hoje, em Estocolmo, o Kiss estreou o seu novo palco da turnê "Monster", abrindo com a música "Psycho Circus". O grupo desce do corpo dessa aranha.

Mas a ideia não é totalmente nova. Em 1987, esse era o cenário da turnê "Glass Spider", de David Bowie. A diferença é que as pernas da aranha não se moviam.