quarta-feira, agosto 30, 2017

Novo livro do Sadi

O jornalista Paulo César Teixeira anuncia no Facebook o o novo livro de Sadi Schwerdt. "A autobiografia do lateral-esquerdo e capitão do Inter na década de 60 será lançada dia 14 de setembro, no restaurante Terra & Cor Gastronomia, na Avenida Praia de Belas, quase esquina com a Bastian, em frente ao Shopping." Começa com um bate papo às 18 e 30, depois sessão de autógrafos. Paulo foi responsável pela edição de textos e a publicação é da Libretos Editora.

Quando estive no Rio de Janeiro pela primeira vez em 1971 e assisti a Inter e Botafogo no Maracanã, fiquei no mesmo hotel dos jogadores. O Corinthians também se hospedou no local e Sadi agora estava no time paulista. Lembro bem quando um jogador do Inter falou: "O Sadi tá aí!" E reencontraram o velho companheiro para colocar as novidades em dia. 
Observem que escrevi "novo" livro. É que Sadi já publicou uma autobiografia antes, em 1988, pela Editora Nova Prova, intitulada "Não Sepultem a Emoção".

sábado, agosto 26, 2017

Show de Eliana Pittman no Rio

Encontrei este folheto na loja Bossa Nova & Cia, no Rio de Janeiro, e peguei para trazer comigo. Um dia desses pesquisei sobre Eliana Pittman no Google, para achar informações e fotos recentes da cantora. Pois olhem só: tem show dela na quarta-feira, 30 de agosto, às 19 horas, na Sala Municipal Baden Powell. Bem que eu gostaria de assistir. Venha a Porto Alegre, Eliana!

sexta-feira, agosto 25, 2017

Novo CD instrumental de Tony Babalu

Uma boa notícia para quem curtiu o primeiro CD solo do guitarrista Tony Babalu, Live Sessions at Mosh, de 2014 (comentado por mim aqui): está saindo Live Session II. Como diz o título, é a mesma proposta do álbum anterior, com os músicos da banda tocando todos ao mesmo tempo, "ao vivo no estúdio". Além de Tony, autor de todas as seis composições instrumentais, participam Adriano Augosto nos teclados, Leandro Gusman no baixo e Percio Sadia na bateria.

O CD abre com "Locomotiva", justamente a mais curta, com 04:16 de duração. Apesar do título, o andamento está mais para o de um trem bala. "Meio-fio" começa e termina com agito, mas encontra espaço para um momento mais tranquilo na metade de seus quase oito minutos. A linda "Valentina" é a única faixa com um clima mais suave do princípio ao fim. "Veia Latina" faz jus a seu nome e tem um quê de Santana, em especial no solo de guitarra. "Encrenca" e "In Black" fecham o CD com notável virtuosismo dos músicos. Tony mantém a fórmula que agradou da primeira vez e o resultado não deverá ser diferente. Boa música instrumental para os fãs do gênero.
(Foto de Karen Holtz)

quinta-feira, agosto 24, 2017

Rio de Janeiro ida e volta

05h 10 min. - Tive que acordar às 3 e meia da manhã para poder estar no Aeroporto Salgado Filho mais ou menos na hora prevista. Não cheguei duas horas antes do embarque, que aí provavelmente não teria dormido nada. Assim pelo menos tive quatro horas bem aproveitadas de sono. Por sorte o taxista perguntou por que companhia eu iria viajar e me informou que a Azul era no "aeroporto velho". Eu realmente não sabia.
05h 55 min. - Aeroporto velho, embarque à moda antiga, caminhando em direção ao avião.
06h 00min. - Aguardando a decolagem.
08h 00min. - Chegando ao Rio de Janeiro.
08h 10min. - Já fui ao Rio outras vezes, mas nunca tinha desembarcado no Aeroporto Santos Dumont.
08h 30min. - Meu amigo Célio Albuquerque estava me esperando. Como ainda era cedo para irmos ao nosso destino, circulamos um pouco pelos arredores e tiramos algumas fotos.
08h 31min. - Outro bonito ângulo do Rio de Janeiro ao fundo.
10h 30min. - Eis meu compromisso: gravar um depoimento sobre os Secos e Molhados! Célio Albuquerque é o que aparece sentado à direita. Ele foi o organizador do livro "1973, o Ano Que Reinventou a MPB" e agora está co-produzindo uma série de TV sobre o tema. Ele fez questão que todos os que participaram do livro contribuíssem com o documentário, então foi esse o motivo que me levou ao Rio. Quando me falaram que seria no "Bossa Nova & Cia", imaginei que fosse um bar. E fiquei pensando se daria tempo, talvez, de visitar alguma boa loja de CDs do Rio de Janeiro. Pois quando cheguei lá... era uma loja de CDs! E também DVDs e livros, bem ao meu gosto, especializada em música brasileira. Fica ao lado do lendário Beco das Garrafas. Mas contive meus impulsos consumistas. Comprei apenas o CD duplo de Gilberto Gil e Gal Costa ao vivo em Londres em 1971, que há tempos já queria.
11h 20min. - Missão cumprida, circulamos mais um pouco para tirar umas fotos.
11h 30 min. - Pela primeira vez, andei no metrô do Rio de Janeiro.
12h 05min. - Maravilhoso almoço no restaurante Taliato. Da esquerda para a direita: Célio Albuquerque, Roberto Faissal (da produtora Cinemar) e eu.
12h 55 min. - Hora de voltar para o aeroporto Santos Dumont.
14h 25 min. - Aguardando novamente a decolagem.
14h 50min. - Deixando o Rio de Janeiro para trás.
16h 25min. - Preparando para aterrisagem em Porto Alegre.
16h 35min. - De volta à minha cidade natal, são e salvo, graças a Deus! A missão Rio de Janeiro foi um sucesso! Obrigado por tudo, Célio Albuquerque e Roberto Faissal.

domingo, agosto 20, 2017

Jerry Lewis

Não é meu objetivo transformar este Blog numa página de obituários. Ocorre que, como tenho 56 anos e meus ídolos de juventude são todos mais velhos (alguns, bem mais), a hora deles vai chegando aos pouquinhos. Em junho, lamentei a partida de Adam West, talvez meu primeiro ídolo da TV. Pois hoje quem faleceu foi meu primeiro ídolo do cinema, Jerry Lewis. (A propósito, espero que esteja tudo bem com Rita Pavone.)

Foi minha mãe quem fez minha cabeça para que eu viesse a gostar desse lendário comediante. Acho que foi em 1966 que fui pela primeira vez ao cinema, na praia de Arroio do Sal. Mas parecia ser um filme de guerra e eu não quis ficar até o fim. Já em Porto Alegre, a Dona Irene recomendou que eu fosse ver "Bancando Ama Seca", no Cine Victória. Não lembro de ter prestado muita atenção no enredo, embora já conseguisse ler as legendas. Talvez fosse justamente este um dos grandes trunfos de Jerry Lewis: crianças se divertiam só de vê-lo na tela, em cenas isoladas, com suas caretas e palhaçadas. Virei fã na hora. Logo em seguida houve um "Festival Jerry Lewis" no Cine Cacique e eu só perdi um filme. Tenho uma vaga lembrança de ter visto "O Rei do Laço" e "O Meninão", ambos da fase em dupla com Dean Martin.

Depois disso, sempre que algum cinema de Porto Alegre passasse algum filme de Jerry Lewis, lá ia eu assistir. "Errado pra Cachorro". "O Bagunceiro Arrumadinho". "O Professor Aloprado". "Uma Família Fuleira".  "Um Biruta em Órbita". "De Caniço e Samburá". Alguns, vi mais de uma vez, em reprises. Lembro que pedi para ir ao banheiro no Cine São João e a Celina, a empregada que ficou mais de 40 anos com minha mãe, me levou. Na saída, uma faxineira do cinema me perguntou se eu estava gostando das "trapalhadas do Jérri Lévi". Quando eu corrigi a pronúncia, ela ficou impressionada de um menino de 7 anos ter esse conhecimento. Outra recordação foi que minha mãe não me deixou ver "Boeing Boeing" sob a alegação de que não era uma comédia. Não assisti até hoje, mas, pelo que li, é um filme de humor, sim, mas com uma temática adulta. 

Em minha adolescência, nos anos 70, passei a gostar mais de música. E, mesmo para cinema, minha predileção mudou para outros tipos de filme que não os de Jerry Lewis. Hoje sou muito mais fã do filho dele, Gary Lewis, que gravou ótimos discos nos anos 60. Mas lembro que a Globo passava um filme de Jerry a cada tarde de domingo. Muito tempo depois, já na era do videocassete, vim a saber que ele não era muito bem aceito pela crítica americana. Era mais respeitado, por exemplo, na França. E acho que poderíamos incluir o Brasil, também.

Um vídeo de Jerry Lewis viralizou recentemente: a entrevista que ele concedeu ao programa "The Hollywood Reporter", postada em dezembro de 2016. Suas respostas monossilábicas, antipáticas e de má vontade deixaram claro que o entrevistador não conseguiria obter nenhuma informação significativa (vejam aqui). Mesmo assim, a gravação durou sete tensos minutos.

Jerry Lewis faleceu hoje, aos 91 anos. Por décadas, divulgou-se que o verdadeiro nome dele era Joseph Levitch. Talvez fosse chamado assim na família. Mas, segundo pesquisa do biógrafo Shawn Levy, autor de "Jerry Lewis, King of Comedy", ele foi registrado como Jerome Levitch, o que explica o Jerry. O livro em questão teve sua primeira edição em 1997. Mas, antes disso, em 1988, o brasileiro Luiz Carlos Peres Cascaldi já havia publicado uma excelente filmografia comentada justamente com o título de "Jerry Lewis, o Rei da Comédia". Vale a pena procurar nos sebos, mas melhor ainda seria se uma editora bancasse uma republicação atualizada, já que o original foi composto em máquina de escrever IBM. Mesmo assim, inclui cartazes dos lançamentos dos filmes no Brasil e outras informações preciosas.

Discussão inútil

A menos que algo me escape, acho de uma inutilidade tremenda essa discussão sobre se o Nazismo foi de esquerda ou de direita. O Nazismo foi uma aberração, uma absurda distorção de valores. Conheço pessoas de bom caráter na esquerda e na direita que jamais aprovariam as ideias de Hitler. Sei que o objetivo de um lado é desmoralizar o outro, mas vamos nos preocupar com questões mais atuais e pertinentes, por favor!

sexta-feira, agosto 18, 2017

O filme do meu estado

Já estava no meu plano assistir a "O Filme da Minha Vida", de Selton Mello, por dois motivos. Primeiro: ele foi inteiramente filmado no Rio Grande do Sul. De acordo com o verbete da Wikipedia, o filme foi gravado nos meses de abril e maio de 2015 na Serra Gaúcha, nas cidades de Cotiporã, Veranópolis, Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha, Monte Belo do Sul e Santa Tereza.

A segunda razão era conferir a atuação de meu amigo de infância Caio Prates. Sei que ele tem décadas de experiência como ator de teatro. Mas fico imaginando a emoção dele em fazer cinema, que para ele é uma paixão desde a adolescência. Lembro do tempo em que ficávamos longamente conversando sobre filmes recentes na casa dele. O conhecimento dele sobre o assunto era o de um sofisticado crítico. Pois agora lá estava ele, na tela grande, vivendo um pai de família. Cena rápida, mas muito bem feita. 

Mas o que me encantou foram mesmo as belas imagens do interior do nosso estado. Li no site IMDB um comentário em inglês comparando a fotografia do filme à das melhores produções europeias. Na verdade eu me apaixonei pelo interior gaúcho nos anos 90, num período em que viajava para implantar sistemas de cobrança em empresas diversas. Ia tranquilamente de ônibus e ainda aproveitava para fazer um rápido turismo. Aquela paisagem interiorana me enchia os olhos e me transmitia uma paz incrível.

A viagem a Veranópolis foi especialmente marcante. Embora fosse minha terceira ida para lá, foi a primeira em que realmente captei a beleza do trajeto e do destino. Houve também um período em que eu ia bastante a Santa Clara do Sul, onde moravam os pais de minha então namorada. Eu adorava me refugiar naquele interiorzão maravilhoso.
Pois a forma como o filme usou o Rio Grande do Sul como pano de fundo confirma a minha percepção: o interior gaúcho é lindo demais! Se tudo isso não bastasse para que eu recomendasse "O Filme da Minha Vida", o enredo é bonito e emocionante. Talvez eu preferisse um final explícito e não subentendido. A cena que eu mais aguardava nem chegou a ser filmada. Mas não percam mesmo assim. E fico na torcida pelo lançamento em Blu-ray, que com certeza comprarei e verei muitas vezes.

quinta-feira, agosto 17, 2017

Roger Lerina fora da ZH

Difícil de entender o fato de Roger Lerina ter sido dispensado da Zero Hora. Ele fazia um excelente trabalho como jornalista cultural em sua página fixa do Segundo Caderno (a "Contracapa") e em matérias eventuais. Todos os seus colegas só lhe reservam elogios. Fui procurar uma foto dele que lembrava de ter publicado aqui no Blog e acabei achando várias. Esta aí de cima é de 1º de novembro de 2016, em que ele foi apresentador do Prêmio Açorianos no Teatro Renascença.
Aqui ele entrevistando Kleiton e Kledir no dia 30 de julho de 2009, no Shopping Praia de Belas, antes da sessão de autógrafos de Autorretrato na Livraria Saraiva.
Lerina meio escondido na fila para os autógrafos do livro "Este Tal de Borghettinho", de Márcio Pinheiro, na Saraiva do Shopping Praia de Belas. Foi no dia 27 de agosto de 2015.

Por fim, uma curiosidade: esta foto não foi tirada por mim. Mas, por uma pequena confusão, vocês a encontrarão por aí com crédito para o meu nome. É que Hermes Aquino (à direita) distribuiu várias imagens para divulgação, entre elas as que captei dele no dia 13 de dezembro de 2011 no Bar Ocidente (vejam aqui). E ele fez questão de me creditar, então acabei levando a fama também por essa. Cheguei a avisar em um site que não era eu o fotógrafo e eles corrigiram, mas a foto ainda aparece "assinada" por mim em outros endereços. No centro está o músico Léo Henkin.

Muito sucesso a Roger Lerina em suas novas empreitadas. Talento para isso não lhe falta.

sábado, agosto 12, 2017

Dia dos Pais

Este porta retrato com uma linda foto do Iuri foi meu presente de Dia dos Pais. Adorei!

Feliz dia a todos os pais que visitam o Blog!

Carlos Araújo

O falecimento de Carlos Araújo, ex-marido e amigo até o fim da ex-Presidente Dilma, está tendo o mesmo efeito desmascarador da morte da ex-Primeira Dama Marísia Letícia em fevereiro: golpistas que se dizem "do bem" estão mostrando suas verdadeiras índoles com mensagens agressivas e desrespeitosas. Os mesmos que se anunciam Cristãos, Católicos, Evangélicos, Espíritas, tementes a Deus em geral e de tempos em tempos postam mensagens de paz, amor, "Jesus no coração" e similares. Não passam de pessoas mesquinhas e cheias de maldade. 

Meus sentimentos a toda a família desse político extraordinário.

quinta-feira, agosto 10, 2017

Aniversário do Blog

Hoje foi um dia atribulado, pois o computador que comprei em março, justamente com a intenção de não ter mais problemas de compatibilidade, processamento, memória, etc., resolveu falhar. Já encontrei várias orientações de solução no YouTube, mas quero testá-las amanhã. Hoje tive que recorrer ao velho notebook que comprei em 2008. Está uma carroça, mas pelo menos serviu para o trabalho que eu precisava terminar ainda à tarde.

Agora mais calmo, quero registrar que hoje o Blog está completando 13 anos. A quantidade de visitantes não é grande, mas a qualidade me motiva a continuar. Postagens feitas neste endereço já foram citadas em livros, monografias, jornais e outros sites, além de testes e apostilas, então é bom saber que servi de referência. O forte do Blog são mesmo os tópicos de consulta permanente.

quarta-feira, agosto 09, 2017

Perdas recentes na música

Eu respeito demais o trabalho do Luiz Melodia, mas lamento não ter me aprofundado na obra dele. Tenho o clássico Pérola Negra em CD, além de uma coletânea da série "A Arte de". Mas não só isso. No segundo semestre de 1979 eu, motorista novato e inseguro, ia de Fuquinha ("Fusquinha" para quem não é gaúcho) para a Faculdade ouvindo a Rádio Continental AM, frequência 1120, dando seus últimos suspiros junto com a década em que reinou absoluta nas ondas de Porto Alegre. Entre as músicas que tocavam bastante naquela época - "Realce" com Gilberto Gil, "Mama Can't Buy You Love" com Elton John, "Holiday" com Nazareth, "Medo de Avião" (a versão mais lenta, composta em parceria com Gil) de Belchior - estava "Bata com a Cabeça", de Melodia. Lembro bem da voz dele saindo daquele solitário alto falante à esquerda da direção: "Quem falou por mim que ao menos apareça..."
Antigamente a Som Livre oferecia um serviço interessantíssimo, que era o CD Personalizado. A gente podia escolher 14 gravações entre várias que estavam disponíveis de seu catálogo, inclusive muitas nunca relançadas em CD. Depois chegava o "MeuCD" exclusivo, com o nome do cliente impresso no rótulo - vejam acima. Fiz minha encomenda e, entre algumas raridades selecionadas a dedo, incluí a música de Luiz Melodia que tantas vezes me acompanhou no carro em 1979.
Outra grande perda para a música foi Glen Campbell. Já lutava contra o Alzheimer há alguns anos. Hoje foi dia de revisitar essa caixa de quatro CDs com clássicos do trabalho dele.

domingo, agosto 06, 2017

Legendas boicotam Porto Alegre em Blu-ray dos Stones

O excelente documentário "Olé Olé Olé!", sobre a turnê dos Rolling Stones pela América Latina, contém uma falha imperdoável nas legendas: a citação a Porto Alegre é transcrita corretamente apenas na versão em inglês. Em todas as demais, o nome da capital gaúcha é omitido, inclusive em português!
Aqui a parte do menu incluindo um atalho para o trecho sobre Porto Alegre. É uma passagem bastante curta, enfatizando apenas o dilúvio que caiu naquele inesquecível 2 de março de 2016. Eu estive lá e comentei tudo aqui. Um pouco antes no filme, Keith Richards havia mostrado a sua "vara da chuva" e os movimentos mágicos que fazia para evitar que chovesse no momento da apresentação. Mas, quando aparecem as cenas do Beira-Rio, o guitarrista reconhece que o truque nem sempre dá certo.
Enquanto vemos Mick literalmente cantando na chuva, no melhor estilo Gene Kelly, ouvimos a voz de Keith Richards descrevendo a sensação de estar em Porto Alegre "em meio aos elementos".
Aí está o que foi traduzido para a legenda em português. Nada de citar Porto Alegre. A mesma omissão se verifica nas traduções para alemão, espanhol, francês, holandês e italiano. Somente no texto em inglês a cidade foi mencionada. É uma referência importante, pois foi o único show de toda a turnê a se realizar embaixo d'água.
O filme documenta a passagem dos Stones pelo Chile, Argentina, Uruguai, Brasil, Peru, Colômbia, México e, após um longo suspense mostrando de tempos em tempos as negociações e incertezas, Cuba. Para quem quiser ver o show completo do grupo na ilha, já existe o Blu-ray/DVD "Havana Moon". "Olé Olé Olé!" não contém músicas completas, exceto nos extras, em que foram incluídas as performances de "Out of Control", "Paint it Black" (Buenos Aires), "Honky Tonk Women", "Sympathy for the Devil" (São Paulo), "You Got the Silver", "Midnight Rambler" e "Miss You" (Lima). Mas é interessante ver cenas de bastidores e a interação da banda com fãs e amigos, como Ron Wood e o artista plástico Ivald Granato pintando juntos em São Paulo.

Kraftwerk em 3D e surround

Enquanto alguns afirmam que a TV em 3D está com os dias contados (em especial vendedores, para justificar a indisponibilidade do produto), continuam saindo Blu-rays com esse recurso, inclusive no Brasil (como, por exemplo, "LEGO Batman, o filme" e "Kong: a Ilha da Caveira"). Mas o título que comentarei a seguir é importado.
"Kraftwerk 12345678" é uma das muitas configurações do mais recente lançamento do Kraftwerk. Ao contrário do excelente DVD "Minimum - Maximum", de 2005, aqui não se ouve ruído de público. As gravações foram feitas em diversos shows da última turnê da banda alemã. Mas, fora algumas tomadas curtas em que uma plateia aparece discretamente na parte inferior da tela, não há qualquer vestígio de que se trate de um registro ao vivo.
Na verdade, as apresentações serviram de matéria-prima para novas versões de todos os álbuns do Kraftwerk a partir de Autobahn remixadas para 5.1. Quem quiser o material completo terá que investir uma quantia pesada na edição de quatro Blu-rays intitulada The Catalogue. Por enquanto, tive que me contentar com este Blu-ray simples (o pacote inclui também um DVD) que pode ser visto em 3-D ou, para quem não dispõe do recurso, em 2-D. Embora eu seja fã incondicional de terceira dimensão, como já comentei aqui várias vezes, garanto que os fãs do grupo terão uma bela experiência mesmo com imagens bidimensionais (como as que fotografei diretamente da tela da TV para postar aqui).
Com a saída de Florian Schneider em 2008, Ralf Hutter é agora o único remanescente da formação original do Kraftwerk. Os outros três são Fritz Hilpert, Henning Schmitz e mais novo membro Falk Grieffenhagen. O grupo começou como uma dupla, criando sons eletrônicos em formas mais livres, até usando flauta ocasionalmente. Com o tempo, evoluiu para o formato de quarteto produzindo sólidos blocos sonoros com contornos bem definidos.
As músicas neste Blu-ray são "Autobahn", "Radioactivity", "Trans-Europe Express", "The Man-Machine", "Computer World", "Techno Pop", "The Robots" e "Tour de France". O que se vê na tela a maior parte do tempo são animações em computação gráfica (como em "Autobahn"), mas também alguns filmes em "Tour de France". Prepare seu home theater e reserve uma hora e 16 minutos de seu tempo para imersão nesta bela viagem audiovisual.

quarta-feira, agosto 02, 2017

Café du Centre em Gramado

Este Blog não tem patrocinador, nem publica matérias pagas. Mas de vez em quando eu gosto de fazer algumas recomendações.

No último sábado à noite, em Gramado, eu e minha namorada queríamos tomar um café. Como nosso hotel era um pouco afastado do centro, saímos de carro. Por uma casualidade incrível, encontramos lugar para estacionar numa perpendicular da avenida principal e, só depois de sair do automóvel, vimos que havia bem na esquina o Café du Centre.
Demos sorte. O ambiente, o serviço e o cardápio eram ótimos. Gostei tanto do sanduíche "Croque Monsieur Linguiça Blumenau" que fiz questão de fotografá-lo. Segundo o proprietário, o carro chefe do estabelecimento são os croissants. Foi também uma surpresa saber que o local abriu na quinta-feira passada. É uma franquia. A procura tem sido grande. E continuará sendo, se mantiverem o padrão de qualidade que encontramos. O horário de atendimento é das 14 às 20 horas.