quinta-feira, setembro 30, 2010

Mendelski comenta o "flagra"

Ontem verifiquei no Site Meter uma incidência repentina de visitas vindas do site do José Luiz Previdi. Fui conferir e era um link para o "Flagra no Rogério Mendelski". Foi o jornalista Julio Ribeiro quem achou primeiro e foi correndo avisar ao Previdi, pois sabia que ele iria gostar. Pois hoje aparece uma resposta de Mendelski ao vídeo no site do Previdi, obviamente dirigida a ele:

Dei gargalhadas vendo a imagem. Aquilo foi na TV Pampa, na minha primeira passagem por lá - entre dezembro de 84 e janeiro de 87. O colega logo atrás é o Aristeu, que hoje deve estar na TVE. Eu já me apresentava assim, na TV Guaíba, no programa Guaíba ao Vivo, nos dias de calor, quando os estúdios não tinham ar-condicionado. Na verdade, nem os nossos veículos (Fusca e/ou Chevette) possuíam refrigeração.

Te juro: eu sabia que alguém iria te mandar aquela imagem. São essas brincadeiras que dão um toque especial e leitura do teu "sarro" diário com os coleguinhas. E tu sabes como são os coleguinhas: o bom mesmo é tirar "sarro" daqueles que posam de sérios e compenetrados. Tem gente que acha que jornalista deve ser sério e carrancudo para ser respeitado. Seriedade formal eu só aceito de criança cagada e - como dizia o senador Paulo Brossard para o general Geisel:

- Carranca não é sinal de austeridade.

Ou você acha que o Sarney, com toda aquela austeridade, carranca e jaquetão de seis botões será mais sério e mais respeitado, como parlamentar, do que o Tiririca?

Com essa o Mendelski conquistou minha admiração por seu espírito esportivo. Claro que o aval do Previdi ajudou. Por sinal, quem não conhece o site dele, faça uma visita. É um dos melhores e mais visitados da Internet.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Ele vem mesmo!

Pois não é que está confirmadíssima a vinda de Paul McCartney a Porto Alegre? E também a São Paulo e Buenos Aires. Um passarinho me contou que ele fará show no Rio também, embora ainda não tenha sido anunciado. Então é o caso de dizer: calma, gente, tem Paul pra todo mundo!

P.S.: Infelizmente não posso garantir que haverá show no Rio, então não mudem seus planos. Quem me falou disse que já podia ir divulgando, mas nunca se sabe, então é melhor não tomar como certo.

Segundo turno

Já escrevi várias vezes aqui no Blog que, em época de campanha eleitoral, dá azar ao candidato pronunciar a expressão "segundo turno". Claro que eu estava brincando. A relação causa e efeito é na verdade inversa. Ou seja: não é porque o candidato fala no segundo turno que ele não chega lá, é porque ele sabe que está mal nas pesquisas que ele chama, mendiga, clama pelo segundo turno. Mas eu continuo achando que não adianta nada. Falar muito no segundo turno só serve para revelar a insegurança e as poucas chances do candidato. Tem que vender o seu peixe e pronto. O segundo turno virá (ou não) como consequência. É inútil ficar "chamando" por ele.

Lembrei disso porque ontem, na Esquina Democrática, havia um candidato no palanque falando repetidamente ao microfone: "Segundo turno! Segundo turno! Segundo turno!" Devia estar rezando em voz alta.

terça-feira, setembro 28, 2010

Picanha com cebola e queijo

Em 1990, fiquei cinco meses em Brasília. Eu e meus colegas nos hospedamos em um apart-hotel próximo a uns restaurantes muito legais com música ao vivo. Um deles servia picanha na chapa com cebola e queijo. Comia-se diretamente na chapa, que era pequena e continha uma porção individual. Como não encontrei algo parecido nos restaurantes de Porto Alegre, o jeito foi eu mesmo aprender a fazer. E não é que consegui? Para o meu paladar, pelo menos, a minha picanha com cebola e queijo não fica devendo nada à de Brasília.
Não tem mistério. A quantidade de cada ingrediente depende do tamanho da chapa. O resultado que vocês veem na foto foi feito com cinco fatias finas (e relativamente estreitas) de picanha, duas cebolas e cerca de 250 gramas de queijo. Já experimentei fazer com muzzarela e não gostei, ficou sem gosto. Prefiro o sabor acentuado do queijo prato ou lanche. A cebola é fatiada e desmanchada. Você pode lavá-la com água quente, se quiser. Eu prefiro lavar com água fria ou até, se for o caso, nem lavar, pois aprecio a sua acidez natural.
Corte fatias bem finas de picanha, salgue a gosto e comece a grelhá-las na chapa. Quando achar que estão praticamente prontas, faltando apenas alguns segundos para ficar no ponto desejado (ao gosto do freguês - eu prefiro "ao ponto", mesmo), cubra-as com a cebola desmanchada, procurando fazer uma cobertura uniforme, mas baixa. Em seguida, cubra as cebolas com fatias de queijo, evitando "empilhá-las", mas sem deixar espaços. Assim que o queijo derreter, está pronto. Bom apetite!
A cebola e o queijo entram somente no final. Assim, a cebola não perde sua crocância e o queijo apenas derrete. Como acompanhamento, pode servir pãozinho francês (conhecido no Rio Grande do Sul como "cacetinho") fatiado.

sábado, setembro 25, 2010

Sant'ana e Pitanguy

Os sites da RBS anunciam para a Zero Hora deste domingo uma entrevista com o cirurgião Ivo Pitanguy feita por Paulo Sant'ana. E ainda tentam criar suspense sobre uma dívida de gratidão que o comunicador teria com o médico, por um fato acontecido há 33 anos. Na verdade eles já se reencontraram antes, em 1992, no Jornal do Almoço. E este Blog já mostrou o vídeo e as informações todas. É só clicar aqui para rever.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Outro sósia

Infelizmente não tenho nenhuma foto do Márcio, fã de David Bowie que é super-hiperconhecido dos lojistas veteranos de Porto Alegre. Daqueles que batia ponto todos os dias nas principais lojas de disco para saber se não tinha aparecido nenhum disco novo de seu ídolo. Mas, onde quer que ele esteja, pode estar até dando autógrafos, se os mais afoitos não observarem que ele é baixinho. Ele é a cara do Jonas, jogador do Grêmio que está em evidência. Aí está a foto dele, mas poderia ser do Márcio. Não tem muita diferença.

sábado, setembro 18, 2010

CD disponível novamente

Desculpem a demora. Finalmente subi de novo o CD da Carnaby Street Pop Orchestra. O link atualizado está aqui e também nas postagens originais em que o CD foi citado. Lembrando que este blog não costuma disponibilizar CDs por uma série de motivos, mas neste caso abri exceção, pois é um item raríssimo que praticamente "só eu" consegui.

quarta-feira, setembro 15, 2010

Irmãos perdidos

Tá certo que, pra gêmeos, eles não servem. Mas se colocarmos lado a lado o roqueiro argentino Charly Garcia e o técnico de futebol brasileiro René Simões, parecerão irmãos. Se um deles tingir metade do bigode, vão ficar mais semelhantes ainda.

Filme

Amanhã tem filme para gravar no TCM: "Vampiros de Almas" (Invasion of The Body Snatchers). Lembro quando vi esse clássico de ficção científica há muitos anos, na TV. Fiquei com a pulga atrás da orelha por causa de uma cena no final. Perdi alguma coisa ou eles erraram? Conferindo nos fóruns de discussão do site IMDB, confirmei: foi erro, mesmo. É amanhã às 22 horas. Confiram.

P.S.: Viram? Captaram o erro? Vou deixar a explicação nos comentários.

terça-feira, setembro 14, 2010

Coleção do Chico

É impossível não cobrir de elogios a iniciativa da Editora Abril de lançar a coleção de Chico Buarque para venda nas bancas. Não só pela chance de ir comprando os CDs um por um a apenas 14,90 (o primeiro da série ainda teve um desconto: saiu por 7,90) mas também porque, finalmente, estes relançamentos introduzem no mercado brasileiro o que eu chamo de "CD para ler" - e já não era sem tempo! Refiro-me aos CDs com encartes de várias páginas, praticamente uma revista em termos de conteúdo. Cada álbum do Chico vem em formato de livreto com 46 páginas a cores. Descontado o expediente, a cronologia (repetida em todos) e as letras, são cerca de 30 páginas repletas de fotos e informações. Como serão 20 volumes no total, teremos 600 páginas (em tamanho de CD, claro) contando toda a história do compositor. Tomara que a moda pegue, pois ninguém mais aguenta os encartes "pelados" das reedições brasileiras.

Os discos não estão saindo na ordem cronológica original. O primeiro a ser relançado foi o de 1978, aquele do "Cálice" e "Apesar de Você". O segundo foi "Construção" e o terceiro, já nas bancas, é o antológico "Meus Caros Amigos", que tanto furor causou em 1976. Também é gratificante ver que o interesse por Chico Buarque não diminuiu com a abertura política. Quando os bons ventos da democracia começaram a soprar no Brasil dos anos 80, houve quem apostasse que Chico iria desaparecer, que ele só sabia fazer "música de protesto" e não resistiria ao tempo. Pois os reacionários anti-Chico tiveram que continuar engolindo sua obra. Afinal, o talento e a boa poesia são atemporais. (Conheço uma pessoa que acha que Chico não perdeu sua popularidade por causa dos "olhos de ardósia verde". Mas isso é problema dela.)

sábado, setembro 11, 2010

Peter Frampton em Porto Alegre cancelado

Quando fui procurar informações sobre o show de Peter Frampton na semana passada, encontrei uma página de comentários no site de venda. Alguns me chamaram a atenção:

Peter Frampton! Mais um show pra ser desmarcado uma semana antes. Isso pq a produtora é a... , aquela mesma que que prometeu trazer o Roger Hodgson e cancelou uma semana antes. Deem uma olhada nos valores e a quantidade absurda de setores. Essa produtora é muito amadora!

Outro:

Pra que se iludir... Vão cancelar faltando 7 dias, como fizeram com o Roger Hodgson!

E mais outro:

A produtora é a... !!! CUIDADO pessoal!!! Esses m... tentam vender com lucros absurdos, não conseguem e cancelam o show em cima da hora, como fizeram este ano na vinda do Roger... VEXAME !!!!

E por fim:

Gente, essa produtora é tão ruim assim? Me deu medo agora!

Pensei comigo mesmo que essas observações eram muito pessimistas e que uma produtora não iria arriscar sua reputação cancelando mais um show. Pois eu estava errado. Sou obrigado a assinar em baixo do que a turma acima escreveu, pois aconteceu o que eles previam.

O que está havendo? Já houve uma quantidade absurda de shows anunciados e depois cancelados nos últimos anos, em Porto Alegre. Por outro lado, é muito cômodo marcar e depois cancelar. Sabe-se lá se a experiência negativa com o Roger Hodgson não pode ter tido influência na baixa venda de ingressos de Peter Frampton. Por exemplo, eu sou um que não vai mais confiar nessa produtora.

Desconheço a faixa etária dos produtores, mas acho também que não estão sabendo dimensionar a real popularidade dos ídolos do "meu tempo". Já discuti sobre isso aqui. Para ler os comentários que citei acima e saber mais detalhes sobre o cancelamento, cliquem aqui.

quarta-feira, setembro 08, 2010

Invenção do Bonow

Repasso o recado de meu amigo Luiz Bonow:

Uma Solução Energética

Este inventor de Curitiba, depois de dezessete anos de pesquisa, criou uma forma de gerar energia elétrica, facilmente compreensível, que não necessita qualquer combustível e não gera nenhum resíduo, baseada apenas na variação de densidade de um líquido ferromagnético.

O vídeo explicativo pode ser visto no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=tadmI-YVYyM

Esta ideia está participando de um concurso em nível mundial chamado "GE Ecomagination Challenge". Vamos dar uma força e votar neste inventor brasileiro. A página do concurso é:
http://challenge.ecomagination.com/ct/ct_a_view_idea.bix?c=ideas&idea_id=3F94541E-A67E-4F70-851C-AC54436450C6

Divulguemos esta inovação, para que no futuro possamos pagar menos pela energia.


-*-
Amigos, a mensagem acima refere-se a uma invenção que eu fiz: um gerador elétrico não poluente e de baixo custo, baseado na variação de densidade de um líquido ferromagnético. Estou concorrendo com ele no GE Ecomagination Challenge.

Como poderá ser percebido no vídeo do YouTube ali citado, é uma ideia bastante interessante e talvez venha a ser uma solução energética importante para o futuro.

Assim, gostaria de pedir para vocês dois favores que vão tomar cinco minutos:

1) Entrar no link e votar em mim no concurso. Cada voto é importante (é em inglês e necessita cadastro para votar, mas é mesmo assim, é rápido);


2) Enviar a mensagem acima para a lista de contatos, de modo que mais e mais pessoas possam tomar conhecimento dessa alternativa energética.


Se não for pedir demais, se conhecerem alguém em empresa de tecnologia, ou que trabalhe em algum setor de desenvolvimento tecnológico, por favor, enviem para essa pessoa aquela mensagem.

Desde já, agradeço. E muito.


Abraços,

Luiz Bonow

Peter Frampton vem aí!

(P.S.: Cancelado. Leiam aqui.)

Já garanti meu ingresso para o show de Peter Frampton dia 14, terça que vem, no Pepsi on Stage em Porto Alegre. E sou um privilegiado, pois vou vê-lo pela segunda vez. A primeira foi em dezembro de 1982, no Gigantinho. Frampton estava promovendo seu novo LP "The Art of Control", um disco em que resgatava suas origens roqueiras em parceria com o guitarrista Mark Goldenberg, dos Cretones. O disco não teve muito sucesso, mesmo assim foi gratificante ver Frampton em boa fase (musicalmente), abrindo o show com a ótima "Don't Think About Me" e guardando "Breaking All the Rules" para o bis. Esta última estava em altíssima cotação graças a um comercial da grife Hollywood. Lembro de uma garota gritando antes de ele voltar: "Faltô a do roliúdi!" Naquela época Frampton tinha longas madeixas que ele tingia de puro amarelo, contrastando com as olheiras de purpurina de seu assecla Mark Goldenberg, com aspecto meio punk. No baixo estava John Regan. Foi um show excelente. Com certeza Frampton ainda tem gás para mandar ver muito rock and roll.

terça-feira, setembro 07, 2010

Voltando do "Nosso Lar"

Eu e a Janete fomos assistir hoje ao filme "Nosso Lar". É muito bem feito e emocionante. Quem se interessa pelo tema não pode perder. Mas dois momentos me chamaram a atenção. Um foi quando a atriz gaúcha Suzana Saldanha apareceu rapidamente no papel da secretária do médico André Luiz. Eu tenho em meus arquivos uma entrevista que ela concedeu em Porto Alegre em 1986 quando estava atuando em uma novela da Globo. Quando tiver mais tempo, subo para o YouTube, pois é bem interessante.

A outra surpresa foi na cena em que a filha mais moça do médico está tocando piano. De repente, entra por cima um tema instrumental que me soou muito semelhante ao o trecho final de "The Late Great Johnny Ace", de Paul Simon, gravação de estúdio do álbum Hearts and Bones, de 1983 (não na versão ao vivo do Central Park, que consta nas edições em vídeo daquele show). Aquele "segundo movimento", por assim dizer, que ocupa mais ou menos os últimos 70 segundos da gravação, foi composto especialmente por Philip Glass.

Pois bem: o mesmo Philip Glass teria criado uma "trilha sonora original" para "Nosso Lar". A menos que esse trecho que me chamou a atenção seja apenas "parecido, mas não igual" ao desfecho que ele criou para a música de Paul Simon, houve um pequeno "reaproveitamento" por parte dele. Isso os músicos e experts poderão verificar.

domingo, setembro 05, 2010

Ken Auletta e as redes sociais

Agora que voltei a ter TV a cabo, tenho que me acostumar a ligar o televisor novamente. Tem muita coisa interessante sendo mostrada nos meus canais preferidos. Há pouco assisti a uma entrevista no Bloomberg com o escritor Ken Auletta, autor do livro "Googled, The End of The World As We Know it" ("Googlados, o fim do mundo como o conhecemos"). Ele falou na ascensão das redes sociais tipo Facebook e Twitter. "A ferramenta de busca do Google é excelente, mas se você quer comprar uma câmera, por exemplo, faz uma pesquisa e recebe uma avalanche de dez mil resultados. É mais fácil anunciar no Twitter e receber apenas dez ou 15 respostas de pessoas em que você confia. Por isso a empresa Google tentou comprar o Twitter mas não conseguiu. E não foi uma questão de quantos dólares foram oferecidos: o Twitter não está à venda." Ele acredita que o futuro da Internet está nessas redes sociais e isso assusta à empresa Google. Mas o mais interessante para mim foi uma citação rápida que ele fez: "A empresa Google já tentou lançar sua rede social, o Orkut." Mas, segundo Auletta, essa não seria, digamos, a praia do Google.

Como já comentei nos primórdios do Blog, o que prejudicou o Orkut, salvo melhor juízo, foi a invasão brasileira. A forma indiscriminada com que os internautas do Brasil tomaram de assalto o site, chegando mesmo a postar em português em comunidades em inglês, terminou por afugentar os americanos. Lembro de uma época em que chegou a haver uma campanha para colocar os brasileiros em primeiro lugar na estatística do Orkut. Com isso, os usuários dos Estados Unidos terminaram por migrar para outras redes semelhantes, como MySpace e Facebook.

Alguns comentários feitos por Auletta sobre o Facebook se assemelharam muito ao que eu já falei algumas vezes sobre o Orkut: a tendência de alguns internautas é a de enxergar esses sites como "a" Internet. Aqui no Brasil é o Orkut, nos Estados Unidos é o Facebook. E o Twitter chegou depois para reduzir tudo a frases curtas. Eu só imagino o ódio que o pessoal do Google deve ter do Brasil por ter tomado conta do Orkut e com isso impedido que ele se tornasse a rede social de referência nos Estados Unidos e no mundo. Teria curiosidade de saber se Auletta conhece verdadeiramente a história do Orkut. Enfim, nada é mais global do que a Internet e os investidores têm que estar preparados para tudo. Em qualquer site onde um cidadão do mundo possa postar uma mensagem em seu idioma, outro conterrâneo pode ir lá e responder. Independente do país onde esse site tenha sido criado.

quarta-feira, setembro 01, 2010

E foi assim que tudo começou

Minha mãe gostava de contar que conheceu meu pai em uma visita de alunas do Colégio Americano à redação do Diário de Notícias, onde ele trabalhava. Sempre fazia questão de dizer que isso só aconteceu porque ela tinha o saudável hábito de estudar antecipadamente para as provas. A professora sabia disso e a convocou para a visita com a certeza de que não a prejudicaria para a prova do dia seguinte. Ela dizia também que o encontro havia sido fotografado e publicado no jornal.

Pois esta foto do Diário de 2 de novembro de 1941 pode ser a imagem história que eu tanto sonhava encontrar (cliquem para ampliar). Só o que me deixa em dúvida é o fato de que ela não confere com a descrição de minha mãe: ela dizia que ficou próxima do meu pai e não é o que se vê acima. Minha mãe é a primeira à esquerda das três que estão sentadas no centro. O nome dela é citado, mas erraram a grafia do sobrenome: o certo é Dreyer. Já o meu pai, Ivéscio Pacheco, é bem da direita, de pé, de perfil. Meu irmão também disse que o primeiro encontro deles teria acontecido na época da enchente em Porto Alegre, que foi entre abril e maio. Bem antes desta foto, portanto.

Se houve outra foto antes, eu vou acabar encontrando. De qualquer forma, aí está um registro histórico de meus pais no ano em que se conheceram. Agora vejam a notícia:

Minha mãe teve a honra de fazer a entrega da contribuição ao movimento citado. Observem que o título fala em "2º fruto concreto do movimento ginasiano". Desse encontro aí nasceriam quatro frutos concretos. Eu fui o último deles.