sexta-feira, abril 28, 2017

O "King Kong" de 1976

Mesmo com eventuais falhas, exageros, aspectos desnecessariamente cômicos e a eterna resistência dos puristas, o remake de "King Kong" de 1976 tornou-se um clássico à parte, com fãs específicos dessa produção. Está sendo lançada no Brasil uma edição especial com o DVD do filme (igual ao que saiu anteriormente, da Studio Canal, inclusive com a incômoda amarração das legendas com o áudio - as "legendas forçadas" que já comentei aqui) e um CD duplo com a trilha sonora completa, que será comentado mais abaixo.
Quem viu Jessica Lange em sua primeira atuação não poderia imaginar que ela se tornaria uma atriz elogiada e respeitada. Não que seu desempenho seja ruim, exatamente. Mas o papel de Dwan, a moça que seria oferecida como "noiva" de King Kong, não lhe permitia exibir grandes dotes artísticos. Certo crítico brasileiro observou que ela "posava" nas cenas, um cacoete de quem foi modelo fotográfico. Considerando essas limitações, ela até que convenceu como uma mulher capaz de ser atraente até mesmo para um gorila gigante.
A imagem de Kong, na maior parte do filme, foi vivida por um homem vestindo uma roupa. O tamanho da fera, naturalmente, foi obtido por efeito de montagem. As feições do rosto eram mecânicas. A rigor, não haveria necessidade de se construir um monstrengo em tamanho real. Mas havia um problema: uma das cenas seria ao ar livre, com plateia. Seria difícil atrair um público para a filmagem sem uma amostra do personagem principal.
Então, para contentar a multidão de figurantes, foi criado um Kong gigante. E ele aparece no filme, embora em tomadas curtíssimas. Hoje, com os recursos de vídeo, é muito fácil identificá-lo. Parece mais magro do que o homem com a roupa, tem uma expressão estática e move somente os braços (ver imagem acima).
Também se usou uma mão mecânica em tamanho real para segurar a atriz Jessica Lange. Na montagem acima, percebe-se claramente que os dedos que a agarram não pertencem ao gorila gigante que a encara. Quando ele se move para trás, a mão permanece no mesmo lugar.
O CD duplo que acompanha o DVD foi lançado separadamente nos Estados Unidos, em 2012, pelo selo Film Score Monthly. A capa da edição nacional é quase idêntica, faltando apenas os dizeres "FSM SILVER AGE CLASSICS" bem em baixo. Infelizmente, não foi incluído o livreto de 20 páginas da versão americana. O CD 1 supostamente contém a íntegra da trilha musical do filme, composta por John Barry, tal como se ouve do princípio ao fim. Mas não localizei o tema de Dwan. Ele aparece sob o título de "Maybe My Luck Has Changed" no CD 2, que traz todas as faixas do LP lançado na época e relançado em CD em 2005 também pelo selo FSM. Mas atenção: após a faixa 13, que é a última do álbum original, vêm mais nove gravações inéditas que seriam versões alternativas de temas do filme. Elas estão no CD, mas estranhamente não foram listadas na contracapa. Então confira aqui (copiado do site da Film Score):

14 - Main Title (Alternate)
15 - Fog Bank (Alternate)
16 - Day Wall (Alternate)
17 - Night Wall Part 1 (Alternate)
18 - Night Wall Part 2 (Alternate)
19 - Trap (Alternate)
20 - Presentation (Alternate #1)
21 - Presentation (Alternate #2)
22 - Finale (Alternate)
Uma rápida pesquisa na Amazon americana indica que o filme só saiu em Blu-ray, por enquanto, no Japão e na França. Em outubro de 1978, o canal de TV americano NBC exibiu uma edição de três horas do "King Kong" de 1976 - uma hora a mais do que o original do cinema - em duas partes. Segundo uma minuciosa comparação nesta página aqui, os trechos adicionais não agregam nada essencial à trama, apenas a tornam desnecessariamente longa. Ainda assim, muitos fãs torcem pelo lançamento dessa versão estendida em DVD ou Blu-ray.

domingo, abril 23, 2017

Jerry Adriani

Tive uma fase de curtir Beatles e Jovem Guarda na tenra infância, antes dos 5 anos. Mas minha paixão por música começou pra valer no final de 1971, às vésperas de completar 11 anos. Fui à minha primeira "reunião dançante", no aniversário de um colega, e ali a semente foi plantada. Comecei a pedir discos de presente de aniversário e também a comprá-los com o dinheiro de minha mesada. O verão de 1972, na praia de Atlântida, foi ao som de Roberto Carlos (o LP de "Detalhes"), Renato e Seus Blue Caps (o LP de "46-77-23") e Fevers (o LP "Explosão Musical").

Na volta a Porto Alegre, fui começando aos poucos minha coleção. Na música estrangeira, foi o auge de minha fase B.J. Thomas. A redescoberta dos Beatles só viria no ano seguinte. Mas eu curtia mesmo era a turma do pós-Jovem Guarda. E um sonho de consumo que levei alguns meses para realizar era o de comprar o LP Pensa em Mim, de Jerry Adriani. As músicas "Doce, Doce Amor", "Vai Caindo Uma Lágrima" e "Pensa em Mim" tocavam direto em rádios como Itaí, Caiçara e Princesa. Um dia, não lembro se de presente ou com dinheirinho economizado, finalmente adquiri o tão sonhado disco. E aí descobri outras faixas interessantes, como "Te Levo No Coração" e "Eu Não".

Na virada de 73 para 74, nos meus 13 anos, meu gosto musical sofreu uma transformação. Comecei a ouvir David Bowie e Pink Floyd e, de certa forma, me elitizei. Com aquela típica babaquice de garoto em começo de adolescência, decretei que "não gostava mais" de Jerry Adriani, Fevers, Renato e Seus Blue Caps e toda aquela turma. Parei de ouvir a rádio Itaí e me concentrei exclusivamente na Continental. Só viria a me livrar desse preconceito aos 25 anos, quando Renato e Seus Blue Caps vieram tocar em Porto Alegre, no Le Club. Fui vê-los e descobri que ainda gostava. Por fim, quando diversos LPs de Jerry Adriani foram relançados em CD no século XXI, comprei todos. Breguice, aqui me tens de regresso...

Não sei como Jerry lidava com o rótulo, mas nos anos 70 ele era considerado, sim, brega. Ou cafona. A reavaliação de sua importância viria bem mais tarde. Em 1974, a Rádio Continental de Porto Alegre enviava uma gravação promocional a anunciantes em potencial, onde descrevia a programação e o público-alvo da emissora. Por exemplo, no Pediu, Rodou, Ganhou, o ouvinte pedia uma música e, se ela fosse selecionada, não só rodava no ar, como ainda era enviada em fita a quem a solicitou. Mas o texto enfatizava: "É claro que, se ele pedir Jerry Adriani, não vai ouvir nunca!" Teve também uma historinha da turma da Mônica em que Pipa queimava seu filme com o hippie Rolo ao lhe dizer que queria "a letra do último disco do Jerry Adriani".

Mas brega e chique eram apenas fachadas de marketing. Isso ficava evidente ao verificar-se o que ocorria nos bastidores. Basta dizer que foi Jerry quem trouxe Raul Seixas da Bahia para o centro do país. E o Maluco Beleza compôs diversas músicas para a turma do pós-Jovem Guarda na CBS, quase todas em parceria com Mauro Motta. Ele assinava "Raulzito". Uma dessas composições era justamente a clássica "Doce, Doce Amor". Mais tarde, quando Raul tornou-se um lendário roqueiro, aos poucos a importância de Jerry em sua carreira foi sendo descoberta. Também o sucesso da Legião Urbana nos anos 80 fez com que muitos notassem a influência de Jerry na interpretação de Renato Russo. Tanto que, em 1999, Jerry gravou o CD Forza Sempre, com versões em italiano de músicas do grupo.

Outra curiosidade: o primeiro grande sucesso de Barry Manilow foi "Mandy", em 1974. Mas Jerry havia gravado a música antes. É que a canção nada mais era do que "Brandy", lançada em 1971 pelo autor Scott English, com outro título. E Jerry incluiu uma versão de "Brandy" em seu LP de 1972, com o título "Oh Baby".

Jerry completou 70 anos no dia 29 de janeiro. Seu verdadeiro nome era Jair Alves de Souza. O pseudônimo veio do comediante Jerry Lewis e o sobrenome Adriani foi para combinar com as músicas italianas que o cantor interpretava no início da carreira. Jerry Adriani faleceu hoje, de câncer. Mas deixou uma autobiografia pronta, que deverá ser editada e publicada pelo pesquisador Marcelo Fróes. É um compromisso que Marcelo assumiu com Jerry e seus herdeiros.

sexta-feira, abril 21, 2017

Sgt. por extenso

Eu já tinha feito esta ressalva aqui no Blog, mas vai de novo. É que neste ano comemoram-se os 40 anos do antológico disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. E os brasileiros continuam errando ao escrever "Sgt." por extenso. Sim, a tradução é "sargento", mas em inglês é "SERGEANT". O cartaz desse filme fica aí como prova.

Colega blogueiro

No começo do ano, recebi um convite de amizade no Facebook de um certo Aroldo José Marinho, de Brasília. Ao verificar que ele tinha amigos e interesses em comum comigo, aceitei. Só muito depois caiu a ficha que ele é o "Harold" que me entrevistou em abril de 2009. Ele nunca mais tinha feito contato, nem eu com ele. Pois o blog dele, assim como o meu (e o de José Elesbán), permanece ativo. O modismo dos blogs passou, mas eles continuam insubstituíveis para postagens de consulta permanente. Uma curiosidade é que, relendo minha entrevista, este trecho me chamou a atenção: "Acima de tudo, o eleitor brasileiro tem que aprender a viver numa democracia e aceitar ser voto vencido, quando for o caso." Está lá para quem quiser conferir. Logo, não foi em razão do impeachment de Dilma que adotei esse discurso. Eu já pensava assim há muito tempo.

sábado, abril 15, 2017

Feliz Páscoa

Vocês já sabem que às vezes eu fico alguns dias sem postar. Prefiro manter o Blog "devagar e sempre" a abandoná-lo. Este está sendo um mês bem atribulado, entre outras coisas porque ainda não fiz meu Imposto de Renda. Como me aposentei na metade do ano anterior, minha declaração deste ano será a mais complicada de todas. Mas continuo por aqui. Desejo a todos uma Feliz Páscoa!

segunda-feira, abril 10, 2017

Os Drops do Auber

Sábado, dia 8, foi a sessão de autógrafos de Auber Lopes de Almeida, no Mr. Pickwick, pub que fica no Shopping Nova Olaria (eu tenho mania de chamar aquele local de "Guion Center", mas esse é somente o nome do cinema). "Drops" é um livrinho de 150 páginas com quadrinhas diversas, mais ou menos como o "Espelho Mágico" de Mario Quintana. Como exemplo, esta aparece na contracapa:

Aprendi a curar minha dor
Sem fazer muito alarde
De manhã, uma dose de amor
E outra dose de tarde

quarta-feira, abril 05, 2017

James Taylor e Elton John

James Taylor e Elton John já se apresentaram em Porto Alegre antes, respectivamente em 1986 e 2013. Cada um, individualmente, atraiu um público considerável em ambas as ocasiões. Eu estava lá, nas duas vezes. Mas na mesma noite é quase uma overdose de realização musical. A dobradinha de grandes nomes é uma tendência recente em shows internacionais. E quem sai ganhando, é claro, somos nós, os fãs.
O grande evento ocorreu no dia 4, no Anfiteatro Beira-Rio. A abertura ficou a cargo de Rafael Malenotti, vocalista do Acústicos e Valvulados, aqui como solista acompanhado pelas "Velhas da Chalaça". Mais tarde, misturou-se à plateia da pista e foi visto tirando fotos com fãs nos intervalos.
Nunca esqueço que, em 1986 (eu tinha 25 anos), a rádio Atlântida FM avisou que o show de James Taylor no Gigantinho começaria na hora marcada, ou seja, 20 horas. Esse anúncio era importante, entre outras coisas, porque uma das apresentações aconteceria antes e a outra depois do início do horário de verão. E Taylor foi fiel ao relógio oficial nos dois dias. Passados 30 anos (não errei a conta, estou levando em consideração os meses), a pontualidade do cantor/compositor americano continua a mesma: às 20 horas as luzes do Beira-Rio se apagaram e ele entrou no palco.
Depois de cantar "Wandering", leu um texto em português explicando que tinha quebrado o dedo e não poderia tocar "guitarra" (violão, na verdade). E apresentou o violonista Dean Parks, dizendo que "hoje ele vai ser eu". Mais tarde, mencionou o baterista Steve Gadd como "uma lenda". De fato, Gadd já tocou com, entre outros, Simon e Garfunkel (vejam-no no clássico vídeo de 1981 no Central Park) e Paul McCartney. Destaque também para a cantora e violinista Andrea Zonn e o saxofonista Lou Marini. A esposa de James Taylor, Kim Smedvig, era uma das vocalistas.
Além de vários clássicos, como "Country Road", "Carolina in My Mind", "You've Got a Friend" (que muitos nem lembram ser na verdade uma composição de Carole King), "Shower the People", "Fire and Rain" (que, confesso, me levou às lágrimas) e "Handy Man", Taylor homenageou o Brasil com "Only a Dream in Rio". Falando inglês, ele lembrou que estava no Brasil para o Rock in Rio bem na época em que Tancredo Neves foi eleito. Inclusive ele cometeu um errinho perdoável ao dizer que foi a primeira eleição brasileira depois de 20 anos (foi na verdade a última eleição indireta do período, mas a única com candidatos civis e com vitória da oposição) e que, levado ao Circo Voador por Caetano e sua esposa, viu artistas brasileiros "podendo se apresentar novamente", como se estivessem em silêncio total antes disso. O importante é que Taylor captou a emoção do momento histórico e o registrou numa canção. "Eu estava lá no dia D e meu coração voltou vivo", diz a letra composta na época.






Depois de um breve intervalo, às 10 da noite as luzes do Beira-Rio se apagaram novamente e Elton John e sua banda entraram rachando com "The Bitch is Back", a mesma abertura de 2013. Em seguida vieram "Bennie and the Jets", "I Guess That's Why They Call it the Blues", "Daniel", "Someone Saved My Life Tonight" e "Philadelphia Freedom", essa com uma enorme bandeira americana ao fundo (apenas uma homenagem, lembrando que Elton é inglês). Após um longo e interessante solo de piano, o cantor emendou a clássica "Rocket Man".
Curiosamente, ele interpretou "Tiny Dancer", depois anunciou uma canção do álbum Madman Across the Water, que era "Levon". Mas a anterior era do mesmo disco, então por que não uma referência conjunta às duas composições? A verdade é que, ao contrário de James Taylor, Elton falou pouco entre as músicas. Em seguida vieram "Goodbye Yellow Brick Road" e "Your Song". Essa comoveu o público - apareceu no telão uma moça da pista cantando junto e chorando. "Burn Down the Mission" costumava incendiar plateias inglesas e americanas no começo da carreira de Elton, mas o público brasileiro aparentemente não se identifica com esse clássico. A deferência especial ao Brasil viria após "Sad Songs (Say so Much)": a balada "Skyline Pigeon", originalmente um obscuro lado B de compacto que aqui se eternizou graças à novela "Carinhoso".



O laconismo de Elton se confirmou ao homenagear George Michael apenas com a imagem de fundo durante "Don't Let The Sun Go Down on Me", sem dizer uma palavra a respeito. Em seguida, veio "Looking Up", de seu último CD Wonderful Crazy Night. Sim, o músico inglês segue a fórmula da maioria dos veteranos: apenas uma música do álbum mais recente e o restante do repertório vem lá do passado distante. No caso, o segundo disco menos antigo revisitado foi Breaking Hearts, de 1984. Mas é o que os fãs esperam, então por que não atendê-los?
Três números cheios de energia foram guardados para o final: "I'm Still Standing", "Your Sister Can't Twist" e "Saturday Night's Alright for Fighting". Essa última com certeza é o rock mais enérgico já gravado por Elton, mas a versão ao vivo ficou devendo em peso. Predominava o som do piano, num clima festivo. No bis, ouviu-se "Candle in the Wind" na letra original em homenagem a Marilyn Monroe (e não à Princesa Diana, atentem para esse detalhe, por favor) e mais festa para encerrar com "Crocodile Rock". Na banda de Elton, destaque para os fiéis Davey Johnstone na guitarra e Nigel Olsson na bateria (que assinou seu nome em todos os tambores, como se via nos telões). Se em 2013 Elton usou um casaco azul alusivo à capa de Madman Across the Water, dessa vez os dizeres eram "Fantastic", numa referência ao Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy, de 1975.







segunda-feira, abril 03, 2017

De volta às edições de vídeo

Em 2008, como registrei aqui, comecei a usar o software Ulead Video Studio para fazer edições de vídeo. A princípio, apenas para disponibilizar o farto material que já havia começado a passar de VHS para DVD-R no ano anterior. Mas depois passei a utilizar o programa também para as gravações que fazia com minha modesta mas muito prática câmera digital compacta Sony Cybershot. No começo, o YouTube tinha uma restrição de dez minutos por postagem. Quando passou para uma hora, aproveitei e disponibilizei um "compacto" do show de Alice Cooper no Pepsi on Stage em 2011 (vejam aqui).

O problema é que, para fotografar shows, a Sony era muito limitada. As fotos não ficavam boas. E, para levar minha Canon semiprofissional, eu precisaria estar credenciado como fotógrafo. Decidi procurar uma máquina que fosse compacta, mas boa o suficiente para minhas necessidades. E encontrei um modelo exatamente como eu queria: a Nikon Coolpix P-300. Tinha todas as regulagens básicas e ainda gravava vídeos em alta definição. Fiz a estreia da nova câmera no show de Chico Buarque.

Mas surgiu outra dificuldade: pelas limitações de meu computador, o Ulead Video Studio não conseguia trabalhar com arquivos de vídeo de alta definição. Dependendo da conversão que eu quisesse fazer, o programa caía. Com isso, não pude mais editar as gravações que eu trazia dos shows. O jeito era iniciar e encerrar cada registro no momento certo e depois subir o arquivo inteiro para o YouTube, sem podar ou combinar qualquer trecho. Acostumei-me a proceder dessa forma e continuei, sempre que possível, postando trechos de apresentações em meu canal do YouTube.

Este ano, como já anunciei aqui, adquiri um computador novo. E fiz questão de investir num modelo que fosse adequado para edições de vídeo. Na hora de testar o Ulead Video Studio, tive alguns contratempos. Primeiro, ele não reconhecia arquivos de extensão MOV. Busquei ajuda na Internet e encontrei a solução. Era uma incompatibilidade com o Windows 10. Para resolver, basta baixar e instalar a versão mais recente do QuickTime for Windows. Depois, procurar o arquivo QTCF.dll, copiá-lo e colá-lo na pasta Windows. Pronto! Para mim, solucionou.

Mas tive outro obstáculo para superar. Desde meus primeiros passos na informática eu observo que as mensagens de erro raramente indicam a causa real de um problema. Pois eu tentava gerar um arquivo de vídeo e, ao escolher a pasta para salvamento, recebia o seguinte aviso: "The file may be write-protected." Ou seja, o arquivo pode estar protegido contra gravação. E a partir daí o programa nem gerava o novo vídeo. Depois de fazer as tentativas óbvias, como verificar as propriedades dos arquivos e configurações gerais, voltei ao Google para procurar um remédio. Após a leitura de várias sugestões apresentadas sem muita convicção, achei uma dica certeira: gravar em outra pasta. Tão simples! E resolveu.

Bem, agora é arregaçar as mangas e voltar ao meu adorado passatempo de editar vídeos. Inclusive, estou pensando em disponibilizar trechos de apresentações que venho gravando desde 2011, quando comprei minha Nikon. Agora eles podem ser montados de forma correta e reunidos em uma única edição por show. É material antigo, mas ainda pode interessar a muita gente. Outra ideia que posso colocar em prática é postar comentários meus de tempos em tempos. Eu conversando com vocês diante da câmera. Por que não? Muitos blogueiros já fazem isso. Mas este é um plano para mais adiante. Vou ensaiar bastante primeiro.

sábado, abril 01, 2017

Recomendação de e-book

Nada de trotes. Vou aproveitar a data de hoje para recomendar um excelente livro que, por enquanto, está disponível somente em versão e-book Kindle, tanto na Amazon americana quanto na brasileira. Como se sabe, o golpe militar de 1964 aconteceu efetivamente em 1º de abril e não 31 de março, como se eternizou. E o título desta obra observa bem esse detalhe. "O golpe militar de 1º de abril de 1964", de Nilson Nobuaki Yamauti, é um extenso e fundamentado relato dos fatos que levaram ao afastamento do Presidente João Goulart. O site da Amazon indica 548 páginas de texto. Para quem se interessa pelo tema, é uma leitura cativante e proveitosa.