segunda-feira, maio 27, 2013

Yes no Araújo Vianna

Exatos 15 anos depois de um show no Opinião, o Yes retornou a Porto Alegre para uma apresentação num local bem mais confortável: o Auditório Araújo Vianna. Mas essa não foi a única diferença. Desta vez o vocalista não é Jon Anderson e sim o seu xará Jon Davison, vindo do Glass Hammer. Mas, a exemplo do substituto anterior Benoit David, a voz é idêntica. Anderson saiu em 2008 por problemas respiratórios, mas já está de volta aos palcos em show solo (apresentou-se no Teatro do Borboun Country em 10 de dezembro de 2011, como registrado aqui).
É curioso que o grupo tenha optado por uma turnê totalmente desvinculada de seu mais recente álbum de estúdio Fly From Here, de 2011. O CD trouxe de volta o produtor Trevor Horn, que já havia ocupado o posto de vocalista em 1979 no LP Drama. Daquela vez, veio junto com ele o tecladista Geoffrey Downes, já que os dois eram os Buggles, famosos pelo sucesso "Video Killed The Radio Star". Essa inusitada combinação Yes-Buggles já preparava o repertório do disco seguinte quando o conjunto se desfez. Downes e o guitarrista Steve Howe montaram o Asia e Trevor Horn iniciou uma bem sucedida carreira de produtor, tendo inclusive trabalhado com o Yes em 1983 no disco 90125 (aquele do "Owner of a Lonely Heart").
Corta para 2011. Convidado para produzir novamente o Yes, Trevor Horn decide tirar do baú as canções que ele e Downes estavam compondo em 1980. Isso acaba contribuindo para que o tecladista volte em definitivo ao grupo, no lugar de Oliver Wakeman (filho de Rick). E assim nasce o CD Fly From Here. Só que nesta excursão nenhuma música do álbum citado está sendo executada. A proposta 100% nostálgica é tocar na íntegra os antológicos Close to The Edge (1972), Going For the One (1977) e The Yes Album (1969), nessa ordem. Geoffrey Downes não teve qualquer envolvimento em nenhum dos três trabalhos. Mas não faz feio em recriar as contribuições de Rick Wakeman (nos dois primeiros) e Tony Kaye (no terceiro).
Não há solo de bateria de Alan White, nem de baixo de Chris Squire, como em 1998. Mas ninguém na plateia está reclamando. O guitarrista Steve Howe tem o seu momento sozinho no palco em "The Clap", como já fazia parte do script. Pela posição dos teclados, Geoffrey Downes fica a maior parte do tempo de costas para o público (tive de ficar atento para fotografá-lo nos raros momentos em que virava o rosto). E Jon Davison, magrão de cabelos compridos com visual anos 70, lembrando Ritchie no tempo do Vímana, mostra-se simpaticíssimo, arriscando com segurança algumas palavras em português (ele é casado com uma gaúcha há 15 anos).
Em vez do tradicional bis programado, a banda emenda direto "Roundabout", do álbum Fragile (que eu teria escolhido para ser tocado inteiro em vez de Going For The One, mas tudo bem). Foram mais de duas horas e meia de rock progressivo com total competência. O Yes já há bastante tempo é uma marca de propriedade de Chris Squire, mas enquanto se mantiver fiel à sonoridade esperada, com uma quantidade razoável de integrantes das formações clássicas, será bem-vindo. Dizem que vem álbum de inéditas por aí (o primeiro com o novo vocalista, já que Fly From Here teve Benoit David). E, antes tarde do que nunca, o meu veredito: o Araújo Vianna reformado está definitivamente aprovado como o melhor local em Porto Alegre para shows internacionais. Aproveito para lembrar aos promotores que fãs de hard rock e heavy metal, em especial da minha faixa etária, também gostam de assistir a shows confortavelmente sentados. Portanto, não descartem o Araújo para apresentações desses gêneros.

Começo do show. Trecho de "And You And I" Encerramento com "Roundabout".  

(Quem tem acesso ao Facebook pode ver mais fotos do show no meu álbum aqui.)

quinta-feira, maio 23, 2013

Grande Charles Aznavour

Um auditório Araújo Vianna lotado, com público predominante acima de 50 anos (meu caso), assistiu ontem a um surpreendente desempenho de um senhor francês que completava 89 anos na data. Faltou uma comemoração organizada com bolo e velas. A plateia até cantou um "Parabéns a Você" de forma desordenada no final, mas ficou nisso. Valeu a intenção.
Charles Aznavour entrou no palco às 21 e 7, mostrando que a pontualidade francesa pouco fica devendo à britânica. Sua figura não esconde a idade, mas a voz continua perfeita, talvez até aprimorada pelo "veludo" dos anos, como ocorre com alguns cantores. Chama a atenção também sua vitalidade e energia, movimentando-se com leveza no palco. Para minha decepção ele interpretou "The Old-Fashioned Way" em sua versão original em francês ("Les Plaisirs Démodé"), então não pude cantar junto. É normal que ele prefira o seu próprio idioma, mas a gravação em inglês foi a que fez sucesso mundial, em parte graças ao filme "O Caso dos Dez Negrinhos". E, no caso de "Que C'est Triste Venise", ele optou pela letra em italiano, "Com'è Triste Venezia". Já "She" só poderia ser mesmo em inglês.
A apresentação terminou pouco antes das 10 e meia, com aplausos efusivos, mas sem bis. Várias fãs aproveitaram para lhe entregar flores na despedida. Se Charles Aznavour continuar assim, fazendo shows com vontade e emoção, poderá chegar aos 100 anos!

sábado, maio 18, 2013

Adendo

Adicionei mais uma foto a esta postagem aqui e aproveitei para acrescentar também um comentário que achei pertinente.

sábado, maio 11, 2013

Dia das Mães

Feliz Dia das Mães! Para a minha mãe, onde estiver. Para a mãe do Iuri, minha eterna amiga. Para minha irmã, que além de ter os seus filhos, é também minha segunda mãe. E para todas as minhas amigas que são mães. Um beijo em todas vocês e um muito especial para a Dona Irene, aí da foto.

quarta-feira, maio 08, 2013

Luciana Costa hoje à noite

Antes tarde do que nunca, a dica: hoje tem Luciana Costa às 20 horas, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana. A cantora gaúcha está de volta a Porto Alegre depois de cinco anos e meio, com seu show Rock-Pop-Balada-Blues. Será acompanhada por Ângelo Primon (violão, guitarra e viola de 10 cordas), Giovani Berti (percussão) e Diego Banega (baixo).

sábado, maio 04, 2013

Encontro Famequiano

Definitivamente, está aberta a temporada dos reencontros. Mesmo com atraso, permitam-me registrar a reunião que aconteceu no feriado de 1º de maio, quarta-feira, de colegas do curso de Jornalismo da FAMECOS - PUC/RS. Tudo começou no domingo passado, quando fui na farmácia à noite e, na saída, ouvi uma voz chamar meu nome. Era Vladimir Platonow, que aparece na foto acima à esquerda, tendo ao seu lado Marisa Schneider, Sílvia Marcuzzo e eu. Ele hoje reside no Rio de Janeiro, mas veio a Porto Alegre a passeio. Num papo rápido, ele sugeriu de tentarmos reunir uma turma de colegas de faculdade, até como uma forma de comemorarmos os 20 anos de formatura (completados em 9 de janeiro, como citei aqui). E foi o que acabamos fazendo no "apê ecológico" da Sílvia, como definiu o próprio Vladimir.
Aqui vemos Vladimir, Marisa, Sílvia e Celso Sant'anna, que foi o fotógrafo na foto ao topo, em que eu apareço.


Por fim, graças à providencial ajuda do marido da Sílvia, conseguimos tirar algumas fotos em que nós cinco aparecemos: Vladimir, Marisa, eu, Sílvia e Celso. Uma noite não é suficiente para colocar as novidades em dia, mas foi bom ter notícias dos velhos amigos e me sentir novamente um "Famequiano". Com exceção da Marisa, que de qualquer forma foi minha colega em algumas disciplinas, todos se formaram comigo.


quarta-feira, maio 01, 2013

Experimentos fotográficos