quarta-feira, setembro 30, 2009

A lista da faxineira

Hoje, por mera casualidade, li uma crônica do Kledir Ramil em que ele fala sobre supermercado. Está no blog dele. Fiquei meio decepcionado, porque é uma ideia que estava na minha cabeça desde segunda pela manhã. Eu até vou escrever o que pretendia, mas já sei que não será original. Infelizmente, certos temas são óbvios. O próprio assunto "supermercado" já constou aqui algumas vezes.

Quando eu estava para casar, uma colega minha me falou: "Eu quero te ver no supermercado!" Ora, qual o problema? Estou acostumado a frequentar supermercados desde a infância. Mas logo percebi o que ela quis dizer. Quando se é criança, vai-se a supermercados em horários bem tranquilos. Na vida adulta, trabalhando, tudo isso muda. Enfrentam-se os movimentos das seis da tarde, das sete, das nove da noite, das 11 e meia aos sábados... É bem mais complicado. E estressante.

Mas confesso que supermercado pra mim não é problema... se for para comprar itens de meu interesse! Difícil mesmo é a lista de produtos de limpeza da faxineira. Essa me deixa bem tonto entre as prateleiras. E me faz lembrar de uma ocasião, lá nos meus 20 e poucos anos, em que uma namorada minha pediu que eu fosse comprar azeite no mercado próximo. Ela e uma amiga queriam fazer pastéis. Voltei e disse que não tinha encontrado. Claro: eu procurei uma embalagem onde estivesse escrito A-Z-E-I-T-E! E elas ainda riram de mim por isso. Então como eu não vou saber que azeite está dentro da lata onde se lê "óleo"?

Esse é o problema da lista da faxineira: além de eu ter que encontrar em que prateleira se encontra cada produto, ainda tenho que traduzir o que está no papel para a linguagem das embalagens. Lembro de um dia em que perguntei para um atendente: "Não tem Qboa?" Ele respondeu que não, mas que havia outras marcas de água sanitária. Ah, bom. Cera incolor... Tá aqui. Bombril é fácil. Detergente para banheiros... Detergente para banheiros... Encontrei no tempo regulamentar o saco de lixo de cem litros, o multiuso, o Pinho Sol e o detergente para louças. Mas o detergente para banheiros eu fiquei devendo.

Sempre que eu entro no supermercado com uma lista da faxineira no bolso, sinto-me como se estivesse participando de uma dessas competições de TV ou gincana de colégio. O objetivo é: achar todos os produtos de limpeza sem errar e sem atrasar os compromissos. Foram raras as vezes em que consegui. A lista deveria vir exatamente com o que está escrito na embalagem.

Leia também:

Supermercado
Homem em supermercado
Dica para os Maridos
Atendimento

E, para ler a crônica do Kledir, clique aqui.

terça-feira, setembro 29, 2009

Rapidinhas

A Janete voltou da Europa sã e salva. Depois quero ver se a convenço a deixar mostrar algumas fotos aqui no Blog. Ela fotografou, por exemplo, as calças do David Bowie no Hard Rock Cafe de Lisboa. E uma exposição dos Beatles em Londres.

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Acabei de receber um torpedinho no celular: "SBT, promoção 10 casas semanais. Seu celular foi sorteado com uma CASA no valor de 50.000. Para informações, ligue grátis do telefone fixo..." Como este celular foi muito usado para promoções há alguns meses, cheguei a ficar em dúvida. Ligo ou não ligo? Mas uma consulta rápida ao Google me confirmou que é golpe.
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O cronista Paulo Sant'anna é um egocêntrico assumido. Ele próprio chega a fazer piada disso. Mas hoje ele se superou. O título da coluna dele foi: "Por que gostam tanto de mim?" Deve ser por essa sua modéstia inigualável, Sant'anna!
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Boa noite. Durmam bem.

sexta-feira, setembro 25, 2009

Abaixo-assinado: Beatles mono em venda avulsa

Cláudio Dirani, autor do livro "Paul McCartney - Todos os Segredos da Carreira-Solo", está organizando um abaixo-assinado em nível mundial para que a EMI lance os CDs dos Beatles em mono para venda avulsa. Como se sabe, a caixa "Beatles in Mono" custa uma pequena fortuna e não foi lançada no Brasil. Já que a única opção é importar, que ao menos se possam comprar os CDs aos poucos, ou mesmo escolher somente os que interessam (o interesse maior é por "Sgt. Pepper's" e o Álbum Branco, pelas diferenças significativas na mixagem em relação ao estéreo). Para assinar, clique aqui.

terça-feira, setembro 22, 2009

Fotografando viagens

Há alguns anos – tá bom, há algumas décadas – um amigo meu estava lembrando de um conselho que eu lhe havia dado antes de uma viagem dele para os Estados Unidos. E que ele se arrependia de não ter seguido. Resumia-se numa frase: "Bate foto de tudo!" Tempos depois de retornar, ele lamentava não ter posto em prática minha recomendação.

Eu falava por experiência própria. Quando estive na Flórida por duas semanas, aos 13 anos, tirei somente 40 fotos. Acham que foi muito? A verdade é que tudo parece muito banal quando está ali, disponível aos olhos. Mas depois, o que não se fotografou desaparece no tempo. Sim, fica na lembrança. Mas não é a mesma coisa. Eu me arrependi de não ter registrado imagens do hotel, dos corredores, do quarto, do saguão, das ruas, esquinas, prédios, da praia, dos colegas de excursão, das guias, do ônibus, do motorista, enfim, de tudo mesmo. Mas tive a felicidade de voltar mais duas vezes. Nem é preciso dizer que, nessas ocasiões, pequei por excesso. Gastei uma fortuna com filmes e revelações (ainda não havia máquina fotográfica digital) e ainda gravei várias fitas de vídeo. Mas valeu a pena.

É por isso que, nessa minha troca de torpedinhos com a Janete, que está na Europa, entre mensagens de saudade, novidades colocadas em dia e boletins instantâneos, eu sempre digo: fotografa bastante. Fotografa tudo. Por mais que se saiba narrar o que aconteceu depois, só o que se consegue dividir da viagem com os amigos na volta são as fotos.


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A propósito, a Janete é tão fã de Kleiton e Kledir que fez questão de ir a Portugal, para "ver o passaredo pelos portos de Lisboa". E planejou a viagem para esta época do ano para poder "voltar na primavera", que era tudo o que ela queria. No dia do embarque ainda vai dizer: "deu pra ti, baixo astral, vou pra Porto Alegre, tchau". E eu aqui, segurando o leme desta nave incandescente, esperando a minha fonte da saudade. O domingo vai demorar mais a chegar do que maria-fumaça devagar quase parada indo para a estação de Pedro Osório.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Coincidência musical

Hoje eu estava ouvindo o CD "Time Out", do Dave Brubeck Quartet, quando entrou uma melodia familiar. Pensei: ah, sim, eles vão começar a tocar "All My Loving", dos Beatles. Mas executaram apenas um trecho curtinho. De repente, caiu a ficha: essa gravação é de 1959! É anterior aos Beatles. "All My Loving" ainda não existia. Será que os Beatles se inspiraram nesse grupo de jazz? Ouçam a música "Kathy's Waltz" a partir da marca de um minuto e tirem suas próprias conclusões. A semelhança é incrível.

domingo, setembro 20, 2009

Mexendo comigo

Este livro está em pré-venda na Amazon inglesa. Ainda não tem data para lançamento. O título parece que foi escolhido de propósito para que eu me interessasse.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Chat com Kleiton e Kledir

Kleiton e Kledir anunciam:

"Coisa boa é um amigo, pra poder se encontrar e jogar conversa fora". Dia 22, 3a feira, 22h00, nós vamos estar no chat da Comunidade K&K batendo um papo e trocando figurinhas sobre nosso novo CD/DVD AUTORRETRATO.

Nos vemos lá: www.kleitonekledir.com.br

Infelizmente a fã número um do Kleiton, a Janete, não vai poder participar. Nesse dia e horário ela vai estar num quarto de hotel de Londres ou Paris, às duas da manhã pelo fuso local, sem Internet. Coitadinha...

terça-feira, setembro 15, 2009

Aluga-se o sol

Hoje pela manhã fui levar algumas roupas em uma lavanderia perto de minha casa. A moça comentou:

- Tem que aproveitar o tempo, né?

Ela se referia ao sol e o calor que está fazendo desde ontem em Porto Alegre. Pensei por alguns segundos e perguntei:

- Vocês secam as roupas no sol?

- No sol e na secadora, depende.

Saí dali com uma sensação estranha. Estou pagando para a lavanderia, mas é o sol que vai secar minhas roupas. Em outras palavras, o sol nasce para todos, mas tem gente cobrando por ele. Sim, eu sei que estou pagando porque quero. Meu interesse maior é na lavagem. Mesmo assim, achei curioso.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Que venham os Bee Gees!

Os Bee Gees vão voltar. Ou pelo menos é essa a intenção. Desde a morte de Maurice em 2003, os planos de Barry e Robin nunca haviam ficado claros. Em alguns momentos, diziam que o grupo iria continuar. Em outros, desmentiam. Fizeram uma apresentação isolada em 2006 no Prince's Trust (foto), mas permaneceram com suas respectivas carreiras e shows. Pois agora o anúncio é oficial. A imprensa do mundo inteiro está divulgando que os Bee Gees estão de volta.

A única ocasião em que os Bee Gees se apresentaram na América do Sul foi na Argentina em 1997, na turnê One Night Only. Vários brasileiros se deslocaram a Buenos Aires para assistir ao show. Inclusive, em determinado momento, uma bandeira do Brasil foi jogada ao palco. Isso foi notícia na imprensa brasileira. Em novembro de 2005, Robin Gibb se apresentou no Credicard Hall, em São Paulo. Apesar da divulgação precária, quatro mil pessoas compareceram para prestigiá-lo.

Em geral, a crítica e os fãs do mundo todo consideram os anos 60 e 70 como as melhores décadas dos Bee Gees. A primeira, por baladas inesquecíveis como "Massachusetts" e "I Started a Joke". A segunda, pela febre da discoteca, a trilha sonora de "Embalos de Sábado à Noite" e outras composições da mesma estirpe, como "Tragedy" e "Too Much Heaven". Pois no Brasil existe uma geração nova de fãs para quem os discos posteriores aos anos 70 são tão marcantes quanto os anteriores. É claro que muito disso se deve à influência da época em que esses admiradores nasceram, com músicas como "Wish You Were Here" e "For Whom The Bells Toll" sendo divulgadas em novelas da Globo. Mas, ouvindo com atenção cada um dos álbuns desse período, percebe-se que esses jovens não estão errados. Discos como "One" (1989), "Size Isn't Everything" (1993), "Still Waters" (1997) e "This is Where I Came In" (2001), são tão bons quanto os trabalhos mais lembrados da fase áurea. A verdade é que os Bee Gees sempre mantiveram o mesmo nível de criatividade e competência, mesmo nos momentos em que foram pouco valorizados pela mídia. E se houve um país em que isso foi percebido e reconhecido, foi o Brasil.

No momento em que os Bee Gees falam em voltar a fazer shows, os empresários, promotores e patrocinadores não podem dormir no ponto. Os fãs brasileiros merecem um show do grupo. Não sei quem seriam as pessoas certas para fazer os contatos, mas o primeiro passo é deixar claro que existe um interesse enorme de assistir a uma apresentação de Barry e Robin por aqui. Basta dizer que a maior comunidade dos Bee Gees no Orkut já conta 61 mil integrantes. Mexam-se, descubram os canais certos, mas não deixem passar essa oportunidade. Queremos os Bee Gees no Brasil!

Poeira Zine

O editor Bento Araújo já está anunciando o lançamento do número 26 de Poeira Zine. O exemplar traz minha segunda participação como colaborador, desta vez escrevendo sobre Renato e Seus Blue Caps.

Orkut

A lista de comunidades do Orkut sempre mostra primeiro as comunidades atualizadas mais recentemente. Em outras palavras, são as mais movimentadas que aparecem no topo. Na minha lista, geralmente a primeira é a do Sport Club Internacional. Nada incita mais a discussão do que futebol. Mas, nos últimos dias, "Beatles Brasil" tem liderado o ranking. Os relançamentos em CD são o assunto do momento.

sábado, setembro 12, 2009

Os CDs dos Beatles

O Álbum Branco dos Beatles já está esgotado na Saraiva de Porto Alegre. Explica-se: era o único que já estava fora de catálogo havia bastante tempo na série anterior. Eu próprio não o havia comprado em CD pois, confesso, não é dos meus preferidos. Depois me arrependi, pois minha coleção ficou incompleta. Mas o estoque com certeza será reposto. E breve deve chegar também às outras lojas.

Os CDs que estão sendo lançados no Brasil são as edições em estéreo. Os quatro primeiros, "Please Please Me", "With The Beatles", "A Hard Day's Night" e "Beatles For Sale" só haviam saído em CD em mono até agora. Mas a versão "estéreo" de "P.S. I Love You" que "vazou" antes do tempo e foi divulgada na Internet, como se suspeitava, era falsa. Era uma mixagem horrível, com o som todo praticamente em um canal e um baixo no outro. Essa música e "Love Me Do" não existem em estéreo e foram mantidas em mono, mesmo.


P.S.: A Saraiva ainda tinha um exemplar do Álbum Branco, que estava na vitrine. Agora não tem mais...

quarta-feira, setembro 09, 2009

O dia D para os Beatlemaníacos

O anúncio foi feito com meses de antecedência, mas hoje, dia 9 de setembro, é a data oficial do relançamento dos álbuns dos Beatles em CD. Eles já haviam saído em 1987, mas desde então os fãs e colecionadores clamavam por uma remasterização mais caprichada. Desta vez são duas edições: uma em mono, outra em estéreo. A primeira só está disponível em uma caixa que logo esgotou em pré-venda na Amazon americana. A minha está vindo da Amazon inglesa. Vai causar uma queda vertiginosa no meu saldo bancário, ainda mais considerando a taxa de importação quando chegar no Brasil. Mas o 13º está logo ali para cobrir o rombo.

Talvez as gerações mais novas não entendam o porquê de tanto interesse por gravações em mono. Não bastaria pegar os CDs em estéreo e jogar os dois canais num só? Alguns amplificadores já vêm com esse recurso. Mas a resposta é: não. No caso dos Beatles (e de vários outros grupos dos anos 60), as músicas eram mixadas, em primeiro lugar, em mono. Em geral os próprios Beatles participavam dessa etapa e tudo era feito meticulosamente, para obter o melhor resultado possível. Depois é que se faziam as mixagens para estéreo, que ainda era visto como um recurso novo e secundário. Não vai muito longe: é mais ou menos o que o 5:1 é hoje. Muitos dos clássicos do rock já foram remixados nesse formato para lançamento em SACD ou DVD-A, mas poucos privilegiados tiveram a chance de ouvir o resultado.

Assim, como o estéreo era relegado ao segundo plano nos anos 60, as gravações em mono eram mais ricas em detalhes. Em alguns casos, apareciam diferenças notáveis. Basta dizer que, em 1980, foi lançado nos Estados Unidos (e depois no Brasil) um LP chamado "Rarities" contendo faixas raras ou pouco conhecidas dos Beatles. Entre elas, apareciam as versões mono de "Helter Skelter" e "Don't Pass Me By", do Álbum Branco. E assim, várias outras músicas dos Beatles apresentam alterações significativas entre mono e estéreo. Unir os dois canais do estéreo num só não produzirá o mesmo resultado. (Se bem que a edição do Álbum Branco que saiu no Brasil nos anos 60 era exatamente assim, "falso mono", ou o que se chama em inglês de "fold down". Sem contar que "Revolution" tinha uma rotação totalmente distorcida, como se alguém ficasse brincando com o "pitch control" do toca-discos.)

Nem todo o mundo é obrigado a gostar dos Beatles. Eu, por exemplo, não sou exatamente fã de Elvis Presley, o "Rei do Rock". Mas reconheço e entendo a importância que ele teve na cultura como um todo. Infelizmente, nem todos os que não gostam dos Beatles compreendem o que eles significaram. Às vezes chego a ter pena de certos fãs de outros grupos que acham mesmo que, com um longo discurso, vão conseguir provar por "a" mais "b" vezes "x" dividido por "y" elevado ao quadrado que a banda preferida deles é ou era melhor do que o quarteto de Liverpool. E geralmente os argumentos são os mesmos: "Os Beatles duraram só dez anos, o Grupo Tal está aí até hoje" ou "durou mais de 30". "Fulano canta muito melhor do que Paul", "Beltrano toca muito melhor do que George", "Ringo é um baterista limitado" e assim por diante. A pérola mais incrível que já li foi a de que "os Beatles só são famosos porque John Lennon morreu". E ao final dessa argumentação toda, obviamente feita por pessoas desinformadas, os Beatles continuam sendo os maiores.

Preparem-se para uma overdose de Beatles nos próximos dias. Nos próximos meses. Anos. Décadas. Séculos. Os Beatles são eternos.

terça-feira, setembro 08, 2009

Confirmado o corte no DVD

Atualizei o tópico abaixo sobre o filme "Meu Amigo, o Dragão". O DVD brasileiro está cortado, mesmo.

O anúncio original

A citação de um valor como se fosse dólar, inclusive com ponto em vez de vírgula, me fez desconfiar que o anúncio da Volkswagen mencionado abaixo fosse uma tradução do inglês. Pois aí está o original. A questão agora é: este é legítimo ou também falso?

P.S.: Não quero ser chato, mas já achei erros na tradução. O que em português foi escrito como "quando sua esposa for fazer compras no shopping" no original significava "quando sua esposa for olhar as vitrines (window-shopping) em um Volkswagen", o que faz muito mais sentido no contexto.

domingo, setembro 06, 2009

Cadê a música?


É impressão minha ou a música mais bonita do filme "Meu Amigo, o Dragão" (Pete's Dragon) foi cortada do DVD brasileiro? Verificando o trecho acima, que foi postado no YouTube, a canção deveria começar na marca de 42:46, logo após o final da cena que chega a aparecer no site. Em vez disso, muda para a cena seguinte. Como se trata de uma "edição estendida", tentei localizar mais adiante, mas não encontrei nada. Muito estranho.

"Candle on The Water" é uma das músicas mais bonitas de uma produção Disney. A letra tem significado literal no filme, mas serve como mensagem de otimismo para qualquer pessoa enfrentando dificuldades. A atriz Helen Reddy é também cantora e isso valoriza ainda mais a interpretação. A contracapa do DVD informa que a composição foi indicada para o Oscar de Melhor Canção em 1997 (na verdade 1977). Será que foi incluída como "ovo de Páscoa"? Como os DVDs às vezes têm comportamento misterioso, agradeço a qualquer orientação. Mas, até prova em contrário, parece que a música foi cortada, mesmo.

P.S.: Segundo mensagem recebida de Leonardo, fã de Walt Disney, o DVD está mesmo cortado:

Embora o DVD se apresente como "versão estendida", não somente "Candle on the Water" foi cortada, mas outros números também (ou cortados, ou condensados), além de cenas. Tenho o filme original em inglês, um DVD de 129 minutos, sendo que o brasileiro tem 106... É duro!

Imaginei que talvez o DVD tenha sido cortado para poder reutilizar a dublagem da TV, que quase sempre apresenta filmes muito longos em versão reduzida, mas Leonardo explicou:

A dublagem a que você se refere é exatamente a mesma de quando o filme inteiro era exibido nos cinemas (diga-se de passagem, integralmente, com todas as cenas e números musicais e não como este dvd que temos agora no Brasil...). É uma dublagem clássica, com a atriz Ida Gomes, recentemente falecida, fazendo a voz da vilã.

Então não há mais dúvidas: trata-se mesmo de mutilação explícita. É um caso para recall, ou recolhimento do produto já distribuído para venda. Já acho um descaso tremendo quando os DVDs nacionais não incluem os mesmos extras das edições estrangeiras. Mas cortar o próprio filme não tem justificativa!

A loja onde fiz a compra já se prontificou a efetuar a devolução. Acho que todos os que já compraram o DVD deveriam tentar devolvê-lo. Seria um bom começo.

sábado, setembro 05, 2009

Torpedo internacional

Que emoção receber no celular uma mensagem da Janete dizendo: "Oi, estamos em Madri." Ela e a Cenira saíram daqui ontem e passaram a madrugada atravessando o Atlântico. Mas perderam a conexão e só embarcarão para Lisboa às 22 horas (horário de lá, presumo). Mais tarde veio outro recado: "Depois de um almoço maravilhoso pago pela Iberia, olhamos todas as lojas e falta muito!" Que diferença para quem costumava enviar essas mensagens logo ali, de Teresópolis. A tecnologia é mesmo fantástica.

sexta-feira, setembro 04, 2009

LPs originais de B.J. Thomas em CD

Às vezes os meus "sonhos de colecionador" se tornam realidade. Mas este é um caso em que a realização é total, sem tirar nem pôr. Muitas vezes eu imaginei que os LPs originais de B. J. Thomas para a Scepter Records (lançados no Brasil pela Top Tape) poderiam ser relançados em CD no formato "2 em 1" (conhecido em inglês como "twofer"). Nem sempre dois LPs cabem num CD só, mas no caso de B. J., até sobra espaço. Pois nesta semana fiquei sabendo que os quatro CDs acima têm lançamento marcado para o dia 20 de outubro nos Estados Unidos. Eles contêm os oito LPs que o cantor gravou entre 1966 e 1972 e, em alguns casos, faixas-bônus. Todos os grandes sucessos que conhecemos - e que já foram incluídos exaustivamente em coletâneas repetitivas - estão dispersos nesses discos. Mas as outras músicas são tão boas quanto. Em especial, eu adoro "Table for Two For One" e "Are We Losing Touch", que nunca entraram em nenhuma compilação. Esta é a primeira vez que esses discos saem em CD, com exceção de "Billy Joe Thomas", que já havia sido relançado somente no Japão.

Quando B. J. Thomas se apresentou em Porto Alegre no dia 12 de novembro de 2005, perguntei a ele após o show quando os discos da Scepter seriam relançados em CD. Ele respondeu que "provavelmente nunca", pois a gravadora havia fechado e as fitas estavam perdidas. Eu sabia que a informação não poderia estar totalmente correta, porque o material da Scepter estava sendo relançado de diversas formas. Inclusive a coletânea "Have a Heart - The Love Songs" incluía faixas inéditas daquele período. Recentemente, B. J. lançou um CD de música brasileira em reconhecimento aos fãs que tem aqui, quase todos conquistados pelas músicas que entraram em novelas (em especial "Rock and Roll Lullaby", mas também "Long Ago Tomorrow" e "Oh Me, Oh My"). Pois já que ele tem essa atenção especial com o público do Brasil, poderia tentar fazer com que esses CDs tivessem lançamento nacional. Em todo o caso, estejam certos de que eu não vou esperar: tão logo estejam disponíveis para encomenda, pedirei os meus importados, mesmo. Nada contra os Beatles, a quem adoro e de quem pretendo comprar os relançamentos também. Mas essa notícia me entusiasmou mais, pois B. J. Thomas não tem a mesma popularidade e a chance de relançamento era bem menor. Pois vai acontecer. E exatamente como eu queria.

Leia também:

O show de B.J. Thomas
O autógrafo
B.J. Thomas (como me tornei fã)

Criatividade

Quem criou esse "anúncio" que circula por e-mail como se fosse de 1969 bem que tentou fazer parecer legítimo (clique para ampliar e ler melhor). Mas não adianta, até hoje não vi nada falso na Internet que não contivesse erros de ortografia. O mais gritante é a forma com que escreveram "concessionária". E, como bem observou um colega, naquela época não existia Shopping no Brasil. Nem o termo era conhecido. Fora isso, talvez até se pudesse supor que a publicidade daquele tempo não teria o menor pudor em divulgar uma mensagem machista.

P.S: veja "O anúncio original".