quinta-feira, março 31, 2016

A manifestação pela democracia

Bem que eu tentei desconsiderar as manifestações, alegando que já me expressei na urna e que o resultado da eleição tem que ser respeitado. Mas hoje senti que eu tinha que me posicionar. Que aqueles que pretendem defender a democracia não podem se omitir completamente. Então me agreguei às pessoas que se reuniram na Esquina Democrática, em Porto Alegre. Peguei um ônibus mais ou menos às 19:30 e cheguei ao centro pouco antes das 20 horas.
Foto copiada do Facebook de um amigo. Esta faixa me emocionou. Percebi que estava em uma demonstração em que os participantes conhecem História do Brasil. Isso faz toda a diferença.

Encontrei minhas amigas Nereidy e Margot, ambas ex-alunas do Pio XII, como eu.
Eu e Rogério Frantz, colega de trabalho já aposentado.
Está de costas, mas dá pra identificar Raul Pont à esquerda, de camisa branca.
Aproximadamente às 20 e 30, teve início a caminhada até o Largo da Epatur, seguindo pela Borges de Medeiros.









A esquina da Cinemateca Capitólio.


Chegando ao Largo pela José do Patrocínio.


Mais dois ex-alunos do Pio XII que encontrei por lá: Arienei e Sílvio.
O caminhão de som já devidamente instalado no Largo da Epatur. Meu comparecimento a esse evento não foi por Dilma, por Lula ou pelo PT: foi pela democracia. Pelo respeito ao processo eleitoral. Somos todos brasileiros e pudemos votar. Eu espero continuar votando, na certeza de que as urnas permanecerão soberanas na escolha de nossos governantes.

sábado, março 26, 2016

Feliz Páscoa

Esta imagem foi compartilhada por meu amigo Carlos Navarro no Facebook. Aproveito para trazê-la para cá e desejar uma Feliz Páscoa a todos os visitantes do Blog! Que a ressurreição de Cristo possa inspirar o renascimento de paz e amor nestes tempos tão complicados.

sexta-feira, março 25, 2016

Sexta-feira Santa

Como Cristão, esta é a melhor mensagem que posso deixar a todos nesta Sexta-feira Santa. E aproveito para republicar um texto de minha irmã que foi postado no site Espaço Vital em 2005:


O significado do crucifixo nas salas de audiência
 
Por Maria Beatriz Dreyer Pacheco,
advogada

A propósito da discussão sobre a presença de crucifixo nas salas de audiência, tenho um fato que acho relevante para sinalar. Meu saudoso pai, Ivéscio Pacheco, era magistrado. E quando assumiu, fez questão de me explicar o significado do crucifixo na sala de audiência.

Segundo ele, o crucifixo deveria ficar, sempre, na parede à frente do magistrado, não como símbolo religioso, como pretendem os mal-informados magistrados citados na notícia, mas "para lembrar um dos maiores erros de julgamento que a história já narrou"!

Assim, seria interessante que os atuais magistrados que questionam a presença deste elemento na sala de audiência buscassem na história do Judiciário o seu real significado. Por eu ter pouca idade à época em que isto me foi falado por meu progenitor, não posso recordar se esta exigência era apenas histórica ou decorrência de alguma norma legal própria, que trazia em sua exposição de motivos a razão primeira desta presença nas salas de audiência. Falem os historiadores...



Desfrutem do feriadão, mas sem esquecer o significado da data de hoje. 

domingo, março 20, 2016

CETE aberto em fins de semana

É notícia antiga, mas só hoje fiquei sabendo que o CETE, o Centro Estadual de Treinamento Esportivo do Menino Deus, voltou a abrir em sábados e domingos das 7 da manhã às 10 da noite. A diferença é que a pista oficial de corrida permanece fechada, mas a trilha de caminhada que se construiu ao redor fica disponível para uso. Vou poder novamente fazer meu exercício de domingo à noite nos fins de semana em que fico com meu filho, depois de deixá-lo em casa. Já comecei hoje.

Via notebook

A última vez que eu tinha usado o meu notebook foi há pouco mais de três anos, logo que me mudei para cá. Primeiro, antes de instalar o desktop, fiz minha primeira postagem usando o 3G, serviço que até já cancelei. Depois, numa noite em que faltou luz, liguei o note na bateria, mesmo. Pois agora meu computador está no conserto e eu estou rezando para que dê certo, pois só depois de chegar na oficina, por um telefonema que veio bem na hora, fiquei sabendo que eles não têm e não conseguem peças originais de reposição.

Este portatilzinho velho de guerra está enferrujado. Alguns plug-ins estão desatualizados e não consegui salvar imagens capturadas de um DVD que pretendia postar aqui. Eu assisti ao excelente documentário "Mais Uma Canção", sobre Bebeto Alves, e queria publicar um comentário a respeito. Fica para a volta do computador grandão. Enquanto isso, aproveitei para examinar algumas fotos antigas que estavam no disco rígido do note e salvar boa parte do conteúdo no HD externo. Também não estou conseguindo rodar vídeos do YouTube e similares. Eu poderia tentar atualizar o software, mas tenho receio de que, em efeito cascata, eu acabe sendo obrigado a trocar o sistema operacional. Deixa assim, por enquanto.

Meu filho está dormindo. Ontem não fizemos nossa caminhada até o centro porque estava chovendo. Vamos ver como vai ser hoje. 

Bom domingo a todos.

quinta-feira, março 17, 2016

Bom dia (se possível)

Já houve uma época em que eu não esquentava a cabeça com política e até ria de quem se preocupava. Aquela doce alienação não volta mais. Posso não concordar com muita coisa que está acontecendo, mas continuo desejando a preservação da legalidade e do processo democrático. E lamentando que nosso povo tenha tanto ódio. Os fatos falam por si, mas quando há incitadores, fica ainda mais difícil. Rezo para que não paguemos um preço político alto demais por tudo isso. 

Bom dia.

domingo, março 13, 2016

Manifestação

Eu lembro da campanha das "Diretas Já". Uma recordação marcante foi uma caminhada feita na praia de Capão da Canoa no verão de 1984. Pesquisando no Google, verifico que foi no dia 19 de fevereiro, um domingo. Entre outros, teve a presença de José Fogaça e Pedro Simon. Terminou no Baronda, com vários notáveis falando ao microfone. O músico Kleiton, da dupla com Kledir, tentou ensinar ao público uma letra adaptada do refrão de sua "Vira Virou": "Já vira virou / a situação deste país / já troca trocou / o Presidente". Poucos se animaram a cantar, talvez porque a ideia não fosse "trocar" o Presidente (na época, João Figueiredo), mas sim alterar em definitivo o sistema de votação.

O sonho das diretas era tão acalentador que possivelmente muitos não tenham percebido um detalhe: o fato em si de se poder votar para Presidente não resolveria todos os problemas do Brasil. Não asseguraria a cada eleitor que "o seu" candidato chegaria à Presidência. Tampouco garantiria que o governante eleito agradaria a todos ou faria uma administração irretocável. E, no entanto, mesmo com eventuais imperfeições, a eleição pelo voto direto continuaria sendo o método mais justo de se escolher o Presidente. O único realmente democrático.

Tenho lido no Facebook alguns argumentos a favor das administrações recentes em relação às que tínhamos no tempo das eleições indiretas. Alguns deles, considero irrelevantes. São falhas que podem acontecer com qualquer governante e, por si só, não justificariam a defesa ao voto direto. Mais do que qualquer coisa, é uma questão de princípios. Hoje a escolha do Presidente está em nossas mãos. Mas é preciso respeitar a vontade da maioria. Em outras palavras: saber ser voto vencido. Uma, duas, três vezes. Quatro vezes. Se não for assim, de que forma será?

As pessoas que não gostam da Dilma deveriam se preocupar com a próxima eleição, não em ficar fazendo carnavaizinhos de protesto que não trazem nada de bom para o país. E, por mais que algumas digam que "só estão exercendo seu direito de manifestação" ou "querem apenas impeachment como foi o do Collor", não foi isso que se viu nas últimas demonstrações. Teve gente sugerindo que a Dilma se suicidasse (ao indicar que seguisse o exemplo de Getúlio Vargas) e apareceu também um cartaz lamentando que "não tenham todos morrido em 1964", referindo-se aos que eram contra a ditadura. Outros são mais sucintos: "Fora Dilma! Fora PT!" Ainda que tudo seja apresentado com uma roupagem festiva e animada, no fundo, é um discurso de ódio.

Não sairei à rua hoje. Sei que, em alguns lugares, também haverá manifestações a favor do Governo. Mas não vejo necessidade de participar nem de um lado, nem de outro. Já me manifestei na urna. E, que eu saiba, meu voto vale por quatro anos. É isso que eu quero ver respeitado. Além do mais, sei que muitos dos que expressarão seu apoio a Dilma também defenderão Lula. Para mim, esse é outro assunto. Não sou contra investigações, nem a favor da impunidade. Minha preocupação é com a preservação da legalidade e do estado de direito.

Estou muito, muito triste de ver a forma como se está fazendo oposição no Brasil. A democracia deveria ser uma coisa bonita.

quinta-feira, março 10, 2016

Aniversário de Fughetti

Hoje o grande roqueiro gaúcho Fughetti Luz, ex-vocalista do Liverpool e do Bixo da Seda, está completando 69 anos. A filha dele, Shanti, postou uma homenagem ao pai no Facebook e, mais uma vez, deu um "trato" numa foto tirada por mim, colocando essa moldura. A imagem é do dia 8 de maio de 1998, no Auditório Araújo Vianna, em que a formação completa do Bixo da Seda se reuniu para o show "Heróis do Rock". Parabéns, Fughetti!

quarta-feira, março 09, 2016

George Martin (1926-2016)

Por longas décadas, a história que se divulgou de como George Martin veio a se tornar produtor dos Beatles era a de que ele já estava pensando no caso de investir em música pop. Aí, por obra do destino, o empresário Brian Epstein apareceu para lhe mostrar um acetato dos Beatles, ainda com o baterista Pete Best. Martin não considerou o grupo exatamente genial, mas ficou intrigado o suficiente para querer conhecê-los. Cara a cara com os meninos de Liverpool, o produtor achou-os carismáticos e decidiu que valia a pena tentar um trabalho com eles. Ringo entrou de última hora para a bateria e o que aconteceu a seguir todos já sabem.

Mas, em 2013, Mark Lewisohn, pesquisador americano especializado em Beatles, publicou o primeiro de uma série de três livros em que pretende contar a história definitiva da banda. Ignorando mitos e lendas, Lewisohn ouviu as fontes primárias e descobriu a verdadeira versão sobre a entrada de George Martin na vida dos Beatles. O produtor já tinha escutado uma gravação do quarteto e o rejeitado sumariamente. Ocorre que a editora musical Ardmore and Beechwood, ligada à EMI, queria os direitos de "Like Dreamers Do", de Lennon e McCartney, e achou interessante o fato de que os Beatles compunham seu próprio material. Quando os executivos da gravadora descobriram que Martin estava tendo um caso com sua secretária Judy (que viria a ser sua segunda esposa) e a havia levado numa viagem profissional, o produtor ficou numa posição desfavorável. Acabou sendo pressionado a aceitar os Beatles no selo Parlophone. Assim, quando aconteceu o primeiro encontro entre ele e os músicos, a contratação dos Beatles já estava decidida.

Sem saber, George Martin estava sendo forçado a embolsar um verdadeiro bilhete premiado. A combinação da rebeldia e talento bruto dos Beatles com o refinamento musical do produtor resultou numa obra maravilhosa e eterna. E logo Martin estava produzindo outros artistas de Liverpool, como Gerry and the Pacemakers, Billy J. Kramer and the Dakotas e a cantora Cilla Black. O passo seguinte foi se tornar um produtor independente, montar seu próprio estúdio e se consolidar como um dos grandes nomes da música pop.

George Martin faleceu aos 90 anos. É outro que parte com sua missão mais do que cumprida.

sábado, março 05, 2016

Plateia dos Rolling Stones

O patrocinador publicou a "megafoto" da plateia dos Rolling Stones no Beira-Rio, no dia 2. Eu consegui me achar e "me marquei" via Paint, com um contorno branco. Não foi difícil porque eu estava de frente para o palco, na segunda fila das cadeiras inferiores. No caso, a "megafoto" permite navegação para visualizar qualquer parte do estádio. Aqui estou publicando apenas um recorte de onde eu me encontrava. Cliquem na imagem para ampliá-la.

sexta-feira, março 04, 2016

Lula

Assim como sou contra as manifestações que querem tirar Dilma na marra, também não acho pertinente os apoiadores de Lula protestarem agora. No primeiro caso, como eu já disse mil vezes, o resultado das urnas tem que ser respeitado. Já o depoimento de Lula faz parte de uma investigação que deve ser processada normalmente. Não sou a favor da impunidade, só não aceito golpe de qualquer espécie. Os dois lados têm que entender e aceitar as regras do jogo.

quinta-feira, março 03, 2016

Stones em Porto Alegre: rock and roll até debaixo d'água

Quando, pontualmente às 9 da noite de ontem, os Rolling Stones entraram no palco do Beira-Rio, em Porto Alegre, meu primeiro pensamento foi: este será o melhor show de minha vida. Eles abriram com a clássica "Jumpin' Jack Flash" e eu me senti surpreendido pela energia da banda. Mas depois o repertório não manteve o mesmo pique, ao menos por um tempo. De forma alguma achei o show fraco ou decepcionante, mas é a velha questão de querer ouvir as músicas preferidas. 
A segunda foi "It's Only Rock and Roll (But I Like It)" e aqui a chuva começou. Por sorte eu tinha levado capa, mas o fato de estar nas cadeiras inferiores não me protegeu, como eu imaginava. Sentei na segunda fileira e ali a água caía direto. E foi ficando cada vez mais forte. Nem o palco escapou. Mas o público procurou manter o astral, pulando e dançando enquanto se molhava.
Seguiram-se "Tumbling Dice" e "Out of Control". Quando Mick Jagger anunciou em português "a música que vocês escolheram" eu fiquei na torcida, mas a vencedora foi "Let's Spend the Night Together". Nada contra, mas acho que "Street Fighting Man" teria mais vibração para mexer com a galera. Outro desapontamento foi que eles não apresentaram "Wild Horses" ou "Angie". A "romântica" da noite, como dito em português por Mick Jagger, foi "Ruby Tuesday", outro clássico dos primeiros tempos.
Mais duas antológicas na sequência: "Paint it Black" e "Honky Tonk Women". O guitarrista Keith Richards teve o seu momento de vocal solo em "You Got the Silver" e "Before They Make Me Run". Depois de "Midnight Rambler" o show voltou a crescer com "Miss You", "Gimme Shelter" (ótima, com participação da vocalista de apoio), "Start Me Up", "Sympathy for the Devil" e "Brown Sugar". Aqui foi o "fim falso", mesmo assim muitos na pista começaram a sair do Beira-Rio. Sem demorar muito, o grupo voltou para o bis: "You Can't Always Get What You Want", com as vozes femininas do coral da PUC/RS, e a assinatura obrigatória com "(I Can't Get No) Satisfaction". Obrigado a Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Charlie Watts e demais músicos e cantores por este momento histórico.