sábado, agosto 29, 2009

Googlada censurada

Hoje um sujeito chegou no Blog com um argumento de pesquisa tão depravado que eu nem tive coragem de compilar para a próxima edição das "googladas incautas". Mas o que me deixou curioso é: onde e quando eu escrevi as palavras que ele usou? A resposta está num texto sobre os mosquitos. Especificamente na frase: "Não é o mosquito que pica, é a mosquita." Os outros termos estavam espalhados na página. E ele ainda entrou para ver se encontrava as fotos que queria. Aqui não, meu caro.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Comentário rápido

Sumido por sumido, tem gente mais interessante do que o Belchior para tentar encontrar. Eu queria achar mesmo é a Diana Pequeno.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Kleiton e Kledir no Bourbon Country

Muito bom o show de estreia nacional (ou "mundial", como eles disseram) da nova turnê de Kleiton e Kledir, "Autorretrato", no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Abriram com a faixa-título e apresentaram várias músicas do novo CD/DVD, como "Ao Sabor do Vento", "Estrela Cadente", "História de Amor", "Só Liguei", "Pelotas", "Eva", "Polca Loca" e, para o encerramento oficial (antes do bis), a vibrante "A Dança do Sol e da Lua". Das antigas, fiquei surpreso de ouvir "Paixão" com o mesmo arranjo da gravação original, com banda completa e Kleiton fazendo segunda voz. Nem no show de lançamento daquele LP, em 1981, a música foi tocada assim. Era sempre Kledir sozinho ao violão. Antes de cantar "Vento Negro", Kledir lembrou os anos 70, em que "a gente sonhava, sonhava, sonhava com tudo, sonhava até sem ser Prefeito de Porto Alegre", numa alusão ao autor da música, José Fogaça, que estava na fila B1 com a esposa e a filha. Em alguns momentos, o tecladista e o guitarrista reforçavam os vocais - quatro vozes, como no tempo dos Almôndegas. Na saída, a dupla recebeu o público para fotos e autógrafos. Kleiton e Kledir estão de parabéns pelo belo show e pela determinação em promover o repertório do novo CD. Agora queremos conhecer as outras 57 composições inéditas.

P.S.: Aí está boa parte de "Paixão" (comecei a gravar a partir do "maldito fecho eclair"):

segunda-feira, agosto 24, 2009

Desafio

Se eu fosse professor de publicidade, marketing ou algo relacionado, lançaria um desafio a meus alunos: escrever um texto para o site de uma empresa sem usar uma única vez as palavras transparência e diferenciado(a).

domingo, agosto 23, 2009

Dá-lhe Rubinho!

Eu nem saiba que tinha corrida hoje, mas o Iuri ligou a TV e deu tempo de ver o Rubinho Barrichello vencer. Fiquei emocionado. Mesmo sem acompanhar Fórmula 1, eu sempre achei que Rubinho foi trazido para o centro das atenções cedo demais com a morte de Ayrton Senna. Ele era a "arma secreta" do Brasil, mais ou menos como José Carlos Pace no tempo de Émerson Fittipaldi e o próprio Senna na fase áurea de Nélson Piquet. Pace, infelizmente, teve morte prematura em queda de avião logo depois de visitar Porto Alegre, em março de 1977. Pois agora, quem sabe, pode estar chegando a vez de Rubinho se destacar.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Perdido na minha própria cidade

Apesar de sempre ter morado em Porto Alegre, existem bairros de minha própria cidade que são desconhecidos para mim. Já estive lá algumas vezes, mas não conheço ruas ou trajetos. Pode parecer estranho, mas fazendo uma analogia, é mais ou menos como quem mora alguns meses ou anos no exterior e não aprende a língua local como poderia. Algumas pessoas são bloqueadas para idiomas. Eu sou assim para itinerários. Até uma certa idade, eu saía pouco. Mas mesmo nas voltas de carro com meu pai, eu não prestava atenção nas ruas e caminhos. Bairros eram imagens isoladas na minha cabeça. Eu não sabia como se interligavam. Quando fiz autoescola, expliquei isso ao meu instrutor. Ele me fez circular pela cidade toda, achando que, assim, eu aprenderia a me localizar melhor. Mas, naquela situação, minha preocupação era apenas dirigir bem, fazer as mudanças corretamente e conservar a posição certa nas pistas da rua. Até hoje, se alguém for me guiando passo a passo, dizendo de última hora cada rua onde devo entrar, eu não memorizo o trajeto. Se for bem explicado antes, aí até posso aprender. Meu filho, com todas as suas dificuldades, parece ser bem mais atento a itinerários do que eu. Certa vez entrei com ele no ônibus Assunção, quando ele estava acostumado com o Praia de Belas. Quando o veículo dobrou à direita logo após a escola Parobé, ele reclamou.

Pois um dos bairros relativamente desconhecidos para mim é Teresópolis. Anteontem à noite, consegui chegar lá, mas dobrei para o lado errado da avenida e fiquei todo atrapalhado para retornar. No final, o jeito foi pegar o celular e recorrer a uma "operação resgate". Mas o pior estava por vir. Na volta, deixei de entrar na rua certa e fiquei completamente perdido. Em minha defesa, posso dizer que a sinalização era falha. Se existe um cartaz dizendo onde você deve entrar para ir à Azenha, você presume que aparecerá outro adiante caso seja preciso fazer outra curva. Mas não, aqui em Porto Alegre (e acho que no Brasil todo), os sinais são um tanto vagos. Presume-se que, se lhe apontarem uma única direção, você "se acha" depois. Pois eu experimentei a sensação de ficar completamente perdido. Isso já me aconteceu antes, mas à luz do dia e num local bem mais amplo. Ali onde eu estava, só havia casas, casas e mais casas. Quanto mais eu seguia em linha reta, parecia que estava entrando num local ermo e perigoso. Nenhuma artéria principal, nenhum posto de gasolina, nada. Cheguei a pensar em voltar, mas seria pior. E não adiantava usar o celular, pois eu não tinha a mínima ideia de onde estava. Nem placa com nome de rua eu consegui encontrar.

De repente, apareceu uma rua mais ou menos iluminada. Logo adiante, havia sinalização de bairros. Oba! Eu ia dobrar à esquerda para chegar ao Centro, como indicava a placa, quando percebi onde estava: eu me dirigia à rua Padre Cacique, do Beira-Rio. Estava bem perto de casa! Era só prosseguir em frente. Ufa! Agradeci a Deus por me tirar da enrascada. Mas assustado mesmo eu fiquei quando fui verificar no mapa o trajeto que tinha feito. Em vez de ir para o norte, dirigi-me a oeste. E passei bem perto da Vila Cruzeiro do Sul. Aliás, acho que passei por dentro, mesmo, embora não na parte mais perigosa. Depois até tentei resgatar da lembrança as imagens do percurso, pois sempre tive curiosidade de saber como era essa parte da cidade. Mas não dessa forma! Ainda bem que foi só um susto.

Já dirigi em Brasília e também na Flórida, nos Estados Unidos. Às vezes acho que seria mais fácil para mim me localizar numa cidade totalmente estranha, em que todos os bairros são novidade, do que numa cidade como Porto Alegre, que se divide em áreas conhecidas e desconhecidas para mim. Não no primeiro dia, claro, mas se eu me mudasse. Se bem que é praticamente impossível ficar perdido em Brasília, com as quadras numeradas como se fossem coordenadas. E nos Estados Unidos, ao menos nas cidades turísticas, a sinalização é farta. Mas não tem desculpa, eu sei que deveria conhecer melhor Porto Alegre. É por isso que eu digo que jamais poderia ser taxista. Além de não morrer de amores pela direção e achar nosso trânsito um tanto hostil e perigoso, eu ainda consigo me perder na minha própria cidade.

terça-feira, agosto 18, 2009

Singular e plural

Hoje eu estava lendo no acervo virtual da Veja a matéria sobre o fim dos Secos e Molhados, em 1974. O empresário revela que eles pensavam em lançar uma revista com o nome do grupo. "Não existe uma com o nome de Rolling Stones?" Pois esse é um erro que encontro cada vez mais na Internet, principalmente no Orkut. O nome da revista é Rolling Stone, no singular. A expressão se traduz literalmente como "pedra rolante" ou "pedra que rola", mas se refere na verdade a uma pessoa sem endereço fixo, que vive na estrada, bem naquele espírito nômade dos anos 60. Portanto, a revista não foi batizada em homenagem aos Rolling Stones, necessariamente. Aliás, antes da Internet, quando a única forma de se conseguirem livros importados era vasculhando as livrarias locais - ou então encomendando para depois ouvir que "não tinha em São Paulo" - encontrei para vender certa vez o "Rolling Stone Record Guide", ou o guia de discos da revista Rolling Stone americana. Tenho quase certeza que o livreiro mandou trazer pensando que fosse um livro sobre os Rolling Stones.

sábado, agosto 15, 2009

Vai encarar?

Quando encontrei esta picanha no supermercado, achei-a tão bonita que fiz questão de fotografá-la nas diversas etapas do preparo. Mas não se assustem: não a comi sozinho. E já faz dois anos, ou seja: sobrevivi. É apenas mais um achado nas minhas pastas de fotos.



terça-feira, agosto 11, 2009

Dia do Pendura

Como hoje é Dia do Pendura, em que estudantes de Direito tradicionalmente comem em restaurantes sem pagar a conta, é incrível o que chegou de gente aqui no Blog procurando por "restaurantes que aceitam o pendura" ou "recomendações restaurante dia do pendura". Ora, já é difícil que um restaurante aceite o Pendura. Em geral uns poucos toleram, muito contra a vontade. Pois vocês acham mesmo que algum restaurante iria divulgar que aceita? Quem sabe um anúncio em jornal? "No dia 11 de agosto, venha pendurar no Restaurante Tal!" Ou então: "Restaurante Tal! Aceitamos todos os cartões de crédito e Dia do Pendura!" A capacidade dos internautas de superestimar as informações disponíveis via Google é mesmo inesgotável!

segunda-feira, agosto 10, 2009

Cinco anos do Blog

Eu quase me esqueço, mas hoje o Blog está completando cinco anos. Acho até que ganhei um presente.

domingo, agosto 09, 2009

Mistério

Do jeito como está chovendo torrencialmente em Porto Alegre desde sexta-feira à noite, eu me pergunto onde essa água toda fica "estocada" antes de cair. Tudo bem, eu sei que é nas nuvens. Mas não acaba nunca? Qual a capacidade das nuvens em relação a uma caixa d'água, por exemplo? Claro, eu sei, as nuvens ficam passando. Mesmo assim, é de impressionar.

Dia dos Pais

Meu pai fez falta nos últimos anos. Só hoje vejo o quanto ele nos deixou mal acostumados, sempre consertando os erros dos filhos. Não sei se ele aprovaria os rumos que dei à minha vida. Acho que sim. Por um lado, ele queria traçar o meu destino milimetricamente. Por outro, sentia-se gratificado com minhas conquistas próprias, buscadas sem a interferência dele. Ele tinha um orgulho imenso de meu conhecimento de inglês e das poesias que eu escrevia na adolescência. Algumas coisas que ele me falou sobre relacionamentos, hoje entendo melhor. Por isso, acho que ele também entenderia alguns tropeços meus pelo caminho. Melhor até do que minha mãe, com quem eu sempre tive mais diálogo. Como seria bom um dia ter uma conversa com ele, de homem para homem, para repassar tudo isso. Acho que teremos essa chance no outro plano.

Vou deixar aqui links para alguns textos do Blog em que citei meu pai:


Ivéscio Pacheco, jornalista
Pai gremista, filho colorado
Minha história colorada

Feliz Dia dos Pais!

sábado, agosto 08, 2009

O ibope dos vídeos

Quando comecei a disponibilizar meu acervo de vídeo no YouTube, a princípio, eu achava que não valia a pena subir programas completos. Como existia o limite de dez minutos para cada trecho postado, eu escolhia alguma parte mais interessante e divulgava. Depois achei que não era justo, pois essa prática só servia para deixar a turma com gosto de "quero mais". Cadê o resto, todos perguntavam? Então, na medida do possível, passei a disponibilizar programas na íntegra.

Essa nova forma de procedimento me criou um desafio interessante, que foi o de encontrar o ponto ideal para fazer o corte entre os segmentos. Os blocos exibidos na TV nem sempre coincidem com o limite do YouTube, então é preciso acomodá-los. Isso cria "sobras" que precisam ser recombinadas de alguma forma. Tanto no
especial de Teixeirinha quando no de rock gaúcho, fiz uma emenda fora de ordem, mas que não prejudicou o entendimento. Assim foi possível subir os programas completos no menor número de vídeos do YouTube. Já a apresentação do Tangos e Tragédias no Gugu passava um pouco do limite e não caberia num vídeo só. Onde fazer a divisão? Cortei o primeiro vídeo no momento exato em que Hique Gomez vai mudar de assunto e começar a falar na música que cantarão a seguir. Perfeito!

Mas, com essa separação dos programas em capítulos, observei um fenômeno curioso: a diferença do ibope entre os trechos. Nos casos em que o primeiro segmento é o mais visto, até se entende. A pessoa assiste à primeira parte para ter uma ideia do que se trata. Se não gosta, não vê o resto. É o caso do especial de Nei Lisboa,
"Os Elefantes Não Esquecem". A parte 1 é a mais acessada no momento, com 177 exibições. Mas em segundo lugar está a parte 4, que mostra trechos dos filmes de que Nei participou e também o seu inesquecível hit "Verão em Calcutá". No especial de rock gaúcho, a parte 4 já foi exibida 1.557 vezes, mais do que o triplo da parte 3 e quase a mesma diferença das demais, por estar sendo divulgada junto aos fãs do TNT. Por fim, no documentário sobre Teixeirinha, o vídeo mais rodado é o de número 4, que conta a separação do cantor de Mery Teresinha, com 17.645 acessos. Em segundo lugar está a parte 2, com 11.074 reproduções, em que o autor de "Coração de Luto" dá um longo depoimento sobre seu sucesso internacional.

Por muito tempo, o vídeo de maior sucesso entre todos os que subi para o YouTube foi o da
"profecia" de André Damasceno, em que o humorista, numa brincadeira, acaba prevendo que o Internacional seria Campeão do Mundo de 2006. Hoje ele está em segundo lugar, com 40.066 acessos, e em primeiro está "Cenas de novelas antigas", do Vídeo Show, que já foi visto 68.204 vezes. O próprio André Damasceno reaparece em terceiro, em sua estreia na Escolinha do Professor Raimundo como "Magro do Bonfa", com 32.910 exibições. Em quarto lugar está a luta de Maguila e George Foreman, vista 28.310 vezes. E para mim a grande surpresa é o clip dos Garotos da Rua, "Você É Tudo o Que eu Quero", em quinto lugar, já rodado 25.187 vezes. Eu não imaginava que fosse dar tanto ibope.

Breve devo subir mais algumas relíquias do meu acervo. Aguardem.

quinta-feira, agosto 06, 2009

Rua da Praia antes do calçadão

Voltei a fuçar no material que fotografei no Museu das Comunicações. Essa foto estava na capa da Folha da Tarde de 16 de abril de 1973. A legenda trazia uma crítica ao novo esquema de estacionamento oblíquo, que reduzia ainda mais o espaço de circulação de veículos em razão dos caminhões que estacionavam indevidamente para abastecer as lancherias da quadra. Acho que todos identificaram o local, não? É a Rua da Praia, bem no trecho junto à Praça da Alfândega, que está à esquerda do fotógrafo. Ao fundo, enxerga-se a saudosa Casa Victor, bem como uma agência da também desaparecida Caderneta de Poupança Fin-Hab. (Cliquem para ampliar.)

segunda-feira, agosto 03, 2009

Poeira Zine

Está saindo o número 25 do Poeira Zine, a publicação de rock clássico editada por Bento Araújo. Neste exemplar, faço minha estreia como colaborador escrevendo sobre o Liverpool, banda de rock de Porto Alegre dos anos 60. Mas tem muito mais, é claro. Informações no site oficial da revista, inclusive onde achar para comprar. Em Porto Alegre, é na Led CDs, na Galeria Chaves. Já vi também na Stoned, na Marechal Floriano, mas não sei se ainda vendem. A propósito, quem me indicou foi Nélio Rodrigues, que já me conhecia do International Magazine. Sempre lembrando que meu padrinho no jornalismo musical foi Marcelo Fróes, editor do IM.