terça-feira, janeiro 31, 2012

Caminhada nostálgica

Ontem o entregador da UPS deve ter vindo aqui bem na hora em que eu dei uma escapada rápida para comprar um lanche, pois não me achou. Deixou um aviso na caixa de correspondência. Pois hoje resolvi fazer do limão uma limonada e ir eu mesmo buscar a encomenda... a pé! É longe pra burro, na Rua Conselheiro Travassos, Bairro São Geraldo, mas e daí? Estou de férias e com entusiasmo para me exercitar. Já tinha dado a caminhada da manhã, mas tudo bem, vamos a outra. Por que não? O audiobook me faz companhia no Ipod. Apenas procurei "ir pela sombra", para evitar o sol do meio-dia. Mas isso não impediu que eu pegasse, como diz a minha irmã, um "bronzeado executivo". É aquele que só bronzeia o rosto e os braços.

Em minha procura por um caminho menos íngreme para chegar até a Av. Cristóvão Colombo, acabei passando em frente à Toca do Disco, na Garibaldi, e resolvi entrar. Em geral eu sou conhecido nas lojas de discos raros de Porto Alegre, mas a Toca fica fora de mão para mim e fazia anos que eu não ia lá. Em princípio, o dono não me reconheceu. Comentei que a loja dele ficava fora da minha "rota", mas que eu havia estado ali anos atrás. E lembrei que ele tinha exemplares do International Magazine para vender. "Ah, tu é o Emílio?" Ele não guardou minha fisionomia, mas se recordava dos textos que eu escrevia para o IM. E eu nem tinha feito qualquer menção de ter colaborado para o jornal.

Por uma casualidade incrível, logo depois chegou à loja o lendário Frank Jorge (Cascavelletes, Graforreia Xilarmônica, Cowboys Espirituais, Tenente Cascavel e carreira-solo). Conversamos rapidamente sobre os projetos atuais dele, incluindo a imortal Graforreia Xilarmônica. O dono da loja (não peguei o nome dele) deve ter ficado feliz com minha visita, porque eu saí de lá com alguns CDs comprados (Charly Garcia, The Who, Bidê ou Balde e Funkalister).

À minha sacolinha de CDs, juntou-se o que eu fui retirar na UPS: um álbum duplo precioso intitulado The Complete Cass Elliot Solo Collection 1968-71. O nome pode ser enganoso, pois a carreira-solo da cantora de The Mamas and The Papas não se resume ao material contido nessa coletânea. Mas tudo bem, o título especifica o período. Para conseguir as gravações que ela fez depois, basta adquirir a edição dupla que reúne os álbuns Cass Elliot, The Road is No Place for a Lady e Don't Call Me Mama Anymore. Essa é mais fácil de achar por um bom preço. Para comprar a anterior (que eu fui buscar hoje), o ideal é fazer como eu e encomendar diretamente do site da gravadora Hip-o Select. Pela Amazon o preço é extorsivo. Apenas cuidem para não dar como endereço uma caixa postal, pois eles utilizam o serviço da UPS que não permite esse tipo de entrega via correio. (Pretendo escrever mais sobre Cass Elliot aqui no Blog, mas ainda deve demorar um pouco, pois quero ler a biografia dela primeiro. O livro já está comigo.)

Na volta, aproveitei para rever um local que foi marcante na minha adolescência: a Rua Pelotas. Ali moravam dois amigos que conheci via rádio amador PX (Faixa do Cidadão), no caso, Luís Bonow e Luis Carlos Motta. Outros conhecidos da turma residiam nas proximidades. Não consegui localizar exatamente a antiga casa do Bonow porque são várias residências enfileiradas (o que se chama em inglês de "row houses") e eu não lembro mais o número. Mas o edifício do Luís Carlos eu acho que identifiquei. Naquela rua nos encontrávamos nos fins-de-semana para jogar conversa fora, mais ou menos entre 78 e 81. Depois a vida e os compromissos levaram cada um para o seu caminho. A Pelotas é uma rua bonita, tranquila e arborizada.

Também caminhei pela frente de onde morava o meu ex-colega de Pio XII Caiubi Tarragô, que hoje está em Belo Horizonte e se apresenta no Facebook pelo apelido de família, Caio. O edifício ficava bem no comecinho da Cristóvão Colombo, quase esquina Barros Cassal. Dobrando à esquerda nessa rua, em direção à Independência, andei pela frente do prédio onde residia o meu tio Rubem, irmão de minha mãe - o "Dédum", como o chamávamos. Muitos Natais passei ali, na infância. Bem à frente da janela do apartamento dele, enxergava-se uma escultura de dois meninos no topo do edifício do outro lado da rua. Lembro que perguntei para minha mãe o que aqueles garotos estavam fazendo ali e ela, numa tirada típica, disse que eles estavam "esperando o ônibus". Pois hoje olhei para cima e vi que eles continuam lá, esperando!

Fui até o correio, no centro, depois voltei para casa de ônibus. Tomei um dos melhores banhos da minha vida, com chuveiro desligado, por causa do calor.

Desde a adolescência as caminhadas me fazem bem. Tomara que continue assim.

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Dia da Saudade

Não sabia que hoje era o Dia da Saudade. Até isso já inventaram. Eu pensei que podia sentir saudade todos os dias. Em todo o caso, aqui vai uma homenagem a pessoas queridas que já se foram:

Meu pai Ivéscio Pacheco.Minha mãe Irene.

Meu irmão João Carlos, o Cau.


A vó (Irma), com o pai aparecendo junto.


E a Celina. Tem bastante gente boa no Céu. Um dia vamos todos nos reencontrar e fazer a maior festa.

domingo, janeiro 29, 2012

Domingo

Agora há pouco estive na farmácia e vi uma série de livros acondicionados no balcão. Estavam à venda. O bem de cima se chamava: "Asma". Isso, é claro, me chamou a atenção. Resolvi conferir o de trás e o título era: "Obesidade". Essa não! Qual será o próximo, "Tendinite"? "Rinite alérgica"? Mas não, era outra coisa bem diferente que nem lembro agora.

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Não sei como demorei tanto para descobrir esta maravilha que é poder ouvir um audiobook no Ipod durante minhas caminhadas e saídas a pé ou de ônibus. Estou como criança que ganhou um brinquedo novo. Já terminei de ouvir quatro audiobooks. Estou agora no quinto e já sei quais serão os próximos cinco. Mas sempre é bom ter a versão impressa ou em arquivo texto, para repassar algum trecho.

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Breve sairá uma matéria sobre Hermes Aquino em uma importante revista de música de circulação nacional. Não, não foi escrita por mim. Eu apenas colaborei com algumas informações. E um histórico disco de outro talento gaúcho também está prestes a ser relançado em CD pela primeira vez. Aguardem.

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O audiobook que acabei de ouvir foi a biografia de Syd Barrett, o gênio louco que fundou o Pink Floyd. "A Very Irregular Head" é o título e o autor é Rob Chapman. Isso me motivou a buscar os álbuns originais de Syd em CD, já que até agora eu tinha apenas uma coletânea. O trabalho solo de Syd exige um certo grau de "simpatia" e familiarização do ouvinte para ser curtido, mas eu gosto. Ele solta a sua voz errática com leveza e viaja em acordes descompromissados no seu violão. Para quem entra no clima, chega a ter um efeito terapêutico. Syd não morreu na miséria, pois os direitos autorais de suas composições o mantiveram abastecido. Mas perdeu de aproveitar melhor a vida por ter "saído do ar" muito cedo, ainda antes dos 30 anos.

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Bom final de domingo a todos.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Na estrada

Hoje eu estava examinando algumas fotos antigas e achei estas, nem tão antigas assim, do dia 11 de dezembro. Eu estava voltando a Porto Alegre pela Freeway, de carona, no banco de trás, e aproveitei para fotografar um dos meus temas preferidos: o pôr-do-sol. Mesmo com o carro em movimento, até que as imagens ficaram razoáveis.





TV Rodoviária

Outro achado de minhas pesquisas no arquivo de jornais: anúncio da TV Rodoviária. Eu lembrava da existência dela, mas não que era da RBS. Eu tinha nove anos quando ela foi lançada (observar a data no rodapé) e achava o conceito um tanto confuso. Uma emissora de TV de circuito fechado para transmitir exclusivamente para os televisores dispostos na Rodoviária de Porto Alegre? Isso é realmente necessário? Mas chegou a existir. Não lembro quanto tempo durou.

domingo, janeiro 22, 2012

O Orkut morreu?

Na minha juventude, quando eu saía à noite com meus amigos nas sextas e sábados, eu e eles tentávamos entender o que fazia com que alguns lugares fossem mais frequentados do que outros. Qualidade, por si só, não parecia ser uma boa explicação. Se perguntássemos para alguém por que preferia tal restaurante, bar ou danceteria, em geral a resposta era de que estava sempre movimentado. Ah, sim. Mas por que estava movimentado? O que fez com que as pessoas começassem a se dirigir àquele local? E, quando o movimento começava a diminuir, anunciando o fechamento iminente de um estabelecimento que deixou de ser "point", o que ocasionava esse fenômeno? Ainda, raciocinando de forma inversa, o que fazia com que ninguém procurasse outros locais? Sem ânimo para uma análise mais aprofundada, concluíamos: "Aquele é um lugar em que ninguém vai porque ninguém vai. E este é um lugar em que todos vão porque todos vão." E assim encerrávamos a questão, sem descobrir suas verdadeiras causas.

Em 2004 (e não em 2006, como erradamente indica a foto acima), surgiu na Internet o Orkut. Na época o ingresso era somente por convite. E havia outras diferenças em relação ao que é hoje: se um determinado número de pessoas banisse um usuário, ele ficava "preso" por um tempo, sem poder postar nada (e sua foto era substituída pela sombra de um presidiário entre as grades). Mas era uma ideia bem bolada, uma verdadeira "Internet dentro da Internet", como defini, na época. Todas as discussões, assuntos e relacionamentos entre internautas eram sistematizados em um único site. Logo o Orkut virou "point" entre os brasileiros e a vantagem disso é que, se você quisesse encontrar um velho amigo na rede, era só procurar ali.

Mas houve um efeito colateral. Um dos recursos do Orkut era uma estatística dos membros por país ou, no caso dos Estados Unidos, por estado. Só que os brasileiros logo começaram a tomar a dianteira. Ao perceberem isso, organizaram uma campanha de adesões em massa para ficar em primeiro lugar na lista. Nunca entendi a vantagem disso. Não havia nenhuma competição nesse sentido. O resultado é que todas as comunidades, inclusive aquelas que haviam sido criadas por americanos para discussões em inglês, começaram a ser invadidas por brasileiros. Alguns tentavam escrever em inglês, mas erravam muito. Outros postavam em português mesmo, violando as normas da comunidade. Em razão disso, os americanos acabaram abandonando o barco. Os brasileiros tomaram conta. Até que, em 2008, a administração do site passou para as mãos da Google Brasil.

Hoje os executivos da Google nos Estados Unidos devem estar furiosos com os brasileiros. Invadiram o barco para depois abandoná-lo? Ao menos, é o que se comenta. Dizem que o Orkut "morreu". Os brasileiros estão migrando para o Facebook, que também é uma rede social, mas com outras características. E isso, é claro, me faz lembrar os locais da minha juventude que de repente esvaziavam. Deixavam de ser lugares "onde todos vão porque todos vão" para serem lugares "onde ninguém vai porque ninguém vai". E é exatamente por isso que muitos estão trocando o Orkut pelo Facebook: porque estão todos indo para lá. Mas por quê? Porque estão todos indo para lá, ora! A mesma linha de raciocínio "circular" que nada explica, mas que move os fenômenos de modismos.

De minha parte, não pretendo sair do Orkut. Fiz muitas amizades por lá e até conheci uma namorada. A telinha azul me é simpática. Gosto do foco nas comunidades, muitas das quais ainda estão bem ativas. Em especial "O verdadeiro Mario Quintana", criada por mim com apoio de outros admiradores do poeta, tornou-se referência e já foi elogiada até por Elena Quintana, sobrinha de Mario. E assim continuam rolando outras discussões interessantes sobre os mais diversos assuntos. Sigo recebendo convites para adicionar amigos. O Orkut pode estar mais tranquilo, sem a agitação de outros tempos, mas continua sendo um lugar aprazível e gostoso de se visitar.


Leia também:

Maioria no Orkut. E daí?

Ainda sobre o BBB

No Facebook há pessoas organizando um movimento para tentar tirar o Big Brother Brasil do ar. Não vejo necessidade. Basta não assistir, ora! Ninguém é obrigado a passar as noites diante de um aparelho de televisão sintonizado na Globo. Aliás, ninguém é obrigado sequer a ligar o televisor. Faz porque quer. É uma situação diferente do programa "Casa dos Autistas", da MTV, onde havia de fato desrespeito a uma condição delicada de pessoas deficientes. Além de preconceituoso, era desumano.

Em 2004, o primeiro ano deste Blog, publiquei um comentário intitulado "Eu não vejo televisão". Leiam-no.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Lobo não se aposentou

Lembram do cantor americano Lobo (Kent LaVoie), aquele que cantava "I'd Love You To Want Me" e outras irresistíveis baladas acústicas nos anos 70? Talvez vocês não saibam, mas ele lançou CD novo em 2010. É na verdade um CD-R fabricado por encomenda, mas vem com estampa personalizada e um encarte bem simples, sem ficha técnica. Isso é uma pena, pois os músicos que o acompanham são ótimos e não mereciam permanecer anônimos.

Propinquity
está sendo anunciado como um CD de standards "americanos". As aspas se justificam porque uma das dez faixas é a brasileiríssima "Garota de Ipanema", claro que em sua versão em inglês. As outras são "As Time Goes By", "I Don't Know Why", "I'm in The Mood For Love", "Moonglow", "More", "Young at Heart", "You Don't Know Me", "Our Day Will Come" e "P.S. I Love You"(não a dos Beatles, obviamente). Lobo já havia lançado um disco de covers 36 anos antes deste, no caso, Just a Singer em 1974. Mas ali o foco era em canções pop dos anos 60, como "Daydream Believer" dos Monkees e "I'm Only Sleeping", dos Beatles. Agora ele apresenta uma proposta mais sofisticada e não se sai mal. Sua voz suave e levemente nasal combina com a finesse dessas belas composições.

Sobre os reality shows

A propósito de toda esta polêmica sobre o Big Brother Brasil, convido-os a ler o que eu escrevi sobre os reality shows em fevereiro de 2005. É só clicar aqui. Minha opinião continua a mesma.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

O show de Hermes no Santander

O aviso na bilheteria informava: ingressos para o show esgotados. O átrio do Santander Cultural estava cheio. Mesmo em janeiro, mês típico de férias e praia para os moradores de Porto Alegre, os fãs de Hermes Aquino não o decepcionaram. Depois do "ensaio" que havia sido a canja no Sarau Elétrico de 13 de dezembro no Ocidente, Hermes voltou pra valer no show de ontem. E já abriu com sua clássica "Nuvem Passageira", adiantando que ela seria repetida no final.

Conversando bastante com a plateia, identificando conhecidos e até atendendo a um pedido do meu amigo Eduardo Chittolina de que cantasse "Carinhos e Segredos", Hermes apresentou uma amostra bastante representativa do seu trabalho. Ouviram-se, entre outras, "Easy Rider", "Santa Maria", "2010", "Desencontro de Primavera", "Longas Conversas" e algumas surpresas, como "Garota de Ipanema" e uma composição nova (já conhecida de quem ouve a rádio on-line de Hermes, a Hermex International Radio), "Garota Guria". Com o guitarrista convidado Júlio Herrlein, Hermes interpretou o clássico do cancioneiro americano "Laura".

A cantora Vaness fez sua participação especial no mesmo momento em que o Papa da Língua Léo Henkin também foi chamado ao palco. Além de "Why", de Hermes, desta vez ela também mostrou uma composição própria, "Shooting Star". Como se não bastasse ter uma voz privilegiadíssima, sua pronúncia de inglês é perfeita. No bis de "Nuvem Passageira", os quatro músicos participantes se reuniram. E, como era de se esperar, Hermes recebeu seus fãs para fotos e autógrafos no final.

Gostaria de encerrar com uma nota pessoal, dizendo que fiquei bastante gratificado de ter conversado com duas pessoas que se identificaram como leitores e fãs deste Blog: o jornalista Márcio Pinheiro, que está trabalhando no roteiro de um documentário sobre Hermes, e Paulo Pruss, responsável pelo perfil Porto Alegre Personagens no Facebook. Pruss e sua esposa chegaram à extrema gentileza de me oferecer uma carona, no momento em que eu já me dirigia à parada do ônibus Praia de Belas, a duas quadras dali. E me deixaram na porta de casa.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Hermes no Santander e Rogério no rádio

Hoje tem Hermes Aquino no Santander Cultural, em Porto Alegre. Atenção para o horário: 19 horas! Na saída do show, aproveitem e sintonizem o rádio do carro na frequência 1080 AM para ouvir a entrevista do músico e pesquisador Rogério Ratner no programa Sonoridades, do jornalista Guto Villanova. Começa às 20:30. Também dá pra escutar pelo site da Rádio da Universidade.

terça-feira, janeiro 17, 2012

De novo!

Já vi que, a cada nova edição do Big Brother Brasil, os internautas irão ressuscitar aquele "falsíssimo" que critica o programa. Não preciso escrever tudo de novo. Tudo já está dito em meu texto "Farsas requentadas". E, para saber o que significa "falsíssimo", cliquem aqui.

domingo, janeiro 15, 2012

Lembrança inesperada

Não levem a mal, mas eu não posso deixar sem registro um lance incrível que aconteceu ontem no Facebook. A cantora e compostora Luciana Costa compartilhou uma foto de Porto Alegre e citou o trecho de uma música:

Quase não acreditei quando vi. Embora não estivessem totalmente corretos, pareciam ser versos que eu conhecia muito bem. Perguntei:
E ela respondeu:
Confirmado! Era a música que eu pensava:

Aí, claro, ela também se surpreendeu:
Isso foi realmente incrível. Como alguns amigos meus já sabem, eu faço poesias de vez em quanto. Tenho períodos ativos e inativos de inspiração, mas sempre acabo voltando a escrever. E de vez em quando aparece alguma "alma caridosa" para musicar meus versos. Mas, em toda a minha vida, tive somente uma parceria minha lançada em disco (um compacto promocional de distribuição gratuita, mas é disco). E, de toda a minha participação, sobraram apenas alguns poucos versos totalmente de minha autoria. Isso foi em 1976. Pois em 2012, uma pessoa ainda lembra justamente da minha parte da música! Dos meus versos! Aqui está a capa do compacto:


Imaginem o meu orgulho (e dos meus pais) ao ver meu nome ali. Eu tinha 15 anos quando essa música foi feita. E 16 quando o disco chegou às minhas mãos. Quanto ao "desdobramento" que citei mais acima, procurem uma foto nos meus álbuns do Orkut e do Facebook para saber mais. Foi um mal entendido que logo caiu no esquecimento, sem consequências para ninguém. Quem não deve, não teme, mas prefiro não remexer em assuntos desagradáveis.

sábado, janeiro 14, 2012

A comemoração

Aí está o Iuri hoje, em seu aniversário. E o pai ao lado.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Vêm aí os 18 do Iuri

Como o tempo passa depressa. Depois de amanhã o Iuri vai completar 18 anos. Eu lembro que nesta mesma época do ano, em 2004, eu estava com mil pensamentos na cabeça porque ele iria fazer 10. Fiquei emocionado em pensar que a fase "gurizinho" dele estava ficando para trás e viria pela frente a adolescência. Acabei criando um Fotolog para ele, em homenagem. Mas não durou muito. Fiz apenas três postagens e parei. Também não divulguei publicamente, apenas para uma ou outra amiga virtual com quem estava mantendo mais contato na época. Mas agora vou dar o link: é só clicar aqui. Vejam como ele estava bochechudo naquela foto de 8 anos, no computador.

Quem acompanha este Blog já sabe que ele é um menino autista. Pois agora vem pela frente mais uma fase. Vamos encarar juntos, "gugui". E no sábado vamos comemorar.

domingo, janeiro 08, 2012

Hermes no programa do Roger

Não acredito que perdi isso! Hermes Aquino (à direita) apareceu no programa de Roger Lerina (à esquerda), na TV Com, acompanhado de Léo Henkin (ao centro). Na foto, Roger está examinando os dois CDs de Hermes lançados pela Discobertas. Se alguém gravou isso, eu quero uma cópia. E o show do dia 18 no Santander Cultural está confirmadíssimo. É às 19 horas. Quem trabalha no centro de Porto Alegre já pode ficar por lá mesmo na saída do expediente para assistir.

P.S.: Tá aqui o programa:


Leia também:

A volta de Hermes Aquino
Hermes Aquino e Fernando Ribeiro em CD

De músicos a executivos de gravadora

Infelizmente a indicação de livros que ainda não li, apenas folheei, está se tornando uma prática recorrente aqui no Blog. Mas sei que dificilmente irei me decepcionar com esse belo volume lançado pela Editora Nova Leitura. "Banda de Milhões", de Tom Gomes, narra a trajetória de Cláudio Condé, Luiz Carlos Maluly, Marcos Bissi, Marcos Maynard e Sérgio Lopes, ex-integrantes do Lee Jackson que vieram a se tornar executivos de gravadora. A banda fez sucesso nos anos 70 com "Hey Girl", uma das músicas mais legais criadas pelos "falsos americanos" da época (entre os quais estavam Morris Albert, Terry Winter, Light Reflections e Mark Davis, que depois se lançaria com seu verdadeiro nome Fábio Jr.). Para facilitar o acompanhamento, os parágrafos mudam de cor conforme o protagonista que irá dar o seu depoimento (embora o seu nome seja devidamente identificado antes de abrir aspas). A diagramação é esmerada, com diversas fotos (muitas a cores) aparecendo no ponto relevante do texto. "Banda de Milhões" é uma bem-vinda obra e se soma a "Ouvindo Estrelas", de Marco Mazzola, como leitura obrigatória para quem se interessa pelos bastidores da música no Brasil.

sábado, janeiro 07, 2012

Começando o ano

Bem, com algum atraso, vamos dar início ao novo ano aqui no Blog. Esta é a primeira postagem de 2012.
Ontem encontrei o guitarrista Carlinhos Tatsch, que tocava no Bizarro (ou Byzzarro) nos anos 70 (a foto acima é daquele tempo). Tínhamos nos falado pela última vez em 2007, quando fui com ele no cartório para que ele autorizasse a inclusão de sua música "Advertência" no CD que acompanha o livro "Continental, a Rádio Rebelde de Roberto Marinho", de Lucio Haeser. Ele me contou que nunca chegou a ver a edição ou escutar o CD, talvez por não ter procurado nas lojas certas. Disse que atualmente está mais para tocar "fusion" e avisou que breve sairá um livro sobre o heavy metal de Porto Alegre. Só não soube dar o nome completo do autor.

Também falei rapidamente com o escritor Alcy Cheuíche. Eu não o conhecia pessoalmente, mas aproveitei que ele estava conversando com uma colega minha, segurando um exemplar de "Entre o Sena e o Guaíba", escrito por 29 alunos de sua Oficina de Criação Literária. Comentei que o título era o mesmo de um livro de poesias que ele havia publicado há muitos anos e ele observou que a obra recente tem um nome mais longo, incluindo a mesma expressão em francês, como se vê abaixo:

À esquerda, o livro original de 1968. À direita, o trabalho lançado em 2011. Mesmo com a segunda parte em francês, será que isso não pode dar confusão para quem for pesquisar o título na Estante Virtual, por exemplo? De qualquer forma, a Oficina Literária é uma bela iniciativa que merece ser incentivada. E foi uma honra falar com esse expoente da literatura gaúcha.

Antes tarde do que nunca, aproveito para divulgar um projeto do meu amigo Eduardo Chittolina, beatlemaníaco que chegou a apresentar por um breve período um programa de rádio sobre Beatles (um trabalho que ele ainda sonha em retomar, se a oportunidade surgir). Trata-se de uma apresentação com base na história da banda de Liverpool, tendo como público-alvo as empresas. Segundo ele, o tempo aproximado é de duas horas, incluindo 37 slides de Power Point e cerca de 30 trechos de vídeos. Além de seu conhecimento da história dos Beatles, Chittolina aproveita também sua experiência em atividades diversas, em especial como consultor de vendas.