domingo, março 31, 2013

Condomínio à noite

É aqui que eu moro. Desde o dia 19 de janeiro.

sábado, março 30, 2013

Páscoa

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim? É minha primeira Páscoa no apartamento novo, então vê se capricha!

Feliz Páscoa a todos os visitantes do Blog!

segunda-feira, março 25, 2013

Show ontem no Parcão

Nesse fim-de-semana aconteceram diversos shows como parte da comemoração dos 241 anos de Porto Alegre. Estive ontem no Parcão para assistir ao de Isabela Fogaça. Quando cheguei, estava terminando uma apresentação do pessoal do Clube do Choro. Mas a grande surpresa veio a seguir.
O senhor de cabelos brancos ao acordeom é Tasso Bangel, ex-integrante do lendário Conjunto Farroupilha. Hoje ele tem sua Camerata Pampeana, em que apresenta músicas próprias entremeadas a composições gaúchas conhecidas executadas em forma de popurri (ou medley, se preferirem). Um belo trabalho que merece ser conferido.
O show de Isabela Fogaça começou pouco depois das 18 horas, como previsto. Ela tem muita espontaneidade e domínio de palco, conquistando facilmente o público.
Em certo momento ela apresentou uma versão de "Porto Alegre é Demais" com trechos em japonês, francês, italiano em espanhol. Como Grenal é Grenal em qualquer idioma, essa foi a única palavra que eu consegui entender na parte em japonês!
Gostei muito de "Flor de Laranjeira", parceria de Isabela com seu tio, o poeta Luiz Coronel. Além dessa ouviram-se, entre outras, "Porto City", "Brenda Lee", "Vento Negro" e uma versão de "Deu Pra Ti" em ritmo de reggae, tomando emprestada a introdução de "No Woman, No Cry", de Bob Marley.
O cantor Victor Hugo fez uma participação especial. Ele também é muito carismático, inclusive lembrando que Isabela e seu marido José Fogaça se conheceram na casa dele.
A apresentação, como era de se esperar, terminou com "Porto Alegre é Demais" com a letra original em português. Mas Isabela repetiu a música e dessa vez a mestre de cerimônias Tânia Carvalho se juntou a ela.
Quem visita regularmente este Blog já sabe que esta aí é a Marli. A companhia dela foi o melhor de tudo.

quarta-feira, março 20, 2013

Xará

Ter nome de pessoa famosa atrai apelidos. Certa vez uma colega ligou para o meu local de trabalho e pediu para falar com Emílio Santiago. Ela apenas repetiu o que lhe tinha sido dito, não percebendo que o sobrenome era uma brincadeira. Era comigo mesmo o assunto, mas como ela não me conhecia, não entendeu e levou a sério.

Vi meu xará na TV pela primeira vez em 1975 em um Globo de Ouro, em que ele apareceu cantando "Tenderly", da trilha da novela Escalada (mas no disco estava a gravação original de Nat King Cole). Muitos anos depois, ouvindo um LP de covers em inglês, reconheci a voz dele em "You've Got a Friend". O primeiro LP dele foi pela CID, mas a gravadora também o aproveitava para as coletâneas de sucesso sem creditá-lo, a exemplo de Elton John no começo de carreira. Vi Emílio Santiago ao vivo uma única vez, em 1985, na eliminatória do Festival dos Festivais que aconteceu em Porto Alegre. Ele cantou "Elis, Elis".

Emílio Santiago faleceu aos 66 anos, no Rio de Janeiro, após um AVC. A música brasileira perde um de seus melhores cantores de ofício.

terça-feira, março 19, 2013

Relíquias de David Bowie

David Bowie está de volta, depois de quase dez anos de recesso. E já chega ganhando as capas das principais revistas de música de todo o mundo. Seu novo álbum, The Next Day, está no topo das principais paradas. E aí me dou conta que é a primeira vez que ele lança disco novo desde que este Blog foi criado, em 2004. Estou por aqui há oito anos, com certeza muitas vezes citei Bowie, mas sem grandes novidades. Exceto quando ele participou do show de David Gilmour. Mas agora ele está novamente em evidência. Então é o momento certo de dividir com vocês algumas relíquias de meu acervo.

Aí está o rótulo do primeiríssimo disco dele lançado no Brasil, o compacto "Space Oddity", pelo selo Phillips. Quem comprou? As rádios tocaram? Eu tinha nove anos, mas nunca lembro de ter ouvido. Caso estejam curiosos, não, eu não tenho esse disco. Tirei a imagem de um livro.
Este recorte de revista eu já tinha mostrado aqui, mas vai de novo. Foi um achado meu na sala de espera do meu dentista em 1978. A revista é de 1970 e mostra David Bowie ilustrando uma matéria sobre a Roundhouse, "O lugar mais louco de Londres" segundo o título. Mas o nome de Bowie sequer é citado, pois ninguém o conhecia por aqui. Divulguei essa foto (de Alécio de Andrade) nos sites de Bowie e o próprio acabou comentando num chat que a foto "do Emilio" era "hilária e legítima". E finalizou, ironizando: "É Peter Frampton? Nããããõoo."
A revista Pop de junho de 1974 mostra em primeira mão (para os brasileiros, ao menos) o desenho da capa de seu novo álbum, Diamond Dogs, e anuncia sua turnê.
O projeto acabou não se concretizando, mas realmente surgiu a notícia de que David Bowie e Elizabeth Taylor fariam um filme juntos. Esta nota é da revista Pop, também de 1974.
Calma, não é o que vocês estão pensando! Em janeiro de 1975, quando esta nota saiu na revista Pop, "transar" tinha outro sentido! De qualquer forma, foi mais um projeto que não se concretizou. Eles não "transaram". Aliás, nunca vi confirmação desse plano nos livros que li depois.
Em 1978, meu amigo Luiz Eduardo me trouxe dos Estados Unidos o LP Space Oddity, que na época era inédito no Brasil. Dentro veio este folheto de inscrição no fã clube oficial de David Bowie.
A primeira vez que ouvi falar na banda americana Devo foi nesta nota que saiu na revista Hit Parader de maio de 1978. O grupo ainda não tinha disco gravado, mas já contava com um fã célebre: David Bowie, que os visitou no camarim. Vejam também as datas da turnê de Bowie naquele ano, que resultaria no álbum-duplo Stage.
A revista Manchete de agosto de 1978 inclui uma nota sobre o trabalho de David Bowie como pintor.

Em 1981, surge o primeiro fã-clube de David Bowie no Brasil. Ou pelo menos tenta surgir. Apesar do entusiasmo de seu presidente, não chegou a deslanchar.
O primeiro fã-clube de David Bowie que realmente deu certo foi organizado por Rosa Kaji, em São Paulo. Usando máquina de escrever e xerox, Rosa chegou a publicar cerca de 30 edições de seu fanzine. Para a época, era uma fonte preciosa de informações em português. A edição acima, de abril de 1983 (nº 11), comemora um ano de existência do fã-clube.
No fanzine de Rosa, uma fã italiana manda um desenho de Natal especialmente para os brasileiros.

A principal fonte de informações de Rosa era o fanzine Starzone, editado na Inglaterra por David Currie. As primeiras edições saíram em formatinho. Depois a revista ficou maior e por fim veio a ser publicada pela poderosa Omnibus Press. Quantos artistas a gente conhece que chegaram a ter seus fanzines publicados por uma grande editora?
Ingressos para o show de Bowie no Olympia, em São Paulo, em 25 de setembro de 1990. Estes eu já tinha mostrado aqui.

Quando percebi que a versão de "Holy Holy" que aparecia como faixa-bônus do CD The Man Who Sold The World não era a de 1970, como indicado na contracapa, escrevi para a Rykodisc apontando o erro. Para minha surpresa, veio por carta uma resposta assinada por Jeff Rougvie, o coordenador dos relançamentos. Hoje em dia eu não acharia estranho receber um e-mail, por exemplo, mas na era pré-Internet esta atenção me deixou bem impressionado. Guardo até hoje como relíquia.


Estes itens de minha coleção eu fotografei ainda no apartamento antigo para ilustrar minha entrevista para o site Collector's Room. Destaque para o CD Earthling autografado e a coleção de picture discs de 7 polegadas Fashion.
Por fim, este mouse pad foi enviado por sorteio a sócios da BowieNet em 1998. A princípio, imaginei que o autógrafo fosse impresso. Mas, comparando com outras imagens que foram postadas em sites, concluí que é legítimo, de próprio punho. Bowie tinha um carinho especial pela BowieNet em seus primeiros meses e acredito que tenha, sim, tirado um tempo para assinar várias vezes o seu nome nesses presentinhos. 

Só ficou faltando uma carta minha que foi publicada na revista inglesa Record Collector em 1990. Essa eu vou mostrar depois que tiver aberto todas as caixas da mudança. Enfim, Bowie está de volta. E esta foi a forma que achei de comemorar este retorno triunfal aqui no Blog.
Leiam também:

David Bowie no Olympia (SP) em 1990 
A exposição de David Bowie (São Paulo, 2014) 
David Bowie no Brasil em 1997

sexta-feira, março 15, 2013

Continuando os trabalhos

Armário para o corredor. Design básico by Emílio Pacheco.


Aproveitando o armário embutido do segundo quarto para armazenar CDs, DVDs, box sets e LPs. Design básico by Emílio Pacheco, com adaptações necessárias sugeridas pelo contratado. Adorei o resultado.

quinta-feira, março 14, 2013

Começando os trabalhos

Estante/gaveteiro para CDs, DVDs, box sets, LPs e, futuramente, um home theater. Design by Emilio Pacheco. Não, aí não cabe nem a metade da minha coleção. Mas já é um bom começo. Amanhã virão mais gavetas para o segundo quarto e já está pronto também um pequeno (mas bem alto) armário-estante para os livros no corredor. Uma coisa de cada vez.

segunda-feira, março 11, 2013

Pelotas de novo

Meu texto "As ruas de Pelotas" já havia sido publicado no site e-cult, pois agora sai também no blog Pelotas, Capital Cultural. Omitiram o último parágrafo, mas sem prejudicar o entendimento. Foi acrescentada uma introdução sob o título "A cidade das ruas infinitas". Que bom que gostaram, aparentemente. E foram usadas fotos diferentes, bem melhores do que as minhas, como ilustração.

sexta-feira, março 08, 2013

Volta triunfal do Juarez

Houve uma época, que começou em minha adolescência, em que eu sempre comprava a Zero Hora de sábado. Pois agora vou retomar esse hábito, depois de quase 20 anos. Motivo: Juarez Fonseca está de volta com sua página semanal.

P.S.: Infelizmente Juarez está voltando com uma página mensal, por enquanto. Vamos torcer para que ele possa aparecer mais vezes.

quarta-feira, março 06, 2013

Elton John em Porto Alegre ontem


Esta turnê de Elton John é para comemorar os 40 anos da música "Rocket Man". Então, de certa forma, também celebra os 40 anos em que eu o descobri. Eu tinha 12 anos quando virei fã. Mas as músicas que realmente me fisgaram foram "Skyline Pigeon" e "Crocodile Rock", quase ao mesmo tempo. A primeira eu ouvi por acaso em uma loja de discos da Galeria do Rosário e comprei na hora, com o dinheiro da minha mesada. Era o compacto duplo "4 Top Hits From England". Além de incluir a letra (a segunda que decorei em inglês na minha vida - a primeira foi "Tell Me Once Again" do grupo brasileiro Light Reflections), a contracapa anunciava também o LP "Don't Shoot Me, I'm Only The Piano Player", que eu viria a comprar alguns meses depois. Esse era o álbum que tinha "Crocodile Rock", que de qualquer forma eu já conhecia do LP internacional da novela "Uma Rosa Com Amor". E depois "Skyline Pigeon", que era um obscuro lado B de single na Inglaterra, entrou na trilha da novela "Carinhoso" (acrescida dos efeitos especiais incluídos originalmente na coletânea "Sua Paz Mundial", também da Som Livre) e acabou virando sucesso somente no Brasil.
Em julho de 1974, fui aos Estados Unidos pela primeira vez. Em Miami, na loja de departamentos Burdines na Flagler Street, o setor de discos trazia o LP "Caribou" em ampla exposição na parede, vários exemplares lado a lado. Era novidade. Decidi comprá-lo. Para minha decepção, chegou às lojas de Porto Alegre uma semana depois da minha volta de viagem. Mas o disco não era dos melhores. Gostei de "Pinky" e do rock "The Bitch is Back". Até foi surpresa pra mim descobrir depois que a faixa de trabalho era "Don't Let The Sun Go Down on Me", que foi destacada na capa da edição nacional.
O show de Elton, ontem, no Estádio do Zequinha, começou às 9 e 15 da noite justamente com "The Bitch is Back". As outras músicas, não necessariamente nesta ordem, foram: "Bennie and the Jets", "Grey Seal", "Levon", "Tiny Dancer", "Mona Lisas and Mad Hatters", "Philadelphia Freedom", "Funeral for a Friend/Love Lies Bleeding", "Sad Songs (Say so Much)", "Rocket Man", "Goodbye Yellow Brick Road", "Don't Let The Sun Go Down on Me", "Daniel", "Hey Ahab", "Candle in the Wind" (com a letra original sobre Marilyn Monroe), "Believe", "The One", "Sorry Seems to Be The Hardest Word", "I'm Still Standing", "Skyline Pigeon", "Crocodile Rock","Saturday Night's Alright for Fighting" e, no único bis, "Your Song". Nas costas da jaqueta azul cintilante usada por Elton, apareciam os dizeres "Madman Across The Water", com o mesmo tipo de letra da capa do LP de 1971. Na banda estavam, entre outros, os veteranos Nigel Olsson na bateria e Davey Johnstone na guitarra. Um coral de vocalistas negras dava um toque soul/gospel aos arranjos.
E aqui um vídeo com o começo do show. Ouçam bem e escutarão uma voz a mais cantando junto...