quinta-feira, agosto 30, 2012

Quinta-feira

Estou dando um sinal de vida, já que o Blog anda meio parado. O fato de eu saber que devo me mudar até o final do ano, mesmo sem ter certeza da data, confere um clima de "fase de transição" a tudo o que está me acontecendo. Já olho para meu apartamento atual com olhos de despedida, embora o sentimento principal seja de apreensão, por tudo o que terá que ser transportado. Por onde começo? E como? Mas já não esquento a cabeça com pequenas coisas. Não acho um dicionário? Na mudança aparece. Caíram moedas num saco de livros? Na mudança eu ajeito. A lâmpada da cozinha ficou emperrada? Na mudança se conserta. E, sem dúvida, todas as peças vão precisar de uma "geral" depois de desocupadas. 

Oportunamente, quero escrever com mais detalhes sobre o que este apartamento representou para mim. Deixa chegar perto do momento crucial.
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Nunca esqueço que foi no Parque Marinha do Brasil que teve início minha "fase de atleta", no começo dos anos 80. Pena que não durou muito. A pista de atletismo do local nunca foi das melhores de Porto Alegre, mas o que vi nesse fim-de-semana foi deprimente. Caminhei por ela algum tempo e constatei que está tomada de grama e folhas, completamente inutilizada para sua verdadeira finalidade. Bem que poderiam restaurá-la, como fizeram com a pista do Centro Esportivo do Menino Deus.
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Meu amigo Zeca Azevedo, um dos melhores críticos de música do Brasil, colaborador da revista Rolling Stone, convidou-me para participar de uma das edições do programa "Discofilia", que ele apresenta na rádio on-line Mínima.fm. Claro que adorei a ideia. O problema vai ser achar um horário em que eu possa comparecer, já que a transmissão é ao vivo. Mas, se o convite continuar de pé, dou um jeito.
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Casualmente, três encomendas que eu fiz vão chegar praticamente ao mesmo tempo. Então já estou me preparando para uma dose do velho e bom rock and roll: a edição especial de "Born Again" do Black Sabbath (com Ian Gillan no vocal, incluindo trechos de shows no CD 2), "Destroyer Ressurrected" do Kiss (edição remixada do clássico álbum de 1976 "Destroyer") e "No More Mr. Nice Guy Live" de Alice Cooper (CD duplo com show da mesma turnê que passou por Porto Alegre no ano passado). Breve aqui, muita adrenalina.
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Meu audiobook do momento é "Superman: the High-Flying History of America's Most Enduring Hero", de Larry Tye, com narração de Scott Brick. É a história do Super-Homem desde sua criação por Larry Siegel e Joe Shuster até as diversas adaptações e transformações sofridas pelo personagem ao longo do tempo em diversos meios. Naturalmente, inclui as disputas dos criadores na Justiça para recuperar os direitos sobre a criatura. Adoro livros sobre os bastidores dos personagens de histórias em quadrinhos.
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E amanha é sexta-feira. Meu filho vem à noite para passar o fim-de-semana comigo. Até mais.

domingo, agosto 26, 2012

Mais encontros

Pelo visto, os encontros de ex-alunos do Colégio Pio XII, de Porto Alegre, estão se tornando uma instituição. Este aconteceu na sexta-feira à noite no 512, na Rua João Alfredo. Foi a primeira vez que compareci a uma reunião de ex-colegas que teve a presença de gente que estava acima e abaixo de mim no colégio, além de contemporâneos. O Pio XII, com este nome, deixou de existir no começo dos anos 80, mas o ideal piodozense segue firme em cada um de nós. Continua aproximando pessoas e incentivando amizades.

quinta-feira, agosto 23, 2012

Ringo pré-Beatles em CD

Possivelmente nem o vindouro lançamento do filme "Magical Mystery Tour" em DVD e Blu-ray esteja gerando mais expectativa entre os Beatlemanícos do que o CD acima, que deverá sair em 17 de setembro na Inglaterra. Como todo o fã que se preze bem sabe, antes de se juntar aos Beatles em 1962, Ringo Starr era o baterista de Rory Storm and The Hurricanes, em Liverpool. Na foto acima ele empunha uma guitarra, mas deve estar apenas fingindo tocar. Pelo que se anuncia, "Live at The Hive Jive" contém uma gravação feita "profissionalmente" de uma apresentação do grupo do dia 5 de março de 1960. Os textos promocionais (provavelmente incluindo o encarte) estão a cargo do pesquisador Spencer Leigh, que já escreveu ótimos livros sobre os primórdios dos Beatles, revelando dados ainda desconhecidos do grande público (como o fato de Roag Best, irmão do baterista Pete, ser filho de Neil Aspinall, além de investigar e confirmar a existência do lendário Raymond Jones, que teria procurado o disco "My Bonnie", dos Beatles, na loja de Brian Epstein).

Duas perguntas ainda clamam por respostas: 1) Quem gravou esse show? 2) Como uma fita de tão inestimável valor histórico só veio a ser descoberta agora, mais de 50 anos depois? Paira também entre os fãs uma certa dúvida sobre a autenticidade desse material - o fator "São Tomé". A se confirmar o prometido, será uma das maiores relíquias já divulgadas após a separação dos Beatles, uma chance raríssima de se escutar aquele que era considerado um dos melhores conjuntos de Liverpool de sua época. Melhor até do que os próprios Beatles naquele tempo, segundo testemunhas. Vamos aguardar.

segunda-feira, agosto 20, 2012

Scott McKenzie

Em 1967, aconteceu o primeiro festival de rock da história, o Monterey Pop. Um dos organizadores foi o líder de The Mamas and the Papas, o compositor John Phillips. Durante a preparação, surgiu o receio de como a cidade de Monterey, na Califórnia, receberia aquela multidão de jovens. Em especial, a população mais idosa e pacata poderia ter uma reação negativa àquela agitação toda. Foi então que Phillips teve a ideia de compor uma canção mandando basicamente duas mensagens. Aos que estavam indo ao festival, que chegassem com atitudes de paz e amor, sem tumulto. Aos moradores, que recebessem bem os jovens e vissem com bons olhos aquele congraçamento de culturas e idades. Para não citar diretamente Monterey, o autor preferiu mencionar a mais conhecida cidade próxima. E assim nasceu uma das mais belas composições dos anos 60: "San Francisco (Be Sure to Wear Flowers in Your Hair)".

Mas a música não seria gravada por The Mamas and The Papas. Num presente especialíssimo a seu velho colega de Journeymen que estava se lançando em carreira-solo, John Phillips deixou a interpretação a cargo de Scott McKenzie. E o disco, como era de se esperar, estourou, tornando-se uma espécie de hino do "flower power". Scott tinha uma voz belíssima, com aquela leve empostação dos cantores de amplo alcance. De certa forma, é um desperdício que ele tenha lançado somente dois LPs como solista e seja lembrado por um único sucesso. Ou talvez dois: "No, No, No, No, No" também foi marcante.

Nos anos 80, John Phillips remontou The Mamas and The Papas com nova formação e convidou Scott McKenzie para ser o vocalista principal, na função original de Denny Doherty. Em 1995 eu o vi com o grupo no Teatro da Ospa, em Porto Alegre, com duas cantoras jovens completando o quarteto. Além de clássicos do grupo, Scott não poderia deixar de apresentar a clássica "San Francisco", aqui num arranjo levemente modificado, com backing vocals. Foi um show inesquecível, que fez jus ao nome e à história do conjunto.

Scott McKenzie faleceu no dia 18, aos 73 anos, em consequência de síndrome de Gullain-Barré, que afeta o sistema nervoso. O cantor enfrentava a doença desde 2010. Nesse mesmo ano, suas últimas gravações com The Mamas and The Papas em estúdio foram lançadas no CD "Many Mamas, Many Papas".

sábado, agosto 18, 2012

Caminhada

Uma bela tarde de "veranico de inverno" em Porto Alegre, perfeita para uma caminhada na Avenida Beira-Rio com o Iuri!
O destino, como sempre, é a praça de alimentação do Shopping Rua da Praia!

Conserto caseiro

Uma das melhores compras que fiz nos últimos dez anos foi o gravador de DVD Pioneer com disco rígido de 80 GB. Este, sim, é o legítimo sucessor do videocassete em sua finalidade primeira, que é a de fazer gravações da TV. Ele vem com sintonizador de canais e permite os mais diversos recursos de edição. Quando a Pioneer lançou um novo modelo com disco de 160 GB, pensei em comprar também. Acabei desistindo e houve quem me chamasse de maluco por sequer  ter cogitado a ideia. Pra que dois? Pois hoje me arrependo de não ter feito, pois os gravadores de DVD Pioneer saíram de linha. Existem os da marca LG, que são bons, também, mas têm uma desvantagem tremenda pra quem mora em país de terceiro mundo: não guardam as configurações no caso de faltar luz. Toda a programação precisa ser refeita, inclusive o horário do relógio.  

É curioso que, quando recebi o aparelho no meu local de trabalho há alguns anos, uma colega minha não conseguiu esconder sua desaprovação da minha compra. "Pra que tu queres isto?", ela perguntou sem nenhuma sutileza. Os valores das pessoas são mesmo diferentes. Só eu sabia o quanto eu iria aproveitar meu novo brinquedo. Praticamente todos os vídeos que subi para o YouTube foram digitalizados a partir dele. Passo as fitas VHS para o HD, daí para DVD e deste para o computador. Sem falar as gravações diversas que já fiz dos canais de TV a cabo. Até para digitalizar vinil o gravador de DVD quebra o galho. Foi com ele que converti as duas músicas que subi para o Soundcloud e outras tantas que já foram divulgadas nos programas "O Sul em Cima" e "Paralelo 30". Quando eu começar a meter a mão em minhas fitas cassete, vão aparecer mais relíquias, inclusive do meu tempo de colorado fanático.  

Pois na semana passada, achei que estava tudo perdido. Tentei usar o controle remoto e constatei que várias teclas haviam deixado de funcionar. Troquei as pilhas e não adiantou. E agora? A maioria dos comandos só está disponível no controle. Sem ele, é impossível fazer funcionar o gravador. E esse não é um aparelho comum para o qual se encontrem controles remotos "genéricos" em lojas como as da Alberto Bins. Mais difícil ainda é achar um original para reposição. Nessa hora, mais do que nunca, lamentei não ter comprado o segundo modelo, como havia pensado em fazer. Possivelmente o controle remoto de um funcionasse no outro.

 Minha primeira ideia foi mandar consertá-lo. Embora eu não acredite em conserto de aparelhos eletrônicos, nesse caso, eu não teria muita opção. Mas, como eu havia deixado pilhas vencidas quase vazando dentro dele, pensei se não seria talvez algo bem simples. Lembrei dos tempos em que eu me entretia abrindo os invólucros das fitas cassete e trocando os carretéis e resolvi encarar a chave de fenda. O que eu teria a perder? Abri o controle. Tive a impressão de que havia um grão de poeira no espaço entre a camada de borracha (onde estão as saliências que formam os botões) e a placa. Antes de fechá-lo, experimentei pressionar com o dedo por cima da borracha para ver se os comandos que até então falhavam voltariam a funcionar. Bingo! Deu certo. No mínimo, eu já poderia levar o controle remoto a uma assistência técnica e insistir: "Tem conserto, é só mau contato." Mas não precisou. No momento em que fechei a caixinha e recoloquei os parafusos, todos os botões voltaram a funcionar normalmente. Ufa! Meu brinquedo estava salvo.

Nos últimos tempos, tenho deixado meu gravador de DVD meio de lado. E a Net (TV a cabo) da sala já está sem funcionar há algum tempo. Mas, como estou prestes a me mudar, não me preocupei em chamar ninguém. Também a mesa que eu tinha conseguido esvaziar no ano passado já está com tralhas por cima de novo. Não tem problema. Meu foco agora é o meu futuro lar. Assusto-me quando olho ao meu redor e vejo quanta coisa vai ter que ser carregada. Mas é algo que vou ter que enfrentar para chegar ao meu objetivo final: voltar a ter qualidade de vida. E morar num local onde eu consiga achar qualquer livro, CD ou DVD a hora que quiser.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Festa dos Anos 80

Sexta-feira à noite estive na Festa dos Anos 80, no Bar Opinião, mas só hoje recebi as fotos. Foram tiradas com o celular do Hermes, que foi quem convidou a turma de ex-alunos do Colégio Pio XII para comparecer. A bem da esquerda é a Marli. A loira ao lado dela eu não conhecia. Depois aparecemos eu e a Ana Cláudia.
E este de óculos é o Hermes.
Aqui eu pensei que estivesse fora de enquadramento, então não fiz pose.

Telemarketing

Ah, os convênios entre as imobiliárias e outros estabelecimentos... Já recebi dois telefonemas de lojas conveniadas. Uma me oferecia um projeto de decoração feito por profissional. Pode esquecer: eu tenho uma ideia bastante clara de como vou querer organizar meu futuro apartamento. Algumas decisões até deixarei para a última hora, como escolher onde irão os livros e onde guardarei CDs e DVDs. Mesmo assim, já tenho um esboço em minha mente. E a última coisa que eu desejo é um "profissional" do meu lado me enchendo o saco com sugestões modernosas e pouco funcionais. De qualquer forma, provavelmente ele ou ela cairia na real e desistiria assim que enxergasse o volume de minhas coleções.

O segundo telefonema veio de uma loja de móveis, dessas que oferecem peças com "arrojado design europeu" e o escambau. Já dei uma espiada no site deles e constatei que os produtos passam longe, muito longe, do que eu vou precisar. Quando chegar a hora, eu mesmo vou procurar e escolher o que eu quero. Não venham até mim, por favor!

Por outro lado, aceito sugestões de pessoas que já me conhecem, pois essas sabem quais são meus valores e necessidades. 

domingo, agosto 12, 2012

Dia dos Pais

Este não era meu fim-de-semana de ficar com o Iuri, mas como é Dia dos Pais, fui visitá-lo.
E ganhei até presente!
Um beijo também no meu pai, onde estiver.

sábado, agosto 11, 2012

Submarino Amarelo em Porto Alegre

Estou "movendo" para cá um tópico que eu havia publicado no ano passado, pois o assunto voltou a ser pertinente: o desenho animado "Submarino Amarelo", tendo os Beatles como personagens, está sendo relançado em DVD e Blu-ray.

Esta coluna foi publicada na Zero Hora de 25 de novembro de 1969, uma terça-feira. Como estava com pressa de terminar minhas pesquisas, não verifiquei se o filme continuou em cartaz por mais uma semana, como sugere a jornalista, mas acredito que sim. Eu vi "Submarino Amarelo" no Cinema Rex, em uma dessas sessões. Mas não entendi nada. Tinha só oito para nove anos, não estava preparado para aquilo. Por muitos anos, só o que ficou gravado na minha memória foi a "mão com dentes", a citação ao compositor Rimsky-Korsakov (fazia pouco tempo que ele tinha sido focalizado em um fascículo de música clássica da Editora Abril, que minha mãe comprava) e os quatro Beatles aparecendo em carne e osso no final, com Ringo mostrando que havia "um buraco em seu bolso". Inclusive foi nesse momento que eu e minha acompanhante nos levantamos para sair e eu fiquei por longos anos em dúvida se não tinha perdido nada. Hoje que tenho o filme em DVD, vejo que só perdi a execução de "All Together Now" nos créditos finais. De qualquer forma eu havia escutado várias músicas excelentes durante o desenho e não lembrava de nenhuma. (Cliquem na matéria para ampliá-la.)

quinta-feira, agosto 09, 2012

Objetos perdidos

Na semana passada eu estava caminhando em direção ao centro de Porto Alegre quando avistei um cartão na calçada. Abaixei-me para juntá-lo e vi que era do IPE – Instituto de Previdência do Estado. Casualmente eu estava ao lado do imponente prédio da instituição. Entrei, encontrei um balcão de informações e lá deixei o cartão. Missão cumprida.

Esse foi um caso em que foi fácil saber que providência tomar ao encontrar um objeto perdido. Mas nem sempre é assim. Há muitos anos eu tinha ido buscar meu filho na casa dele quando enxerguei um molho de chaves caído em frente ao edifício. Meu primeiro impulso foi pegá-lo. Aí pensei: o que poderei fazer para ajudar? Não havia no chaveiro nada que identificasse o dono. Nem qualquer estabelecimento público nas proximidades onde eu pudesse deixar as chaves. Quem as perdeu com certeza iria refazer seus passos na tentativa de reavê-las. Meio a contragosto, concluí que o melhor a fazer seria recolocá-las no chão, onde as havia encontrado. E assim procedi.

Eu próprio perdi as chaves do carro mais ou menos na mesma época. Depois de passar pelo incômodo de chamar um chaveiro e mandar confeccionar chaves novas, lembrei de onde elas poderiam estar: em uma central de pagamentos onde eu tivera que largar meus objetos metálicos em uma caixa de vidro. Aí veio a parte decepcionante da história: sim, o molho de chaves estava lá, como eu previra. Mas sem as duas chaves mais importantes, que eram a da ignição e do combustível. Alguém de má fé cuidadosamente as retirou antes de entregar o chaveiro ao gerente. Reclamei, mas ele disse que, como nada podia ser provado, não haveria providência a tomar. Por sorte, o amigo do alheio nunca conseguiu achar meu carro. Seria difícil, pois não estava nos arredores.

Também já perdi meu celular algumas vezes. Em uma delas, não houve problemas: liguei para o número dele e atendeu o motorista do táxi onde eu o havia deixado. Mas, em outra ocasião, caiu nas mãos de alguém mal intencionado e nunca mais reapareceu. Dei parte na polícia. Depois de preenchidos os dados, perguntei ao atendente se ele queria o meu telefone, para qualquer informação. Resposta: "não, nós não vamos fazer nada, este documento é apenas um comprovante para o senhor". Ah, certo.

E quem lembra do hoje demodê e praticamente extinto "leva-tudo", que os não-gaúchos conhecem como "capanga"? Houve uma época em que aquele objeto era meu companheiro inseparável, como o martelo de Thor ou a espada do He-Man. Eu o achava prático, pois permitia que se carregasse um talão de cheque sem dobrar (algo que também já não uso, perfeitamente substituído pelo cartão de débito), além de papéis e documentos diversos que inevitavelmente iam se acumulando. Aliás, os primeiros "leva-tudo" que conheci eram menores e elípticos. Esses maiores que acabariam se tornando o padrão me foram apresentados pela primeira vez com um nome um tanto agourento: "perde-tudo".

Pois bem: eu os perdi duas vezes, mas tive sorte em ambas. Ou quase. A primeira foi no Carnaval de 1996. Eu estava saindo do estacionamento de um daqueles locais que servem lanches na beira da estrada quando um sujeito veio me avisar que havia um vazamento grande no meu motor. Era apenas o ar condicionado que sempre pingava muito, mas ele pareceu não se convencer. Continuou olhando para as gotas que caíam com um interesse quase mórbido. Com isso, deixou de enxergar algo que, isto sim, teria me ajudado. Mas em geral as pessoas têm é um prazer sádico de dar más notícias.

Isso se confirmou assim que peguei a estrada. Um motorista me alcançou para me avisar que o leva-tudo tinha caído de cima do carro. Ora, não teria sido mais racional anotar a minha placa e parar para juntar o dito cujo? Sim, mas aí ele perderia a chance de ser o primeiro a me avisar! Passei todo o feriado de Carnaval tentando procurar o objeto perdido, sem sucesso. Na volta ao trabalho, recebi um telefonema de Caxias do Sul: era a pessoa que tinha encontrado o leva-tudo! E nem aceitou gratificação para devolvê-lo.

Já em 1997 eu estava no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, quando fui tirar dinheiro em um caixa automático. Depois que saí de lá é que percebi que o leva-tudo havia sumido. Fiquei apavorado! Voltei correndo e consegui falar com um segurança. Ele disse que o havia encontrado e deixado na agência bancária ao lado. Ufa! Essa foi por pouco. O que mais me angustiava não era perder meus documentos, talão de cheque, dinheiro, agenda e papéis diversos de que nem lembro mais. Isso tinha conserto. O prejuízo maior teria sido uma preciosidade que eu havia conseguido na noite anterior: o autógrafo de David Bowie!

quarta-feira, agosto 08, 2012

Raridade do MPB-4

Em homenagem ao Magro, do MPB-4, que nos deixou hoje, divido com vocês uma gravação rara do grupo. Todos sabem que o MPB-4 participou em "Lagoa dos Patos", de Kleiton e Kledir, no segundo LP da dupla gaúcha, lançado em 1981. Mas um fato pouco conhecido é que eles também gravaram juntos "Uni Duni Tê" nas mesmas sessões. Inclusive Kleiton e Kledir apresentaram essa música no show de pré-lançamento do disco no Grêmio Náutico União. Mas, quando o vinil finalmente chegou às lojas, "Uni Duni Tê" tinha entrado somente em forma de vinheta. A gravação completa acabou saindo na coletânea "A Música de Fogaça" em 1982, já que é uma parceria a três do letrista com a dupla. Infelizmente, nunca foi relançada em CD (seria uma faixa-bônus perfeita). Se não enxergarem o player abaixo, acessem pelo Firefox:

domingo, agosto 05, 2012

Matéria sobre os Bee Gees

Em 2007, teve início uma excelente série de relançamento dos álbuns dos Bee Gees a partir de 1967. Começou com os discos Bee Gees 1st, Horizontal e Idea. Pena que só foi até o título seguinte, Odessa. Nessa época eu frequentava um grupo de discussão sobre música do qual fazia parte o produtor dos relançamentos, Andrew Sandoval. Perguntei se poderia entrevistá-lo para o International Magazine, ele topou e a matéria acabou saindo no número 131.

Algum tempo depois, pelo mesmo fórum de discussão, fiquei sabendo que Andrew Sandoval havia firmado um acordo com a gravadora que o proibia de dar depoimentos sobre seus trabalhos de relançamento sem autorização prévia. Com isso, a minha entrevista com ele acabou se tornando uma preciosidade. A matéria toda acaba de ser reproduzida no site de Marcelo Sayago dedicado aos Bee Gees. Cliquem aqui para lê-la.

sábado, agosto 04, 2012

Dica de blog

César Dieter, da banda Tinta Neutra, de Novo Hamburgo (que já divulguei aqui), está lançando o seu próprio blog: chama-se "Shoes & Songs". Pelo visto a proposta é fazer um site bilíngue, com todas as postagens em português e inglês. E inglês corretíssimo, devo dizer. Aliás, por que não pensei nessa ideia? Cheguei a criar um blog em inglês em 2006 (este aqui), mas está praticamente abandonado. Um dia ainda posso retomá-lo. Enfim, o blog do César ainda está na primeira postagem, mas é assim que todos começam, não? Óbvio! Está dada a dica, vamos ficar de olho no blog dele!

Picanha gigante

Esta foto de Tadeu Vilani, da Agência RBS, conseguiu enganar meus olhos. Onde se acha picanha deste tamanho????

Sábado

Na quarta-feira, vários blogueiros e webmasters ficaram confusos: começaram a aparecer diversos acessos, todos vindos do endereço IP 10.144.128.#. Aqui também. A princípio, pensei que fosse alguém "fazendo um tour". Depois é que percebi que todas as visitas ao Blog, inclusive a sua, se você andou por aqui nos últimos três dias, eram registradas com esse endereço. Pensei que fosse um hacker e achei que, se eu voltasse a postar aqui, ele poderia se apoderar de minha senha. Dizem que é apenas um problema temporário do Site Meter. Tomara que seja, mesmo. Ontem à noite parecia ter normalizado, mas hoje vi que os meus acessos continuam aparecendo com aquele IP. Agora é tarde, já autorizei um comentário. Se eu tiver que ser hackeado, já fui. Então vou continuar arriscando.
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Obrigado a todos que me desejaram sucesso na mudança. Ela ainda pode demorar uns três meses para ter início, pelo acerto que tive com o vendedor. Ou mais, se eu levar muito tempo preparando as paredes do imóvel para receber minhas coleções. E tem o andamento do processo de financiamento, também. Mas vai valer a pena no final.

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Ontem quase tive uma crise de falta de ar quando a moça da farmácia me informou que não estão mais fabricando Combivent. E agora? O que será de nós, asmáticos? Tudo bem, eu ainda uso Foraseq. Mas o pneumologista me receitou os dois medicamentos! O jeito é marcar uma consulta para que ele me indique um substituto.
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Antes tarde do que nunca, estou descobrindo Johnny Rivers. Eu já tinha uma coletânea dele e até fui vê-lo no Gigantinho em 1986. Mas este CD que reúne os álbuns Changes e Rewind é precioso. No primeiro estão as clássicas "Do You Wanna Dance" (que Rivers afirma só ser sucesso no Brasil) e "Poor Side of Town". Mas a maioria das faixas é simplesmente mágica. Sou cada vez mais fã também do compositor Jimmy Webb (autor de "By The Time I Get to Phoenix" e "Tunesmith", entre muitas outras).
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Já dei minha caminhada. Agora vou buscar meu filho para passar o fim-de-semana comigo. Normalmente ele já vem na sexta, mas desta vez precisei deixar para hoje o meu encontro com ele. Bom sábado a todos!