segunda-feira, setembro 28, 2015

Lizzie Bravo lançando seu livro

Tanto falei em livros em minha última postagem e acabei esquecendo deste. Lizzie Bravo, a brasileira que gravou com os Beatles (já contei a história dela aqui), finalmente está lançando sua obra "Do Rio a Abbey Road". O valor é 120 reais na pré-venda para depósito em conta ou 127 reais para quem preferir pagar por Pay Pal. As encomendas devem ser feitas exclusivamente pelo e-mail lizzie.bravo@gmail.com. Ela mesma dá mais detalhes:

Caros Beatle-amigos,

Finalmente, meu livro "Do Rio a Abbey Road" está pronto para ser impresso e vocês podem encomendá-lo imediatamente!

São 300 páginas, incluindo 210 fotos inéditas dos Beatles (ok, a maioria do John, depois Paul, depois George e do Ringo só tem três -  embora eu tenha tirado mais, mas se perderam por aí), capa dura, 23x23cm, papel couché matte, fotos e/ou ilustrações na maioria das páginas. Apresentação por meu querido amigo Mark Lewisohn, o maior pesquisador de Beatles do planeta! Design inovador pela genial Cecilia Leal de Oliveira.

A pré-venda começa agora e dura 30 dias corridos; deixamos três páginas em branco no final do livro para listar as pessoas que participarem. Vocês receberão o livro autografado assim que chegar da gráfica. Eu mesma cuidarei da embalagem e envio. A PREVISÃO É FINAL DE NOVEMBRO.

Vou entrar em contato com cada um quando os livros chegarem, e nesse momento combinaremos a forma de receber -  se  pessoalmente ou por correio. Neste caso, o frete será pago separadamente.


Para o ano que vem, Lizzie promete uma edição em inglês destinada ao mercado internacional.

sábado, setembro 26, 2015

Livros, etc.

O livro do músico e jornalista Arthur de Faria sobre Elis Regina já tem capa e data de lançamento. Clicando-se aqui, é possível acessar o site da Arquipélago Editorial e efetuar a encomenda antecipada. O envio está prometido para a partir de 8 de outubro.
O terceiro livro da série "Então Foi Assim", em que Ruy Godinho conta a história de várias canções antológicas da música brasileira, está comigo desde dezembro de 2013. Como já acontecera no volume 2, meu nome consta na extensa lista de agradecimentos. Eu indiquei e fiz o meio de campo para que Ruy entrevistasse Kleiton Ramil sobre "Vira Virou" e Zé Caradípia para contar a origem de "Asa Morena" (no volume anterior, minha colaboração resultou no capítulo sobre "Mal Necessário", de Mauro Kwitko). Numa falha imperdoável, acabei não registrando o lançamento aqui no Blog. Mas agora tenho uma segunda chance, pois os três livros foram reeditados numa caixa para quem quiser adquirir a coleção toda de uma só vez. Então está dada a dica. Quem ainda não comprou nenhuma das edições agora pode tê-las todas numa embalagem exclusiva. 
A foto acima foi tirada por mim na noite de 8 de maio de 1998, no Auditório Araújo Vianna. Aí aparecem Fughetti Luz e Mimi Lessa, do Bixo da Seda, cantando "Trem". Eu os cliquei bem na hora do refrão: "Não perca o trem!" Mas a moldura e os retoques foram feitos por Shanti Luz, filha de Fughetti, que a divulgou no Facebook. Isso foi no show coletivo "Heróis do Rock", do qual participaram também Tutti Frutti (com a gaúcha Helena Theodorellos no vocal), Made in Brazil e, numa canja rápida, João Ricardo dos Secos e Molhados. Cobri o show para o International Magazine. Em algum momento eu poderei digitalizar e divulgar as demais fotos que ainda tenho desse memorável evento. 
O documentário "A Trilha do Rock no Brasil", que deverá ir ao ar no Canal Brasil, já está com sua edição praticamente pronta. No começo do mês, recebi um telefonema de um rapaz da produção perguntando onde poderia conseguir imagens de grupos gaúchos dos anos 60. Indiquei nomes de jornalistas que talvez tivessem exatamente o que ele estava procurando. A foto acima é do dia 6 de abril, em que a equipe da B2 Filmes esteve em Porto Alegre e eu concedi uma entrevista sobre rock gaúcho. Não sei o quanto do que eu falei será usado na edição final, mas de qualquer forma estou curioso para ver o resultado. Vamos aguardar.

Bom resto de fim de semana a todos!

quarta-feira, setembro 23, 2015

O novo Queen em Porto Alegre

Em meu comentário "pré-show" aqui no Blog, escrevi que não via problema nenhum em Brian May e Roger Taylor excursionarem como Queen com um novo cantor. Freddie Mercury faleceu em 1991, logo, não é pela vontade dos integrantes que ele não está mais na banda. Brian e Roger são dois músicos fantásticos e também cantam. O Queen tem uma obra maravilhosa que merece ser divulgada. Por que não continuar tocando? E assim também, foi a primeira chance do público de Porto Alegre de conferir de perto o desempenho desses caras, na noite de segunda-feira, no Gigantinho. Eu disse que, se me dessem um bom show de rock, eu ficaria feliz. E fiquei.
Adam Lambert não tem a "pegada roqueira" de Freddie ou mesmo de Paul Rodgers, que foi o substituto anterior no vocal do Queen. Nesse quesito ele é tão deficiente quanto George Michael, que muitos apontam como o cantor ideal para o grupo desde que interpretou "Somebody to Love" no Tributo a Freddie Mercury em 1992. Mas a vantagem do novo vocalista sobre o ex-integrante do Wham! é a potência de voz, aquele gogó típico dos concorrentes do "American Idol" (onde ele se lançou) e "The Voice". Se lhe falta agressividade para fazer jus a rocks como "One Vision", "Tie Your Mother Down", "I Want It All" e "We Will Rock You", todos apresentados no show, isso é compensado pela energia e vitalidade que ele demonstra, além do carisma. A contrário de Freddie, que escondeu sua condição de gay por toda a carreira, Adam assume a androginia como marca registrada de sua imagem. A encenação que ele faz com um leque durante "Killer Queen" é impagável!
Não assisti à apresentação do grupo no Rock in Rio pela TV, nem consultei vídeos ou set lists na Internet, pois queria ser surpreendido. E uma das novidades foi o fato de Roger Taylor não estar mais fazendo solo em sua composição "Radio Ga Ga". A gravação original era cantada por Freddie Mercury, mas o próprio autor havia assumido o vocal nos shows com Paul Rodgers. Na formação atual, a tarefa ficou mesmo com Adam Lambert. Mas Roger sai da bateria para cantar "These Are The Days of Our Lives" e faz a parte de David Bowie no dueto com Adam em "Under Pressure". Um momento interessante foi o "duelo de bateristas" que Roger executou com seu filho Rufus Tiger Taylor, este no palco e o pai na passarela que trespassava a área de pista livre do público.
O guitarrista Brian May também usou a passarela algumas vezes, chegando até sua extremidade para cantar "Love of My Life". Na segunda parte da música, ouviu-se a voz de Freddie Mercury, com sua imagem aparecendo no telão. Esse recurso foi usado novamente em um trecho de "Bohemian Rhapsody". As homenagens ao cantor original do grupo não pararam por aí. Antes de interpretar "Crazy Little Thing Called Love", Adam perguntou à plateia quem gostava de Freddie e fez uma carinhosa menção ao lendário artista que estava substituindo. Houve ainda um momento em que surgiu no telão o rosto do baixista John Deacon, que não quis participar das novas encarnações do Queen, e o público o ovacionou rapidamente.
Além do já citado Rufus Tiger Taylor, os outros músicos convidados foram o baixista Neil Fairclough, que teve um breve instante para solar seu instrumento, e o tecladista Spike Edney, de presença discreta. Assim como Paul Rodgers pôde incluir músicas do seu repertório nas apresentações com o Queen, também Adam Lambert cantou a sua "Ghost Town", porém num arranjo diferente e pesado, com Brian May arrasando nos acordes. Outra surpresa foi a instrumental "Last Horizon", da carreira solo de Brian, emendando num longo solo de guitarra.
O Gigantinho estava cheio e o público parece ter gostado muito do que viu e ouviu. Infelizmente, não posso deixar de observar a péssima acústica, problema que assola a maioria dos espaços para grandes shows em Porto Alegre. Assim como Dream Theater no Pepsi on Stage, Queen no ginásio do Inter teve o seu som pesado bastante distorcido. Mas valeu. Meu voto continua sendo a favor do prosseguimento do grupo, seja com Adam Lambert ou outro cantor que Brian May e Roger Taylor venham a escolher. Sinto-me privilegiado de ter visto de perto um de meus dois guitarristas preferidos. Se Deus quiser, no final do ano verei o outro: David Gilmour.

sábado, setembro 19, 2015

Queen com Adam Lambert

Segunda-feira é dia de ver Queen com Adam Lambert no Gigantinho. E eu fiz questão de não assistir pela TV à apresentação que eles fizeram no Rock in Rio. Já estou farto de chegar nos shows sabendo tudo o que vai acontecer. Excesso de informação tira um pouco a graça. Desta vez, quero ser surpreendido.

Gostaria de deixar claro que não vejo problema nenhum em Brian May e Roger Taylor estarem excursionando com outro cantor que não Freddie Mercury. Como ele morreu, deixou de ser opção. Mas o guitarrista e o baterista estão muito vivos e não precisam se aposentar. Com certeza Freddie era a cara e a voz do grupo, mas meu integrante preferido sempre foi Brian, com seus rocks incendiários. E Roger é uma espécie de arma secreta. Além de ótimo baterista, também tem boa voz. Ao decidirem voltar à estrada, os dois passaram a cantar mais nos shows. Inclusive, Roger passou a fazer vocal solo em "Radio Ga Ga", de sua autoria. Até 1980 ele sempre cantava em suas próprias composições, mas essa, especificamente, teve vocal de Freddie na gravação original. 

Na primeira reencarnação do Queen, que durou de 2004 a 2009, Paul Rodgers era o cantor. A escolha do ex-membro do Free e do Bad Company, considerado um dos melhores vocalistas de rock de todos os tempos, com certeza teve o intuito de apresentar um substituto à altura para Freddie. Alguém que tivesse nome. O problema é que a postura "máscula" de Rodgers não necessariamente combinava com a imagem do grupo. Também seu timbre nem sempre se moldava aos clássicos do Queen. As opiniões se dividiram, mas foi uma bela experiência. A formação May-Taylor-Rodgers chegou a lançar um CD de inéditas, The Cosmos Rocks, em 2008. Infelizmente, o baixista John Deacon não quis retornar.

Adam Lambert é artista de nova geração, revelado no programa American Idol. Estou curioso para ver como se sairá. É interessante que muitos fãs acreditam que o cantor ideal para o Queen seria George Michael, que cantou "Somebody to Love" no Tributo a Freddie Mercury em 1992. Mas não consigo imaginar o ex-vocalista do Wham tendo a energia necessária para interpretar rocks como "We Will Rock You", "Now I'm Here", "Hammer to Fall" e "Tie Your Mother Down". O Queen não era somente os hits radiofônicos. Existe o lado pesado do grupo, quase todo formado pelas composições do guitarrista Brian May, que exige uma voz de roqueiro.

Segunda-feira estarei lá, entusiasmado em ver de perto os lendários Brian May e Roger Taylor. Cheguei a ler alguns comentários realmente ofensivos à nova formação no Facebook, chamando-a  de banda de cover, mas não me importo. Me deem um bom show de rock e ficarei feliz.

Bom resto de fim de semana a todos.

segunda-feira, setembro 14, 2015

Outra comemoração atrasada

Não foi só o aniversário de 11 anos do Blog que eu esqueci de registrar no mês passado. Faço muitas coisas, mas se hoje posso dizer que tenho um currículo no jornalismo musical, tudo começou em agosto de 1995, há 20 anos. Ainda lembro da emoção de receber o exemplar de nº 17 do International Magazine, jornal de música do Rio de Janeiro, contendo minhas primeiras colaborações. Eu tinha mais de 30 anos e praticamente nenhuma bagagem além da Faculdade e alguns textos genéricos publicados na Folha Encruzilhadense. Depois de uma carta e uma conversa por telefone com o editor Marcelo Fróes, teve início mais essa atividade em minha vida.
Aproveito para mostrar também as edições em que eu fui responsável pela matéria de capa. Em 8 de janeiro de 1997, David Bowie completou 50 anos. Escrevi a biografia dele para o número 34, que saiu em março daquele ano. Quando o próprio cantor veio ao Brasil em outubro e novembro, fiz com que esse exemplar chegasse às mãos dele, levado pelo assessor Alan Edwards. Alan me disse que Bowie mostrou a foto a sua esposa Iman e comentou: "Olhe este cabelo, não acredito que você casou comigo com um cabelo assim!" Essa imagem é de 1985, do Live Aid.
Em 1999, Bowie estava promovendo seu novo CD, hours... Marcelo Fróes o entrevistou por telefone com perguntas minhas e eu redigi o texto final. O jornal saiu em janeiro de 2000.
Por fim, em dezembro de 2004, tive o privilégio de escrever sobre a caixa de CDs de Roberto Carlos dos anos 60. Inclusive, fui um dos primeiros no Brasil a receber o material e com certeza o primeiro em Porto Alegre. Meu texto foi reproduzido no Portal da Jovem Guarda e pode ser lido aqui.

O International Magazine parou de circular em 2009, mas foi minha melhor e mais constante vitrine como jornalista. Até hoje, de vez em quando, aparece gente dizendo que lia meus textos. Bons tempos. 

sexta-feira, setembro 11, 2015

Livro sobre os Engenheiros do Hawaii

Quem disse que jornalista não sabe guardar segredo? No dia 26 de agosto, Alexandre Lucchese, que trabalha na editoria de literatura da Zero Hora, esteve em minha casa para me entrevistar. Ele queria anotar minhas lembranças sobre o show de lançamento do primeiro LP dos Engenheiros do Hawaii, Longe Demais das Capitais, a que assisti duas vezes em 1986. O motivo? Alexandre vai escrever um livro sobre a fase áurea do grupo gaúcho. Agora é oficial. O contrato com a editora Belas-Letras já está assinado. Confiram aqui um vídeo promocional desse projeto.

P.S.: O livro já foi lançado. Leiam meu comentário a respeito aqui.

quarta-feira, setembro 09, 2015

Audiobooks chegando

Audiobooks me fazem pensar: como não descobri isso antes? É simplesmente maravilhoso poder dar minhas caminhadas, ou perfazer longos trechos de carro quando estou sozinho, ouvindo a narração de um livro. Eventualmente, faço isso também durante as refeições ou nos raros momentos que reservo para continuar a longa organização de minhas coleções, desde que me mudei.

Em geral, compro meus audiobooks do site Audible, vinculado à Amazon. Eles são baixados num formato específico para uso no iPod da Apple. Mas alguns títulos, infelizmente, são licenciados para venda exclusiva nos Estados Unidos. Nesse caso, quando existe a opção, importo a edição em CD. Essa pode ser adquirida sem problemas, só tem a questão de esperar chegar. Normalmente as gravações são colocadas num CD só em mp3, mas existem casos em que elas vêm em CDs normais de áudio, como na autobiografia de Carlos Santana, na foto acima. Para comportar as 20 horas de narração, foram necessários 16 disquinhos! Isso requer um certo trabalho braçal, pois cada CD tem que ser lido e convertido pelo iTunes antes de se baixar tudo para o iPod.
No Brasil, o mercado de audiobooks em português (ou audiolivros, se preferirem) ainda engatinha, mas já se encontram algumas opções. Ainda não escutei "O Baú do Raul", mas já conferi trechos de "Vale Tudo", que é narrado pelo próprio autor. É incrível como Nélson Motta "incorpora" o personagem Tim Maia ao ler suas falas. Essa é uma característica do bom narrador de livros: não basta ter boa dicção, é preciso ser meio "imitador". Alguns têm esse dom e nos fazem esquecer que é uma só voz que estamos escutando.

Para quem curte ouvir algo mais do que música em seus iPods, existem também Podcasts e reportagens para baixar. Nesse feriado, durante uma de minhas caminhadas, conferi a retrospectiva em três partes que a Rádio Gaúcha disponibilizou sobre o Caso Daudt. Também é possível extrair-se o áudio de vídeos do YouTube. Na semana passada, aproveitei o relativo silêncio da pista do Centro Esportivo do Menino Deus para escutar uma palestra de Mark Lewisohn, que está escrevendo a biografia dos Beatles em três longas partes (por enquanto, só saiu a primeira), proferida em Liverpool. A conversão de vídeos do YouTube pode ser feita no site ClipConverter.

sábado, setembro 05, 2015

Crase questionável

Ah, os "decoradores de regrinhas"... É uma pena que as pessoas se preocupem tanto em memorizar macetes em vez de entender o que é a crase. Na frase acima, por exemplo, ela não soa bem. Não se costuma usar artigo definido em títulos de matéria. Da forma como a crase foi colocada, parece até que o Papa Francisco estaria se referindo à mãe dele! Isso é intuitivo. Em "Fulano pede ao pai que...", fica subentendido que é o pai dele. Já "Fulano pede a pai solteiro que registre seu filho", por exemplo, a ausência de artigo definido caracteriza a indefinição. Em suma, por mais que os "decoradores de regrinhas" venham afirmar que a frase acima está correta por ser "mãe" uma palavra feminina, eu afirmo que a crase não deveria ocorrer nesse caso. Qual a regra? Não sei dizer. Quem sente a crase (ou ausência dela), percebe o erro.

sexta-feira, setembro 04, 2015

Phil Collins imitando Pery Souza

Phil Collins está dando início a uma série de relançamentos de seus álbuns da carreira solo em CD. Cada disquinho virá com um CD bônus e trará uma nova capa em que o rosto atual de Phil reproduz a mesma pose da capa original. Os dois primeiros a sair nesse formato serão Face Value, de 1981, e Both Sides, de 1993. Ambos virão numa caixinha intitulada Take a look at me now, frase tirada de um de seus sucessos, "Against all odds".
A ideia das fotos novas está dividindo opiniões. Em geral, os fãs acharam o conceito bastante criativo para promover os CDs, mas prefeririam que as imagens atuais viessem dentro dos encartes e não na fachada, em substituição às capas originais. Afinal, é o jovem Phil quem canta nas gravações. De qualquer forma é um relançamento que está sendo bastante aplaudido e aguardado. A Amazon anuncia que a caixinha com os quatro CDs (incluindo os bônus) estará disponível no dia 6 de novembro. Para quem lembra quando, em 1975, muitos duvidavam que Phil Collins conseguisse substituir Peter Gabriel como vocalista do Genesis, o fato de o baterista ainda ter inventado uma carreira solo de sucesso é motivo de admiração. Phil é, sem dúvida, um vencedor.
Vale lembrar que a ideia das "capas atualizadas" não é inédita. O músico gaúcho Pery Souza já a tinha utilizado em 1998, quando relançou em CD o seu primeiro LP, de 1984. Ele apenas fez uma pequena alteração na forma como exibiu a imagem original, invertendo a impressão e mudando o pano de fundo. Mas a foto na contracapa do encarte é a mesma do vinil. E, na capa, aparece Pery 14 anos depois.  
Dois anos antes de Pery, outro gaúcho, Nélson Coelho de Castro, também usou uma foto atual para relançar seu disco de 1981, mas com um toque diferenciado: posou segurando a capa do LP original.

quinta-feira, setembro 03, 2015

Injeção dolorida

Já comentei aqui certa vez, mas quero citar de novo: entre as recordações mais doloridas de minha infância, sem dúvida, estão as injeções que eu era obrigado a tomar. Não adiantava chorar nem espernear: "tem que ser", dizia minha mãe, do alto de sua autoridade. Nem lembro ou acho que nunca cheguei a saber o que havia naquelas ampolas. Pouco me importava o nome daquele líquido que a agulha forçava para dentro de meu glúteo. Só sei que doía. E que, se dependesse de mim, eu preferia não tomar a injeção.

É aí que vem um dado curioso: desde que passou a depender de mim, nunca tomei mais injeção nenhuma. Lembro de um dentista que sugeriu ampola de Voltaren após um procedimento, mas eu disse que optaria pelo comprimido. E aí me surgem dúvidas. Será que aquelas injeções todas que minha mãe me obrigou a tomar eram realmente necessárias? Não haveria, talvez, uma alternativa menos traumática que pudesse me curar? Ou a Medicina é que avançou?

Pois bem: nosso Governador, José Ivo Sartori, está obrigando os servidores do Estado do Rio Grande do Sul a provar de um remédio igualmente doloroso: o parcelamento dos salários. E o argumento dele não se distancia muito do que a minha mãe usava. Trocando em miúdos, ele também está dizendo: "tem que ser". E com certeza todos, tenham ou não votado nele, estão se perguntando se outro Governador tomaria a mesma medida. Se não encontraria, quem sabe, um comprimido ou uma gotinha que poupasse os glúteos dos funcionários estaduais. 

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Hoje estava saindo do trabalho pouco depois das 17 horas quando vi um carro vermelho (não me perguntem a marca) se aproximar de mim na rua Gonçalves Dias. Quando olhei para dentro, mesmo sem ouvir a voz do motorista, pude ler nos lábios que ele estava dizendo meu nome com aquela longa entonação que deixa subentendido: "Há quanto tempo..." Era meu ex-colega de Faculdade de Jornalismo Arthur Gayer. Para mim parece que foi ontem, mas na verdade tínhamos nos visto pela última vez em 2003. Eu lembro que combinamos de nos encontrar no Shopping Praia de Belas para eu entregar para ele as gravações do programa de "Mr. Lee" de 1976 que me tinham sido passadas por meu amigo Juarez, de Curitiba. Foi o Arthur quem fez a intermediação para que eu participasse de duas edições do saudoso programa "Roda Som", em dezembro de 2002, na Cultura FM, ocasião em que conheci pessoalmente o crítico Juarez Fonseca e os músicos Nélson Coelho de Castro e Bebeto Alves, que eram os apresentadores. Infelizmente não pudemos conversar muito, pois eu tinha que buscar meu filho. Mas é bom saber que os amigos não esquecem de mim, pois eu também não esqueço deles.

quarta-feira, setembro 02, 2015

Martha Medeiros responde

Quando o jornalista Alexandre Lucchese, da Zero Hora, pediu sugestões de perguntas a Martha Medeiros no Facebook, imediatamente questionei sobre os textos dela que circulam como sendo de Mario Quintana. A resposta da escritora está na capa do Segundo Caderno do jornal de hoje e também pode ser lida nesta página aqui.