Fotografando viagens
Eu falava por experiência própria. Quando estive na Flórida por duas semanas, aos 13 anos, tirei somente 40 fotos. Acham que foi muito? A verdade é que tudo parece muito banal quando está ali, disponível aos olhos. Mas depois, o que não se fotografou desaparece no tempo. Sim, fica na lembrança. Mas não é a mesma coisa. Eu me arrependi de não ter registrado imagens do hotel, dos corredores, do quarto, do saguão, das ruas, esquinas, prédios, da praia, dos colegas de excursão, das guias, do ônibus, do motorista, enfim, de tudo mesmo. Mas tive a felicidade de voltar mais duas vezes. Nem é preciso dizer que, nessas ocasiões, pequei por excesso. Gastei uma fortuna com filmes e revelações (ainda não havia máquina fotográfica digital) e ainda gravei várias fitas de vídeo. Mas valeu a pena.
É por isso que, nessa minha troca de torpedinhos com a Janete, que está na Europa, entre mensagens de saudade, novidades colocadas em dia e boletins instantâneos, eu sempre digo: fotografa bastante. Fotografa tudo. Por mais que se saiba narrar o que aconteceu depois, só o que se consegue dividir da viagem com os amigos na volta são as fotos.
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