O filme do meu estado
A segunda razão era conferir a atuação de meu amigo de infância Caio Prates. Sei que ele tem décadas de experiência como ator de teatro. Mas fico imaginando a emoção dele em fazer cinema, que para ele é uma paixão desde a adolescência. Lembro do tempo em que ficávamos longamente conversando sobre filmes recentes na casa dele. O conhecimento dele sobre o assunto era o de um sofisticado crítico. Pois agora lá estava ele, na tela grande, vivendo um pai de família. Cena rápida, mas muito bem feita.
Mas o que me encantou foram mesmo as belas imagens do interior do nosso estado. Li no site IMDB um comentário em inglês comparando a fotografia do filme à das melhores produções europeias. Na verdade eu me apaixonei pelo interior gaúcho nos anos 90, num período em que viajava para implantar sistemas de cobrança em empresas diversas. Ia tranquilamente de ônibus e ainda aproveitava para fazer um rápido turismo. Aquela paisagem interiorana me enchia os olhos e me transmitia uma paz incrível.
A viagem a Veranópolis foi especialmente marcante. Embora fosse minha terceira ida para lá, foi a primeira em que realmente captei a beleza do trajeto e do destino. Houve também um período em que eu ia bastante a Santa Clara do Sul, onde moravam os pais de minha então namorada. Eu adorava me refugiar naquele interiorzão maravilhoso.
Pois a forma como o filme usou o Rio Grande do Sul como pano de fundo confirma a minha percepção: o interior gaúcho é lindo demais! Se tudo isso não bastasse para que eu recomendasse "O Filme da Minha Vida", o enredo é bonito e emocionante. Talvez eu preferisse um final explícito e não subentendido. A cena que eu mais aguardava nem chegou a ser filmada. Mas não percam mesmo assim. E fico na torcida pelo lançamento em Blu-ray, que com certeza comprarei e verei muitas vezes.
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