sábado, janeiro 30, 2010

O segredo da lâmpada

Na semana que passou, limparam a caixa d'água do prédio. Mexe daqui, mexe dali, acabou rompendo um cano e vazou água para dentro do meu apartamento. E bem pelo ponto de luz! Isso já tinha acontecido antes há cerca de dez anos, mas por causa de uma chuva torrencial. Por via das dúvidas, deixei um balde estrategicamente colocado antes de sair nas minhas férias seguintes. Considerando que as obras devem continuar, devo fazer o mesmo na semana que vem.

A quantidade de água que saiu não foi descomunal, mas suficiente para incomodar. Como não podia interromper o que estava fazendo, vali-me novamente de baldes e bacias e continuei digitando ao som de pingos. Na madrugada o síndico desligou a água do edifício, para que eu pudesse ao menos dormir descansado. Às 6 e meia da manhã, pelo barulho que ouvi, ela voltou a correr na tubulação. Pontualmente às 8 e 21 pelo horário do computador, a goteira começou novamente.

Ainda antes do meio-dia, o problema foi resolvido. Depois de mais ou menos uma hora que tinha parado de pingar, experimentei acender a luz. Ela ligou e apagou em seguida. Para testar se o problema não era no soquete, testei a lâmpada em outro ponto. Aconteceu a mesma coisa. Só então percebi que ela estava com água por dentro! E o filamento com certeza estava intacto, ou a lâmpada não teria acendido por um segundo. Pensei que as lâmpadas fossem hermeticamente fechadas, mas acabo de descobrir que não. Mesmo assim, não identifiquei exatamente por onde a água entrou. Mas ela ainda está lá.

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Prioridade telefônica

Há muitos anos, vi um cliente em uma agência bancária reclamar que "a pessoa que telefonou não veio pessoalmente e está sendo atendida". Em outras palavras, ele se queixava de ter que esperar sua vez enquanto o atendente falava ao telefone. Foi naquele momento que observei este curioso paradoxo: o telefone sempre acaba tendo prioridade sobre o interlocutor de carne e osso. Essa noção, justa ou injusta, era reforçada pelo "triiim triiim" que até há bem pouco tempo era padrão no recebimento de chamadas. O telefone soava igual a um despertador, gritando para ser atendido logo. Hoje, graças à nova tendência introduzida pelos celulares, também os aparelhos fixos já trazem sons bem mais agradáveis. Mas a urgência continua a mesma.

Aliás, se por um lado os celulares amenizaram o som da campainha, por outro, levaram o conceito de "interrupção telefônica" para as ruas. Você está caminhando e conversando com alguém, muitas vezes uma companhia agradável, e aquele barulhinho personalizado do Terceiro Milênio se faz ouvir na hora mais indesejada. Você fica olhando com cara de tacho enquanto a pessoa a seu lado diz: "Alô... Oi, Fulano! Tudo bem? Ahn... Não, estou na rua, caminhando. Sim! Ah, pois é... Não sei ainda. Tenho que falar com a Beltrana. Ahn... Pois é..." E você "sobra" solenemente. Tudo porque um estranho veio por telefone e roubou sua companhia, sem dó nem piedade.

Embora seja proibido falar ao celular enquanto se dirige, já vi mais de um motorista de táxi atender a ligações no meio da corrida. E seguiram dirigindo com uma mão só, andando mais devagar pela contingência de não poder fazer mudanças. E eu com pressa... Mas nada me indigna mais do que caixa de lanchonete me atendendo enquanto fala ao telefone. Ou me deixa esperando sem a menor cerimônia - para anotar os pedidos de uma tele-entrega, por exemplo - ou tenta agir como um processador multitarefa, segurando o gancho com uma mão enquanto me cobra e dá o troco com a outra. Se for uma pessoa com compulsão de gesticular enquanto conversa, já não conseguirá alternar os dois processos em sua cabeça. E se eu quiser fazer alguma pergunta ou pedir alguma mercadoria de última hora, terei que aguardar minha vez. A prioridade é sempre do telefone.

É claro que isso tem uma certa lógica. É indelicado deixar alguém esperando ao telefone. O interlocutor não vê o que está acontecendo, logo, não sabe se vai ser atendido ou não. A espera, digamos, "presencial" é amenizada pela visualização do contexto. Você enxerga a enorme fila e sabe exatamente quantos estão na sua frente. Já se houver um longo silêncio após o tradicional "momentinho" da conversa telefônica, você fica impaciente em dez segundos no máximo. Tá bom, talvez uns 15.

Nunca pus em prática uma ideia que certa vez me ocorreu, mas talvez outra pessoa já tenha tentado: estar esperando numa agência ou repartição e ligar para o local, pelo celular. É uma forma de ser atendido imediatamente. Eu poderia até ficar do lado de fora, para não dar na vista. Dependendo do desfecho da conversa eu entraria de telefone e tudo para dar continuidade ao assunto. Um dia ainda vou fazer.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Livros para as férias (e para depois das férias)

As férias estão chegando. E, como sempre, eu digo que vou colocar a leitura em dia. Na verdade é força de expressão, pois "em dia", mesmo, a leitura talvez fique quando eu me aposentar. Um livro ou outro sempre dá pra ler, mas menos do que eu gostaria. Se for por um bom motivo, até se entende.

Tem gente que acha que eu leio muito em inglês e pouco em português. Não nego que gosto de praticar o idioma. Você já deve ter ouvido aos montes comentários do tipo: "Fiz curso de inglês, mas não lembro quase nada." Pois a leitura é uma boa forma de manter o nível de fluência para quem não tem chance de praticar conversação. Eu tenho por norma nunca ler uma tradução se o original é em inglês. Mas tem outro detalhe. Os livros sobre meus assuntos preferidos são quase todos nesse idioma. Até saem biografias de meus ídolos da música no Brasil. No final do ano passado, por exemplo, li "Minha Fama de Mau", de Erasmo Carlos, e "Nem Vem Que Não Tem, a Vida e o Veneno de Wilson Simonal", de Ricardo Alexandre. E uma de minhas leituras de férias deverá ser "Dez! Nota Dez! Eu Sou Carlos Imperial", de Denilson Monteiro. Tem também o "Pra Ser Sincero: 123 Variações Sobre um Mesmo Tema", de Humberto Gessinger, sobre os Engenheiros do Hawaii. A minha lista de livros "já comprados mas ainda não lidos" inclui vários outros títulos em português: "Carmen" (sobre Carmen Miranda) de Ruy Castro, "Corações Sujos" de Fernando Moraes, "Do Golpe ao Planalto: Uma Vida de Repórter" de Ricardo Koscho, "João Saldanha – Uma Vida em Jogo" de André Iki Siqueira, "A Canção do Mago – A Trajetória Musical de Paulo Coelho", de Hérica Marmo, "Sob a Luz das Estrelas – Somos uma Soma de Pessoas", de José Messias, "Ouvindo Estrelas" de Marco Mazzola, "A Balada do Louco" de Mario Pacheco (sobre Arnaldo Baptista, dos Mutantes), "Eles e Eu: Memórias" de Ronaldo Bôscoli, "Histórias Dentro da História" e "Lágrimas na Chuva" de Sérgio Faraco e muitos, muitos, muitos outros mesmo. Nem citei os títulos sobre o rádio gaúcho que comprei na penúltima Feira do Livro (ou teria sido na antepenúltima?).

Mas tenho, sim, vários livros em inglês esperando por mim nestas férias. Neste momento estou terminando "Kraftwerk: I Was a Robot", do percussionista Wolfgang Flur. A propósito, eu disse que não gosto de ler traduções, mas o que posso fazer se o original é em alemão? Tenho que encarar em inglês, mesmo. Outra autobiografia que deve ser interessante é "Unzipped", da roqueira Suzi Quatro. "The Zombies", de Claes Johansen, conta a história de uma das mais incríveis bandas inglesas dos anos 60. "And Party Every Day: The Inside Story of Casablanca Records" de Larry Harris, Curt Googh e Jeff Suhs é um livro-reportagem sobre a ascensão e queda da gravadora que lançou Kiss, Donna Summer e Village People, entre outros. "Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd" de Mark Blake parece ser um trabalho de fôlego sobre a antológica banda. "Abba: Bright Lights, Dark Shadows" de Carl Magnus Palm tem sido elogiado como a melhor biografia já publicada sobre o grupo sueco. "Dream a Little Dream of Me: The Life of Cass Elliot" de Eddie Fiegel narra a vida da saudosa cantora de The Mamas and The Papas. "Appetite for Self-Destruction: The Spectacular Crash of the Record Industry in The Digital Age" de Steve Knopper apresenta uma análise da derrocada da indústria do disco na era digital. Este eu pretendo ler em seguida, pois tenho uma opinião bem objetiva a respeito e quero saber o que diz o autor.

Uma paixão talvez mais antiga do que música na minha vida é o universo das histórias em quadrinhos. Não me mantive atualizado (nem na música, se pensar bem), mas retenho o interesse pelos gibis que lia na minha infância. Muitos são republicados em formato de livro e eu tenho vários em minha biblioteca. Mas também gosto de ler sobre o que acontecia nos bastidores das editoras. Vai daí que encomendei três livros sobre Stan Lee e a Marvel Comics: "Excelsior, The Amazing Life of Stan Lee" (autobiografia), "Stan Lee and The Rise of the American Comic Book" de Jordan Raphael e Tom Spurgeon e "Tales to Astonish: Jack Kirby, Stan Lee and the American Comic Book Revolution" de Ronin Ro. Sobre os maiores heróis da DC, Batman e Super-Homem, Michael Eury escreveu "The Batman Companion" e "The Krypton Companion" respectivamente, incluindo matérias e entrevistas com os personagens anônimos (ou hoje nem tanto) que produziam as histórias. O que me faz lembrar que esqueci de citar dois itens em minha lista de livros em português acima: "A Guerra dos Gibis" de Gonçalo Júnior e "Ebal – Fábrica de Quadrinhos", de Ezequiel de Azevedo. Quem deveria escrever um livro é o Ota (Otacílio Costa D'Assunção Barros), que trabalhou na Ebal já na infância e depois teve uma longa trajetória no ramo. A julgar pelas mensagens dele no Orkut, teria relatos incríveis para dividir com os leitores.

Possuo também alguns livros novos sobre os Beatles e David Bowie, História do Brasil recente e até alguns temas bem específicos de não-ficção em outras áreas, como televisão e futebol. Já tenho o que fazer quando chegar a aposentadoria. Espero ter muita vida e saúde para desfrutar dessa leitura toda. De vez em quando alguém me pergunta se eu próprio não gostaria de escrever um livro. Será que daria tempo? Quem sabe...

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Crenças e descrenças

Certa vez publiquei aqui no Blog uma crítica às pessoas céticas, que acham que qualquer afirmação que contrarie seus dogmas é mentira, mesmo com prova em contrário (postarei o link ao final – agora quero que continue lendo aqui). Mas isso não significa que eu seja um crédulo incorrigível, desses que acreditam em tudo. Digamos apenas que minhas descrenças são bastante terrenas e pontuais. E, para demonstrar de forma clara, vou começar enumerando as coisas em que acredito.

Acredito em Deus, em Jesus Cristo, em vida após a morte e reencarnação, embora não me considere Espírita ou praticante de qualquer fé reencarnacionista. Acredito na força do pensamento positivo, em pessoas sensitivas, em astrologia, nas características dos signos do zodíaco e em premonições (ainda que as minhas raramente deem certo). Acredito até mesmo em coisas bem menos místicas ou esotéricas, como o amor verdadeiro e honestidade. Mais especificamente, em pessoas que nunca mentem, que encontram uma carteira e a devolvem com todo o dinheiro, em políticos sérios e em cidadãos que recusam suborno ou propina. Acredito em amizade entre homem e mulher, mesmo que ambos sejam heterossexuais e não parentes. Acredito até mesmo que haja homens que nunca falharam na cama.

Por outro lado, existem, sim, coisas em que não acredito. Bem bobas e triviais, mas existem. Por exemplo: não acredito em retorno de ligação. "Deixe o seu telefone que depois retornaremos." "Fulano não pode lhe atender agora, mas ligará para o senhor mais tarde." Pode esquecer. O telefonema não virá. Dê um tempo e ligue de novo. Se quiser dar uma chance, tenha à mão um exemplar de "E o Vento Levou" para ler enquanto espera.

Também não acredito mais em conserto. Só se for algo bem fácil e trivial. Aparelhos eletrônicos, nem perco meu tempo. Que oficina de fundo de quintal deterá o conhecimento técnico para mexer em componentes de alta precisão confeccionados nas mais avançadas fábricas do Primeiro Mundo? Às vezes chego a achar graça quando ouço alguém dizendo: "Manda consertar!" É uma visão ingênua que já perdi há muito tempo. No caso de computadores, ainda estou dando aos "técnicos" o benefício da dúvida. Em geral, muitos deles fazem a fama junto a usuários leigos, que se deixam impressionar com pequenos detalhes facílimos de configurar. Mas, quando aparece um problema de verdade, só o que os especialistas sabem fazer é "reinstalar".

Nessa mesma linha, também deixei de acreditar na seção de "solucionando problemas" (troubleshooting) de manuais. Ao menos, os problemas que eu tenho nunca se resolvem lá. Só o que se vê são dicas óbvias do tipo: "O monitor está sem imagem? Confira se ligou o botão. A caixa está sem som? Veja se aumentou o volume. O computador não liga? Verifique se o cabo de força está conectado à tomada." Entendo que essas orientações são úteis para evitar chamadas desnecessárias para a assistência técnica. E, por uma questão de justiça, devo dizer que, às vezes, as falhas que eu enfrento estão previstas no manual. Mas aí ele manda fazer o que eu já tentei e não deu certo. Se um programa é fechado na marra, não adianta enviar informações à Microsoft, como sugere a caixa de diálogo. É outra coisa em que não acredito.

Portanto, acredito em Deus, em Jesus Cristo, em honestidade, amor verdadeiro e tantas outras coisas a que os céticos resistem. Mas não acredito em retorno de ligação, em conserto e na orientação dos manuais para a solução de problemas.

Leia também:
O Ceticismo

domingo, janeiro 17, 2010

Filmes e DVD

Hoje, finalmente, assisti ao DVD do "Viva o Gordo". Fiquei surpreso com a quantidade de personagens do Jô Soares que eu não conhecia. De fato, eu não tinha o hábito de ver televisão (aliás, não tenho até hoje) e perdi muita coisa. Mas a seleção dos "melhores momentos" do programa é bem representativa. E serve também como registro do momento histórico vivido pelo Brasil entre 1981 e 1987: a anistia, a transição do governo militar (Figueiredo) para civil (Sarney), a tributação dos supérfluos, o surto de conjuntivite em 1984, a inflação galopante, o Plano Cruzado, o congelamento de preços, a Constituinte e as Copas de 1982 e 1986. Valeria a pena não só lançar um segundo volume como também resgatar outro programa humorístico importante da Globo, o antecessor "Planeta dos Homens". Ali havia outros grandes personagens de Jô e também de Agildo Ribeiro. Por fim, reitero a sugestão de que o SBT faça um lançamento semelhante com o "Veja o Gordo". Quero rever os impagáveis Washington e Jefferson, os encanadores eruditos!

No cinema, duas sessões: "Lula, o Filho do Brasil" e "Sherlock Holmes". O primeiro, abstraindo-se os interesses eleitoreiros e "lobísticos" (ou "cordeirísticos"), é até um filme bem feito. Só me decepcionei com o fato de ir apenas até a morte da mãe de Lula em 1980, quando o então líder sindical estava preso. A história estava apenas começando e o filme terminou. A continuação talvez seja filmada daqui a algumas décadas. Espero que tenha um final feliz. Já o Sherlock mais parecia um Indiana Jones. Se estiver curioso, confira, mas continue preferindo os livros. O filme não captou o espírito do personagem.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Outra assinatura legível

Depois do correio (como já comentei aqui), agora é o Sindicato dos Jornalistas de Porto Alegre que está pedindo "assinatura legível" na carteirinha. Podiam pedir também "foto bonita", não?

O Blog "Chato no Ar" já publicou um comentário semelhante. Foi depois do meu anterior, mas tudo bem, não acho que tenha copiado minha ideia. É o tipo da observação óbvia que vários outros já devem ter feito.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Teddy Pendergrass

O cantor americano Teddy Pendergrass faleceu ontem de câncer no cólon, aos 59 anos. Ele foi o principal vocalista do grupo Harold Melvin and The Blue Notes na fase áurea de sucessos como "If You Don't Know Me By Now", "The Love I Lost" e "Bad Luck", nos anos 70. Ressentia-se do fato de que muitos pensavam, como é comum nesses casos, que ele fosse o Harold Melvin. Para sanar esse problema, a gravadora Philadelphia International passou a creditar os álbuns do grupo como "Harold Melvin and The Blue Notes featuring Teddy Pendergrass". Mesmo assim, ele veio a sair da banda para seguir carreira solo a partir de 1977. Nesse período, fez mais sucesso nos Estados Unidos do que no Brasil, tornando-se um símbolo sexual a quem as fãs apelidaram de "Teddy Bear" (ursinho de pelúcia). (Curiosamente, com Billy Paul, outro artista da mesma gravadora, ocorreu o contrário: ele sempre fez mais sucesso no Brasil do que em seu país de origem.)

Em 1982, um acidente de carro o deixou paraplégico. Enquanto se recuperava, a gravadora lançou dois álbuns de material inédito. Teddy acabou voltando a gravar, mas a paralisia prejudicou bastante a sua interpretação. Incapaz de estufar o pulmão como nos velhos tempos, o cantor já não conseguia dar a mesma força à sua voz. Em 1999, publicou sua autobiografia, "Truly Blessed".

Uma nota pessoal: no ano retrasado, fiquei curioso sobre a carreira de Teddy após ler o livro "A House on Fire: The Rise and Fall of Philadelphia Soul", de John A. Jackson, sobre o chamado "Som da Filadélfia". Acabei comprando não só a biografia dele, mas também todos os CDs da fase da Philadelphia International (com os álbuns relançados "2 em 1") e um DVD ao vivo (incluindo, nos extras, uma entrevista do cantor já na cadeira de rodas). Agora tenho que passar esse material em revista para homenageá-lo.

Iuri

Tá fazendo 16 anos hoje! Parabéns "gugui"!









quarta-feira, janeiro 13, 2010

Sumiço dos comentários

Eu já tinha avisado aqui que os comentários iriam desaparecer assim que o Haloscan desativasse o serviço. Sugeri que, se alguém fizesse questão que seu comentário permanecesse, o copiasse para postá-lo de novo depois. Eu tenho todos os comentários guardados em três arquivos XML, mas não sei como fazê-los reaparecer sob os tópicos relevantes, se é que isso é possível (repostar um por um manualmente está fora de cogitação). Por isso avisei antes.

Digitalizando vinil

Hoje coloquei em prática um antigo plano. Há tempos venho pensando em digitalizar meus vinis usando o gravador de DVD de mesa Pioneer. Não é o ideal, mas é o que eu tenho, por enquanto. Meu toca-disco de vinil Aiwa é bem simples, mas tem um recurso precioso: um chaveamento interno para que possa ser conectado diretamente a qualquer entrada "Aux" (auxiliar), e não "Phono", como seria o usual. Nem todos os aparelhos possuem entrada Phono, atualmente. Então conectei as saídas diretamente em uma das entradas de áudio do gravador de DVD. Primeiro ele faz a gravação para o HD. Depois faço a edição, cortando os "babados", e passo o áudio para um DVD (infelizmente o gravador de DVD não grava em CD). Ou posso deixar os cortes para a etapa seguinte. No computador, uso o Ulead Video Studio para extrair o áudio e fazer o que eu quiser com ele - passar para mp3 ou gravar em CD, por exemplo. Complicado? Talvez, mas muito divertido. E como estou para receber uns compactos bem raros de músicos gaúchos, vou ter bastante ocupação nos próximos dias. Como se eu estivesse com muito tempo livre... Mas, para o que se gosta, sempre se dá um jeito. Ou quase sempre (meus livros que o digam).

terça-feira, janeiro 12, 2010

Habemus Comentarius

E eu quebrando a cabeça com o HTML... Bastava ir na página "Moderação de Comentários" e habilitá-los! Agora vocês já podem comentar meus tópicos. Calma, um de cada vez...

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Sem comentários

Não, o título deste tópico não é bem o que vocês podem estar pensando. Refiro-me ao Blog, mesmo, que está temporariamente sem comentários. Consegui apagar os vestígios do Haloscan, mas não tive o mesmo sucesso na tentativa de restaurar os links para postar comentários pelo próprio Blogger. Pensei que bastaria copiar o código HTML relevante do meu blog em inglês, mas não sei o que fiz de errado. Não funcionou. Já comparei os dois e parecem estar exatamente iguais, mas o link aparece lá e não aqui. O que estará faltando?

Comentários

Já vi que os comentários, finalmente, caíram fora. O Haloscan deu um prazo maior, mas cumpriu a "ameaça". Durante a semana, com calma, devo alterar o modelo do Blog para restaurar o recurso de comentários próprio do Blogger.

domingo, janeiro 10, 2010

Contrassenso

Hoje recebi um SPAM intitulado "Como ganhar na loteria". O texto dizia, entre outras coisas: "aumente em 70% as suas chances". Ora, se isso realmente funcionasse, o sujeito tentaria ganhar dinheiro jogando ele próprio, não vendendo o método para os outros! Meu pai dizia mais ou menos a mesma coisa quando via alguém se anunciando com capacidade de prever o futuro. Se realmente tivesse esse poder, jogaria na loteria esportiva, que era moda na época e pagava um prêmio razoável.

sábado, janeiro 09, 2010

Liquidando a ortografia

A mais fácil das novas regras de ortografia, sem dúvida, é a extinção do trema. Essa ninguém erra. No entanto, alguns podem continuar usando por opção pessoal. Por rebeldia, talvez. Ou por saber que as antigas regras continuarão sendo aceitas até dezembro de 2012.

Mas hoje vi algo que me surpreendeu. Uma loja do Shopping Praia de Belas estava com as cortinas fechadas e avisos manuscritos colados por cima. Em vários deles estava escrito: "LIQÜIDAÇÃO". Exatamente assim. Desculpem, mas essa palavra nunca teve trema! O "u" não é pronunciado.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

O maníaco das paradas de ônibus

Um taxista acaba de me contar uma história curiosa. Hoje pela manhã um colega dele dirigia pela Restinga quando avistou uma moça bem interessante na parada de ônibus. Não teve dúvida: parou o táxi e lhe ofereceu uma carona. A jovem educadamente recusou, dizendo que estava esperando outras pessoas.

Mais tarde, o operador de rádio-táxi lhe chamou pelo aparelho para lhe passar uma corrida e provocou:

- Aí, maníaco das paradas de ônibus!

O rapaz ficou intrigado e quis saber:

- Por que maníaco das paradas de ônibus?

Resposta:

- Sabe aquela moça pra quem tu ofereceste carona hoje de manhã na Restinga? Ela está aqui do meu lado. É nossa telefonista e anotou teu prefixo!

Nem é preciso dizer que o motorista não está tendo um só minuto de sossego hoje em seu trabalho. A zoação dos colegas pelo rádio é constante. Mas, como os dois em questão são solteiros, quem sabe se essa história ainda não pode ter um final feliz?

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Pensamento da hora

Caem as pontes, mas não os muros.

terça-feira, janeiro 05, 2010

Mensagem do Facebook

Meus amigos do Facebook receberam uma mensagem misteriosa como se tivesse sido enviada por mim. Não fui eu que mandei. Aliás, raramente tenho usado o Facebook, então não entendo como posso ter sido "contaminado" por algum vírus. No mínimo, posso ter sido "hackeado". Por favor, não cliquem no link da mensagem. Desculpem o incômodo.

domingo, janeiro 03, 2010

Comentário do Boris Casoy

Muito do que eu escrevi sobre o episódio de Maitê Proença em Portugal vale para o que aconteceu com Boris Casoy. Um comentário politicamente incorreto que ele fez sobre os garis vazou durante o intervalo do telejornal. E agora os seus desafetos estão exultantes, pois "caiu a máscara".

Que ficou chato, ficou, sem dúvida. Mas também não acho que justifique esse "linchamento virtual" que está acontecendo na Internet. Será que o público pensa que os formadores de opinião são espécimes raros de pureza e perfeição na intimidade? Que nunca contaram uma piada preconceituosa? Lembram quando Lula chamou Pelotas de "polo de exportação de veados"? Tomara que nunca uma observação minha feita na intimidade seja captada por um microfone. Vão descobrir que eu sou humano igual aos outros e minha "máscara vai cair".

Para lerem o que eu escrevi sobre Maitê, cliquem aqui. E confiram também outro texto meu que, de certa forma, tem a ver com o assunto: "Fofoca, não". Todo o mundo já falou mal de alguém um dia e isso não significa que haja uma inimizade secreta ou trama sendo urdida. O que não pode acontecer é a comunicação chegar em ouvidos errados.

Haloscan

Não sei até quando, mas acabo de constatar que os comentários continuam ativos. E o "prazo fatal" teria sido ontem. Em outros países, não sei, mas aqui no Brasil vai ser praticamente impossível alguém querer pagar por um serviço que teve de graça por muitos anos. Será que eles voltam atrás?

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Um apócrifo pode estar surgindo

Há muitos anos, recebi de uma amiga um texto sobre amizade que eu reconheci imediatamente. Mas não constava o autor. Apenas para confirmar, perguntei se não era do cronista gaúcho Paulo San'tanna, mas ela respondeu que não sabia. Algum tempo depois, o mesmo texto - que era realmente do Sant'anna - passou a circular com a assinatura de Vinicius de Moraes.

Foi aí que formulei minha teoria sobre como nasce um apócrifo, ou texto com autoria falsamente atribuída. Não acredito na hipótese de premeditação, como alguns pensam. Há quem chegue a nutrir um ódio virtual pela figura hipotética do responsável: "Ah, quando eu descobrir quem fez isso..." Mas não foi uma pessoa, especificamente. O que geralmente acontece é que um internauta acha um texto interessante e decide divulgá-lo. Mas, como nunca ouviu falar no autor, repassa sem assinatura, mesmo. Depois de um certo tempo, algum iluminado "reconhece" o estilo e insere uma assinatura por sua conta. Está feito o estrago.


Na semana passada, minha irmã me enviou uma crônica bem divertida do escritor gaúcho Paulo Wainberg sobre as praias do Rio Grande do Sul. Respondi a ela que breve o texto deveria estar circulando como se fosse de... Melhor nem citar o nome. Não quero precipitar o fenômeno. Mas vocês devem saber de quem estou falando.

Pois bem: dois dias depois chegou o mesmo texto enviado por um colega, mas sem assinatura. Com certeza ele já o recebeu assim. Ou seja: está acontecendo o que eu previa. Mais rápido do que eu pensava. Logo, logo eu e os demais "chatos de plantão" estaremos avisando aos incautos: "Este texto não é dele, é de Paulo Wainberg".

Para ler a crônica em questão, cliquem aqui.