O segredo da lâmpada
A quantidade de água que saiu não foi descomunal, mas suficiente para incomodar. Como não podia interromper o que estava fazendo, vali-me novamente de baldes e bacias e continuei digitando ao som de pingos. Na madrugada o síndico desligou a água do edifício, para que eu pudesse ao menos dormir descansado. Às 6 e meia da manhã, pelo barulho que ouvi, ela voltou a correr na tubulação. Pontualmente às 8 e 21 pelo horário do computador, a goteira começou novamente.
Ainda antes do meio-dia, o problema foi resolvido. Depois de mais ou menos uma hora que tinha parado de pingar, experimentei acender a luz. Ela ligou e apagou em seguida. Para testar se o problema não era no soquete, testei a lâmpada em outro ponto. Aconteceu a mesma coisa. Só então percebi que ela estava com água por dentro! E o filamento com certeza estava intacto, ou a lâmpada não teria acendido por um segundo. Pensei que as lâmpadas fossem hermeticamente fechadas, mas acabo de descobrir que não. Mesmo assim, não identifiquei exatamente por onde a água entrou. Mas ela ainda está lá.
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