Livros para as férias (e para depois das férias)
Tem gente que acha que eu leio muito em inglês e pouco em português. Não nego que gosto de praticar o idioma. Você já deve ter ouvido aos montes comentários do tipo: "Fiz curso de inglês, mas não lembro quase nada." Pois a leitura é uma boa forma de manter o nível de fluência para quem não tem chance de praticar conversação. Eu tenho por norma nunca ler uma tradução se o original é em inglês. Mas tem outro detalhe. Os livros sobre meus assuntos preferidos são quase todos nesse idioma. Até saem biografias de meus ídolos da música no Brasil. No final do ano passado, por exemplo, li "Minha Fama de Mau", de Erasmo Carlos, e "Nem Vem Que Não Tem, a Vida e o Veneno de Wilson Simonal", de Ricardo Alexandre. E uma de minhas leituras de férias deverá ser "Dez! Nota Dez! Eu Sou Carlos Imperial", de Denilson Monteiro. Tem também o "Pra Ser Sincero: 123 Variações Sobre um Mesmo Tema", de Humberto Gessinger, sobre os Engenheiros do Hawaii. A minha lista de livros "já comprados mas ainda não lidos" inclui vários outros títulos em português: "Carmen" (sobre Carmen Miranda) de Ruy Castro, "Corações Sujos" de Fernando Moraes, "Do Golpe ao Planalto: Uma Vida de Repórter" de Ricardo Koscho, "João Saldanha – Uma Vida em Jogo" de André Iki Siqueira, "A Canção do Mago – A Trajetória Musical de Paulo Coelho", de Hérica Marmo, "Sob a Luz das Estrelas – Somos uma Soma de Pessoas", de José Messias, "Ouvindo Estrelas" de Marco Mazzola, "A Balada do Louco" de Mario Pacheco (sobre Arnaldo Baptista, dos Mutantes), "Eles e Eu: Memórias" de Ronaldo Bôscoli, "Histórias Dentro da História" e "Lágrimas na Chuva" de Sérgio Faraco e muitos, muitos, muitos outros mesmo. Nem citei os títulos sobre o rádio gaúcho que comprei na penúltima Feira do Livro (ou teria sido na antepenúltima?).
Mas tenho, sim, vários livros em inglês esperando por mim nestas férias. Neste momento estou terminando "Kraftwerk: I Was a Robot", do percussionista Wolfgang Flur. A propósito, eu disse que não gosto de ler traduções, mas o que posso fazer se o original é em alemão? Tenho que encarar em inglês, mesmo. Outra autobiografia que deve ser interessante é "Unzipped", da roqueira Suzi Quatro. "The Zombies", de Claes Johansen, conta a história de uma das mais incríveis bandas inglesas dos anos 60. "And Party Every Day: The Inside Story of Casablanca Records" de Larry Harris, Curt Googh e Jeff Suhs é um livro-reportagem sobre a ascensão e queda da gravadora que lançou Kiss, Donna Summer e Village People, entre outros. "Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd" de Mark Blake parece ser um trabalho de fôlego sobre a antológica banda. "Abba: Bright Lights, Dark Shadows" de Carl Magnus Palm tem sido elogiado como a melhor biografia já publicada sobre o grupo sueco. "Dream a Little Dream of Me: The Life of Cass Elliot" de Eddie Fiegel narra a vida da saudosa cantora de The Mamas and The Papas. "Appetite for Self-Destruction: The Spectacular Crash of the Record Industry in The Digital Age" de Steve Knopper apresenta uma análise da derrocada da indústria do disco na era digital. Este eu pretendo ler em seguida, pois tenho uma opinião bem objetiva a respeito e quero saber o que diz o autor.
Uma paixão talvez mais antiga do que música na minha vida é o universo das histórias em quadrinhos. Não me mantive atualizado (nem na música, se pensar bem), mas retenho o interesse pelos gibis que lia na minha infância. Muitos são republicados em formato de livro e eu tenho vários em minha biblioteca. Mas também gosto de ler sobre o que acontecia nos bastidores das editoras. Vai daí que encomendei três livros sobre Stan Lee e a Marvel Comics: "Excelsior, The Amazing Life of Stan Lee" (autobiografia), "Stan Lee and The Rise of the American Comic Book" de Jordan Raphael e Tom Spurgeon e "Tales to Astonish: Jack Kirby, Stan Lee and the American Comic Book Revolution" de Ronin Ro. Sobre os maiores heróis da DC, Batman e Super-Homem, Michael Eury escreveu "The Batman Companion" e "The Krypton Companion" respectivamente, incluindo matérias e entrevistas com os personagens anônimos (ou hoje nem tanto) que produziam as histórias. O que me faz lembrar que esqueci de citar dois itens em minha lista de livros em português acima: "A Guerra dos Gibis" de Gonçalo Júnior e "Ebal – Fábrica de Quadrinhos", de Ezequiel de Azevedo. Quem deveria escrever um livro é o Ota (Otacílio Costa D'Assunção Barros), que trabalhou na Ebal já na infância e depois teve uma longa trajetória no ramo. A julgar pelas mensagens dele no Orkut, teria relatos incríveis para dividir com os leitores.
Possuo também alguns livros novos sobre os Beatles e David Bowie, História do Brasil recente e até alguns temas bem específicos de não-ficção em outras áreas, como televisão e futebol. Já tenho o que fazer quando chegar a aposentadoria. Espero ter muita vida e saúde para desfrutar dessa leitura toda. De vez em quando alguém me pergunta se eu próprio não gostaria de escrever um livro. Será que daria tempo? Quem sabe...
1 Comments:
Se pretendes ler "quase" tudo isto nas férias, só me resta parodiar a Carmen e dizer: "perdemos o Emílio"!
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