domingo, setembro 30, 2007
sábado, setembro 29, 2007
Outro blog com "googladas incautas"
Vocês podem clicar nos links que forneci acima, mas o trecho abaixo eu fiz questão de copiar, pois disse o que eu sempre digo por aqui, só que de forma muito mais divertida:
"Quero saber onde vai passar o filme O Segredo dos Animais por volta das 5:30"
Cara, o Google não funciona assim. Ele é um mecanismo de busca, não um oráculo. Não adianta perguntar as coisas para ele. Ou você realmente achou que a frase “Na Globo, corre que está começando!” iria aparecer na tela, em letras garrafais?
Pior é que muita gente, muita gente mesmo, espera que o Google dê respostas como essa! Aguardem, talvez na segunda-feira eu já publique as "googladas incautas" de setembro!
sexta-feira, setembro 28, 2007
Mistérios da ficção
E assim, em minha infância, eu acompanhei as aventuras do Homem-Aranha contra um inimigo mascarado cuja identidade era desconhecida: o Duende Verde. Quem seria ele? J.J. Jameson? Frederick Foswell? Depois de vários meses, seu nome foi finalmente revelado, numa história antológica. Mas, para mim, uma dúvida persistia. Será que o autor, Stan Lee, já havia planejado desde o começo a verdadeira identidade do vilão? Ou foi uma decisão de última hora? Tive a resposta em minhas leituras de fanzines e livros sobre quadrinhos. Não só a identidade do Duende foi decidida em cima do laço, como motivou uma discussão com o desenhista Steve Dikto. O artista queria que o Duende fosse alguém totalmente desconhecido. Stan Lee achava que isso seria uma traição ao leitor. O resultado é que Dikto, que criou o visual do Aranha, foi substituído por John Romita.
Existe realmente suspense num mistério que nem o próprio autor sabe como vai se desvendar? A telenovela brasileira já teve antológicos "quem matou": o Velho Max, Michel Fragonar, Salomão Hayala, Odete Roitman... Houve até um caso em que o assassinato ocorreu na última semana e a novela terminou sem que o autor fosse revelado. Como havia muitas apostas em jogo, Janete Clair apareceu no Fantástico para dar o nome do matador e do mandante. Além disso, as atores estavam sendo incessantemente questionados pelo público, que por certo imaginava que o braço que segurou a arma na cena do crime pertencia ao ator que vivia o papel do assassino. Agora fico desconfiado se todos esses não foram também decisões adiadas até o último instante. Os telespectadores ficavam imaginando "quem teria sido", mas isso iria depender da inspiração do autor na reta final.
Lembro que, no primeiro capítulo da novela "O Salvador da Pátria", a Professora Clotilde (Maitê Proença) insinuava a Paulo (Marcos Paulo) que havia em seu passado um fato horrível que ela preferia esquecer. E assim esse mistério se arrastou por bons três quartos da trama, até que finalmente se soube que Clotilde havia provocado a morte do filho ao errar a dose de um medicamento num momento de embriaguez. Ah, então o "segredo terrível" era apenas isso? Sim, foi o melhor que o autor conseguiu pensar depois de tanto tempo. Não vai muito longe: eu próprio, se quisesse, poderia anunciar "uma grande surpresa, breve, aqui no blog". E só depois inventar alguma coisa.
Eu quero acreditar que, pelo menos nos livros, o final é cuidadosamente planejado com antecedência. Ou talvez não. Como saber? É tudo faz-de-conta, o autor pode incriminar quem ele bem entender, dar as mais absurdas guinadas, criar os motivos mais implausíveis para que o assassino seja quem você menos espera. Ou mesmo alguém que ele próprio não planejava escolher. Mas, para os telespectadores, fica aquela ilusão de que "o tempo todo" o criminoso esteve diante de seus olhos e eles nem desconfiavam.
Depois de tudo isso, devo admitir que o final de "Paraíso Tropical" foi coerente e bem bolado. Acho que não foi resolvido de última hora. Parabéns aos autores.
quinta-feira, setembro 27, 2007
Não pode ser!
quarta-feira, setembro 26, 2007
Nova música de Kleiton e Kledir
terça-feira, setembro 25, 2007
Papos diversos
segunda-feira, setembro 24, 2007
A "profecia" no blog do Sant'ana
Caso não saibam do que estou falando, cliquem aqui.
Família de policiais
sábado, setembro 22, 2007
Visita ilustre
Seja como for, eu lia muito o Juarez Fonseca. Tenho uma vaga lembrança de uma época em que eu comprava a Zero Hora de sábado com o dinheiro da minha mesada só para ler a página dele. Pois ele acaba de visitar o blog e deixar um comentário. Obrigado, Juarez. Não só pela visita, mas por todas aquelas matérias fantásticas que eu acompanhei por mais de 20 anos.
quinta-feira, setembro 20, 2007
O ibope do blog
Na época em que eu instalei o Site Meter, a média diária de visitas ficava em torno de 75. Depois subiu de leve para 90. Em março, lembro de uma semana em que houve um aumento repentino para 160 que me deixou bem entusiasmado. Na verdade a ascensão continuaria até estacionar acima de 250, às vezes chegando a quase 300. A princípio, fiquei orgulhoso, pensei "finalmente fui descoberto, meus textos estão agradando, eu sou o cara", coisa e tal, até que um dia resolvi explorar melhor o Site Meter. Quando descobri que a maioria chega aqui por engano, porque não sabe usar o Google e escreve qualquer coisa, foi uma decepção. Mas pelo menos consegui achar o motivo do súbito ibope: a novela "Paraíso Tropical". Já fazia tempo que eu havia postado uma pequena foto da Alessandra Negrini nua, uma imagem até bem discreta, copiada de outro site. Pois aquela foto era a responsável pela procura repentina que este blog passou a ter. Depois disso houve outros chamarizes, como a turma que queria saber o que significa "link nocivo desativado" e também as "googladas incautas". Não que elas em si dêem ibope: elas apenas atraem mais "googladas incautas". E assim o ibope do blog se mantém.
Não sei como vai ser quando a novela terminar. Talvez seja a reta final ou a morte da Taís (uma Alessandra Negrini a menos) que tenha causado essa diminuição de leve na visitação neste mês de setembro. Vou ter que achar outra foto interessante de alguma atriz de sucesso para manter a freqüência.
Hoje, 20 de setembro, é feriado no Rio Grande do Sul. Aproveitei, entre outras coisas, para dormir.
terça-feira, setembro 18, 2007
Rapidinha quickie
sábado, setembro 15, 2007
A ficção se repete
Esse desfecho com certeza já estava arquitetado pela autora original da novela, Janete Clair. No entanto, na metade da trama, Janete abandonou "Bravo" para escrever "Pecado Capital". Seu objetivo era preencher o horário que deveria ter sido ocupado pela versão original de "Roque Santeiro", de Dias Gomes, proibida no dia marcado para a estréia. "O horário das oito não vai sair daqui de casa", ela teria dito para Gomes, seu marido. Só que, com a saída de Janete, quem continou escrevendo "Bravo" foi Gilberto Braga, o mesmo autor de "Paraíso Tropical". A idéia foi reaproveitada.
Elogio
- Para onde você vai nas férias?
- Para a Livraria Cultura.
- Você não entendeu: eu perguntei para onde você vai nas férias!
- Então! Para a Livraria Cultura. Vou passar uma semana examinando o acervo deles e gastar todo o meu abono de férias em livros.
Não que não haja outras boas livrarias em Porto Alegre. Os sebos são todos ótimos. A Saraiva e a Siciliano também merecem menções honrosas. E hoje, com a Internet, consegue-se praticamente tudo em sites como Estante Virtual (brasileiro) e Abebooks (internacional). Mas o livro encontrado na hora ainda tem um gostinho especial. Em matéria de estoque e pronta entrega, especialmente de livros importados, a Cultura é imbatível. Pena que eu more tão longe dela. Ou, pen$ando melhor, ainda bem.
Teimosia
Em todo o caso, postei eu próprio um alerta no scrap do capricorniano teimoso. Vamos ver o que acontece.
quinta-feira, setembro 13, 2007
Viagem no tempo
Essa nota saiu na Zero Hora de sábado, 26 de janeiro de 1974. Se um dia eu fizer uma visita ao arquivo da Zero Hora, já sei que tenho que pedir a do dia 27.
Mas a "viagem no tempo" foi bem interessante, mesmo assim. Senti-me novamente no meu quarto, no balneário de Atlântida, lendo o jornal. Lembro que este comentário de Juarez Fonseca sobre o disco "Ummagumma" do Pink Floyd, da Zero Hora de 14 de janeiro de 1974, me deixou bem atiçado:
Praticamente na mesma época em que descobri David Bowie, talvez um ou dois meses antes, ouvi também o "Dark Side of The Moon", do Pink Floyd. Aliás, o final de 73 foi um momento de transição para mim como ouvinte de música. Foi quando minha cabeça se abriu para o rock e meu gosto musical nunca mais foi o mesmo. Eu estava ansioso para conhecer mais sobre o Pink Floyd e a crítica altamente elogiosa sobre "Ummagumma" me deixou vários dias sonhando com o disco. Infelizmente o Museu não tem a Zero Hora do dia seguinte, em que Juarez comentou o LP de estúdio. O mais irônico é que esse veio a ser o último disco do Pink Floyd que comprei, diretamente em CD, há cerca de dois anos.
Outra memória. Sempre que eu enxergava esta capa do álbum "Forever Changes", do grupo Love, eu lembrava de uma crítica que tinha lido sobre um "fraco disco de estréia". Mas não podia ser esse, que saiu em 1967 e é considerado um clássico. O comentário que eu li tinha sido publicado nos anos 70. Pois matei a charada. Aqui está o texto que ficou na minha lembrança, publicado em 16 de janeiro de 1974:
Pensando bem, a capa não é tão parecida assim. E, pelo que Juarez descreve, ela é azul. Mas foi impressa no jornal em preto e branco. E eu lembrava também que o grupo tinha um nome curto, simples e óbvio, que mais cedo ou mais tarde alguém haveria de usar. Não era Love, era Blue.
Ainda pretendo voltar muitas vezes ao Museu para mais viagens no tempo. O ano de 1974 eu quero repassar por inteiro. Meus 13 anos foram memoráveis.
quarta-feira, setembro 12, 2007
Mistério
P.S: Acabo de ser informado que são muito comuns os surdos não alfabetizados, mas que se comunicam por LIBRAS. Isso explica por que alguns partidos políticos colocam intérpretes em seus horários de propaganda, quando seria bem mais simples inserir legendas. Mesmo assim, achei estranho, pois o recurso que a televisão e o vídeo vêm oferecendo aos surdos são as closed captions (legendas codificadas). Quem consegue lê-las, não precisa de LIBRAS na tela da TV.
segunda-feira, setembro 10, 2007
Premonição
domingo, setembro 09, 2007
Feriadão
Pensei em escrever um texto em homenagem a Luciano Pavarotti, mas a verdade é que nunca fui fã dele ou do estilo dele. Mesmo assim, quando ele veio a Porto Alegre em 1998 para uma apresentação exclusiva ao lado de Roberto Carlos, eu estava lá, cobrindo o show para o International Magazine. Assisti à entrevista coletiva, também. Pavarotti falava uma mistura de italiano, inglês e espanhol. Um dos jornalistas perguntou em italiano quanto o tenor iria receber pela apresentação. A princípio, respondeu que era para fins beneficentes. Depois, segundo foi publicado na Zero Hora do dia seguinte, ele teria dito: "Estamos falando de show business. Isso não é pergunta que se faça." Na hora, foi o que eu entendi, também. Mas depois, escutando novamente na fita, decifrei melhor. O que ele realmente falou foi: "no es su business", uma versão espanholada da expressão inglesa "it's none of your business", ou seja: não é da sua conta. Na coletiva não chegou a acontecer, mas em outras oportunidades, todos os brasileiros que o chamaram de "Pavarótchi" tiveram a pronúncia corrigida. Estranhamente, ele não se importava que o chamassem de "Lussiano", embora o correto fosse "Lutchano". Ele e Roberto Carlos fizeram uma bela interpretação da "Ave Maria" de Schubert, mas com exceção da Isto É e do International Magazine, todos os demais veículos informaram como sendo a de Gounod, inclusive a Globo nos créditos do especial que mostrou logo depois. As duas fotos acima foram tiradas por mim, mas estão com Marcelo Fróes, editor do IM e do Portal da Jovem Guarda. Oportunamente ele deve postar todas no Portal.
Terminei de ler o livro "John", de Cynthia Lennon. A primeira esposa de John Lennon tenta desfazer a imagem de "mulher desprezada" que se perpetuou nos anais da cultura Beatle. Ela fala do carinho com que John a tratava durante o namoro e os primeiros anos de casamento. Sim, o matrimônio foi precipitado por uma gravidez. Mas ela desmente a versão de que, sem a chegada inesperada de Julian, John nunca a teria desposado. Isso realmente é estranho, pois foi ela própria quem fez essa afirmação para Hunter Davies, que a publicou na biografia oficial lançada no Brasil com o título de "A Vida dos Beatles", em 1968. Em uma das reedições, Davies afirma que a declaração de Cynthia quase chegou a ser cortada da edição final, mas acabou entrando. Enfim, Cynthia tenta mostrar o lado romântico e atencioso de John e atribui sua mudança de comportamento às drogas. Foi a partir do momento em que começou a usar LSD que o guitarrista dos Beatles "saiu do ar" e passou a ignorá-la. Ela até mesmo tentou aderir ao ácido lisérgico para aproximar-se do marido, mas não conseguiu. Cynthia era uma menina conservadora e bem comportada da cidade de Hoylake, a oeste de Liverpool, e a única "esposa de Beatle" a ascender a essa condição antes de o grupo chegar à fama. Quando o círculo de amizades de John passou a incluir mulheres bonitas e famosas, ela sentiu-se insegura e fez plástica no nariz. Mas era tarde: John já estava envolvido com Yoko. Este é o segundo livro publicado por Cynthia (o primeiro chamou-se "A Twist of Lennon") e é o mais sincero e profundo dos dois. Ela fala também do relacionamento entre John e Julian e como todos lidaram com a morte estúpida de John em dezembro de 1980 em frente ao edifício Dakota.
Terminei um livro e já peguei outro: "The Beautiful Team - In Search of Pelé and The 1970 Brazilians", do inglês Garry Jenkins. Desde a infância ele é fã da Seleção Brasileira de 1970, que ganhou a Copa do Mundo no México. Ele veio ao Brasil no final dos anos 90 com o objetivo de entrevistar os dez craques sobreviventes do time titular, já que o nosso querido Everaldo faleceu num acidente em 1974. Jairzinho pediu dinheiro para dar um depoimento ("afinal, é um assunto profissional") e foi substituído por Paulo César Caju. Brito nunca estava em casa, sempre tinha "ido pescar", segundo sua esposa, o que levou o autor a concluir, ironicamente, que ele tinha ido caçar a baleia Moby Dick. Pelé, como Ministro dos Esportes, concedeu-lhe uma audiência rápida em Brasília. Todos os demais jogadores foram bastante solícitos e lhe deram longas entrevistas. Este livro está sendo útil também para aprender o jargão do futebol em inglês, ao menos da forma utilizada pelo autor.
Por fim, sou contra a mudança da ortografia do português para unificá-la à de Portugal. As palavras serão escritas de forma idêntica, mas aparecerão na tela no Brasil e no écran em Portugal. Os brasileiros seguirão acessando os arquivos enquanto os portugueses continuarão a aceder os ficheiros. O Brasil será sempre um país de garotos e rapazes e Portugal, de putos e gajos. Não há como unificar a cultura dos dois países, então viva a diferença.
Bom final de feriadão a todos!
quarta-feira, setembro 05, 2007
Abto
Caso não tenham entendido (nunca é demais prevenir), não existe "abto". O certo é "hábito".
A origem do corno
O poema original em espanhol pode ser lido aqui.