"Publicado" no Google...
Definitivamente, tem gente que não entende mesmo o que é o Google...
SEMPRE NESTE MESMO ENDEREÇO DESDE AGOSTO DE 2004.
Tomara que continue assim. Ainda não consegui descobrir o que causou esse aumento, mas desconfio que possam ter sido duas causas. Primeiro: a reprise da novela "Pantanal" no SBT, que está reacendendo o interesse pela atriz Luciene Adami, fazendo chegar neste post. Segundo: fiquei sabendo que, na quinta-feira, dia 26, mais uma vez Ana Maria Braga leu um falso Quintana em seu programa. Depois dizem que tenho implicância com a apresentadora. Ela não está fazendo nada de mais, só está creditando textos errados a famosos escritores brasileiros em rede nacional na emissora de maior audiência da América Latina e depois publicando-os em seu blog, sob o aval da mesma rede, para o mundo inteiro consultar. Tão pouca coisa e eu ainda falo mal dela. Que injustiça! De qualquer forma, por conta disso, muita gente deve estar descobrindo meu texto "Os falsos Quintanas". 
A imagem à esquerda é de David Fisher, que desenhou o palco da turnê do Genesis em 2007. Foi capturada do documentário "Come Rain or Shine", que acompanha o DVD "When in Rome 2007", da banda inglesa. Já o sujeito da direita, para quem é gaúcho, dispensa apresentações: é o lendário radialista Glênio Reis. É ou não uma incrível semelhança?
Faz tempo que não comento os erros de português que encontro na Zero Hora. Não que o jornal tenha deixado de errar. Quando fizeram a retrospectiva do Caso Daudt, escreveram um "pedes" onde o certo seria "pede" (imperativo) que está me doendo até agora. Tampouco eu deixei de ser implicante. Apenas estou tentando maneirar por uma série de motivos. Em primeiro lugar, não se enganem: eu sei que uma pessoa que fica observando deslizes de ortografia e gramática se torna antipática e irritante. É coisa de velho chato. Mas o que posso fazer se é mais forte do que eu? Ou talvez eu seja mesmo um velho chato. Em segundo lugar, eu também erro aqui no blog. Geralmente é minha irmã que nota e vem me avisar correndo, antes que um estranho o faça. Por fim, ninguém é perfeito. Alguns se incomodam com erros de português, outros com desorganização, roupas mal escolhidas, barriga, ronco, enfim, cada um escolhe sua mania de perfeição. Certo. Mas, se em 90% dos casos a case não ocorrerá antes de palavra masculina, não se deve inferir que sempre haverá crase em um "a" antes de palavra feminina. No caso acima, não há crase porque inexiste o artigo "a" antes de "musa". Os mais apressados contestarão: "Como, não? Não se diz a musa?" Sim - mas não na frase acima. Também se diz "o patinho feio" e, no entanto, o artigo não está sendo usado nesse caso. Se disséssemos "do patinho feio à musa", até ocorreria a crase, mas a frase teria um sentido totalmente diverso que não se enquadraria no título da matéria.
A crase não é o resultado de um algoritmo ("SE preposição a E palavra feminina OU caso especial..."). Ela tem lógica. Em minha infância, eu lia os gibis da Ebal e entendia a crase sem mesmo saber que ela tinha esse nome. Há quem a defina simplesmente como "o feminino de ao". Não é apenas isso, mas quem conseguir entender essa explicação já terá captado a essência. Enquanto as pessoas insistirem nessa teimosia burra de memorizar macetes sem realmente compreender o que é a crase, continuarão cometendo erros primários como o do jornal de hoje.
Leia também: "A crase"
Leiam minha entrevista com Lil Knapp, da banda Kynna, no Portal da Jovem Guarda. É só clicar aqui.