terça-feira, fevereiro 21, 2012

Alô tchurma do Bom Fim

Com muita honra, fiquei sabendo que este Blog foi recomendado por Paulo Pruss na coluna de cultura do jornal Fala Bom Fim. A nota diz que a página dá "ênfase ao som de Porto Alegre". Para quem procura especificamente tópicos sobre esse tema, aqui vão alguns links:

Almôndegas/Kleiton & Kledir - Várias matérias, incluindo vídeos raros, um especial de TV dos Almôndegas e uma homenagem aos 30 anos de Kleiton e Kledir, contando o surgimento da dupla.

Engenheiros do Hawaii
- Raridades do tempo da primeiríssima formação, incluindo vídeos de uma participação no saudoso "Perdidos na Noite", de Fausto Silva.

Gilberto Travi - Incluindo um texto para lembrar os velhos tempos de "Gilberto Travi e o Cálculo IV".

Hallai-Hallai - Um dos melhores grupos gaúchos de todos os tempos é citado em diversos tópicos.

Hermes Aquino - O autor de "Nuvem Passageira" aparece em vários tópicos - de passagem em alguns, com ênfase em outros.

Nei Lisboa - Especial "Os Elefantes Não Esquecem" e programa do show "Verde".

Nélson Coelho de Castro - O autor de "Rasa Calamidade" e "Faz a Cabeça" é citado por diversas vezes, incluindo alguns vídeos raros - um deles lembra as saudosas lojas de discos King's e Pop Som.

Rock gaúcho - Vários tópicos, incluindo um especial de TV.

Saracura - A antológica banda de Nico Nicolaiéwsky, Sílvio Marques, Flávio Chaminé, Gata e depois Fernando Pezão também foi citada diversas vezes aqui no Blog, incluindo um vídeo e informações curiosas.

Como muitos dos links acima foram montados a partir de busca por palavra-chave, aparecerão tópicos repetidos entre eles. Um deles é o que comenta as faixas do CD que acompanha o livro "Continental, a Rádio Rebelde de Roberto Marinho", de Lucio Haeser, de forma que não vi necessidade de criar link específico para esse assunto. Espero que gostem das indicações. Sejam bem-vindos.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

O preço do silêncio

Em 1974, John Lennon lançou o álbum Mind Games, que a crítica em geral não considera um dos melhores, mas que vem a ser o meu preferido dele. Talvez pelo "vínculo afetivo" com os meus 13 anos, mas prefiro achar que é por ser mesmo um bom disco. A última faixa do lado A se chamava "Nutopian International Anthem", ou Hino Internacional da Nutopia. Foi um país fictício que John e Yoko tentaram criar. A edição nacional do disco confundia os compradores, pois havia somente cinco faixas marcadas no vinil. Cadê a sexta faixa? Seriam na verdade os últimos quatro segundos de silêncio antes do fim do lado. John já havia lançado "silêncio" antes sob o título "Two Minutes' Silence" em um de seus discos avant-garde. Ali, como diz o nome, o tempo de duração era de dois minutos.

Hoje o álbum Mind Games está sendo oferecido pelo I-tunes. Como é de praxe nos sites de vendas de música pela Internet, é possível escolher somente as faixas que se queiram, a preços individualizados. Pois o "Nutopian International Anthem" também pode ser adquirido separadamente. Pela bagatela de um dólar e 29 cents, você compra quatro segundos de silêncio. E o espólio de John Lennon recebe direitos autorais por isso.

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Beach Boys Medley

Aproveitando que os Beach Boys estão de volta à mídia depois da participação que fizeram no Grammy, divido com vocês outra preciosidade de meu acervo, esta conseguida há muitos anos por um amigo americano: apresentação do "Beach Boys Medley" no programa "Solid Gold & Summer Love" em 1986. Os trechos são de "Good Vibrations", "Help Me, Rhonda", "I Get Around", "Shut Down", "Surfin' Safari", "Barbara Ann", "Surfin' USA" e "Fun, Fun, Fun".

Mike Love em destaque e Al Jardine à esquerda.

Brian Wilson em plena fase de recuperação, mais magro e bem disposto.

Carl Wilson, infelizmente, já não está entre nós.


O programa é apresentado por Dionne Warwick.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Os "rock testes" da Folha da Tarde

(Cliquem nas imagens para ampliá-las.)

Fazia tempo que eu estava planejando resgatar este material da Folha da Tarde e hoje foi o dia. Pensei que o Museu de Comunicação iria estar vazio, por ser fevereiro, mas que nada! Por pouco não achei onde sentar. Os jornalistas e pesquisadores não param nunca.

Em 1979 o jornalista Renato Rossi, que hoje escreve sobre carros e motos, fazia a coluna "Gente Jovem" da Folha da Tarde. Para distribuir os LPs que recebia para divulgação, ele teve a ideia de criar o "rock teste". Era uma promoção em que os leitores tinham que acertar perguntas sobre rock para ganhar os discos. Fui premiado algumas vezes. Para entregar os álbuns-duplos do Aerosmith, Live Bootleg, Renato marcou encontro com os ganhadores na tarde do dia 28 de julho, um sábado, na Praça da Matriz. E na Folha do dia 30 a coluna publicou fotos desse momento. Dificilmente alguém me achará na foto bem de cima, mas mais adiante eu me "localizarei".


A promoção seguinte teve a entrega dos discos na própria redação da Folha, na tarde do dia 6 de setembro de 1979, uma quinta-feira. A coluna acima foi publicada no dia 10. Renato começou avisando que o material disponível para distribuição "não vai fazer a cabeça de vocês", sugerindo que aguardássemos um novo lote de discos ao vivo do Cheap Trick. Mesmo assim, ele espalhou os LPs sobre uma mesa e chamou o pessoal para dar uma escolhida. Eu acabei pegando dois: The Message is Love de Barry White (provavelmente o disco que foi citado de forma irônica na matéria de cima, na referência às fotos menores) e Coro dos Perdidos de Fernando Ribeiro. As legendas dão a entender que houve um sorteio, mas não foi nada disso. Os que foram "premiados duplamente", como foi o meu caso, foram os que tomaram a iniciativa de levar mais de um disco. Apenas isso.

Não me acharam? Bem, aquela morena na foto acima é a Rosema, que tinha sido minha colega no Anexo ao Instituto de Educação. Mas, graças à minha absurda timidez, não troquei uma só palavra com ela. Eu apareço atrás dela, talvez me escondendo. Vejam abaixo como eu era aos 18 anos, a idade que o meu filho tem hoje:

No encontro na Praça da Matriz, Renato Rossi tinha sugerido que os ganhadores comparecessem com um "visual muito louco", chegando a convocar o pessoal do fã-clube do Kiss a aparecer usando a maquiagem do grupo. Isso não aconteceu, mas eu resolvi acrescentar um toque pessoal usando óculos escuros e gorro de Daniel Boone. Mas só coloquei na hora da foto, bem discretamente.

A coluna do Renato Rossi era muito legal, mas seu estilo de redação lembrava o da saudosa revista Pop num aspecto: ele exagerava um pouco na linguagem "jovem". Certa vez ele compareceu ao nosso encontro gratuito de conversação no Cultural Americano, o "Getting Together", e entrevistou pessoas que já tivessem passado uma temporada nos Estados Unidos em intercâmbio. Quando a matéria saiu, vários comentaram sobre as gírias que acabaram sendo colocadas na edição, sem que tivessem sido realmente ditas. Tempos depois conversei com um ex-colega meu do Cultural que tinha dado um depoimento a Rossi também sobre esse tema - intercâmbio nos Estados Unidos - e ouvi a mesma reclamação. "Eu juro que não falei a metade das gírias foram publicadas", ele enfatizou.

domingo, fevereiro 12, 2012

Iuri posando para a foto

Muitas vezes, em minhas caminhadas com o Iuri, eu o coloco na minha frente para fotografá-lo. Presumo que ele não entenda bem por que estou fazendo isso, então procuro ser rápido, pois sei que ele não vai ficar muito tempo parado. Mas nesta foto ele me surpreendeu. Minha intenção era fotografar a rua, não ele. Mas, no momento em que saquei da máquina e fiz o enquadramento, ele se posicionou na minha frente. Então tirei a foto, claro. Será que ele entendeu o que estava fazendo ou apenas repetiu um gesto a que estava condicionado? De qualquer forma, adorei que ele tenha feito isso. Essa foto não é deste fim-de-semana, é da caminhada de 4 de dezembro do ano passado.

P.S.: Quem frequenta este Blog está acostumado a ver o meu filho Iuri por aqui e já sabe que ele é um menino autista. A foto dele acabou aparecendo no jornal Fala Bom Fim, na indicação deste Blog feita por Paulo Pruss na coluna de cultura.

sábado, fevereiro 11, 2012

Mais uma perda

Desculpem, não tenho muito a dizer sobre a Whitney Houston. Achava-a linda, ótima cantora, mas o estilo dela não me agradava tanto. O que é triste é ver uma artista morrer tão cedo, aos 48 anos.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Luis Alberto Spinetta

Em matéria de rock argentino, sou um eterno aprendiz. Por mais informações que eu procure acumular sobre o tema, sempre aparece algo mais para descobrir. Até porque o fluxo não é tão rápido e facilitado como dos Estados Unidos e da Inglaterra para cá. As informações parecem se propagar bem melhor do norte para o sul.

Mas Porto Alegre foi a porta de entrada para o rock argentino no Brasil, como bem reconheceu Fito Paez em entrevista ao International Magazine. E, morando na capital gaúcha, eu tive o privilégio de ter contato com a música de Charly Garcia. E foi através do trabalho dele que acabei ouvindo falar em Luis Alberto Spinetta. Os dois compuseram juntos a clássica "Rezo Por Vos", que ambos gravaram.

Eu estava apenas começando a investigar a obra de Spinetta. Há alguns anos, comprei a caixa do Almendra, o primeiro grupo de "El Flaco", como era seu apelido. Depois deste houve outros, como Pescado Rabioso, Invisible, Spinetta-Jade... Também tratei de descobrir algumas gravações da carreira solo. Mas eu não tinha pressa. Pensava (e ainda penso) em ir a Buenos Aires um dia e voltar de lá com a mala cheia de CDs.

Luis Alberto Spinetta faleceu hoje de câncer do pulmão. E eu que ainda sonhava em vê-lo ao vivo. Deixo aqui uma pérola pop de sua carreira-solo: a irresistível "Seguir Viviendo Sin Tu Amor":


E o clássico do primeiro LP do Almendra: "Muchacha (Ojos de Papel)".

Ofertas imperdíveis

Acabo de receber um e-mail com anúncio de DVDs. Estes três, então, são imperdíveis! Vejam os preços especiais! Acho melhor pedir logo antes que a oferta acabe e voltem os preços antigos!

Wando

A lembrança mais marcante de Wando para mim foi a participação dele em um "Baile do Portovisão", não lembro ao certo se em 1976 ou 1977. Vi em casa, pela televisão, e foi inclusive reprisado. Ali o apresentador Fernando Vieira entregava o "Troféu Portovisão" a destaques da música. Isso foi antes de o artista se lançar num bem sucedido marketing como "cantor de motéis". Na época, seu maior sucesso ainda era "Moça" e no show ele cantou também "O Importante é Ser Fevereiro", música de sua autoria que havia sido sucesso com Jair Rodrigues, e "Nega de Obaluaê", entre outras. Lá pelas tantas, para valorizar o evento, ele falou: "Gostaria de dizer, principalmente para as pessoas que não acreditam, que aqueles que se esforçam conseguem ganhar troféus." Outra recordação é a de meu pai, no tempo em que era presidente do Clube do Comércio de Porto Alegre e negociava a vinda de shows, comentando que o cachê de Wando era acessível (isso em 1976, por aí). Mas ele não veio para cantar no Clube.

Wando faleceu hoje, aos 66 anos. Gostem dele ou não, deixa sua marca na música brasileira.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Luz negra

Ontem achei estranho que a luz da sala parecia fraca, embora fosse uma lâmpada de 200 W. Teria havido uma queda de energia? Mas os demais aparelhos funcionavam bem. Quando apaguei a luz é que percebi o que acontecera: a lâmpada estava "escurecida". Até que ela resistiu bem às intempéries, considerando o problema de vazamento que enfrentei nos últimos tempos.

Observem que o filamento está intacto. Ela não está queimada.

Lua

Pensei que iria chover nesta madrugada, mas pelo visto limpou o tempo. Se continuar assim, vai estar ótimo para caminhar amanhã de manhã. Esta foto foi tirada há poucos minutos.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

O edifício do relógio

Continuo remexendo em fotos antigas no meu computador. Se a data constante dos arquivos estiver correta (e acredito que esteja), estas imagens foram registradas no dia 24 de outubro de 2007. Naquela época eu estava colaborando com Lucio Haeser para os detalhes finais do livro dele, "Continental, a Rádio Rebelde de Roberto Marinho". Ele estava em Brasília, onde reside até hoje, e eu fazia o meio-de-campo para ele em Porto Alegre (incluindo as pesquisas no arquivo de jornais, que acabaram se tornando um hábito para mim). Na reta final, perguntei se ele não acharia interessante incluir no livro fotos do "edifício do relógio", na esquina da Rua dos Andradas com a General Câmara (ou Rua da Praia esquina Rua da Ladeira, que dá na mesma). Afinal, era lá que ficavam os estúdios da Continental nos anos 70. Tirei as fotos, mas ainda com a minha pequena e limitada Sony. Os resultados não ficaram com a qualidade desejada para impressão em livro. Mas valeu a intenção.

(Perceberam a sutileza? Se as fotos ficam boas, o mérito é do fotógrafo. Mas se ficam ruins, a culpa é da máquina!)


O relógio foi consertado recentemente e voltou a funcionar, mas durante anos ele ficou parado. Como estava ainda quando tirei estas fotos. Em 1977, meu irmão João Carlos Pacheco, locutor da rádio, inseriu um "caco" em sua fala. Quando deveria dizer "neste momento, no edifício do relógio" e em seguida informar a temperatura, ele incluiu a observação: "...que não funciona..." Isso eu testemunhei dentro do estúdio, junto com ele. Depois outros locutores seguiram o exemplo.


quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Desaforo

Quem foi o desaforado (ou a desaforada) que chegou aqui no Blog agora mesmo com este argumento de busca?
Gordo é a vovozinha, tá bom?

Música brasileira na história do ABBA

Estou escutando o audiobook "Abba, Bright Lights, Dark Shadows: The Real Story of ABBA", de Carl Magnus Palm. É a biografia do lendário quarteto sueco. Eu já tinha lido em algum lugar que o músico e compositor Björn Ulvaeus havia começado profissionalmente em um grupo chamado The Hootenanny Singers. Mas tive uma surpresa ao ouvir o narrador Adrian Mulraney cuidadosamente pronunciar o nome de uma das primeiras músicas que eles gravaram: "Ave Maria no Morro". Sim, o clássico de Herivelto Martins. Vim correndo procurar a gravação no YouTube e achei, assim como a capa do compacto duplo em que ela foi lançada. É uma versão em espanhol. Björn é o terceiro da esquerda para a direita na capa acima. Ouçam a gravação abaixo, lançada em 1964. O arranjo lembra grupos sul-americanos dos anos 60.

Loja se mudando

Quando tirei esta foto, no dia 1º de setembro de 2011, não sabia que estava preservando a imagem de uma loja que irá desaparecer. Ou melhor: mudar-se. A Led CDs está indo para a General Vitorino, na galeria daquele prédio que já abrigou os cursinhos IPV e Mauá, entre outros. Hoje estavam encaixotando tudo. Devem reabrir no novo endereço em março. Se não vier outra loja de CDs para o mesmo local, a música terá abandonando definitivamente o espaço que já foi da lendária King's Discos (incluindo a área da loja à esquerda). E a Galeria Chaves, que por muito tempo chegou a ter quatro lojas de discos funcionando ao mesmo tempo no térreo (acho que até cinco, em algum momento), passa a ter apenas uma: a Via Imports. Continuam na ativa os vendedores do segundo e do terceiro andar do edifício.