sábado, maio 30, 2015

A biografia oficial dos Beatles

Publicado originalmente em 1968, este livro foi meu sonho de consumo por toda a adolescência. Ele teve uma primeira tradução para o português sob o título "A Vida dos Beatles", mas logo saiu de catálogo. Somente aos 18 anos encontrei um exemplar de bolso em inglês e, por sorte, já tinha domínio suficiente do idioma para a leitura. Tempos depois, li uma edição posterior, também na língua de origem.

O jornalista Hunter Davies foi autorizado a escrever a biografia oficial dos Beatles e teve amplo acesso aos protagonistas e coadjuvantes. Testemunhou o processo criativo de Lennon e McCartney compondo "With a Little Help From My Friends" e ouviu em primeira mão músicas que entrariam no Álbum Branco. Seu olhar observador registrou a vida familiar de John com sua primeira esposa Cynthia, já captando os sinais de deterioração. Por outro lado, como sói acontecer com biografias autorizadas, o autor foi bastante censurado. E por isso é fascinante ler as versões atualizadas, com novas introduções e posfácios: o escritor conta os detalhes de bastidores de sua obra, que passou a fazer parte da própria história dos Beatles. Cada nova publicação vem acompanhada de um verdadeiro "making of" antes e depois do texto original. 

Hunter lamenta, por exemplo, não ter podido revelar que o empresário Brian Epstein era homossexual. Como mensagem cifrada, ele apenas usou a palavra "gay" no sentido de alegre para descrevê-lo. A tia de John, Mimi, exerceu forte pressão para que a vida do sobrinho fosse apresentada como a de um menino feliz e de bem com a vida, quando se sabe que ele sempre foi um rebelde. George estava no auge de sua fase mística e queria que suas ideias religiosas ganhassem mais espaço. Na primeira edição após a morte de John, em 1980, o autor incluiu um desabafo de Paul McCartney que teve bastante repercussão, na época. 

Não tenho em mãos este novo volume em português que está sendo lançado pela Best Seller, de forma que não posso comentar a tradução ou mesmo o conteúdo atualizado. Mas não importa: por sua relevância histórica, a obra assinada por Hunter Davies é leitura obrigatória para todos os Beatlemaníacos. Eu próprio, em breve, devo escutar o audiobook em inglês, para mais uma vez revisitar esse texto memorável com todos os seus adendos.

Uma última observação: hoje já não é correto anunciar que essa seja a "única biografia autorizada". Depois dessa teve o livro "Antologia", editado pelos próprios Beatles.

quarta-feira, maio 27, 2015

Apelos sem resultados

Os depoimentos que estão sendo colhidos no caso do menino Bernardo, cuja madrasta é acusada de tê-lo assassinado, trazem novamente à baila as polêmicas sobre o assunto. E uma tecla em que todos batem desde o início é: por que os pedidos de socorro do garoto não surtiram efeito? Ele procurou ajuda no Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Três Passos. Os procedimentos que se desencadearam a partir daí culminaram com o pai pedindo ao Juiz uma chance de se reaproximar com o filho. E foi atendido.

Falhas houve, sem dúvida. Segundo notícia publicada no Uol, "a rede de proteção infantil deveria observar a família e reportar à promotoria, o que não aconteceu". Mas especificamente quanto à oportunidade concedida pelo magistrado, não vejo como uma decisão condenável. O que choca a todos é a possibilidade que hoje se detecta de que o crime fosse evitado. Mas eu lembro bem como é difícil para um infante, ou mesmo um adolescente, ser levado a sério. Ainda mais contra a palavra de um adulto que é o seu próprio pai.

Ouvi a gravação do progenitor falando com o Juiz. Foi disponibilizada nos sites de notícias. Sua voz tranquila e persuasiva convenceria qualquer um de suas boas intenções. É preciso sempre ter em mente que esse diálogo aconteceu antes do delito, quando ninguém seria capaz de prever a que ponto a situação chegaria. Temiam-se, talvez, maus tratos, desamor, omissão paterna, mas quem poderia pensar em morte? Assim, o Juiz concluiu: "Nesse caso, como não houve violência, por tratar-se de questão afetiva, nós apostamos na preservação dos laços familiares."


Eu poderia escrever páginas e páginas sobre momentos de minha infância e adolescência em que não fui levado a sério. Felizmente, nenhum deles envolvendo nada tão grave que pudesse resultar em crime. Mas eu sei bem o que é dar um alerta e não ter eco. Por isso, não condeno as autoridades pelo que poderiam ter feito. Elas procuraram agir com bom senso. Não foram totalmente omissas, mas deixaram de perceber a real severidade do caso. O pobre Bernardo, com apenas 11 anos, teve seus apelos de criança facilmente desacreditados pela lábia do pai. Agora, só se pode esperar que se faça justiça.

quinta-feira, maio 21, 2015

Luto

Desconfiei quando começaram a chegar acessos a uma antiga postagem deste Blog. Infelizmente confirmei no Facebook. Transcrevo aqui a triste mensagem do meu amigo e colega:

Em 27/09/1986, pela Vontade de Deus, tive a grata satisfação de informar a chegada de Luis Fernando Kalife Junior. Hoje, 21/05/2015, pela mesma Vontade Ordenatória de Deus, informo o falecimento do Júnior, ocorrido às 6h20min, no Hospital Dom Vicente Scherer do Complexo da Santa Casa. 

Em 28 anos, o Júnior foi professor na superação, no convívio com a adversidade, na tolerância, na paciência, na aceitação das adversidades à sua saúde. Agradeço a Deus o privilégio de ter convivido com Ele e ser escolhido para ser o seu Pai Carnal. Pedimos a Deus conforto para esta alma.


Peço que mandem orações e boas vibrações ao filho que partiu e à família que fica. Presumo eu que não exista dor maior do que essa. 

quarta-feira, maio 20, 2015

Seals & Crofts em CD

Adoro a série "Original Album Series" da Warner porque relança cinco álbuns em CD de uma tacada só a preço razoável, sem grandes sacrifícios na parte gráfica. Os discos vêm em reproduções miniaturizadas das capas originais dos LPs e os autores das músicas constam no rótulo de cada CD. Desta vez é a ótima dupla americana Seals & Crofts que tem seu trabalho resgatado (só em edição importada, por enquanto). Para quem curte soft rock na linha de America, por exemplo, as canções desses álbuns são simplesmente mágicas. Acredito ser Jim Seals o cantor principal, num timbre que lembra Phil Collins, com Dash Crofts fazendo a segunda voz (e talvez, esporadicamente, algum solo). Summer Breeze (1972), Diamond Girl (1973), Unborn Child (1974), I'll Play For You (1975) e Get Closer (1976) não constituem a obra completa do duo, mas são de longe os cinco álbuns mais importantes da sua discografia, lançados em sequência. Pelo menos quatro das cinco faixas-título (a exceção sendo "Unborn Child") foram hits radiofônicos em suas respectivas épocas. Todos já tinham sido relançados em CD, mas em edições avulsas e mais caras. Esta caixinha é um presente para os apreciadores da boa música da década de 70.

sexta-feira, maio 15, 2015

B.B. King

Em homenagem a B.B. King, falecido ontem, aos 89 anos, posto novamente o vídeo com matéria da apresentação do mestre do blues em Porto Alegre em 1986. Aparece o meu amigo Eduardo Chittolina (que eu ainda não conhecia) e a moça loira me parece ser a cantora Helena Theodorellos.

quinta-feira, maio 14, 2015

Kleiton & Kledir em CD, DVD, palestras e shows

Certas ideias são como "Ovos de Colombo" esperando que alguém os coloque em pé. E às vezes a lampadinha acende ao mesmo tempo em mais de uma cabeça. A fotografia foi inventada em três lugares diferentes, entre eles o Brasil, embora não por um brasileiro. Polêmicas nacionalistas à parte, pode-se dizer que ocorreu o mesmo com o avião. E com a maquiagem dos Secos e Molhados e do Kiss, como este Blog já demonstrou.

Enfim, quando Kleiton e Kledir, a partir de uma parceria com o saudoso Caio Fernando Abreu, decidiram gravar um CD com letras de escritores gaúchos, acabaram elaborando um projeto semelhante ao do músico Rogério Ratner. O da dupla se chama "Com Todas as Letras" e o de Rogério, "Canções para Leitores". Inclusive três parceiros constam nos dois trabalhos: Martha Medeiros, Fabrício Carpinejar e Letícia Wierzchowsky.  Rogério convidou vários intérpretes para fazer participações especiais e os irmãos Ramil chamaram Adriana Calcanhoto para cantar em uma das faixas. O CD/DVD de Kleiton e Kledir já deve estar chegando às lojas, enquanto o álbum de Rogério, por enquanto, está disponível apenas no YouTube.

Uma diferença no trabalho de Kleiton e Kledir está no processo inédito pelo qual as composições foram elaboradas. Primeiro, a dupla visitou os escritores para saber de suas preferências musicais. Num segundo momento, Kleiton compôs melodias conforme as predileções de cada um e as repassou aos parceiros respectivos. Por fim, com as letras prontas, coube a Kledir fazer as devidas adaptações para que os versos encaixassem nas linhas melódicas. Assim, as dez faixas resultantes não foram poemas musicados, mas canções inteiramente novas para as quais os literatos tiveram que criar letras de música

Kleiton e Kledir estão no Rio Grande do Sul para divulgar o novo disco com uma série de palestras e shows. Confiram a agenda abaixo:


PORTO ALEGRE
- 15 maio - bate-papo - foyer do Theatro São Pedro (entrada franca)
- 16 e 17 maio - shows - Theatro São Pedro
SÃO LEOPOLDO
- 18 maio - bate-papo - Teatro Municipal de São Leopoldo (entrada franca)
- 19 maio - show - Teatro Municipal de São Leopoldo 
NOVO HAMBURGO
- 20 maio - bate-papo - Teatro Municipal de Novo Hamburgo (entrada franca)
- 21 maio - show - Teatro Municipal de Novo Hamburgo

Gravação inédita de Adriana Marques

Finalmente Rogério Ratner acabou com o suspense e disponibilizou aquela que era a mais esperada entre as dez faixas de seu novo CD, "Canções para Leitores": "Uma Canção Antiga", parceria dele com Ronaldo Augusto, na voz de Adriana Marques. A "Cat Milady" da peça musical "Rádio Esmeralda" nos deixou em 2009, mas Rogério chegou a entrevistá-la para seu programa "Paralelo 30", da rádio on-line Buzina do Gasômetro, e agora nos traz esta linda interpretação. Depoimento do produtor Ciro Moreau:

Na dúvida entre deixar o arranjo mais "rico" (incluindo mais instrumentos) ou não, acabou prevalecendo a simplicidade da base original - apenas um "synth pad" e um violão, deixando a belíssima voz e interpretação em primeiro plano. No fim das contas, foi exatamente essa a base instrumental que a Adriana ouviu nos fones quando gravou a canção. Ela ainda comentou: "Minha filha adorou a música, já decorou a letra..."

quarta-feira, maio 13, 2015

Coincidência de opinião

Não vou dizer que estão roubando minhas ideias, como já escrevi uma vez, pois sempre vai ter um "sem noção" para não captar a intenção de ironia. Já apaguei uma antiga postagem aqui no blog porque me dei por vencido com os comentários completamente estapafúrdios. Em todo o caso, senti-me gratificado de ver Martha Medeiros, em sua coluna de hoje, emitindo uma opinião semelhante à que registrei em 2007 sobre mau atendimento. Em meu texto, eu afirmava: "É como se a tarefa normal deles [os atendentes] fosse não fazer nada ou conversar um com o outro. De repente, ficam completamente perdidos porque aconteceu algo totalmente fora do previsto: apareceu um cliente!" Martha disse mais ou menos o mesmo com outras palavras, desta forma: "Como se sabe, a pessoa mais importante para os funcionários, durante o expediente, é o colega. O cliente não passa de um estorvo que interrompe a conversa agradável que eles estão tendo sobre a novela, sobre o gol perdido pelo centroavante, sobre os dias que faltam para eles saírem de férias. (...) Generalizando: no Rio Grande do Sul, cliente é um mal necessário." O enfoque da cronista foi diferente, mais rico, mas no fundo ela estava observando o mesmo fenômeno que eu.

Para ler o texto da Martha, clique aqui. Para ler o meu, o link está aqui. E eu já havia abordado a questão antes, de forma mais restrita e pontual, nesta outra postagem aqui.

segunda-feira, maio 11, 2015

"Canções para Leitores" saindo do forno

Atualizando esta postagem em 10/5/2016: Show de lançamento do CD "Canções para Leitores", de Rogério Ratner, dia 14 de maio de 2016, sábado, às 19h na Livraria Cultura (Bourbon Shopping). ENTRADA FRANCA. Participação especial de Monica Tomasi, Karine Cunha, Rafael Brasil, Ana Krüger, Lúcia Severo e Dudu Sperb. Banda: Ciro Moreau (guitarra), Mário Carvalho (baixo), Luiz Mauro Filho (teclado) e Ronie Martinez (bateria). 

O projeto de Rogério teve uma longa gestação, com início em 2005. Sua ideia era musicar letras de poetas riograndenses de renome. Ao mesmo tempo, convidou cantores para fazer participações especiais. Então o que temos são parcerias com Martha Medeiros, Letícia Wierzchowsky, Fabrício Carpinejar, Ricardo Silvestrin, Ronald Augusto, Paula Taitelbaum, Arnaldo Sisson, Celso Guttfreind, Cíntia Moscovich e, em meio a esses nomes todos, o meu, com muita honra. Rogério é um grande amigo e o convite dele para entrar nesse camarote VIP foi um presente maravilhoso.

Entre os intérpretes, é impossível não chamar a atenção a presença da saudosa Adriana Marques, a "Cat Milady" da peça "Rádio Esmeralda", falecida em 2009. Rogério já tinha tido a felicidade de entrevistá-la para o seu programa Paralelo 30, da rádio on-line Buzina do Gasômetro, e agora vai nos brindar com uma gravação inédita da moça. Os demais são Mônica Tomasi, Dudu Sperb, Ana Kruger, Rafael Brasil, Lúcia Severo e Karine Cunha. Michel Dorfman participa tocando piano em uma faixa. A produção musical é de Ciro Moreau. 

P.S.: Para quem estava curioso, aqui está a música com minha letra e vocal de Rafael Brasil. Obrigado, Rogério, por esta oportunidade. E não deixem de conferir todas as faixas lá no YouTube!

sábado, maio 09, 2015

Dia das Mães

Minha mãe com os quatro filhos no colo! Da esquerda para a direita: a Dona Irene, Júlio César, Maria Beatriz (Neca), João Carlos (Cau) e eu. Não consigo identificar minha idade nessa foto. Só fui realmente magro entre 1982 e 1983 aos 21/22 anos, mas aí pareço estar com menos. Sempre aparentei ser bem mais moço do que realmente era na juventude, mas esse cabelo parece o que eu usava no final da adolescência.
Esta foto é de hoje. Infelizmente nossa mãe não está mais entre nós, nem João Carlos. Aí estão Dóris (cunhada), eu, Maria Beatriz e Júlio César.

Feliz Dia das Mães!

segunda-feira, maio 04, 2015

Os 40 anos de "Loki?" - agora, sim!

Neste ano de 2015, comemoram-se os 40 anos do LP "Loki?", antológico trabalho solo do Mutante Arnaldo Baptista. No entanto, a maioria antecipou a celebração. Saíram várias matérias no ano passado registrando de forma adiantada as quatro décadas do disco. E por uma razão muito simples: confiaram na data constante no rótulo, como se vê abaixo.
Em princípio, não há por que duvidar de uma informação que é impressa num disco à época de seu lançamento. Mas às vezes ocorriam atrasos, resultando numa defasagem entre a data indicada no selo e o momento em que o vinil chegava às lojas. Aconteceu com "Em Mar Aberto", do gaúcho Fernando Ribeiro, que só começou a ser vendido em 1977, embora tenha sido "carimbado" 1976. Pois é o mesmo caso de "Loki?". O lote não deve ter sido concluído a tempo para as vendas de Natal de 1974, então a gravadora achou melhor segurá-lo para bem depois das férias de verão e do Carnaval.
Aqui, um trecho do livro "Balada do Louco", de Mario Pacheco (não é meu parente), publicado em 1991.
Crítica de Tárik de Souza para a Veja. O texto não está completo, mas o importante, aqui, é verificar a data ao pé da página.
A resenha da revista Pop. Também consta a data para verificação (cliquem para ampliar). E mais: cliquem aqui para ler a crítica de Okky de Souza na Tribuna da Imprensa de 1º de abril de 1975 (apesar da data, podem confiar nas informações). Por fim, sou informado pelo jornalista carioca Ricardo Schott de que o LP entrou na discoteca da Rádio Gazeta (referência usual para confirmação de datas de lançamento) em 26 de março de 1975. Logo, não há dúvidas. "Loki?" foi concebido em 1974, mas veio ao mundo mesmo no ano seguinte. Portanto agora é o momento certo para comemorar os seus 40 anos. 

Agradecimento a Alex Alberto e Márcio Aquino pelas imagens cedidas.

sábado, maio 02, 2015

Valmir Louruz

Agora há pouco estava fazendo uma leitura atrasada de matéria da Zero Hora sobre o falecimento de Valmir Louruz, ocorrido no dia 29 de abril. Deram um enorme destaque à sua carreira de treinador, mas a de jogador de futebol passou batida. Eu sempre digo que o time do Internacional do meu coração não foi o de Figueroa ou Falcão: foi o de 1970. Gainete, Édson Madureira, Pontes, Valmir e Jorge Andrade; Carbone e Tovar; Valdomiro, Claudiomiro, Sérgio e Dorinho. Eventualmente jogavam também Bráulio, Hermínio, Sadi e outros grandes nomes. Pois Valmir, além de atuar na defesa, era também o cobrador oficial de pênaltis do time. Eu achava isso curioso. Quem batia as faltas era Valdomiro, mas as penalidades máximas ficavam por conta de Valmir. A foto acima é do álbum "Gigante da Beira-Rio", lançado em 1969. Fico feliz em saber que ele se destacou como técnico, mas para mim ele será sempre o zagueiro que cobrava pênaltis.

sexta-feira, maio 01, 2015

Zil, etc.

Foi minha amiga Cristina Carriconde que me avisou sobre a banda Zil, que está voltando à ativa depois de mais de 20 anos. A formação, aparentemente, é a mesmíssima que atuou entre 1986 e 1991 e lançou um LP em 1997. É um disco praticamente obrigatório para quem é fã do Boca Livre, pois os vocais de Zé Renato e Cláudio Nucci tornam a sonoridade quase idêntica. A diferença é que a parte instrumental é mais elaborada, com destaque para o baixista gaúcho João Baptista, ex-Boinas Azuis, ex-Almôndegas e ex-Kleiton e Kledir. O show é no Rio, de forma que não poderei ver. Como prêmio de consolação, consegui a edição em CD do álbum do grupo, que saiu somente no exterior e inclui uma faixa a mais, "Zarabatana". 

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Entusiasmado com o lançamento de uma caixinha de cinco CDs de Jimmy Webb, a qual já foi devidamente encomendada, revirei meu apartamento para achar o livro "Tunesmith", do lendário compositor americano. Faz tempo que o comprei, mas não li ainda. E como o meu material ainda não está totalmente organizado - falta tempo e dinheiro para mandar fazer mais armários - revirei caixas e mais caixas até encontrar. Mas achei. Adoraria dizer que será minha próxima leitura, mas não posso prometer. Até porque surgiram outros livros "prioritários" na minha busca e já os separei.

Como disse aqui uma vez, se pudesse falar com meus livros, diria que não esqueci deles, que não me arrependo de tê-los comprado e fico feliz de saber que eles estão comigo, aguardando o momento em que os desfrutarei. É por isso que eu gosto dos audiobooks: esses eu vou ouvindo devagar e sempre em minhas caminhadas ou quando estou sozinho no carro. Mas, em termos de desfrute, ainda prefiro a leitura.
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Na semana que vem estarei de férias compulsórias, mas não vou viajar. Faz pouco mais de um mês que mudei meu horário de trabalho para puder buscar meu filho na escolinha todas as tardes. Está sendo uma experiência gratificante em vários aspectos. Torno a ver o Iuri diariamente e ele parece estar gostando de ter o pai como motorista particular. Bem melhor do que a van, onde ele estava começando a não ter mais paciência durante o longo trajeto da volta, com outros coleguinhas sendo levados primeiro. E amanhã de manhã eu vou buscá-lo para passar o fim de semana comigo.
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Bom resto de feriadão a todos!