segunda-feira, outubro 28, 2013
Em geral, existe uma presunção de que os fãs de David Bowie da fase Ziggy Stardust também admiram Lou Reed. Em muitos casos, isso é verdade, mas eu confesso que nunca consegui gostar de Lou na mesma intensidade. Tentei dar uma chance a ele na adolescência, mas não curti. Somente na vida adulta, com uma condição financeira melhor, resgatando o que havia perdido dos anos 70, é que fui descobrir Lou. Faz pouco tempo que comprei a caixinha dele da série "Original Album Classics", contendo os álbuns Lou Reed, Transformer, Berlin, Sally Can't Dance e Coney Island Baby. Pois agora chegou o momento de ouvi-los com calma. Entendo a importância de Lou Reed, ele pertence àquela categoria dos roqueiros mais sombrios, na qual poderíamos incluir também Jim Morrison, embora em outra vertente. Criou um gênero só dele. Mas se eu disser que ele era um dos meus maiores ídolos, estarei mentindo. Sempre tive muito respeito por ele e com certeza é uma grande perda para o rock.
sábado, outubro 19, 2013
Horário de verão
Um amigo comentou no Facebook que uma hora do nosso fim-de-semana será "roubada". Não é bem assim. Será tomada por empréstimo. E devolvida em fevereiro. Pode ser uma boa troca. Quem sabe essa uma hora não será mais bem aproveitada depois do que seria hoje? Eu quero acreditar que sim.
quinta-feira, outubro 17, 2013
Visita inesperada
Hoje o Blog recebeu uma visita inesperada: foi acessado por um internauta do porta-aviões americano USS Eisenhower. Vejam abaixo:
Pelo assunto procurado, é possível que tenha sido um brasileiro. Ou, no mínimo, alguém que fala português. Chegou por esta página aqui e saiu por esta outra. Espero que tenha achado o que queria.
Pelo assunto procurado, é possível que tenha sido um brasileiro. Ou, no mínimo, alguém que fala português. Chegou por esta página aqui e saiu por esta outra. Espero que tenha achado o que queria.
quarta-feira, outubro 16, 2013
Desvendando o impostor
Antes de formarem uma dupla sertaneja, os irmãos Chrystian e Ralf cantavam em inglês, cada um com sua carreira solo. A do primeiro teve muito mais sucesso, em especial com temas de novela como "Don't Say Goodbye" e "Tears". Ontem rolou uma discussão legal no Facebook sobre artistas brasileiros que se faziam passar por americanos. O jornalista e músico Ayrton Mugnaini Jr. comentou que, na capa do primeiro LP de Chrystian, haviam colocado outro sujeito. Pensei que ele estivesse equivocado, confundindo com a fachada do LP de Paul Bryan (Sérgio Sá), onde com certeza constou um impostor. Achei que, no caso de Chrystian, tivessem apenas usado uma foto dele em negativo, para ocultar a tez parda e indisfarçavelmente sul-americana. Mas, para ter certeza, fui procurar a capa na Internet (eu tenho o disco, mas por aqui vai mais rápido!). Ao rever a imagem, fiquei em dúvida. Foi então que percebi que, graças aos fantásticos recursos de software que temos hoje, eu poderia desvendar o mistério.
Pronto! Aí está a foto devidamente "revelada". Ayrton tinha razão: não é Chrystian. Quem é esse cara? Já na contracapa...
...parece ser ele, mesmo. Com a outra foto em negativo, ninguém iria notar a diferença.
Pronto! Aí está a foto devidamente "revelada". Ayrton tinha razão: não é Chrystian. Quem é esse cara? Já na contracapa...
segunda-feira, outubro 14, 2013
DVDs e Blu-rays para ouvir
Já faz tempo que venho amadurecendo a ideia de comprar um aparelho de Blu-ray com 3D. O investimento todo incluiria um televisor novo e, no mínimo, as caixas de som. Até que consegui tudo por condições razoáveis. A TV é de 32 polegadas (na minha sala, não é preciso mais do que isso e talvez nem coubesse na estante) e o Blu-ray player Sony já vem com as seis caixas. Só quando já tinha montado tudo e testado a belíssima imagem do novo formato, que consegue ser melhor do que o DVD (e me chamavam de chato por reclamar da qualidade das cópias piratas em VHS...), é que fui me dar conta: eu estava realizando um sonho bem mais antigo do que o próprio Blu-ray. Eu havia adquirido, finalmente, um home theater.
O que me impediu de colocar meu plano em prática antes era o tamanho exíguo do meu apartamento anterior. Eu pensava em, talvez, apostar em algum formato de áudio de alta resolução, como SACD ou DVD-Audio. Se chegasse a fazer, não seria a primeira vez que eu aderiria a um tipo de aparelho pouco conhecido e com público limitado: eu cheguei a ter laserdisc (videodisco), como já comentei diversas vezes. O grande atrativo dessas duas novidades era o som surround 5.1 sem compressão. Vários álbuns de música estavam sendo remixados para lançamento com esse recurso.
Com o tempo, as gravadoras tiveram uma ideia bastante simples para facilitar a vida dos consumidores: passaram a incluir DVDs normais de vídeo em relançamentos especiais de música, porém aproveitando a trilha de áudio para conter o disco original em mixagem 5.1. Assim, os ouvintes poderiam desfrutar do surround perfeito usando o home theater de que já dispunham, sem necessidade de investir num player dedicado de uso restrito. É bem verdade que o som passa por compressão, mas nada que chegue a ser crítico para simples mortais que não sejam audiófilos.
Depois que já tinha assistido a vários Blu-rays, inclusive em 3D, lembrei-me de vasculhar minha coleção de CDs. Localizei vários DVDs contendo áudio de álbuns antológicos e fui correndo conferi-los. De David Bowie, tenho três relançados dessa forma. Ziggy Stardust decepciona um pouco, pois é a fórmula básica de rock de garagem, com guitarra, baixo, bateria e vocal. Não há muito o que espalhar entre os cinco canais, mais o subwoofer. O produtor original Ken Scott fez uma remixagem interessante, mas sem grandes surpresas. Por outro lado, vale a pena ouvir Young Americans e a forma como a colcha instrumental foi distribuída ao redor. Station to Station também chama a atenção, com o som de "locomotiva" do início da faixa-título viajando entre as quatro caixas principais. Da mesma forma, as três box sets dos álbuns de estúdio do Genesis incluem todos em DVD com áudio 5.1. Já ouvi alguns.
Só mais tarde é que me vieram à memória as luxuosas caixas do Pink Floyd que comprei no ano passado. Fui conferir e duas delas - Dark Side of the Moon e Wish You Were Here - tinham um Blu-ray com o áudio de cada álbum, não só em remixagem 5.1, mas também reproduzindo o som dos raros LPs quadrifônicos que saíram na época! E com a vantagem da separação discreta de canais, bem mais fiel do que o complexo sistema "matrix" que era usado no vinil. A caixa registradora no começo de "Money" é perfeita para demonstração, com os sons se alternando nos quatro canais.
Após uma audição que merecia ter sido mais demorada, percebi que, como o som do Blu-ray é sem compressão, talvez os formatos específicos de áudio de alta resolução, como SACD e DVD-Audio, estejam condenados. Ainda têm seus defensores, mas a vantagem mercadológica do Blu-ray é inegável, por ser também vídeo, sucedendo com vantagem o DVD. Neste momento, já estão em pré-venda no exterior edições em DVD e Blu-ray do álbum Close to the Edge, do Yes. Ou seja, já foi dada a partida para comercializar Blu-ray como um veículo para áudio somente.
Por fim, não esqueçamos que há vídeos com músicas que merecem ser conferidas. Quem quiser ouvir gravações originais dos Beatles em 5.1 pode assistir aos filmes "Yellow Submarine", "Help" e "Magical Mystery Tour". Os clips da caixa "McCartney Years" também parecem ter sido remixados especialmente para o relançamento. Ainda não consegui localizar o DVD "Best of Bowie" na mudança, mas qualquer hora ele aparece. Mas algumas coletâneas de clips mais antigas incluem as músicas somente em estéreo. É o caso de "Abba - The Definitive Collection".
Eu sei que muito do que eu escrevi acima não é novidade. Mas é para mim. Finalmente aderi ao universo do áudio 5.1. De lambuja, ingressei também no mundo do Blu-ray 3D. Aos 52 anos, acho que mereço "me dar" esse presente.
Leia também: Do estéreo ao 5.1
O que me impediu de colocar meu plano em prática antes era o tamanho exíguo do meu apartamento anterior. Eu pensava em, talvez, apostar em algum formato de áudio de alta resolução, como SACD ou DVD-Audio. Se chegasse a fazer, não seria a primeira vez que eu aderiria a um tipo de aparelho pouco conhecido e com público limitado: eu cheguei a ter laserdisc (videodisco), como já comentei diversas vezes. O grande atrativo dessas duas novidades era o som surround 5.1 sem compressão. Vários álbuns de música estavam sendo remixados para lançamento com esse recurso.
Com o tempo, as gravadoras tiveram uma ideia bastante simples para facilitar a vida dos consumidores: passaram a incluir DVDs normais de vídeo em relançamentos especiais de música, porém aproveitando a trilha de áudio para conter o disco original em mixagem 5.1. Assim, os ouvintes poderiam desfrutar do surround perfeito usando o home theater de que já dispunham, sem necessidade de investir num player dedicado de uso restrito. É bem verdade que o som passa por compressão, mas nada que chegue a ser crítico para simples mortais que não sejam audiófilos.
Depois que já tinha assistido a vários Blu-rays, inclusive em 3D, lembrei-me de vasculhar minha coleção de CDs. Localizei vários DVDs contendo áudio de álbuns antológicos e fui correndo conferi-los. De David Bowie, tenho três relançados dessa forma. Ziggy Stardust decepciona um pouco, pois é a fórmula básica de rock de garagem, com guitarra, baixo, bateria e vocal. Não há muito o que espalhar entre os cinco canais, mais o subwoofer. O produtor original Ken Scott fez uma remixagem interessante, mas sem grandes surpresas. Por outro lado, vale a pena ouvir Young Americans e a forma como a colcha instrumental foi distribuída ao redor. Station to Station também chama a atenção, com o som de "locomotiva" do início da faixa-título viajando entre as quatro caixas principais. Da mesma forma, as três box sets dos álbuns de estúdio do Genesis incluem todos em DVD com áudio 5.1. Já ouvi alguns.
Só mais tarde é que me vieram à memória as luxuosas caixas do Pink Floyd que comprei no ano passado. Fui conferir e duas delas - Dark Side of the Moon e Wish You Were Here - tinham um Blu-ray com o áudio de cada álbum, não só em remixagem 5.1, mas também reproduzindo o som dos raros LPs quadrifônicos que saíram na época! E com a vantagem da separação discreta de canais, bem mais fiel do que o complexo sistema "matrix" que era usado no vinil. A caixa registradora no começo de "Money" é perfeita para demonstração, com os sons se alternando nos quatro canais.
Após uma audição que merecia ter sido mais demorada, percebi que, como o som do Blu-ray é sem compressão, talvez os formatos específicos de áudio de alta resolução, como SACD e DVD-Audio, estejam condenados. Ainda têm seus defensores, mas a vantagem mercadológica do Blu-ray é inegável, por ser também vídeo, sucedendo com vantagem o DVD. Neste momento, já estão em pré-venda no exterior edições em DVD e Blu-ray do álbum Close to the Edge, do Yes. Ou seja, já foi dada a partida para comercializar Blu-ray como um veículo para áudio somente.
Por fim, não esqueçamos que há vídeos com músicas que merecem ser conferidas. Quem quiser ouvir gravações originais dos Beatles em 5.1 pode assistir aos filmes "Yellow Submarine", "Help" e "Magical Mystery Tour". Os clips da caixa "McCartney Years" também parecem ter sido remixados especialmente para o relançamento. Ainda não consegui localizar o DVD "Best of Bowie" na mudança, mas qualquer hora ele aparece. Mas algumas coletâneas de clips mais antigas incluem as músicas somente em estéreo. É o caso de "Abba - The Definitive Collection".
Eu sei que muito do que eu escrevi acima não é novidade. Mas é para mim. Finalmente aderi ao universo do áudio 5.1. De lambuja, ingressei também no mundo do Blu-ray 3D. Aos 52 anos, acho que mereço "me dar" esse presente.
Leia também: Do estéreo ao 5.1
quinta-feira, outubro 03, 2013
Pensamento da hora
O que a gente mais quer, nem sempre o dinheiro compra. Mas às vezes até aparece no catálogo de alguma loja.
quarta-feira, outubro 02, 2013
Tradução desastrosa
Há tempos planejo publicar aqui esta comparação entre duas edições em DVD do filme "As Neves do Kilimanjaro". Foi em 2008 que o dono de uma banca de revistas me deu um catálogo da Classicline, especializada em filmes antigos. Nele verifiquei que havia um carimbo simulado por cima do filme citado com a observação: "Produto Esgotado". Isso atiçou o meu lado de colecionador e voltei lá correndo para ver se encontrava o tal título. Achei e levei na hora.
Depois, assistindo ao DVD, entendi por que havia sido retirado de circulação. A tradução estava desastrosa. Erros acontecem, mas ali o caso era gravíssimo. O tradutor parecia ter trabalhado exclusivamente "de ouvido" e com parco conhecimento. Era o que acontecia no tempo das "fitas alternativas", como devem lembrar os consumidores da minha geração. Comentei a questão na comunidade de tradutores do Orkut (que ainda era o "point" na época) e houve quem cogitasse sabotagem ou algo do tipo. Será?
Tempos depois, consegui outra edição, essa da Fox Classics, e constatei que não somente a tradução estava correta, como a qualidade da imagem era muito superior. Foi aí que pensei em postar comparações aqui no Blog, pela curiosidade. Minha ideia original era assistir ao filme todo e compilar os erros mais gritantes. Mas haja paciência. Peguei apenas quatro exemplos dos primeiros 10 minutos de filme (descontados os créditos de abertura). As imagens com legenda branca são as da Fox, que estão com a tradução certa. As de legendas amarelas são as da Classicline. Vejam com seus próprios olhos:
O que o personagem de Peck começa dizendo em inglês é: "You're a good shot!" A tradução poderia ser "você é boa atiradora", mas a solução encontrada no DVD da Fox é perfeita. Já o iluminado da Classicline fez uma bela confusão entre "shot" e "charm". O resultado se vê acima.
Aqui, não há qualquer correlação entre o original e a tradução.
Por fim, o caso mais escabroso. Aparentemente, o tradutor confundiu "beginning" com "bikini" e adaptou para "calção de banho". Não admira que a edição da Classicline tenha sido tirada de catálogo. Eu me pergunto como algo assim tão escandaloso passou no controle de qualidade. Resumindo: dos dois DVDs mostrados no topo deste comentário, podem comprar sem medo o da esquerda, da Fox Classics. A tradução está ótima e a imagem, também.
Depois, assistindo ao DVD, entendi por que havia sido retirado de circulação. A tradução estava desastrosa. Erros acontecem, mas ali o caso era gravíssimo. O tradutor parecia ter trabalhado exclusivamente "de ouvido" e com parco conhecimento. Era o que acontecia no tempo das "fitas alternativas", como devem lembrar os consumidores da minha geração. Comentei a questão na comunidade de tradutores do Orkut (que ainda era o "point" na época) e houve quem cogitasse sabotagem ou algo do tipo. Será?
Tempos depois, consegui outra edição, essa da Fox Classics, e constatei que não somente a tradução estava correta, como a qualidade da imagem era muito superior. Foi aí que pensei em postar comparações aqui no Blog, pela curiosidade. Minha ideia original era assistir ao filme todo e compilar os erros mais gritantes. Mas haja paciência. Peguei apenas quatro exemplos dos primeiros 10 minutos de filme (descontados os créditos de abertura). As imagens com legenda branca são as da Fox, que estão com a tradução certa. As de legendas amarelas são as da Classicline. Vejam com seus próprios olhos:
O personagem de Gregory Peck está olhando para os abutres e os vendo como um presságio de sua própria morte. Então ele se pergunta como eles fazem para localizar um moribundo em potencial. O tradutor da Classicline ouviu "scent" (cheiro) e entendeu "century" (século).
Aqui, não há qualquer correlação entre o original e a tradução.
Por fim, o caso mais escabroso. Aparentemente, o tradutor confundiu "beginning" com "bikini" e adaptou para "calção de banho". Não admira que a edição da Classicline tenha sido tirada de catálogo. Eu me pergunto como algo assim tão escandaloso passou no controle de qualidade. Resumindo: dos dois DVDs mostrados no topo deste comentário, podem comprar sem medo o da esquerda, da Fox Classics. A tradução está ótima e a imagem, também.
terça-feira, outubro 01, 2013
Bootleg Beatles em Porto Alegre
Sábado, dia 29 de setembro, mais uma banda de cover de Beatles se apresentou em Porto Alegre, no Teatro do Bourbon Country. Bootleg Beatles é um grupo inglês. Vistos de longe, como se verifica nestas fotos (tiradas da "plateia alta", eufemismo do teatro para "mezanino"), os quatro rapazes realmente se assemelham aos integrantes originais. E as vozes também são parecidas, não só cantando, mas falando entre as músicas. Eles procuram imitar o que John, Paul e George diziam antes de cada execução, apenas acrescentando um "obrigado" em português com sotaque.
A primeira parte do show é com os terninhos tradicionais. É aqui que se ouvem os clássicos do começo da carreira, como "A Hard Day's Night", "I Should Have Known Better", "Eight Days a Week", "If I Fell", "I'm Happy Just to Dance With You", "She Loves You", "All My Loving", "This Boy", "I Want to Hold Your Hand", "I Saw Her Standing There", "Can't Buy Me Love", "I'm a Loser", "I Want to Hold Your Hand", e até "Paul McCartney" sozinho ao violão tocando "Yesterday".
Um vídeo alusivo ao rock inglês dos anos 60 dá tempo aos músicos de trocar de roupa e eles voltam vestidos como os Beatles no Shea Stadium em 1965. É o momento de tocar, entre outras, "Help!", "Day Tripper", "Twist and Shout" e, com o reforço de um tecladista, a linda "In My Life".
Depois de um intervalo de dez minutos, o grupo retorna devidamente caracterizado com o visual da capa do Sgt. Pepper's. É curioso que praticamente todas as bandas cover de Beatles encenam da mesma forma essa fase da carreira do quarteto em que eles não fizeram shows. Na imaginação dos fãs, uma apresentação dos Beatles em 1967 teria sido exatamente assim, como a fictícia Banda dos Corações Solitários introduzida no disco. O acréscimo de uma pequena seção de metais (três instrumentistas) dá o toque perfeito em canções como "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", "Penny Lane", "Magical Mystery Tour" e "Got To Get You Into My Life". Outras que eles também cantaram foram "With a Little Help From My Friends", "Lucy in The Sky With Diamonds", "Strawberry Fields Forever", "Hey Bulldog" e "Lady Madonna".
O recurso que eles usaram para trocar de roupa mais uma vez sem fazer intervalo foi bem original. "John Lennon" conversa um pouco com o público e em seguida chama "George Harrison". Já com novo visual, o cover de George interpreta sozinho a versão acústica de "While My Guitar Gently Weeps" que se conheceu em 1996 na série de gravações inéditas "Anthology". Em seguida voltam os outros três com a indumentária de final de carreira dos Beatles, livremente inspirada nas apresentações de TV e no show do terraço do filme "Let it Be". E assim se ouvem "Get Back", "Don't Let Me Down", "Here Comes the Sun", "Ballad of John and Yoko", "Birthday" e, para o encerramento oficial, "Hey Jude". Mas tem bis, claro. Eles retornam para tocar "Back in the U.S.S.R." e, abrindo uma exceção, "Long Tall Sally", que pertenceria à primeiríssima fase.
É inevitável comparar os Bootleg Beatles com os argentinos The Beats, que aqui estiveram no dia 20 de julho. A proposta de ambos é exatamente a mesma: recriar os Beatles através dos tempos da forma mais fiel possível. Eu diria que empatam. É claro que o grupo britânico tem melhor aceitação internacional pela questão do idioma e do sotaque. Mesmo na América do Sul, para quem entende inglês, ouvir vozes semelhantes às de John, Paul e Ringo falando entre as músicas dá um toque bem mais realista. Mas os portenhos estão sempre se superando e renovando seu roteiro. Aquele truque de ficarem estáticos por longos segundos no "breque" de "Any Time at All" e depois em "She Loves You" foi uma grande sacada, bem como a inclusão de "Love You To" com cítara no repertório. Imitar os Beatles tornou-se uma arte por si só e sempre haverá lugar para os que a ela se dedicam com esmero e paixão.
Ver também:
The Beats no Araújo Vianna
Um ex-Beatle em Porto Alegre (The Beats com Pete Best)
A primeira parte do show é com os terninhos tradicionais. É aqui que se ouvem os clássicos do começo da carreira, como "A Hard Day's Night", "I Should Have Known Better", "Eight Days a Week", "If I Fell", "I'm Happy Just to Dance With You", "She Loves You", "All My Loving", "This Boy", "I Want to Hold Your Hand", "I Saw Her Standing There", "Can't Buy Me Love", "I'm a Loser", "I Want to Hold Your Hand", e até "Paul McCartney" sozinho ao violão tocando "Yesterday".
Um vídeo alusivo ao rock inglês dos anos 60 dá tempo aos músicos de trocar de roupa e eles voltam vestidos como os Beatles no Shea Stadium em 1965. É o momento de tocar, entre outras, "Help!", "Day Tripper", "Twist and Shout" e, com o reforço de um tecladista, a linda "In My Life".
Depois de um intervalo de dez minutos, o grupo retorna devidamente caracterizado com o visual da capa do Sgt. Pepper's. É curioso que praticamente todas as bandas cover de Beatles encenam da mesma forma essa fase da carreira do quarteto em que eles não fizeram shows. Na imaginação dos fãs, uma apresentação dos Beatles em 1967 teria sido exatamente assim, como a fictícia Banda dos Corações Solitários introduzida no disco. O acréscimo de uma pequena seção de metais (três instrumentistas) dá o toque perfeito em canções como "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", "Penny Lane", "Magical Mystery Tour" e "Got To Get You Into My Life". Outras que eles também cantaram foram "With a Little Help From My Friends", "Lucy in The Sky With Diamonds", "Strawberry Fields Forever", "Hey Bulldog" e "Lady Madonna".
O recurso que eles usaram para trocar de roupa mais uma vez sem fazer intervalo foi bem original. "John Lennon" conversa um pouco com o público e em seguida chama "George Harrison". Já com novo visual, o cover de George interpreta sozinho a versão acústica de "While My Guitar Gently Weeps" que se conheceu em 1996 na série de gravações inéditas "Anthology". Em seguida voltam os outros três com a indumentária de final de carreira dos Beatles, livremente inspirada nas apresentações de TV e no show do terraço do filme "Let it Be". E assim se ouvem "Get Back", "Don't Let Me Down", "Here Comes the Sun", "Ballad of John and Yoko", "Birthday" e, para o encerramento oficial, "Hey Jude". Mas tem bis, claro. Eles retornam para tocar "Back in the U.S.S.R." e, abrindo uma exceção, "Long Tall Sally", que pertenceria à primeiríssima fase.
É inevitável comparar os Bootleg Beatles com os argentinos The Beats, que aqui estiveram no dia 20 de julho. A proposta de ambos é exatamente a mesma: recriar os Beatles através dos tempos da forma mais fiel possível. Eu diria que empatam. É claro que o grupo britânico tem melhor aceitação internacional pela questão do idioma e do sotaque. Mesmo na América do Sul, para quem entende inglês, ouvir vozes semelhantes às de John, Paul e Ringo falando entre as músicas dá um toque bem mais realista. Mas os portenhos estão sempre se superando e renovando seu roteiro. Aquele truque de ficarem estáticos por longos segundos no "breque" de "Any Time at All" e depois em "She Loves You" foi uma grande sacada, bem como a inclusão de "Love You To" com cítara no repertório. Imitar os Beatles tornou-se uma arte por si só e sempre haverá lugar para os que a ela se dedicam com esmero e paixão.
Ver também:
The Beats no Araújo Vianna
Um ex-Beatle em Porto Alegre (The Beats com Pete Best)