sábado, setembro 29, 2012

Hebe

Na noite de 4 de abril de 1998 eu estava no Beira-Rio para cobrir o show de Roberto Carlos e Pavarotti (para o International Magazine). Sentei-me nas cadeiras reservadas aos jornalistas, na última fila da área bem da frente, e fiquei conversando com um colega ao lado. De repente, o público se manifestou: Hebe Camargo chegava ao estádio! Os portoalegrenses não estão acostumados a ver celebridades televisivas de perto e a presença da comunicadora mexeu com a plateia.

No final da apresentação, em que Roberto e Pavarotti cantaram juntos, fui para a frente do palco tirar fotos. Depois do encerramento, vi que Hebe estava sentada bem na frente, acho que na primeira fila. De onde eu estava, pude ouvir quando ela falou para os VIPs ao seu redor, com o mesmo sorriso e a simpatia de sempre: "Não se abofe" (sic)! Na saída, mais uma vez, a movimentação dela agitou o público. E ela correspondeu, dando uma corridinha, com plena vitalidade, como quem ensaia uma volta olímpica. Deu um show à parte.

Há que se admirar Hebe por seu carisma e sua popularidade que nunca decaiu. Hoje, infelizmente, ela se foi. Deixará saudades.

Golpe

Acabo de receber uma mensagem pelo celular dizendo que ganhei um carro de determinado programa de TV. Logo vi que só poderia se tratar de um golpe. Mesmo assim, resolvi dar uma conferida. Sabe lá? Já recebi um iPod de um sorteio pelo número do telefone, então um carro novo cairia muito bem agora. Mas bastou uma pesquisa rápida no Google para confirmar minha suspeita. É fria. Cliquem aqui e vejam a quantidade de pessoas questionando sobre o prêmio. Se lessem as outras mensagens antes de postar, teriam a resposta. Mas a ansiedade é tanta que poucas se dão conta de fazer isso. Então lemos dezenas de perguntas praticamente idênticas. Alguns afirmam terem sido contemplados com uma casa. Um deles informa que foi solicitado a fazer um depósito de 499 reais. É aí que o golpe se consuma. Com tanta gente em dificuldade, chega a dar pena que as pessoas ainda tenham esperanças nessas falcatruas. Bem, eu fui conferir... mas apenas por segurança.

quinta-feira, setembro 27, 2012

Alright, Porto Alegre! You wanted the best...

Agora é oficial: Kiss vem mesmo ao Brasil! E voltará a Porto Alegre 13 anos depois da histórica apresentação no Hipódromo do Cristal. A foto acima é daquele show (vejam mais fotos e detalhes aqui). A notícia está no site Kissonline.com. A turnê brasileira começa pela capital gaúcha, como se vê abaixo:

14 de novembro: Porto Alegre - ESTÁDIO DO ZEQUINHA
17 de novembro: São Paulo - ANHEMBI 25
18 de novembro: Rio de Janeiro - HSBC ARENA


Em 1999 eu tive o privilégio de ver a banda na volta da formação original, com Ace Frehley na guitarra e Peter Criss na bateria. Pois agora será a chance de conhecer os novos integrantes Tommy Thayer e Eric Singer. E já está chegando o novo CD "Monster". Quem diria que o Kiss voltaria a lançar não um, mas dois álbuns de inéditas depois de tanto tempo. O anterior foi "Sonic Boom" em 2009.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Dexter, minha bicicleta!

Hoje, pouco antes do meio-dia, fui à emergência do Hospital Mãe de Deus (nada grave, não se assustem) e havia um televisor ligado na RBS TV ou equivalente da Globo. A legenda do closed caption estava acionada, mas exibia fixamente a frase acima, do título deste tópico. Pensei ser um problema da recepção local, mas acabei de pesquisar no Google e mais gente viu a mesma coisa. Pô, Dexter, devolve logo a bicicleta! Alguém sabe de que filme ou programa saiu isso?

P.S: Logo em seguida, começou a propaganda eleitoral gratuita. E a legenda persistia. Imaginei como ficaria engraçado fotografar a TV mostrando algum candidato com aquela frase em baixo.

segunda-feira, setembro 24, 2012

Ouvindo Bee Gees

Hoje entrei numas de ouvir Bee Gees. Gosto de todas as fases do grupo, mas tenho um carinho especial pelos álbuns que eles lançaram no final dos anos 60, depois de voltarem da Austrália. Foi nessa época, em minha infância, que eu os descobri com "Massachusetts". Meu irmão ouvia o lado B do compacto, "Sir Geoffrey Saved The World", e se referia ao disco por essa música. Ele era radialista, então não duvido que fosse essa a faixa que tocasse nas emissoras de Porto Alegre. 

Essa série de relançamentos em CD produzida por Andrew Sandoval em 2006 e 2009 é simplesmente o mais precioso e caprichado relançamento já feito dos Bee Gees, no mesmo padrão que o produtor já usava para os Monkees. E os três primeiros títulos, "1st", "Horizontal" e "Idea" saíram no Brasil a preços bem acessíveis, embora sem a caixinha. "Odessa", infelizmente, teve que ser importado. 

Mas o material é de valor inestimável: as gravações originais em estéreo e mono (mixagens exclusivas, não apenas os dois canais do estéreo num só), faixas de compacto e gravações inéditas em fartura. A versão alternativa de "New York Mining Disaster 1941" que deveria ter sido lançada, até que o empresário Robert Stigwood pedisse que eles a regravassem "só com violão, como a tocaram para mim", é uma joia rara a ser descoberta. Confesso que me inspirei nos textos dos encartes (também de Andrew Sandoval) quando redigi os dos CDs de Hermes Aquino, especificamente aquele final: "a história continua no encarte do CD Santa Maria". Porque é dessa forma que é encerrado o histórico de cada um desses CDs, "chamando" o disco seguinte. Quando isso não foi feito em "Odessa", os fãs desconfiaram que a série não teria continuidade. Aparentemente, não terá, mesmo. Sandoval aproveitou as pesquisas que fez para lançar um livro sobre os Bee Gees dessa primeira fase. 

Lamento apenas que essas verdadeiras relíquias não tenham recebido dos fãs brasileiros a atenção que mereciam. A repercussão limitou-se aos colecionadores e admiradores mais atentos. Uma pena, pois é um trabalho que deveria ter sido mais bem recebido do que qualquer coletânea ou DVD de sucessos.

sexta-feira, setembro 21, 2012

Memórias de um produtor

Já que comentei o livro de Ken Scott, aproveito para republicar o texto que escrevi em 2007 sobre a autobiografia de Tony Visconti, outro produtor de David Bowie e artistas diversos. Foi redigido para publicação no International Magazine.

A autobiografia de Tony Visconti confirma o que já se sabia pela Internet: apesar de seu invejável currículo como produtor de lendas do rock, ele é um cara simples. Conta a história de sua vida com a mesma espontaneidade e bom humor com que já respondeu a perguntas de fãs em seu site e até por e-mail. Ele confessa, por exemplo, que se viciou em heroína e se tratou ainda antes da fama, mas isso acabou ajudando-o a escapar do Vietnã. Tony nasceu no bairro novaiorquino do Brooklyn e começou na música como baixista. Mas logo começou a se interessar pelos meandros de uma sessão de gravação. Em 1967 mudou-se para Londres a convite de Denny Cordell, para ser assistente de produção. Seus primeiros trabalhos de destaque foram com David Bowie e Marc Bolan. 

Talvez por estar novamente produzindo Bowie, ele atenua duas histórias que antes apimentava bastante em entrevistas. Por exemplo, em 1983 ele contou para o Time sobre o período em que morou com o músico inglês em 1970: "Quinta-feira era noite gay. David ia a um clube gay, Angie [esposa de David] ia a um clube de lésbicas e os dois traziam pessoas que tinham conhecido. Tínhamos que trancar nossos quartos pois no meio da noite essas pessoas subiam em outras camas procurando sangue novo".  Já no livro esse episódio se resume a uma menção rápida de que Tony e sua esposa Liz saíram de lá entre outras coisas porque havia "um fluxo constante de visitantes ficando até tarde da noite".  Outra passagem que o livro até narra, mas de forma amenizada, foi a falta de envolvimento de Bowie no álbum "The Man Who Sold The World", que o guitarrista Mick Ronson praticamente carregou nas costas. Tony várias vezes contou que Bowie e Angie ficavam de namorico na recepção enquanto os músicos gravavam. 
Um fato pelo qual Tony não esconde uma certa mágoa foi a falta de crédito por seus arranjos no LP "Band on The Run", de Paul McCartney, em 1973. Ele apenas foi citado na lista de agradecimentos. Somente na edição comemorativa de 30 anos do disco Tony não apenas foi mencionado como contribuiu com um depoimento para o CD 2. Paul enviou-lhe uma nota na época dizendo: "Finalmente você ganhou seu crédito", demonstrando que tomara conhecimento dos sentimentos do produtor. Tony fala também de seu trabalho com o Thin Lizzy. Explica também como remontou a estrutura de "A Sort of Homecoming" do U2 para lançamento no EP ao vivo "Wide Awake in America".
O produtor se abre ainda sobre sua vida amorosa. Ao conhecer a cantora inglesa Mary Hopkin em 1971, apaixonou-se  veio a se separar de sua primeira mulher Liz. Mary tornou-se sua segunda esposa. Mas era uma mulher insegura, que tinha o que se chama em inglês de "stage fright", ou medo do palco. Usou a gravidez e a nova vida em família como pretexto para se afastar dos shows. Isso de certa forma explica o comportamento irritadiço que a artista demonstrou quando veio ao Brasil em 1969 e ameaçou não cantar, reclamando da desorganização. O casal se separou na época em que Tony produzia "Scary Monsters", de David Bowie, em 1980. Depois de alguns namoros esporádicos, Tony reencontrou May Pang, mas a princípio não a reconheceu como a namorada de John Lennon com quem conversara em 1974. Obviamente ele a viu com outros olhos, sentiu-se atraído e o resultado foi, nesta ordem, gravidez e mais um casamento. 
Tony encerra o livro num tom otimista, dizendo que as evoluções tecnológicas mudaram a indústria do disco, mas demonstrando que ainda se entusiasma em conhecer novos músicos e produzi-los. Torce para que David Bowie se recupere do problema cardíaco que o afastou dos palcos e diz que espera ansiosamente pelo próximo disco do cantor, mesmo que não seja ele, Tony, o produtor. A biografia é prefaciada por Morrisey e tem 394 páginas, mas não inclui todas as informações já divulgadas por Tony em seu site (http://www.tonyvisconti.com). Um complementa o outro, portanto. O lançamento é da editora inglesa HarperCollins.

domingo, setembro 16, 2012

Googladas divulgadas no Facebook

Estou curioso: quem no Facebook divulgou as googladas incautas aqui do Blog? Seja quem for, obrigado! Aumentou bastante o número de visitas entre ontem e hoje.

sábado, setembro 15, 2012

Ken Scott finalmente reconhecido

Terminei de ler a autobiografia de Ken Scott, mas não vou escrever uma resenha específica sobre a obra. Em vez disso, aproveitarei para discorrer de forma mais ampla sobre o produtor, tendo como ponto de partida o momento em que tomei conhecimento dele. Assim, minhas impressões acerca do livro ficam para o final.

Eu me tornei fã de David Bowie mais ou menos na época do meu aniversário de 13 anos, em dezembro de 1973. Acho que foi alguns dias antes que meu tio me trouxe de presente o LP "Aladdin Sane". Eu havia dado a ele uma lista de três em ordem de preferência. No topo estava "o último do David Bowie". Eu nem sabia qual era e achava que talvez ele estivesse apenas lançando seu primeiro disco. Eu lera sobre ele na revista Pop durante todo o ano e ficara intrigado com aquele visual de super-herói extraterrestre. Era uma espécie de versão mais imponente e colorida de Alice Cooper, cujo álbum "Billion Dollar Babies" era o segundo da lista que eu havia dado ao meu tio (o terceiro era "They Only Come Out at Night", de Edgar Winter Group). Assim, sem ter ouvido uma única música antes, resolvi arriscar. E o resultado foi que, numa década em que cada um teve o "seu" ídolo, em contraposição às unanimidades de Beatles e Elvis Presley nas duas anteriores, eu acabei encontrando o meu.

A descoberta de outros discos dele foi igualmente fascinante. Com o tempo, Bowie começou a mudar de estilo e, com isso, alienou alguns fãs. Mas haveria de conquistar novos e, mais cedo ou mais tarde, recuperar os antigos. Eu continuei acompanhando o trabalho dele, mas meu entusiasmo oscilou um pouco em alguns momentos. E foi aí que percebi um detalhe curioso: meus três discos preferidos dele, "Hunky Dory" (1971, que eu trouxe dos Estados Unidos em 1974, pois não tinha saído no Brasil), "Ziggy Stardust" (1972) e "Aladdin Sane" (1973),  haviam sido produzidos por Ken Scott. Depois que Ken saiu da equipe de Bowie, o artista lançou mais um disco "roqueiro", que foi "Diamond Dogs" em 1974. A partir de 1975, o cantor começou a dar guinadas bruscas de gênero que confundiram seus velhos seguidores. Mas seu prestígio junto à crítica foi se consolidando cada vez mais. Sua obra é sem dúvida uma das mais ricas do universo do rock ao lado da dos Beatles, Frank Zappa e pouquíssimos outros.

Nos anos 80, comecei a ler biografias de David Bowie. Foi uma década em que o ídolo teve um inesperado reaquecimento de popularidade e cada vez mais livros começaram a ser publicados sobre ele. Mas um fato me intrigava: nenhuma das obras destacava a participação de Ken Scott em sua carreira. Em algumas delas, o produtor sequer era citado. Ele havia produzido pelo menos um álbum antológico, "Ziggy Stardust", mas não recebia os méritos. Era como se o papel dele na gravação dos discos tivesse sido meramente burocrático. Em contraste, havia uma valorização quase reverencial ao nome de Tony Visconti, que produziu "Young Americans" (1975), "Low" (1977), "Heroes" (1977), "Lodger" (1979) e "Scary Monsters" (1980), além de colaborar com discos de Bowie do começo da carreira, entre 1967 e 1970. Tony era procurado para dar entrevistas e contar sobre os truques e recursos originais que havia usado durante as gravações. 

Em 1982, quando Bowie decidiu resgatar um show de 1973 que havia sido filmado, gravado e por fim esquecido, foi Tony Visconti que ele chamou para fazer a remixagem – embora fosse um registro "do tempo" de Ken Scott. Igualmente, Tony foi convidado para contribuir com comentários para o relançamento em DVD. É sempre agradável ouvi-lo falar, pois tem ótima voz e é muito articulado. Mas a verdade é que ele não teve nenhum envolvimento com o show original ou com a filmagem. Quando ele comenta o processo de restauração, seus depoimentos são pertinentes, como os "bips" no começo de "Space Oddity" (marcações da fita que ele resolveu deixar, pois combinavam com a música). Mas, quando tenta abordar fatos da época, atrapalha-se e comete erros, pois não teve participação direta. A própria remixagem que ele fez divide opiniões. Alguns fãs preferem o som do bootleg que saiu em vinil ainda nos anos 70.

Quando a Internet entrou em minha vida em 1996, minha primeira iniciativa foi entrar em contato com fãs de David Bowie no mundo todo. Criou-se uma comunidade virtual em torno do cantor, com membros de diversos países. Logo descobri mais admiradores que, como eu, consideravam Ken Scott injustiçado. Essa ideia foi reforçada quando um dos sites sobre Bowie fez uma enquete para escolher o melhor produtor de seus discos. Tony Visconti venceu, o que não foi surpresa. Mas um dos participantes chegou a dizer que preferia os discos de Scott, ainda assim iria votar em Visconti, pois achava que ele acrescentava mais às produções. Ficou subentendido que a contribuição de Ken Scott para aqueles álbuns fantásticos que saíram entre 1971 e 1973 tinha sido mínima. Já eu achava – e acho – que o que importa é o resultado. Se meus discos preferidos de David Bowie foram produzidos por Ken, como posso votar em outro nome? Para ter uma amostra do quanto ele enriquecia as gravações em pós-produção, basta ouvir a mixagem "crua" de "The Bewlay Brothers" que aparece como faixa bônus da edição de "Hunky Dory" da Rykodisc e compará-la com a versão final. Em 1998, escrevi uma análise em inglês sobre "Alladin Sane", o álbum que me tornou fã (pode ser lida aqui). Ao final do terceiro parágrafo, eu perguntava: "Quando o produtor Ken Scott irá receber o reconhecimento que merece?"

Um dia, descobri o e-mail de Ken e escrevi para ele. Recebi uma resposta breve e simpática, dizendo ao final que ele iria "viajar a serviço". Já percebi que essa é a desculpa padrão que alguém dá quando fica com receio que o outro vá "ficar no pé" por e-mail. Mas eu não sou de fazer isso. Ken veio a público em 2006 para contestar várias afirmações do livro de Geoff Emerick, "Here, There and Everywhere", sobre as gravações dos Beatles (o que ele disse a respeito, mais réplicas, tréplicas, etc, estão aqui). Percebi então que ele tem em comum comigo a obstinação por tirar fatos a limpo e retificar informações incorretas. Foi aí também que fiquei sabendo que, antes de ser produtor de David Bowie, Supertramp e outros, ele tinha trabalhado como engenheiro de som do quarteto de Liverpool, com atuação destacada no "Álbum Branco". Aqui pode ser baixada uma entrevista interessantíssima que ele concedeu ao radialista Andre Gardner, onde conta uma história bem curiosa sobre um erro que ele cometeu durante a gravação de "Glass Onion" e acabou ficando no disco. Nessa mesma época, Ken ingressou em um fórum de colecionadores e audiófilos do qual eu fazia parte. Ao ler uma menção elogiosa que eu fizera a ele, enviou-me um agradecimento em particular. Chegamos a trocar algumas mensagens. Foi também nessa ocasião que ele se dispôs a responder a perguntas de outros participantes, como já mencionei em meu texto "O medo de ser chato".
Neste ano, finalmente, veio a notícia de que Ken Scott iria publicar uma autobiografia. O livro foi escrito com a colaboração de Bobby Owskinski e se chamou "From Abbey Road to Ziggy Stardust". E aqui ele conta toda a sua história, seu começo como engenheiro de som na EMI em Londres, as peripécias nas gravações do Álbum Branco, as participações em álbuns de Elton John, seu primeiro trabalho como produtor em "Hunky Dory", com David Bowie, suas experiências com a Mahavishnu Orchestra e o Supertramp, a tentativa de atuar como empresário dos Missing Persons, a amizade com George Harrison e seu envolvimento com "All Things Must Pass", inclusive o relançamento em CD, e muito mais. Ele menciona também o fato de ter sido chamado para remixar "Ziggy Stardust" em 5.1, observando que foi uma decisão acertada da gravadora convocar o produtor original para essa tarefa. Há ainda diversos depoimentos elogiosos de músicos com quem ele trabalhou, como o baixista alemão Klaus Voorman, que chega a fazer um "mea culpa" sobre o quanto a participação de Ken no estúdio era importante e ao mesmo tempo pouco valorizada. Para quem se interessa pelos aspectos técnicos, Ken explica detalhadamente o equipamento usado no estúdio através dos tempos, incluindo fotos.

Enfim, Ken Scott aprendeu na prática uma lição que muitos de nós às vezes negligenciamos: se quisermos que os outros enxerguem nossas qualidades, não podemos ser excessivamente modestos ou discretos. Não precisamos ficar o tempo todo nos vangloriando de nossas conquistas, que isso nos torna presunçosos aos olhos alheios. Mas não custa encontrar uma forma estratégica de divulgar o que já fizemos e ainda podemos fazer. Com sua autobiografia, Scott põe sobre a própria cabeça uma coroa que já fazia por merecer havia muito tempo. E o melhor de tudo: com pleno aval dos personagens principais de sua história.

sexta-feira, setembro 14, 2012

Título confuso

O anúncio de um possível show de Kiss e Mötley Crue em Porto Alegre no dia 14 de novembro no estacionamento da Fiergs está agitando as comunidades de fãs. A data apareceu no site oficial do Kiss, depois sumiu. Isso significa que a possibilidade existe, mas devemos aguardar confirmação. Mas tive que achar graça deste título que apareceu em um site de notícias:

Kiss pode vir, mas Mötley ainda é dúvida 

Como assim? Kiss pode vir, mas Mötley ainda é dúvida? Então os dois são dúvida!

Mais um encontro

Quarta-feira à noite, eu (à direita) mais uma vez me encontrei com ex-colegas do Pio XII. Só que, desta vez, todos meus contemporâneos. Quero deixar bem claro que vejo com bons olhos a "mistura" de turmas que vem acontecendo nos encontros. Sou muito grato a meus amigos Ana Cláudia e Eduardo, a quem conheci no Orkut, por me convidarem para as reuniões do grupo deles. Só que o pessoal da minha geração andava meio parado e desta vez resolveu se mexer. Aí estão comigo o Helinho (à esquerda), a Alice e, à direita dela, o Chico. Este último foi o responsável por reunir o pessoal na Caverna do Ratão. Ele mora atualmente em Brasília, mas veio a Porto Alegre a passeio. Então aproveitamos para nos encontrar. Uma noite não foi suficiente para colocar em dia todas as novidades, mas um assunto foi puxando o outro e no fim foi um papo muito divertido. Em outra ocasião, daremos continuidade.

terça-feira, setembro 11, 2012

Banda Kynna vai para o exterior

A cantora Lílian Knapp respondeu a perguntas de amigos diversos no Facebook e, a meu pedido, falou sobre as novidades da banda Kynna. O grupo está preparando um repertório em inglês para se apresentar no exterior. Para assistir ao vídeo de Lílian, cliquem aqui. Para ler a entrevista que fiz com ela há alguns anos sobre a banda, cliquem aqui.

domingo, setembro 09, 2012

Fim de feriadão

Obrigado aos visitantes que aqui vieram "bater o ponto" nos últimos três dias e desculpem por não terem encontrado nada novo. Espero que tenham tido um ótimo feriadão. Boa semana para todos nós.

segunda-feira, setembro 03, 2012

Gaúchos no Rio

 
Amanhã tem show de músicos gaúchos no Rio de Janeiro (valeu pelo toque e pelo cartaz, Cristina Carriconde!). Cheguem cedo ao Teatro do SESI, pois começa às 19:30. De todos esses, um dos mais conhecidos é sem dúvida Hermes Aquino ("Nuvem Passageira"), que voltou aos palcos no final do ano passado, aproveitando o relançamento de seus discos em CD. Mas vale a pena conferir todos os outros, tem muita gente boa aí. Pena que provavelmente só cantarão duas músicas cada um, mas já dá um gostinho (nem que seja de "quero mais"). Não percam!