quarta-feira, fevereiro 28, 2018

Phil Collins no Beira-Rio

Apesar do susto causado por um temporal, deu tudo certo no show de Phil Collins, terça, dia 27. A chuva começou a diminuir no início da apresentação dos Pretenders. Quando chegou a vez da atração principal, avistavam-se até algumas estrelas no céu. E tivemos uma noite de plena qualidade musical.
Na verdade, houve um contratempo, sim. O primeiro a se apresentar foi o gaúcho Duca Leindecker, às 18 e 45. Na terceira música, com apenas dez minutos de performance, a tempestade desabou. A maioria dos que estavam na Pista Premium se refugiou nos corredores do Beira-Rio. Mas, como se confirma por alguns vídeos postados no Facebook, muitos ficaram. Suportaram bravamente a intempérie para prestigiar o grande músico. Entre eles estava a esposa do cantor, a Deputada Estadual Manuela D'Ávila. Ao final, Duca agradeceu aos que permaneceram para ouvi-lo.

O fato é que a previsão do tempo estava confusa. No Clicrbs, informava-se que a chuva só cairia na madrugada, às 4 da manhã. Já segundo o Accuweather, deveria estar chovendo desde as 16 horas e cessando antes das 18. Quando cheguei ao estádio às 18 e 30, ainda havia um sol massacrante, mas já se viam as nuvens negras se aproximando à esquerda do Beira-Rio.

Os contratempos meteorológicos fizeram com que o início do show dos Pretenders fosse adiado para as 20 e 10. O grupo abriu com "Alone". O típico público de Phil Collins em geral prefere um som mais acessível, mas o rock altamente cool da banda americana foi muito bem recebido. Chrissie Hynde mantém sua sensualidade roqueira aos 66 anos, com carisma, bom humor e ótima presença de palco. Uma hora foi pouco, mas pelo menos tivemos clássicos como "Back on the Chain Gang" (a minha preferida), "I'll Stand By You", "Don't Get Me Wrong" e "Middle of the Road". Dialogando com fãs que pediam músicas, próximos ao palco, ela disse várias vezes que "no ano que vem voltaremos e tocaremos todas essas, eu prometo". Não seria má ideia ter uma apresentação completa dos Pretenders, com mínimo de duas horas. 
Seguiu-se meia-hora com slides de Phil Collins aparecendo nos telões. Finalmente, as luzes se apagaram mais uma vez. O público já devia saber que ele entraria de bengala e cantaria sentado o tempo todo. Não se esperariam essas limitações para um ex-baterista de 67 anos, apenas um a mais do que a cantora que agitou o palco minutos antes. Mas Phil foi devidamente ovacionado, sentou-se e abriu com "Against All Odds (Take a Look at Me Now)". Uma escolha curiosa, mas talvez tenha sido para dar logo aos fãs de canções românticas o que tanto queriam e liberar-se para um repertório mais diversificado.
O show foi perfeito. Phil não fez concessões e montou uma banda de apoio de primeira linha, com quatro vocalistas afrodescendentes (dois homens e duas mulheres) e uma seção de metais. Além, é claro, dos guitarristas Daryl Stuermer (que passou a tocar ao vivo com o Genesis com a saída de Steve Hackett em 1978), Ronnie Caryl (ex-integrante da Flaming Youth, primeira banda de Phil), o baixista Leland Sklar, tecladista Brad Cole, percussionista Luis Conte e - surpresa! - Nic Collins, filho de Phil, com apenas 16 anos, na bateria.
Na entrevista exclusiva do programa do show (um lindo souvenir que valeu a pena comprar, farto em fotos e informações), Phil confirma com mais detalhes o que já dissera em sua autobiografia: foi a constatação de que seu filho era bom demais na bateria que o motivou a voltar aos palcos. Afinal, se ele mesmo, Phil, não conseguiria mais executar o seu instrumento, que bênção maior poderia haver do que o próprio rebento assumir a função? E o menino é realmente extraordinário. A plateia exultou quando ele atacou os tambores com vigor nas clássicas batidas de "In The Air Tonight". 
Onde eu estava, a alguns metros do centro do palco, o som era impecável. Os metais davam a pegada certa em músicas como "I Missed Again", "Who Said I Would", "Something Happened on the Way to Heaven" e "Dance Into the Light". Os vocalistas adicionais cantaram com Phil em "Separate Lives" (uma das cantoras, num momento intimista) e "Easy Lover". Percebe-se que a direção do show procurou movimentar os músicos em torno de Phil, como astros de um sistema solar. Foi uma forma de dar mobilidade ao espetáculo, já que o artista principal teve que ficar sentado.
Do Genesis, ouviram-se "Throwing it All Away", "Follow You, Follow Me" e "Invisible Touch", todas em sintonia com o estilo Phil Collins (dificilmente ele cantaria "Squonk" ou "One for the Vine", por exemplo). Sua voz parece estar ótima, talvez um pouco mais aguda e nasal, mas sem prejuízo para a interpretação. Musicalmente, foi um show irretocável. Claro que sentimos saudade daquele artista que víamos nos vídeos, alternando-se com desenvoltura entre a bateria e a linha de frente. Esse, não teremos mais. Mas o interesse de Phil em continuar se apresentando com seu filho é uma espécie de terapia de superação. Considerando o resultado. é um esforço que merece ser prestigiado.

Eu na plateia. Foto gentilmente cedida por Claudio Medaglia. Observem a faixa etária predominante. 

segunda-feira, fevereiro 26, 2018

As voltas por cima de Phil Collins

Em 1991, o Genesis lançou seu álbum We Can't Dance. A edição em vinil, ao menos no Brasil, trazia um adesivo com os nomes dos integrantes na capa. O objetivo era claro: chamar a atenção dos compradores em potencial de que Phil Collins estava no grupo. E eu pensei: que virada curiosa. Em 1975, quando ele, que até então era apenas baterista, assumiu o vocal da banda após a saída de Peter Gabriel, muitos duvidaram que pudesse dar certo. Para os fãs, Gabriel era o Genesis, com suas máscaras e a voz inconfundível.

Mas Phil encarou o desafio. Sua voz lembrava bastante a de Gabriel, de forma que a sonoridade do grupo não ficou descaracterizada. Os shows do Genesis passaram a ter mais descontração e menos teatralidade. O público e a crítica aprovaram. O novo cantor continuou exercendo seu ofício de baterista em estúdio, mas no palco teve o reforço de Chester Thompson (após uma rápida participação de Bill Bruford, ex-Yes). E foi esse Genesis que veio a Porto Alegre em 1977, tendo ainda Steve Hackett na guitarra, Michael Rutherford no baixo e Tony Banks nos teclados.

Mas houve novas mudanças. Após a turnê de 1977, foi a vez de Steve Hackett abandonar o barco. O guitarrista Daryl Stuermer entrou como mais um integrante somente para shows e o grupo continuou oficialmente como um trio. Foi aí que o estilo começou a migrar para longe do velho rock progressivo. Vieram canções mais rápidas e urgentes, em especial nos anos 80, como "Misunderstanding", "Turn it on Again", "No Reply at All", "Abacab", "That's All", "Home by the Sea" e "Invisible Touch". 

Nesse ínterim, em 1981, Phil Collins surpreendeu a todos com um disco solo. O álbum Face Value não lembrava nem o Genesis, nem o trabalho esporádico do vocalista/baterista com o Brand X. O primeiro hit radiofônico do LP, "I Missed Again", mostrava bem a linha rhythm'n'blues que o músico adotou. Como um experimento isolado, recebeu elogios da crítica. O que muitos talvez não pudessem prever é que ali estava nascendo um ídolo pop. Sua carreira individual seguiu em frente e ele emplacou outros sucessos, como "In The Air Tonight", "One More Night", "Another Day in Paradise", "Sussudio", "Take Me Home" "Against All Odds (Take a Look at Me Now)" além de covers como "You Can't Hurry Love" e "A Groovy Kind of Love".

Logo o nome Phil Collins tornou-se mais "vendável" do que o do Genesis. Sua popularidade ultrapassou não apenas a de seu grupo, mas também a de Peter Gabriel, a quem substituíra em 1975. Isso lhe rendeu algumas animosidades dos velhos fãs, para quem Phil traiu a causa do rock progressivo. Eventuais retornos do Genesis eram bem recebidos, mas o adesivo na capa de We Can't Dance em 1991 selava a virada: o nome de Phil estava sendo usado para divulgar um disco da banda. Isso dava a entender que muitos conheciam seu trabalho solo, mas não sabiam que ele pertencia ao conjunto.

Phil acabou deixando o Genesis em 1996, sendo substituído pelo vocalista Ray Wilson. O grupo se desfez no ano 2000, mas anunciou a volta em 2006 novamente com Phil Collins. O DVD When in Rome e o CD Live Over Europe mostram o cantor já sem a mesma energia dos bons tempos, deixando de subir uma oitava na segunda parte de "The Carpet Crawl", por exemplo. Eu sua autobiografia, lançada no Brasil com o título de "Ainda Estou Vivo", ele conta dos problemas que teve no braço esquerdo e no pescoço. Cirurgias livraram-no da cadeira de rodas, mas o impossibilitaram de tocar bateria e de se locomover sem uma bengala. Logo após se aposentar como músico, começou a beber. Internou-se, passou pelo tradicional calvário dos alcoólatras, mas conseguiu superar.

É curioso pensar que, se não tivesse se lançado como cantor, Phil Collins seria hoje um baterista aposentado por invalidez. Mas ele ainda tem sua voz e o repertório que o público adora. Com essa carta na manga, ele voltou à ativa em 2016. Cantando sentado o tempo todo, com seu filho Nicholas Collins, de apenas 16 anos, na bateria, Phil dá mais uma volta por cima, com total apoio dos fãs. É isso que veremos amanhã, no Beira-Rio. O show de abertura, que também deve ser ótimo, é dos Pretenders. Será que ele vai dizer "oi gaúchos", como em 1977, com o Genesis? Tudo bem, o que queremos é um bom espetáculo. E com certeza teremos. 

sábado, fevereiro 24, 2018

Genesis vive!

Ingressos para os shows de Phil Collins e Steve Hackett, respectivamente ex-baterista/vocalista e ex-guitarrista do Genesis. 

domingo, fevereiro 18, 2018

Deja Vu

Essa incrível pérola do Noblat me transmite uma assustadora sensação de "deja vu". No tempo da ditadura, a imprensa brasileira também se apresentava como a "única certa" para falar do que acontecia no Brasil. Todas as notícias que se publicavam no exterior sobre nosso país, em especial as denúncias de tortura, repressão, censura e tolhimento de liberdades, não passavam de informações caluniosas. Vejam o que escreveu Luis Fernando Verissimo na Folha da Manhã em 30 de julho de 1970:
Essa foi uma das crônicas que renderam a Verissimo uma citação em relatório do SNI, como descobriu o jornalista Lucio Haeser em suas pesquisas para o livro "Continental, a Rádio Rebelde de Roberto Marinho", lançado em 2007.

quinta-feira, fevereiro 15, 2018

Fiscais no semáforo

Nada de avançar o sinal! Os passarinhos estão de olho no semáforo da Av. Praia de Belas esquina Ganzo, em Porto Alegre.

segunda-feira, fevereiro 12, 2018

Parabéns!

Parabéns a vocês que, em 2016, foram às ruas de verde e amarelo para afastar uma Presidente legitimamente eleita. Vocês são tema da escola de samba Paraíso do Tuiuti, do Rio de Janeiro. Uma merecida homenagem!

sábado, fevereiro 10, 2018

A capa do livro

Olhem aí a capa do "DEZmiolados Volume 2". Pela ordem alfabética do primeiro nome, acabei ficando na primeira linha. Gostei. O livro sai em março.

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

Espera incerta

É angustiante quando você envia uma informação por uma página da Internet e aparece um "aguarde" ou similar. Depois que os segundos se transformam em minutos, você fica em dúvida se a demora é normal ou se houve algum problema. Na primeira hipótese, sair da página ou tentar recarregá-la pode abortar o processo ou até colocá-lo num beco sem saída, se o site não tiver os devidos mecanismos para tratar interrupções. Na segunda hipótese, quanto tempo você terá que esperar até concluir que, de fato, o processo travou? O mesmo vale para sites que prometem mandar informações (como senhas ou chaves de acesso) para o seu e-mail. Você clica em "Enviar" e não recebe nada. Vai receber? Deve iniciar tudo de novo? Quanto tempo esperar até concluir que houve uma falha? Como diziam meus colegas que trabalhavam com informática, não é "tempo de resposta", é "prazo de entrega".

domingo, fevereiro 04, 2018

O prazer de reler (ou reouvir)

Só quem gosta de livros sabe o prazer que é reler uma obra que nos agradou bastante. Eu fazia isso com mais frequência antes da era da Internet. Sobrava-me mais tempo e não havia a facilidade que se tem hoje de se conseguir qualquer livro de qualquer parte do mundo. Alguns, cheguei a ler três vezes, como "The Love You Make" de Peter Brown e Steven Gaines (biografia dos Beatles), "Alias David Bowie" de Peter e Leni Gillmann e "The Beatles", de Hunter Davies. A biografia de Elton John escrita por Philip Norman eu reli em seguida, de tanto que gostei. Pretendo ler novamente "Strange Fascination", de David Buckley, que considero a melhor biografia já escrita de David Bowie (anos-luz acima das demais), mas estou esperando a edição revista e atualizada que vem sendo prometida há tempos (e torcendo por uma versão em audiobook).

Hoje, com a quantidade absurda de livros comprados e ainda não lidos que se acumulam em meu apartamento, fica difícil pensar em reler. Ou em reouvir um audiobook. Mesmo assim, eu vou me permitir escutar novamente a autobiografia de Phil Collins narrada pelo próprio. Não sei se toda ou apenas a segunda metade, onde ele fala com sinceridade sobre os problemas de saúde que enfrentou, em especial com o álcool. O livro saiu em português com o título de "Ainda Estou Vivo". O artista que se apresentará em Porto Alegre no dia 27 é um lutador que entrará de bengala e cantará o tempo todo sentado. Mas dará o máximo de si com a voz. Tudo isso faz parte do seu trabalho de superação. E o apoio dos fãs é importante. 

sexta-feira, fevereiro 02, 2018

Amenidades

Com certeza voltarei a escrever sobre política aqui no Blog, ainda mais em ano de eleição. Queiramos ou não, estamos vivendo um momento histórico. Como eleitor e jornalista, eu faço questão de me posicionar. Até para que minhas opiniões fiquem registradas para a posteridade. Mas, por ora, vamos dar uma trégua em assuntos delicados e falar de prazerosas amenidades.
O pesquisador Ruy Godinho, residente em Brasília, me enviou o quarto volume de sua excelente série "Então foi assim", que conta a história de como foram compostos diversos clássicos da música brasileira. Desta vez entraram mais duas composições de autores gaúchos: "Maria Fumaça", de Kleiton e Kledir, e "Purpurina", de Jerônimo Jardim. É um trabalho precioso que merece ser divulgado e lido.
Embora Ruy sempre me envie os seus livros, até como retribuição por minha modesta colaboração colocando-o em contato com os autores gaúchos, desta vez fizemos uma "troca de oferendas". Mandei para ele "Foi Assim", coletânea de crônicas de Lupicínio Rodrigues contando como compôs muitas de suas inesquecíveis canções. Ou seja, é um trabalho muito semelhante ao do próprio Ruy, inclusive no título.
Por falar em livro, só hoje fiquei sabendo que um texto que escrevi para o International Magazine em 2003 foi citado como fonte em "Rádio e Capitalismo no Rio Grande do Sul", de Luiz Artur Ferraretto. É um volume com mais de 600 páginas que eu lembro de ter comprado talvez em 2008, um ano depois do lançamento. Mas não havia percebido a referência. Descobri por acaso, ao verificar no Google se a matéria em questão ainda se encontrava disponível no site Let's Rock. Sim, está lá. Cliquem aqui para ler.
Meu audiobook do momento é "Off the Cliff", de Becky Aikman, sobre o filme "Thelma e Louise". Nunca fiz uma lista de minhas produções cinematográficas preferidas, mas esta, com certeza, estaria entre as dez primeiras. Não cheguei ao fim ainda, mas já me senti motivado a pegar o Blu-ray e assistir ao documentário e demais extras. É interessante saber a polêmica que o roteiro causou entre todos os envolvidos, em especial o final totalmente inesperado.
Este CD de Ronnie Von é um dos muitos relançamentos legais que a gravadora Discobertas está colocando nas lojas. O LP é de 1984, mas com certeza "Cachoeira", de Luiz Guedes e Thomas Roth, já tocava nas rádios em 1983. Gravando bons autores e com uma produção esmerada, Ronnie conseguiu realizar um trabalho bonito, agradável e em sintonia com o som pop da época. Hoje a audição nos transporta para as boas lembranças dos anos 80.
A série "Tons", da Universal, é sempre bem-vinda, embora nos deixe com um gostinho de "quero mais". Até agora, as caixinhas da coleção vêm incluindo de dois a quatro CDs por lançamento. Isso serve apenas para uma amostra da obra do artista. No caso de Fafá de Belém, os álbuns escolhidos são simplesmente maravilhosos: Água (1977), Banho de Cheiro (1978) e Estrela Radiante (1979). Mas por que não puseram logo quatro CDs para acrescentar o disco de estreia Tamba-Tajá (1976), no mesmo nível dos demais? Aí, sim, teríamos a melhor fase da cantora paraense completa num só pacote. Mesmo assim, vale a pena a compra.
Já comecei o meu "aquecimento" para o show de Steve Hackett em Porto Alegre, em março. Iniciei a leitura da biografia autorizada, consegui cinco álbuns do começo da carreira solo numa caixinha e tirei da gaveta uma compra mais antiga, um Blu-ray com show de Liverpool, provavelmente o mesmo que ele trará ao Brasil. E já está em encomenda um documentário em DVD. Até lá, quem sabe, escrevo um texto mais longo sobre o ex-guitarrista do Genesis.
A série "Zorro" com Guy Williams já apareceu em DVD por aqui, mas era uma edição incompleta e de fonte duvidosa, somente com o áudio em português. Agora sim, saem duas temporadas completas, com a opção de se ouvir o áudio original em inglês. Fica-se sabendo que os atores falavam com sotaque espanhol. A imagem é boa, também. Nos Estados Unidos a produção havia sido lançada na sofisticada série "Walt Disney Treasures" e está há bastante tempo fora de catálogo. Eu tinha dito que não escreveria sobre política, mas é só uma citação rápida. Assisti ao show de Nei Lisboa no Teatro São Pedro na noite de 23 de janeiro, véspera do julgamento de Lula, mas acabei não comentando nada por aqui. Todos sabem o alinhamento político do músico gaúcho. Mas ele abordou o tema com bom humor o tempo todo. (Não sei como foi o show no dia seguinte.) Aqui está o "discurso de abertura" que gravei completo e subi para o YouTube hoje mesmo. 

Bom fim de semana a todos.