sábado, janeiro 31, 2009
Se não me engano foi no ano retrasado que escrevi uma matéria sobre o Saracura para o International Magazine. Contei resumidamente a história de uma das melhores bandas já surgidas em Porto Alegre. Casualmente, o período de existência do grupo foi depois dos Almôndegas e antes dos Engenheiros do Hawaii. Para ilustrar, eu tinha a capa do único disco lançado pelo quarteto, que aparece acima. De cima para baixo: Fernando Pezão, Nico Nicolaiéwsky, Sílvio Marques e Chaminé. Mas achei que as fotos iriam ficar muito pequenas no jornal e fiz a montagem abaixo:
Foi preciso um pouco de paciência para remontar o quebra-cabeças, mas até que ficou bom, não? Só que, no fim, o editor preferiu usar a capa do LP, mesmo. De qualquer forma, guardei a montagem que eu tinha feito. Achei que ficaria perfeita para um relançamento do disco em CD, quem sabe até com diversas faixas-bônus. Bastaria colocar o logotipo logo acima.
Agora, para minha surpresa, eis a capa do novo CD dos Papas da Língua:
sábado, janeiro 24, 2009
Diálogo
Eu: "É hoje que tem Zorra Total?"
Ela: "Não sei. Por quê? Tu gostas?"
Eu: "Não, é que vai aparecer o Jerry Adriani."
Não sei o que ela pensou. Não deve ter sido "ah, bom".
Ela: "Não sei. Por quê? Tu gostas?"
Eu: "Não, é que vai aparecer o Jerry Adriani."
Não sei o que ela pensou. Não deve ter sido "ah, bom".
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Viciados em sexo
Ontem assisti a uma reportagem na TV sobre viciados em sexo. Não foi a primeira vez que ouvi falar no assunto. Mas também não faz tanto tempo assim que tomei conhecimento a respeito. E é algo que me deixa intrigado. Em princípio, gostar de sexo é considerado perfeitamente normal. Mais do que isso: saudável. A falta de apetite sexual é que normalmente suscita preocupações. Então como alguém que não consegue ficar sem sexo pode ser visto como um viciado, como alguém que precisa de tratamento? Uma vida sexual ativa e intensa não deveria ser encarada de forma positiva? Não é o que todos querem? Qual o problema?
Não estou, de forma alguma, querendo afirmar que os médicos estão errados em seu diagnóstico. Se eles dizem que há viciados em sexo e que é uma condição que precisa ser tratada, acredito. Apenas é algo que eu, como leigo, tenho dificuldade de entender. Seria mais ou menos como se alguém me diagnosticasse como "viciado em livros". A leitura sempre é recomendada, da escola à Universidade. Quem lê costuma receber elogios por sua atitude. Quem não lê é que sofre críticas. O que pode existir de patológico em devorar biografias de meus ídolos? Mas aí começo a imaginar como seria se eu deixasse de dormir, de trabalhar, de dar atenção à minha esposa e ao meu filho para continuar lendo. Sabe lá se até já não criaram a figura dos "leitores anônimos compulsivos", algo assim. (Meu exemplo é hipotético. Nem leio tanto assim. Bem que gostaria.)
O filme espanhol "Entre as Pernas", de 1999, mostra um caso que reflete bem as minhas dúvidas sobre o tema. O enredo é relativamente complexo, mas tem como ponto de partida uma reunião terapêutica de viciados em sexo. Aí acontece o que qualquer um, como mero espectador, poderia imaginar: um casal se envolve. Um homem e uma mulher, ambos viciados em sexo, vivem um caso. Os especialistas que me desculpem, mas meu primeiro impulso é imaginar que este seja o relacionamento perfeito. Os dois querem a mesma coisa, na mesma intensidade, e ambos se saciam de forma plena.
Diz o clichê, com muita propriedade, que "tudo o que é demais faz mal". Mesmo assim, eu me pergunto se muitos dos "viciados em sexo" não seriam apenas pessoas que não encontraram um parceiro ou parceira compatível. Venho pensando nisso desde que assisti ao filme que citei. A rigor, os personagens não se "curaram". Mas, no momento em que ficaram juntos, o desejo insaciável deixou de ser um problema. Um casal que, de comum acordo, deixe de sair com amigos ou ir ao cinema para ficar em casa fazendo sexo pode ser considerado doente? Sim, eu sei que o suposto "vício em sexo" pode levar a traições ou situações constrangedoras. Mas isso também pode acontecer em outros casos.
Se existe uma doença a ser tratada, que o seja. Mas que não sirva como desculpa para infidelidade ou atitudes inconvenientes. Acima de tudo, é preciso ter respeito e caráter.
Não estou, de forma alguma, querendo afirmar que os médicos estão errados em seu diagnóstico. Se eles dizem que há viciados em sexo e que é uma condição que precisa ser tratada, acredito. Apenas é algo que eu, como leigo, tenho dificuldade de entender. Seria mais ou menos como se alguém me diagnosticasse como "viciado em livros". A leitura sempre é recomendada, da escola à Universidade. Quem lê costuma receber elogios por sua atitude. Quem não lê é que sofre críticas. O que pode existir de patológico em devorar biografias de meus ídolos? Mas aí começo a imaginar como seria se eu deixasse de dormir, de trabalhar, de dar atenção à minha esposa e ao meu filho para continuar lendo. Sabe lá se até já não criaram a figura dos "leitores anônimos compulsivos", algo assim. (Meu exemplo é hipotético. Nem leio tanto assim. Bem que gostaria.)
O filme espanhol "Entre as Pernas", de 1999, mostra um caso que reflete bem as minhas dúvidas sobre o tema. O enredo é relativamente complexo, mas tem como ponto de partida uma reunião terapêutica de viciados em sexo. Aí acontece o que qualquer um, como mero espectador, poderia imaginar: um casal se envolve. Um homem e uma mulher, ambos viciados em sexo, vivem um caso. Os especialistas que me desculpem, mas meu primeiro impulso é imaginar que este seja o relacionamento perfeito. Os dois querem a mesma coisa, na mesma intensidade, e ambos se saciam de forma plena.
Diz o clichê, com muita propriedade, que "tudo o que é demais faz mal". Mesmo assim, eu me pergunto se muitos dos "viciados em sexo" não seriam apenas pessoas que não encontraram um parceiro ou parceira compatível. Venho pensando nisso desde que assisti ao filme que citei. A rigor, os personagens não se "curaram". Mas, no momento em que ficaram juntos, o desejo insaciável deixou de ser um problema. Um casal que, de comum acordo, deixe de sair com amigos ou ir ao cinema para ficar em casa fazendo sexo pode ser considerado doente? Sim, eu sei que o suposto "vício em sexo" pode levar a traições ou situações constrangedoras. Mas isso também pode acontecer em outros casos.
Se existe uma doença a ser tratada, que o seja. Mas que não sirva como desculpa para infidelidade ou atitudes inconvenientes. Acima de tudo, é preciso ter respeito e caráter.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Não demorou
Eu sabia que, com a transmissão do show de Elton John pela Globo, mais cedo ou mais tarde iria aparecer algum "fã torcedor" de outro artista no Orkut para perguntar: "Por que não mostram nada do meu ídolo" ou "por que não foi o meu ídolo que veio"? Batata. Acabei de ler uma mensagem assim. E devem ter aparecido muitas outras.
Acho estranho que, em plena era do DVD, sem falar YouTube e similares, tem gente que ainda se estressa porque o seu ídolo não aparece na TV. Falando nisso, por que a Globo não mostra nada do David Bowie? Brincadeira... Tudo o que eu quero assistir, compro em DVD. Há anos faço minha própria programação, desde o tempo do VHS. Se eu puder ver o que me agrada, isso é que me importa. Pouco me interessa se a TV mostra ou não. Há muito tempo não dependo mais dela para curtir os meus ídolos.
Acho estranho que, em plena era do DVD, sem falar YouTube e similares, tem gente que ainda se estressa porque o seu ídolo não aparece na TV. Falando nisso, por que a Globo não mostra nada do David Bowie? Brincadeira... Tudo o que eu quero assistir, compro em DVD. Há anos faço minha própria programação, desde o tempo do VHS. Se eu puder ver o que me agrada, isso é que me importa. Pouco me interessa se a TV mostra ou não. Há muito tempo não dependo mais dela para curtir os meus ídolos.
domingo, janeiro 18, 2009
Googlada da hora
Têm certas "googladas" (argumentos de busca digitados no Google que resultam em indicações a este blog) que são tão incríveis que não dá pra esperar. Tem que divulgar logo. Vejam esta, por exemplo:
o irmao do meu marido me cantou
Ah, sim, e você veio correndo fazer queixa para o Google? Esperando que ele fizesse o quê? Desse algum conselho? Pior é que deu pra ver bem de que cidade foi feita a consulta. E agora, divulgo ou não? Melhor não, né? Já me incomodei que chega aqui no blog. Em todo o caso, não é do Rio Grande do Sul.
o irmao do meu marido me cantou
Ah, sim, e você veio correndo fazer queixa para o Google? Esperando que ele fizesse o quê? Desse algum conselho? Pior é que deu pra ver bem de que cidade foi feita a consulta. E agora, divulgo ou não? Melhor não, né? Já me incomodei que chega aqui no blog. Em todo o caso, não é do Rio Grande do Sul.
O disco brasileiro de Elton John
Em 1975, dois representantes da gravadora RGE foram entrevistados por Fernando Vieira, no saudoso Portovisão, em Porto Alegre. Perguntados sobre os principais artistas lançados no Brasil pela companhia, um deles abriu um sorriso e quase babou ao pronunciar o nome de Elton John. Não era para menos. O cantor inglês era o artista de maior sucesso no mundo da era pós-Beatles. LPs como "Goodbye Yellow Brick Road" (originalmente um álbum-duplo, mas reduzido a um único disco no Brasil) e "Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy" tinham vendido muito bem em suas edições nacionais. Além disso, com ajuda de novelas, Elton emplacou alguns sucessos locais como "Skyline Pigeon", "Sweet Painted Lady" e "Ballad of Danny Bailey". Sua participação no filme "Tommy" foi marcante, tendo sido inclusive mostrada em primeira mão no "Fantástico". Em suma, Elton John era o astro do momento.
Mas, em 1976, a RGE perdeu sua "galinha dos ovos de ouro". Elton assinou com sua própria gravadora, a Rocket Records. No Brasil, seus novos discos passaram a sair pela Phonogram. Mesmo assim, a RGE permaneceu por algum tempo com os direitos sobre os fonogramas anteriores. Para continuar faturando mais um pouco com a popularidade de Elton, a gravadora brasileira montou um LP com músicas que, por algum motivo, ainda não haviam sido lançadas no Brasil. Preparou uma bonita capa dupla, não incluiu qualquer informação sobre as gravações e soltou no mercado como se fosse o mais novo trabalho de Elton John. Deu certo. Até o crítico Tárik de Souza foi enganado, comentando que "Elton e sua música já demonstram exaustão neste LP" (Veja, 29 de dezembro de 1976).
Os colecionadores mais bem informados logo perceberam que se tratava, na verdade, de uma coletânea. "Lady Samantha" e "It's Me That You Need" são lados A de compacto de 1969. "Into The Old Man's Shoes" "Jack Rabbit", "Sick City" e "Sugar on The Floor" eram lados B de singles diversos. A música escolhida para faixa-título, "One Day at a Time", era uma composição de John Lennon que Elton gravou para o lado B de sua versão de "Lucy in The Sky With Diamonds" no exterior. "Step Into Christmas" foi o compacto de Natal lançado por Elton na Inglaterra em 1973. Já "Jamaica Jerk-Off", "I've Seen That Movie Too" e "All The Girls Love Alice" eram faixas do álbum duplo original "Goodbye Yellow Brick Road" que foram cortadas para que o disco pudesse ser lançado como um só LP no Brasil. E assim, a colcha de retalhos tomou a forma de um disco "normal" para o mercado brasileiro. Até hoje, esse vinil é procurado por colecionadores de todo o mundo. Depois disso, saíram coletâneas específicas para o o Brasil, como "A Arte de Elton John". Mas "One Day at a Time" é o lançamento mais curioso, pelas circunstâncias em que foi preparado.
A propósito, parabéns a quem foi ao show de Elton John ontem em São Paulo. Bom divertimento para quem vai vê-lo no Rio.
Mas, em 1976, a RGE perdeu sua "galinha dos ovos de ouro". Elton assinou com sua própria gravadora, a Rocket Records. No Brasil, seus novos discos passaram a sair pela Phonogram. Mesmo assim, a RGE permaneceu por algum tempo com os direitos sobre os fonogramas anteriores. Para continuar faturando mais um pouco com a popularidade de Elton, a gravadora brasileira montou um LP com músicas que, por algum motivo, ainda não haviam sido lançadas no Brasil. Preparou uma bonita capa dupla, não incluiu qualquer informação sobre as gravações e soltou no mercado como se fosse o mais novo trabalho de Elton John. Deu certo. Até o crítico Tárik de Souza foi enganado, comentando que "Elton e sua música já demonstram exaustão neste LP" (Veja, 29 de dezembro de 1976).
Os colecionadores mais bem informados logo perceberam que se tratava, na verdade, de uma coletânea. "Lady Samantha" e "It's Me That You Need" são lados A de compacto de 1969. "Into The Old Man's Shoes" "Jack Rabbit", "Sick City" e "Sugar on The Floor" eram lados B de singles diversos. A música escolhida para faixa-título, "One Day at a Time", era uma composição de John Lennon que Elton gravou para o lado B de sua versão de "Lucy in The Sky With Diamonds" no exterior. "Step Into Christmas" foi o compacto de Natal lançado por Elton na Inglaterra em 1973. Já "Jamaica Jerk-Off", "I've Seen That Movie Too" e "All The Girls Love Alice" eram faixas do álbum duplo original "Goodbye Yellow Brick Road" que foram cortadas para que o disco pudesse ser lançado como um só LP no Brasil. E assim, a colcha de retalhos tomou a forma de um disco "normal" para o mercado brasileiro. Até hoje, esse vinil é procurado por colecionadores de todo o mundo. Depois disso, saíram coletâneas específicas para o o Brasil, como "A Arte de Elton John". Mas "One Day at a Time" é o lançamento mais curioso, pelas circunstâncias em que foi preparado.
A propósito, parabéns a quem foi ao show de Elton John ontem em São Paulo. Bom divertimento para quem vai vê-lo no Rio.
quarta-feira, janeiro 14, 2009
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Ainda a reforma ortográfica
Eu sempre presumi que as pessoas a favor da extinção de acentos gráficos fossem as que nunca aprenderam a usá-los. A motivação de quem apoiava reformas ortográficas era somente a de ter menos dificuldade na hora de escrever. Pois na terça-feira da semana passada tive uma surpresa ao ler a coluna de Moacyr Scliar na Zero Hora. O gaúcho "imortal" da Academia Brasileira de Letras publicou o que segue:
...o trema, para alívio da maioria, já era. Aliás, se eu tivesse de fazer algum reparo ao acordo, seria a limitação deste: só mexe com 0,5% das palavras. Deveria mexer muito mais, sobretudo no que se refere a acentos. Já se disse que foi a Inglaterra que conquistou o mundo, e não Portugal, porque os ingleses não precisavam perder tempo acentuando palavras – nem se interrogando acerca de quando usar a crase, que tanto confunde nossa gente: na dúvida, o brasileiro acaba craseando tudo para não dar vexame.
Quero acreditar que o grande Scliar não está advogando em causa própria. Logo ele, renomado cronista e romancista, não haveria de ter problemas com a ortografia. Como ele deixa subentendido ao citar "nossa gente", sua preocupação é com o povo. O pobre brasileiro já enfrenta tantas dificuldades e ainda tem que passar pelo martírio de saber acentuar corretamente as palavras. Pois vamos simplificar a vida de uma população tão sofrida! Extingamos os acentos!
Por mais que eu respeite Moacyr Scliar, não consigo concordar. O risco de ser a favor dos acentos é parecer que se quer manter uma situação de superioridade. "Já que eu sei acentuar corretamente e você não sabe, que os acentos permaneçam, para que eu continue me sentindo melhor do que você!" Mas não é isso.
Como eu sempre digo, o português tem lógica. O trema, por exemplo, cumpria uma função importante. Ele só era usado nos casos em que poderia haver dúvida sobre a pronúncia ou não do "u". Alguém tem dúvida de que o "u" é pronunciado em palavras como guarita, água, quociente e quatro? Óbvio que não! O "u" sempre é pronunciado em sílabas como gua, guo, qua e quo. Logo, nesses casos, nunca haveria trema. Por outro lado, em sílabas como que, qui, gue e gui, cada caso é um caso. Como saber quando o "u" é pronunciado ou não nesses casos? Antes, tínhamos o trema. Agora, não temos mais nada.
É por isso que eu questiono a tese da "simplificação". Será mesmo que ficou mais simples? Fazendo uma comparação com futebol, que é um assunto de que o brasileiro comum entende muito bem, extinguir o trema foi como dispensar os times de usar uniforme. Já imaginaram a bela confusão que seria se os 22 jogadores entrassem cada um vestido de um jeito? Pois o trema era a camiseta do time do "u" pronunciado nas sílabas que, qui, gue e gui. Se o pretexto da "simplificação" continuar vigorando em futuras reformas ortográficas, breve o português terá virado uma pelada.
Scliar menciona ainda a questão da crase. Na verdade, quando se fala em "extinguir a crase", o que se quer dizer é abolir o acento grave que a indica. Se fôssemos realmente extinguir a crase, passaríamos a escrever "aa" em expressões como "volta aa escola", "chegarei aas dez horas", "refiro-me aaquele outro caso" e assim por diante. Sabe lá se não serviria para que as pessoas finalmente entendessem o fenômeno. "Aaaaaah, então a crase era iiiiiiisso", diriam alguns, colocando a mão na cabeça. Mas o mais provável é que causasse ainda mais confusão. O que muitos querem, e Scliar aparentemente defende, é mesmo a extinção do acento grave. A rigor, continuaria havendo a crase, ou seja, a junção dos dois aa num só. Apenas inexistiria o acento como um dedo apontando para dizer: "tem outro a escondido aqui atrás".
Hoje eu já não acho impossível que o acento grave para indicar crase venha a ser extinto um dia. Mas, se acontecer, será mais do que uma mudança ortográfica. Será a vitória da preguiça mental sobre a coerência. Entendo que a norma culta da língua possa oferecer dificuldades num país tão vasto e heterogêneo como o nosso. Mas será que isso é pretexto para que se eliminem regras que, para quem as entende, se mostram lógicas, válidas e, mais do que isso, necessárias? Os acentos gráficos não são a única dificuldade demonstrada pelo povo brasileiro em relação ao português. Como eu já disse em outra ocasião, o método de ensino é que deveria ser revisto. Decorar macetes não leva a nada. Acho temerário começar a abrir precedentes em nome da simplificação. Corre-se o risco de chegar numa reforma como a que eu propus em agosto de 2005 no meu texto "Abolição das regras". Mas eu estava apenas sendo irônico, viram? Sempre é bom frisar.
...o trema, para alívio da maioria, já era. Aliás, se eu tivesse de fazer algum reparo ao acordo, seria a limitação deste: só mexe com 0,5% das palavras. Deveria mexer muito mais, sobretudo no que se refere a acentos. Já se disse que foi a Inglaterra que conquistou o mundo, e não Portugal, porque os ingleses não precisavam perder tempo acentuando palavras – nem se interrogando acerca de quando usar a crase, que tanto confunde nossa gente: na dúvida, o brasileiro acaba craseando tudo para não dar vexame.
Quero acreditar que o grande Scliar não está advogando em causa própria. Logo ele, renomado cronista e romancista, não haveria de ter problemas com a ortografia. Como ele deixa subentendido ao citar "nossa gente", sua preocupação é com o povo. O pobre brasileiro já enfrenta tantas dificuldades e ainda tem que passar pelo martírio de saber acentuar corretamente as palavras. Pois vamos simplificar a vida de uma população tão sofrida! Extingamos os acentos!
Por mais que eu respeite Moacyr Scliar, não consigo concordar. O risco de ser a favor dos acentos é parecer que se quer manter uma situação de superioridade. "Já que eu sei acentuar corretamente e você não sabe, que os acentos permaneçam, para que eu continue me sentindo melhor do que você!" Mas não é isso.
Como eu sempre digo, o português tem lógica. O trema, por exemplo, cumpria uma função importante. Ele só era usado nos casos em que poderia haver dúvida sobre a pronúncia ou não do "u". Alguém tem dúvida de que o "u" é pronunciado em palavras como guarita, água, quociente e quatro? Óbvio que não! O "u" sempre é pronunciado em sílabas como gua, guo, qua e quo. Logo, nesses casos, nunca haveria trema. Por outro lado, em sílabas como que, qui, gue e gui, cada caso é um caso. Como saber quando o "u" é pronunciado ou não nesses casos? Antes, tínhamos o trema. Agora, não temos mais nada.
É por isso que eu questiono a tese da "simplificação". Será mesmo que ficou mais simples? Fazendo uma comparação com futebol, que é um assunto de que o brasileiro comum entende muito bem, extinguir o trema foi como dispensar os times de usar uniforme. Já imaginaram a bela confusão que seria se os 22 jogadores entrassem cada um vestido de um jeito? Pois o trema era a camiseta do time do "u" pronunciado nas sílabas que, qui, gue e gui. Se o pretexto da "simplificação" continuar vigorando em futuras reformas ortográficas, breve o português terá virado uma pelada.
Scliar menciona ainda a questão da crase. Na verdade, quando se fala em "extinguir a crase", o que se quer dizer é abolir o acento grave que a indica. Se fôssemos realmente extinguir a crase, passaríamos a escrever "aa" em expressões como "volta aa escola", "chegarei aas dez horas", "refiro-me aaquele outro caso" e assim por diante. Sabe lá se não serviria para que as pessoas finalmente entendessem o fenômeno. "Aaaaaah, então a crase era iiiiiiisso", diriam alguns, colocando a mão na cabeça. Mas o mais provável é que causasse ainda mais confusão. O que muitos querem, e Scliar aparentemente defende, é mesmo a extinção do acento grave. A rigor, continuaria havendo a crase, ou seja, a junção dos dois aa num só. Apenas inexistiria o acento como um dedo apontando para dizer: "tem outro a escondido aqui atrás".
Hoje eu já não acho impossível que o acento grave para indicar crase venha a ser extinto um dia. Mas, se acontecer, será mais do que uma mudança ortográfica. Será a vitória da preguiça mental sobre a coerência. Entendo que a norma culta da língua possa oferecer dificuldades num país tão vasto e heterogêneo como o nosso. Mas será que isso é pretexto para que se eliminem regras que, para quem as entende, se mostram lógicas, válidas e, mais do que isso, necessárias? Os acentos gráficos não são a única dificuldade demonstrada pelo povo brasileiro em relação ao português. Como eu já disse em outra ocasião, o método de ensino é que deveria ser revisto. Decorar macetes não leva a nada. Acho temerário começar a abrir precedentes em nome da simplificação. Corre-se o risco de chegar numa reforma como a que eu propus em agosto de 2005 no meu texto "Abolição das regras". Mas eu estava apenas sendo irônico, viram? Sempre é bom frisar.
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Livro dos Bee Gees
Recebi hoje o meu exemplar de "Finalmente Aqui... Bee Gees, o Livro", de Eleutério Langowski. É um volume fininho, com 84 páginas, mas impresso em papel de ótima qualidade, com páginas dispostas na horizontal para valorizar as fotos. O autor conseguiu um feito raro, que foi o de escrever um livro típico de fã, farto em elogios, mas sem descuidar das informações. Minha única crítica é que o texto da biografia está muito resumido, mas percebi que o objetivo foi esse mesmo. A divisão em capítulos está perfeita, tanto internamente na história do grupo quanto nas seções especiais sobre os shows de Andy Gibb (com texto e fotos de Denis Camargo) e Robin Gibb no Brasil, Bee Gees na Argentina e os fãs brasileiros (incluindo fotos de amigos como Lisete, Inês, Sylvio e a banda Sunset Riders, de Porto Alegre). Tem também a discografia e os vídeos oficiais (só faltaram os DVDs da carreira solo de Robin e Barry), tudo fartamente ilustrado. Aliás, as fotos foram bem escolhidas, fugindo do comum. Alguns fãs vão se surpreender de ver Barry e Maurice se apresentando na BBC em 1970 com a irmã Leslie no lugar de Robin.
Mesmo escrito em tom de homenagem, o livro não se furta a lembrar o período em que os Bee Gees ficaram desgastados depois de todo o sucesso que fizeram, no final dos anos 70. Os últimos parágrafos do capítulo "O Auge" vão ajudar os fãs mais jovens a entender por que o grupo de vez em quando ainda é criticado e ironizado pelos ouvintes mais xiitas. "Finalmente aqui..." é um trabalho de fã para fã, uma celebração à obra dos irmãos Gibb, incluindo Andy. Possivelmente é o primeiro livro sobre o grupo a ser publicado no Brasil. O preço de 42 reais se justifica pela qualidade do papel e da impressão. A obra não está à venda em livrarias, portanto busquem mais informações no site Bee Gees Brasil.
Mesmo escrito em tom de homenagem, o livro não se furta a lembrar o período em que os Bee Gees ficaram desgastados depois de todo o sucesso que fizeram, no final dos anos 70. Os últimos parágrafos do capítulo "O Auge" vão ajudar os fãs mais jovens a entender por que o grupo de vez em quando ainda é criticado e ironizado pelos ouvintes mais xiitas. "Finalmente aqui..." é um trabalho de fã para fã, uma celebração à obra dos irmãos Gibb, incluindo Andy. Possivelmente é o primeiro livro sobre o grupo a ser publicado no Brasil. O preço de 42 reais se justifica pela qualidade do papel e da impressão. A obra não está à venda em livrarias, portanto busquem mais informações no site Bee Gees Brasil.
A volta das googladas incautas
No começo de agosto, quando publiquei pela última vez as "googladas incautas", avisei que não o faria mais mensalmente. Por diversos motivos. Em primeiro lugar, porque os argumentos de busca que chegam até este blog já não me surpreendem como antes. A primeira vez em que os verifiquei no Site Meter, fiquei estarrecido. As pessoas em geral não entendem como funciona o Google. Pensam que é uma espécie de "gênio da lâmpada" capaz não só de entender frases em português corrente como de atender a qualquer pedido. Só o que o Google faz é procurar na Internet as palavras digitadas. Não adianta escrever "quero", "mostrar" ou fazer perguntas. Ele vai procurar páginas onde apareçam o que você digitou. Se as palavras estiverem entre aspas, ele procura a sequência exata. Se estiverem sem aspas, como a maioria digita, as palavras poderão estar dispersas na página. O único efeito de escrever "quero" numa pesquisa é restringir os resultados a páginas onde essa palavra apareça.
O outro motivo é que, como os visitantes assíduos já notaram, eu não tenho mais postado aqui com a mesma frequência (tá difícil evitar o trema, mas estou tentando). Logo, se eu continuasse compilando mensalmente as "googladas incautas", haveria um percentual descomunal desse assunto em relação aos demais. Mesmo assim, de vez em quando, continuei anotando algumas pesquisas do Site Meter. As que transcrevo abaixo foram coletadas esporadicamente nos últimos seis meses. Para entrar 2009 com bom humor:
alguem sabe qual é o novo número do teleamigos
Como assim, "alguém"? Você pensa que o Google tem um painel de atendentes respondendo a cada pergunta?
ÀS ENCHENTES TEM CRASE?
Mais um que não entende que a crase depende do que vem antes e depois. Não é a palavra que tem crase, é a expressão toda. Este, pelo menos, fez a pergunta da forma correta:
o professor fez elogios à minha pessoa. a crase está certa?
A crase está certíssima. O elogio é que pode ter sido indevido.
Da série "Google, como é que eu faço":
como faço para fazer montagem no power point e depois mandar para o orkut?
como colocar imagens animadas no lugar de minha foto no orkut parta que todos possam ver
como criar mensagens bonitas para meu perfil no orkut
como é que faço eu quero coloca paisagem normal do orkut como é que eu faço
como eu escrevo meu nome em Frances
Ah, sim, o "seu nome". Disse tudo.
como eu faço para que aletra da comunidade do orkut fique grande
Este foi bem claro, para que o Google entendesse:
no orkut esta assim:quem sou eu? que devo colocar???
Que dúvida atroz! Da série "puxe assunto com o Google":
Daiane a atleta famosa só fala do peso ideal da altura ,o pais de onde ela mora e principalmente a imagem dela
Puxa, que coisa! Por que será?
é verdade que bruno e marrone sofreram acidentes?
Realmente não sei. O único "acidente" que conheço deles foi o de abrir os shows com um texto de autor desconhecido como se fosse de Mario Quintana.
estou a proucura de um site de edição para eu montar minhas fotos e que seja bem divertido
Você achou mesmo que uma simples ferramenta de busca iria entender uma frase tão explicadinha? Da série "Google, consultor sentimental":
o que os homens querem dizer quando dizem estamos nos conhecendo
Quer mesmo saber? Eles querem dizer "ainda não te comi" ou então "ainda quero te comer mais um pouco". Quando estiverem satisfeitos, dirão que não deu certo.
Vamos à turma do "quero-quero", como eu chamo. São os que pensam que o Google vai entender se eles disserem que "querem" tal coisa.
EU QUERO COLOCAR A FOTO DE UMA PESSOA NO LUGAR DE OUTRA PESSOA
EU QUERO FAZER UMA MONTAGEM COM 2 FOFOS E ÚNICAS EM UMA SÓ PARA COLOCAR NO ORKUT
eu quero um programa para tirar de um audio 10 min de musica para mim colocar no orkut
eu quero um texto para fazer uma apresentação de fantoches
queria achar uma frase bem linda .
Desse jeito, vai ser difícil.
queria saber porque o albo de foto que gravei em dvd não passa no dvd so no computador
"Albo" é ótima!
queria um site em que eu pudesse fazer montagens com as minhas fotos
quero coloca um comentario na minha foto do orkut e não sei qual palavra bonita eu coloco
E o Google com isso?
quero colocar paisagens e musica em uma gravação que fiz como fazer?
quero colocar um texto bem legal e bem poderoso no quem sou eu do perfil do meu orkut
Bem "poderoso", viu, Google? As duas pesquisas abaixo foram feitas em datas bem distantes, mas não me surpreenderia se tivessem sido digitadas pela mesma pessoa:
quero colocar uma churrascaria
QUERO UM NOME CHURRASCARIA BEM BONITO
Se já está começando assim, não levo fé nessa churrascaria. Já imaginaram esse incauto digitando no Google: "O cliente pediu picanha mal passada, como faço?" Falando nisso...
quero encher minha comunidade de gente como faço
É nisso que dá as pessoas criarem comunidades inúteis ou mal feitas.
quero mantar uma mensagen para emilio
Para mim? Ou para o Surita? Ou quem sabe o Santiago?
quero o desenho de uma cuia de chimarrão
quero por uma foto de fundo em outra como faço?
quero saber um comentario bem bonito pra mim colocar em uma foto do orkut
"Bem bonito", viu Google?
quero um desenho do sao paulo pra eu por no orkut alguem sabe fazer
Outro que pensa que o Google é um painel de atendentes. Talvez haja um desenhista de plantão.
quero uma foto legal para minha comunidade de ciclismo?
quero ver fotos sobre o acidente que envolveu o Fokker da Tam em Julho de 2007
quero ver todas as fotos da revista rolling Stones
Não é Rolling "Stones", é Rolling "Stone", no singular. "Stones" é o grupo. Tem gente que usa uma linguagem mais polida para se dirigir ao Google:
gostaria de fazer uma montagem de foto minha na praia para o orkut
Guardei as duas mais divertidas para o final:
musica que o cara dos bee gees cantou antes de se converter
Como assim? Eu nem sabia que algum dos Bee Gees tinha se convertido (ao quê?), muito menos que tinha cantando uma música antes. Considerando que ele cantou antes de se converter, deve ter aproveitado para cantar uma música bem bagaceira, como despedida.
youtube como faco para saber o nome de um jogo de fliperama de 1986 que eu nao sei o nome
Ah, sim, é importante frisar que você não sabe o nome. Do contrário o Google poderia achar que você está apenas testando o conhecimento dele.
A próxima edição não tem data certa. Talvez daqui a seis meses. Até lá, bom 2009 a todos!
O outro motivo é que, como os visitantes assíduos já notaram, eu não tenho mais postado aqui com a mesma frequência (tá difícil evitar o trema, mas estou tentando). Logo, se eu continuasse compilando mensalmente as "googladas incautas", haveria um percentual descomunal desse assunto em relação aos demais. Mesmo assim, de vez em quando, continuei anotando algumas pesquisas do Site Meter. As que transcrevo abaixo foram coletadas esporadicamente nos últimos seis meses. Para entrar 2009 com bom humor:
alguem sabe qual é o novo número do teleamigos
Como assim, "alguém"? Você pensa que o Google tem um painel de atendentes respondendo a cada pergunta?
ÀS ENCHENTES TEM CRASE?
Mais um que não entende que a crase depende do que vem antes e depois. Não é a palavra que tem crase, é a expressão toda. Este, pelo menos, fez a pergunta da forma correta:
o professor fez elogios à minha pessoa. a crase está certa?
A crase está certíssima. O elogio é que pode ter sido indevido.
Da série "Google, como é que eu faço":
como faço para fazer montagem no power point e depois mandar para o orkut?
como colocar imagens animadas no lugar de minha foto no orkut parta que todos possam ver
como criar mensagens bonitas para meu perfil no orkut
como é que faço eu quero coloca paisagem normal do orkut como é que eu faço
como eu escrevo meu nome em Frances
Ah, sim, o "seu nome". Disse tudo.
como eu faço para que aletra da comunidade do orkut fique grande
Este foi bem claro, para que o Google entendesse:
no orkut esta assim:quem sou eu? que devo colocar???
Que dúvida atroz! Da série "puxe assunto com o Google":
Daiane a atleta famosa só fala do peso ideal da altura ,o pais de onde ela mora e principalmente a imagem dela
Puxa, que coisa! Por que será?
é verdade que bruno e marrone sofreram acidentes?
Realmente não sei. O único "acidente" que conheço deles foi o de abrir os shows com um texto de autor desconhecido como se fosse de Mario Quintana.
estou a proucura de um site de edição para eu montar minhas fotos e que seja bem divertido
Você achou mesmo que uma simples ferramenta de busca iria entender uma frase tão explicadinha? Da série "Google, consultor sentimental":
o que os homens querem dizer quando dizem estamos nos conhecendo
Quer mesmo saber? Eles querem dizer "ainda não te comi" ou então "ainda quero te comer mais um pouco". Quando estiverem satisfeitos, dirão que não deu certo.
Vamos à turma do "quero-quero", como eu chamo. São os que pensam que o Google vai entender se eles disserem que "querem" tal coisa.
EU QUERO COLOCAR A FOTO DE UMA PESSOA NO LUGAR DE OUTRA PESSOA
EU QUERO FAZER UMA MONTAGEM COM 2 FOFOS E ÚNICAS EM UMA SÓ PARA COLOCAR NO ORKUT
eu quero um programa para tirar de um audio 10 min de musica para mim colocar no orkut
eu quero um texto para fazer uma apresentação de fantoches
queria achar uma frase bem linda .
Desse jeito, vai ser difícil.
queria saber porque o albo de foto que gravei em dvd não passa no dvd so no computador
"Albo" é ótima!
queria um site em que eu pudesse fazer montagens com as minhas fotos
quero coloca um comentario na minha foto do orkut e não sei qual palavra bonita eu coloco
E o Google com isso?
quero colocar paisagens e musica em uma gravação que fiz como fazer?
quero colocar um texto bem legal e bem poderoso no quem sou eu do perfil do meu orkut
Bem "poderoso", viu, Google? As duas pesquisas abaixo foram feitas em datas bem distantes, mas não me surpreenderia se tivessem sido digitadas pela mesma pessoa:
quero colocar uma churrascaria
QUERO UM NOME CHURRASCARIA BEM BONITO
Se já está começando assim, não levo fé nessa churrascaria. Já imaginaram esse incauto digitando no Google: "O cliente pediu picanha mal passada, como faço?" Falando nisso...
quero encher minha comunidade de gente como faço
É nisso que dá as pessoas criarem comunidades inúteis ou mal feitas.
quero mantar uma mensagen para emilio
Para mim? Ou para o Surita? Ou quem sabe o Santiago?
quero o desenho de uma cuia de chimarrão
quero por uma foto de fundo em outra como faço?
quero saber um comentario bem bonito pra mim colocar em uma foto do orkut
"Bem bonito", viu Google?
quero um desenho do sao paulo pra eu por no orkut alguem sabe fazer
Outro que pensa que o Google é um painel de atendentes. Talvez haja um desenhista de plantão.
quero uma foto legal para minha comunidade de ciclismo?
quero ver fotos sobre o acidente que envolveu o Fokker da Tam em Julho de 2007
quero ver todas as fotos da revista rolling Stones
Não é Rolling "Stones", é Rolling "Stone", no singular. "Stones" é o grupo. Tem gente que usa uma linguagem mais polida para se dirigir ao Google:
gostaria de fazer uma montagem de foto minha na praia para o orkut
Guardei as duas mais divertidas para o final:
musica que o cara dos bee gees cantou antes de se converter
Como assim? Eu nem sabia que algum dos Bee Gees tinha se convertido (ao quê?), muito menos que tinha cantando uma música antes. Considerando que ele cantou antes de se converter, deve ter aproveitado para cantar uma música bem bagaceira, como despedida.
youtube como faco para saber o nome de um jogo de fliperama de 1986 que eu nao sei o nome
Ah, sim, é importante frisar que você não sabe o nome. Do contrário o Google poderia achar que você está apenas testando o conhecimento dele.
A próxima edição não tem data certa. Talvez daqui a seis meses. Até lá, bom 2009 a todos!