Dois comentários sobre a biografia de Kleiton & Kledir

Nesta semana que chega ao fim, o escritor pelotense Lourenço Cazarré, parceiro de Kleiton & Kledir em "Mistérios do Bule Monstro" no CD Com Todas as Letras, publicou um comentário sobre "Kleiton & Kledir, a biografia", no site Pelotas 13 Horas. Cliquem aqui para ler. E justamente hoje, foi ao ar no site do jornal Já outra resenha sobre o livro, esta redigida pelo jornalista Geraldo Hasse, também de Pelotas. Pode ser vista aqui. A matéria foi ilustrada pela foto acima, que achei sensacional e trouxe para cá. Retrata bem o que Kleiton & Kledir representam para a cultura do Rio Grande do Sul. 

Dia do Escritor

Tem gente que me chama de "escritor" desde que tive minha primeira participação em livro coletivo. Talvez eu até pudesse ser considerado, mas só iria me sentir realmente à vontade com essa denominação quando tivesse publicado uma obra só minha. E isso aconteceu no ano passado. Então, de certa forma, hoje é meu primeiro Dia do Escritor. Mas aí eu já me permito incluir as contribuições anteriores no que seria o meu currículo, pois elas ganham um novo significado. Pois vamos relembrá-las.

Em 2014, saiu "1973, o Ano que Reinventou a MPB", pela Editora Sonora, com organização de Célio Albuquerque. Teve cerca de 50 autores, cada um escrevendo sobre um LP de música brasileira lançado em 1973. A mim coube a tarefa de resenhar o disco de estreia dos Secos & Molhados. Depois vim a saber que esse álbum estava sendo disputado por vários colaboradores, mas que meu amigo Marcelo Fróes, sócio da editora, reservou para mim desde o começo. (como explica Célio Albuquerque neste vídeo aqui). Já estava nos meus planos ir a São Paulo para assistir à exposição de David Bowie no Museu da Imagem e do Som, então aproveitei e viajei também para participar da sessão de autógrafos na Livraria Cultura. Vejam algumas fotos aqui.

Em 2018, participei com quatro textos da coletânea de crônicas "Os DezMiolados Volume 2". Fizemos duas sessões de autógrafos em frente à cafeteria Mr. Pickwick do Shopping Nova Olaria. Nenhuma das duas foi exatamente um sucesso arrasador, mas a primeira até que esteve bem movimentada. A segunda foi prejudicada por um dia frio, com muita chuva e vento.  

No começo do ano passado, saiu um livro "irmão" de "1973, o Ano que Reinventou a MPB", no caso, "1979, o Ano que Ressignificou a MPB", também organizado por Célio Albuquerque. Desta vez foram 100 autores colaborando e eu não fui o único gaúcho: estive muito bem acompanhado por Juarez Fonseca e Zeca Azevedo. Eu escrevi sobre o primeiro LP da banda mineira 14 Bis. Como numerais costumam ter precedência sobre letras na ordenação, meu texto acabou sendo o primeiro do livro, fora as introduções. Infelizmente não pude participar das sessões de autógrafos que aconteceram, todas fora de Porto Alegre. Publicação da Garota FM Books. 

Até que, em 11 de novembro de 2022, uma data que jamais esquecerei, o primeiro livro só meu chegou a uma das barracas da Feira do Livro de Porto Alegre. Fizemos uma sessão de autógrafos no Mercado Central de Pelotas no dia 27 de março deste ano, mas eu ainda gostaria de realizar pelo menos mais uma, desta vez em Porto Alegre. Mas tem que ser com a participação de Kleiton e Kledir, então teremos que aguardar um novo alinhamento de agendas, já que eles moram no Rio de Janeiro. Para comprar "Kleiton & Kledir, a biografia", é só clicar aqui para ter acesso ao site da Editora Bestiário.

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Aproveito a postagem para anunciar que o livro "100 Grandes Álbuns do Rock Gaúcho" já está sendo enviado a quem participou do financiamento coletivo. O trabalho é assinado por Cristiano Bastos e Rafael Cony, mas teve a participação de diversos colaboradores, inclusive eu, que fui um dos membros do "Conselho Editorial" e ajudei a redigir e revisar alguns verbetes. Quem desejar adquirir esse belo volume em homenagem ao rock do Rio Grande do Sul, pode entrar em contato com Rafael Cony pelo Whatsapp 51 999196952 ou pelo email rafaelcony@gmail.com.

Feliz Dia do Escritor!

Fim-de-semana, etc.

Este não era o fim-de-semana de ficar com meu filho. Mas, como não tinha nada pra fazer e sabia que teríamos dois dias de verão (o famoso "veranico de julho", que tem todos os anos em Porto Alegre, mas só eu e os meteorologistas lembramos), saí para caminhar com o Iuri ontem e hoje. Às vezes lembro que ele começou a dar caminhadas comigo bem pequeno, acho que com 5 ou 6 anos. Certa vez um senhor chegou a parar para perguntar a idade dele. Naquele tempo era em ritmo de passeio, bem devagarinho. Hoje que está mais alto que eu e com certeza bem mais magro (embora tenha herdado minha tendência para comer e engordar), ele não só acompanha o meu passo como às vezes acho que me puxa para acelerar um pouco. O que é ótimo. Pai e filho se põem em movimento.

Sou fascinado pela história de The Mamas and The Papas desde que assisti ao documentário "Straight Shooter" de 1988 em VHS. Hoje tenho em DVD. Saiu uma edição nacional com legendas, embora a tradução às vezes cometa alguns deslizes. "Publishing" não é "publicidade", é "edição" (de músicas, no caso). Em 1990, trouxe dos Estados Unidos o livro "Papa John", autobiografia de John Phillips, líder da banda. Devorei-o em seguida e achei sensacional. Em 1995, o grupo esteve em Porto Alegre (em sua formação da época, obviamente) e consegui pegar autógrafo dele na minha edição de bolso. Pois agora estou escutando o recém-lançado audiobook "All the Leaves Are Brown - How the Mamas & the Papas Came Together and Broke Apart" de Scott G. Shea, com ótima narração de Michael Butler Murray. São 16 horas de gravação, mas não canso de ouvir. E breve devo receber uma edição especial do filme do Festival de Monterey, no qual o grupo teve participação direta, inclusive na organização. Talvez eu volte a tocar no assunto com mais detalhes quando terminar minha audição. É uma pena que a edição Kindle custe quase 30 dólares, muito caro para um e-book. 

Por falar em livro, no dia 31 sai a nova edição, supostamente "ampliada e atualizada", de "Primavera nos dentes: A História dos Secos & Molhados", de Miguel de Almeida. Desta vez será lançada também em Kindle, então já encomendei o e-book. O livro é ótimo, mas poderá ficar ainda melhor se o autor tiver corrigido pequenos erros da primeira edição, os quais apontei aqui.  

E a saga da biografia de Kleiton & Kledir prossegue. Recebi comentários bastante elogiosos de um jornalista que acabou de lê-la e disse que escreverá uma matéria a respeito. Fui convidado para participar de um evento literário (mais detalhes quando estiver próximo) e também devo inscrever o livro para concorrer a um prêmio, por sugestão do editor. Enquanto isso, meus biografados não param, o que já me permite antever uma futura segunda edição farta em atualizações. Vem aí o lançamento do álbum Casa Ramil, com a família toda. E em dezembro tem show dos Almôndegas de novo. Com certeza continuarão acontecendo apresentações com o MPB-4 e outras somente da dupla. Quatro formatos diferentes de show... nada mau, hein? Espero ter o mesmo pique desses dois quando chegar aos 70 anos. 

Bom começo de semana a todos.