sábado, setembro 28, 2013

Falso Quintana onde menos se esperaria

Ontem estive no Teatro Bruno Kiefer, no 6° andar da Casa de Cultura Mario Quintana, para assistir a uma apresentação. Como cheguei cedo e as portas ainda não estavam abertas, fui dar uma circulada pelos corredores. De repente, deparo-me com esses dizeres aí da foto. Incrível: uma das paredes do prédio que hoje leva o seu nome (antigo Hotel Majestic, onde o poeta residiu por muitos anos) ostenta frases que não são de Mario Quintana! Aproveitei que tinha levado a máquina fotográfica para registrar o show e captei na hora a "prova do crime". É frustrante pensar que uma analogia tão óbvia para dar "conselho de amor" esteja se tornando, aos olhos dos incautos, o cartão de visitas de Mario Quintana. Porque ele jamais escreveria algo assim. Já divulguei no Facebook e a denúncia está tendo a repercussão esperada. Quem é o responsável por isso?

Leiam também: Os falsos Quintanas

segunda-feira, setembro 23, 2013

Fidelidade e lealdade

Há muito tempo eu penso em escrever aqui no Blog sobre a diferença entre fidelidade e lealdade. Talvez até o dicionário indique as palavras como sinônimas, mas eu vejo uma clara distinção. Para minha surpresa, o tema foi abordado na Zero Hora pelo poeta Fabrício Carpinejar. Cliquem aqui para ler o que ele escreveu. Para ele, em suma, a lealdade consiste em ser sincero com o parceiro nos sentimentos sobre a relação. Falar o que incomoda, dizer o que se quer. Abrir o coração para que os dois consigam se entender.

Embora eu ache interessante e válido o ponto-de-vista de Carpinejar, as minhas definições eram um pouco diferentes. Fidelidade é o óbvio: consiste em não trair sexualmente. Mas lealdade é algo maior. Se eu fosse resumir em uma frase, seria: não desmoralizar o parceiro, nem permitir que seja desmoralizado. 

Por exemplo: você está numa festa sozinho. Vem uma mulher e faz uma gracinha com você. Sua esposa ou namorada não pôde vir junto, mas continua existindo um vínculo de lealdade entre vocês. E aí, como você reage? Dá corda? Responde com um sorrisinho? Aproveita a chance para engatilhar um possível caso? Bem, você faz o que achar melhor. Mas pode estar certo que o que sua cara-metade espera que você faça é encerrar o assunto e, de preferência, deixar claro que a atitude não foi bem-vinda. Você consegue? Isso seria um exemplo do que eu entendo por lealdade. Não apenas evitar de buscar rolos, mas nem deixar que eles evoluam por iniciativa alheia.

Se nós, homens, enxergamos as qualidades das mulheres que vieram a ser nossas esposas ou namoradas, é óbvio que outros verão, também. As mulheres especiais têm brilho próprio e emanam constantemente uma energia positiva que todos captam. Logo, não há como impedir que outros se interessem por elas, mesmo sabendo que são comprometidas. Quando elas desfilam na rua (elas não "andam", como diz o clichê), os olhares masculinos são fatalmente atraídos. Os mais vulgares arriscarão um gracejo ou assobio. Os mais tarimbados talvez esperem a oportunidade para uma abordagem com mais classe.

Até aqui, é inútil sentir ciúme. Tudo o que foi descrito até agora acontece de forma inevitável. Mas, admitamos, nós não queremos que essas atitudes tenham o menor grau de acolhida. E, quando uma mulher realmente quer, ela sabe a maneira certa de cortar um homem. De não proporcionar "terreno fértil" para qualquer tipo de cantada. O que se espera de uma mulher leal não é apenas que resista à investida, mas que dê ao "atacante" a inequívoca mensagem de que foi inconveniente. E que não quer mais conversa com ele. Mesmo que ele se saia com a tradicional desculpa de que foi uma brincadeira inocente e ela já levou para o lado malicioso.

Difícil? Talvez. Para os dois lados. Mas isso é o que eu entendo por lealdade.

quinta-feira, setembro 12, 2013

Livro cita texto meu com autoria incorreta

Quando fiquei sabendo que o livro "O Rock Errou - Os maiores boatos, lendas e teorias da conspiração do mundo do rock", de Sérgio Pereira Couto (editora Matrix), incluía a polêmica Secos e Molhados x Kiss, logo imaginei que meu texto sobre o assunto pudesse ter servido de fonte. O que eu jamais poderia adivinhar é que o autor tivesse citado especificamente a minha pesquisa, mas com crédito para outro. Ele se baseou na transcrição feita pelo site Whiplash e se deixou confundir pelo nome que aparece no topo. E assim, na página 211, um parágrafo inteiro redigido por mim é introduzido desta forma: "...eis aqui o argumento de Rodrigo Rodrigues no Whiplash:" Mais adiante ele observa que "ainda segundo o Whiplash..." e segue citando os dados que eu levantei. 

Ora, em primeiro lugar, o texto não é original daquele site. Eles apenas republicaram o que eu postei originalmente aqui no Blog! Logo, não cabe dizer "segundo o Whiplash". De resto, nunca me preocupei que o Whiplash tivesse creditado Rodrigo Rodrigues no local onde se esperaria encontrar a indicação do autor, porque meu nome é citado por duas vezes na transcrição. Há também links para cá, um deles explicitamente ao lado da referência "Fonte". Faltou atenção a Couto, além de bom senso para buscar o endereço original da pesquisa. É bem verdade que substituí o texto anterior (transcrito no Whiplash) por uma versão totalmente reescrita. Mas até nisso teria sido melhor se o autor se baseasse na edição atualizada, pois ela traz informações novas. O primeiro show dos Secos e Molhados com maquiagem não foi em dezembro de 1972, como eu pensava. E a viagem ao México aconteceu em maio, não em março. Fico feliz de saber que há interesse pela minha pesquisa, mas também decepcionado de ver a forma descuidada com que foi incluída no livro. 

Quem se interessar pelo assunto pode ler o texto atualizado aqui. E, apenas a título de curiosidade, a transcrição da versão antiga no Whiplash está aqui.

P.S.: O autor já entrou em contato comigo pelo Facebook e por aqui (ver nos comentários). Falhas acontecem, mas eu não poderia deixar de fazer a observação. O mal entendido está desfeito. Quem bom que ainda existem pessoas com caráter e humildade para reconhecer seus erros.

domingo, setembro 08, 2013

Caminhada de ontem

Fazia tempo que o Iuri não pegava um fim-de-semana com tempo bom comigo, então ontem aproveitamos para dar a nossa tradicional caminhada. E eu levei a máquina fotográfica.
 Aqui, ainda estamos na Praia de Belas.
 No Parque Marinha do Brasil.
 Finalmente, a Avenida Beira-Rio.



Aqui estou rindo porque subi numa divisória da rua para ficar mais alto que o Iuri! Agora só assim, mesmo!

Pausa para o refrigerante. A senhora que nos atendeu é a mesma que já nos servia na "curva", como ela chama o ponto em que estava instalada antigamente. Tenho fotos do Iuri bem gordinho e de bochechas rosadas naquele local. Estão no Blog, só tenho que achar para postar o link aqui.
Perto da Usina do Gasômetro e sua imponente chaminé.

quarta-feira, setembro 04, 2013

SD Blu-ray: saiba o que está comprando

Em fevereiro de 2008, publiquei aqui um comentário sobre por que certos títulos dificilmente seriam lançados em Blu-ray. Só têm a ganhar nesse formato produções registradas originalmente em película (filme, em oposição a vídeo-tape) ou gravadas em vídeo de alta definição, que é uma tecnologia mais recente. Shows lançados em vídeo de definição normal já estavam com a melhor qualidade possível em DVD. Até porque, como expliquei, o Blu-ray não "melhora" a imagem, apenas a reproduz com mais fidelidade. Em outras palavras, a perda de qualidade é menor em relação a DVD ou VHS. E citei como exemplo "One Night Only", dos Bee Gees.

Pois hoje tive a surpresa de descobrir que justamente esse show foi lançado em Blu-ray. Mas como? - pensei. Tanto quanto eu soubesse, a imagem original não era em alta definição. A gente percebe quando é, mesmo em DVD. Depois de algumas pesquisas na Internet, matei a charada. O selo Eagle Rock Entertainment, dos Estados Unidos, lançou uma série pioneira chamada "SD Blu-ray". Pelo nome, parece algo melhor ou mais sofisticado, mas é justamente o contrário: "SD" quer dizer "Standard Definition", ou definição padrão. São vídeos com qualidade de imagem praticamente igual à de seus respectivos DVDs - já que as fontes são de baixa definição e não haveria como melhorá-las - mas aproveitando os recursos exclusivos de áudio do formato Blu-ray. É uma forma de os chamados "audiófilos" poderem desfrutar de seus shows preferidos com a qualidade de som que só o BD consegue proporcionar. 

Certo. Mas quem comprar estará ciente disso? Já vi comentários no site da Amazon de clientes que ficaram bastante decepcionados com suas aquisições. Pensaram que teriam aquela nitidez perfeita do Blu-ray e se sentiram enganados. Então guardem bem: a sigla "SD" significa que a qualidade de imagem é a mesma de um DVD, isto é, "definição padrão". A vantagem está no áudio. A questão é saber se o mercado vai aceitar bem essa discutível estratégia. Se der certo, corremos o risco de ver praticamente tudo lançado em Blu-ray, sem critério. Como consequência, as produtoras podem começar a relaxar no padrão de exigência de suas masterizações.

Além de "One Night Only", saíram também em SD Blu-ray "Moment of Glory" dos Scorpions e os documentários "Stones in Exile" e "The Making of The Dark Side of The Moon".