quarta-feira, dezembro 31, 2008

As corujas

A foto acima foi tirada por mim no dia 17 de dezembro de 2007 (cliquem para ampliá-la). Achei interessante a imagem e resolvi preservá-la. Nem poderia imaginar a polêmica que as corujas de Capão da Canoa iriam causar no Ano Novo. A festa de fogos foi suspensa por causa delas. Há alguns dias, a Zero Hora publicou a carta de um leitor querendo saber quem seria favorecido neste ano, "as corujas ou as pessoas". Que bobagem! As pessoas são sempre favorecidas em relação aos animais, pois são seres racionais, capazes de entender o mundo ao seu redor e tomar decisões. Os bichos estão inteiramente à mercê do homem. Neste ano, o local da queima de fogos foi transferido para se afastar do ninho das corujas. Espero que a distância seja suficiente. Viva as corujas! Viva a racionalidade do ser humano! Abaixo o egoísmo e a falta de consciência.

Feliz Ano Novo!

O ano dos vídeos no Blog

Escrevi pouco no Blog em 2008. E dificilmente voltarei a manter a regularidade dos primeiros tempos, em que eu postava praticamente uma crônica por dia. Os assuntos se esgotam, a vida da gente muda e, no fim, o Blog acaba ficando em segundo plano. O importante é que a vida vai bem, obrigado.

Mesmo assim, 2008 foi o ano dos vídeos no Blog. Em janeiro eu instalei o Ulead VideoStudio e passei a converter gravações do meu acervo de vídeo para postar no YouTube. Eu já tinha uma conta do YouTube que criei especialmente para divulgar o "vídeo da profecia", em 2006. Depois disso, incluí algumas gravações de viagens e shows que fiz com minha própria câmera. Mas foi somente neste ano que pude mostrar as relíquias que tenho gravadas em VHS desde 1985, quando comprei meu primeiro videocassete. Já tenho 91 vídeos disponibilizados no YouTube.

O mais visto continua sendo o "vídeo da profecia", com mais de 35 mil exibições. Assuntos relacionados a futebol sempre dão ibope. Conforme eu já disse várias vezes, fico orgulhoso de ter divulgado esse programa de TV de 1986 em que André Damasceno, numa brincadeira, acaba "prevendo" que o Inter seria Campeão do Mundo em 2006. Sem a minha intervenção, essa gravação não teria sido descoberta, pois nem a RBS a possui mais. O próprio André também não. Foi minha contribuição para a maior conquista da história do Inter.

Entre os vídeos que postei neste ano, a maior surpresa foi o clip de "Você é Tudo Que Eu Quero", com os Garotos da Rua. A banda gaúcha lançou seu primeiro LP em 1986 e essa era a "música de trabalho", escolhida talvez por ser uma balada ("música lenta"). Pois esse já é o quarto no ranking dos meus vídeos do YouTube, com mais de 11.500 exibições desde que foi postado, em abril. Perde somente para a "profecia", cenas de novelas antigas (do Vídeo Show) e a estréia do Magro do Bonfa (André Damasceno de novo) na Escolinha do Professor Raimundo. Nunca imaginei que um grupo de rock surgido nos anos 80, cujo sucesso ficou mais restrito ao Rio Grande do Sul, ainda tivesse uma legião de fãs tão atuante. Se bem que uma cena mais "picante" pode ter ajudado...

A seguir, em quinto lugar, vem uma matéria feita por Clóvis Duarte no saudoso "Comunicação" da TV Pampa sobre um comercial das cadeiras do Beira-Rio. Quem assistiu na época (1987, por aí), não esqueceu: "Taffarel... é na direita!" Também fiquei surpresso que ainda houvesse tanto interesse por um simples comercial. Já são mais de 10.500 exibições. É a força do futebol, não adianta. Foi então que decidi postar um comentário feito pelo cronista esportivo Lauro Quadros sobre o histórico incidente em que os jogadores Renato Gaúcho e Leandro voltaram atrasados para a concentração, durante os treinos para a Copa de 1986. Dito e feito: está em sétimo lugar, com 8.600 exibições, logo abaixo do Vigilante Rodoviário.

Também merece registro o interesse dos fãs pela apresentação dos Engenheiros do Hawaii em 1987 no "Perdidos da Noite", de Fausto Silva, na Bandeirantes. Essa eu tive que dividir em dois vídeos, por causa do limite de tempo do YouTube. Pelo visto, é o único registro em vídeo da formação original dos Engenheiros (com Marcelo Pitz no baixo) a ter sido preservado. Uma curiosidade é que Humberto Gessinger, ao final de "Sopa de Letrinhas", brinca dizendo: "Fausto na Globo!" Outra profecia?

De resto, tem muita coisa de músicos gaúchos, trechos de shows, clips, documentários e até duas reportagens da TV em que eu apareço. Basta clicar aqui para ter acesso à minha página no YouTube. De qualquer forma, todos esses vídeos foram divulgados aqui no Blog. Ainda tenho algumas coisas para mostrar, outras que ainda preciso digitalizar, mas não garanto que conseguirei manter a mesma constância de vídeos em 2009. É por isso que 2008 entra para a história deste Blog como o ano dos vídeos.

terça-feira, dezembro 30, 2008

Reforma ortográfica

Eu lembro bem quando a reforma ortográfica anterior começou a vigorar. Foi em 1972, o mesmo ano da Reforma do Ensino. Na época, eu tinha apenas 11 anos. Apesar de já ter escrito um número razoável de "composições" (era como chamávamos as redações), não tive dificuldade de me adaptar à nova ortografia. Encarei-a como uma bem-vinda simplificação. Por muito tempo eu ainda tive guardado um livreto que explicava as mudanças de forma simples e divertida. Mostrava, por exemplo, o desenho de uma letra "S" tirando o chapéu, para explicar que o pronome demonstrativo "esse" não seria mais acentuado. Até o nome da minha cidade foi modificado. Antigamente se escrevia "Pôrto" Alegre. Nossa professora enfatizou que, até 1975, a ortografia extinta ainda seria aceita. Mesmo assim, a edição em português do livro "Brasil, de Getúlio a Castello", do americano Thomas Skidmore, não foi corrigida em nenhuma de suas republicações.

Desta vez eu confesso que fui contra mais esta alteração. Nesta hora eu me pergunto por que há outros idiomas que já nasceram perfeitos enquanto o português parece estar sempre precisando de conserto. Não que eu sinta inveja de quem estudou Physica no collégio ou de quem comprou remédios na Pharmácia e leu o Thesouro da Juventude. Mas nesta era de Windows, fica a impressão de que a língua portuguesa está lançando "uma nova versão que corrige bugs da anterior", algo assim. Não vai muito longe: a primeira conseqüência é que todos teremos que comprar dicionários novos e atualizar nossos corretores ortográficos. Ainda bem que não é Bill Gates quem coordena as ortografias do mundo, ou passaríamos eternamente sofrendo com MS-Português versão 2.9 e coisas do tipo.

Eu costumo dizer que a melhor forma de se aprender português é esquecer as famigeradas "regrinhas" e procurar observar a "lógica" do idioma. Por exemplo: por que supermulher não tem hífen, mas super-homem tem? Porque ficaria estranho escrever "superhomem", concordam? Que eu saiba, não existe em português nenhuma palavra com "r" e "h" lado a lado. Por que a separação de sílabas de "sublinhar" é "sub-li-nhar"? Porque a palavra significa "sub...linhar", ou seja: colocar uma linha por baixo. Sim, existem exceções e casos especiais que podem atrapalhar. Mas é preciso, antes de tudo, captar a essência da língua. E a essência tem lógica.

É por isso que eu sou contra a extinção do trema. Ele é necessário. Sem ele, como contestar os pernósticos que têm mania de pronunciar o "u" de palavras como "líquido", "extinguir" e "distinguir"? Até agora, bastava dizer: "não tem trema". A partir de 2009, nenhuma palavra mais terá. Também as idéias ficarão mais pobres sem o acento no "e". Fica uma coisa assim meio insossa: "tive uma ideia". E se já tem gente por aí com auto-estima reduzida, imaginem sem o hífen.

Enfim, vamos nós de novo encarar uma série interminável de reimpressões de livros, dicionários virando sucata e gente ganhando dinheiro com tudo isso. Como estamos nos últimos dias de vigência da ortografia versão 7.2, vou aproveitar para contar uma piada. Não sei se tem graça, não sei se vale a pena, mas é agora ou nunca.

Um sujeito tinha sido traído pela mulher e estava traumatizado. Andava a esmo pela rua, cabisbaixo. De repente, ouviu alguém dizendo:

- Qüiqüiqüiqüí...

Já ficou desconfiado: "Quem faz qüiqüí é rato. Rato gosta de queijo. Queijo vem do leite. Leite vem da vaca. Tá me chamando de corno!"

A piada acabou, gente. Riam. Tudo bem, eu falei que podia não ter graça. Mas é que, sem o trema, não tem como contar essa piada por escrito. Se eu escrevesse "quiquiquiqui", a geração "internetês" leria "kikikiki". Eu poderia escrever "cuí cuí", mas, convenhamos, fica horrível. Não adianta, rato não faz "cuí cuí" nem "quiqui", ele faz "qüiqüí", mesmo. Até para isso o trema vai fazer falta.

Boa nova ortografia para todos nós.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Feliz Natal!

Nós, da Grande Porto Alegre, ganhamos de presente de Natal um dia mais agradável. A chuva caiu bem (em todos os sentidos) e levou embora aquele calor insuportável, pelo menos por algum tempo. A temperatura está amena e este tempo nublado com chuvas até transmite uma certa paz natalina.

Feliz Natal a todos os visitantes do blog!

sábado, dezembro 13, 2008

Caixa do Ney

Depois de anos de espera e alarmes falsos, finalmente a caixa de Ney Matogrosso é uma realidade. Ela se chama "Camaleão" e reúne os primeiros 16 discos solo do cantor, muitos deles inéditos em CD (como os três primeiros), além de um 17º de faixas raras de compactos e participações em projetos de outros artistas. Aí se inclui a raríssima "A Estrada Azul", que Ney gravou em 1971 para a trilha sonora do filme "Pra Quem Fica, Tchau", ainda antes dos Secos e Molhados. Tem também as duas faixas do compacto de Ney e Fagner lançado em 1975, "Postal de Amor" e "Ponta do Lápis". E entre tantas outras relíquias, aparece a versão de Ney para "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros, gravada em 1985 para o LP "Grandes Nomes - MPB Especial". E o Blog aproveita a deixa para postar o clip dessa gravação:
Alguns fãs estão reclamando a ausência de "Calúnias", versão de "Tell Me Once Again" (do grupo brasileiro "falso americano" Light Reflections), mais conhecida como "Telma, eu não sou gay", gravada com João Penca e Seus Miquinhos Amestrados. Pelas experiências que já tive aqui no Blog, imagino que a música deva ter despertado a ira das pessoas que levam tudo ao pé da letra e não entendem uma brincadeira. Ney sempre assumiu sua bissexualidade sem problemas, mas muitos devem ter protestado, tipo, "qual é Ney, vai negar agora?" Ou talvez tenham interpretado a letra como politicamente incorreta, o que também seria uma bobagem. E assim, Ney preferiu deixá-la de fora da caixa. Pensando bem, não vai fazer falta.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

48 Crash



Este clip foi a forma que encontrei de comemorar meu aniversário aqui no blog. A letra não tem muito a ver, mas ao menos tem a minha nova idade no título e no refrão. E como esta foi uma das músicas que marcaram minha adolescência, fica como estímulo para entrar rachando nos 48, no pique da banda de Suzi Quatro. "Just like a lightning flash..."

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Há 35 anos, Secos e Molhados no Gigantinho

Hoje, dia 10 de dezembro, faz 35 anos que os Secos e Molhados se apresentaram em Porto Alegre, no Gigantinho, em 1973. Não tenho certeza, mas acho que foi o primeiro show musical no ginásio do Inter. Eu estava lá. Deveria ter sido no dia 9, domingo, mas um problema com o certificado de censura fez com que fosse adiado para segunda. Na época, nem questionei esse fato, mas hoje fico curioso. O que terá realmente acontecido? Um mês antes, houve um cambalacho, com anúncio de um show do grupo no Auditório Araújo Vianna e ingressos a dez cruzeiros. Era golpe. Dessa vez era pra valer e o preço era um pouco mais caro, 15 cruzeiros. Mas haveria três outras atrações. De qualquer forma, tanto o alarme falso do mês anterior quanto o adiamento podem ter prejudicado a bilheteria. Mas minha lembrança é de que estava bem cheio, embora não lotado.

O mestre de cerimônias da noite foi o radialista Cascalho (Antônio Carlos Contursi), no auge de sua popularidade como apresentador do "Cascalho Time" da Rádio Continental. Eu já o conhecia de vista, mas estranhei vê-lo de barba. Com seu estilo espalhafatoso inspirado no Big Boy da Mundial do Rio, Cascalho começou chamando a atenção para o esforço da Continental e de Pepsi (que também patrocinava o seu programa) em trazer os Secos e Molhados para se apresentar em Porto Alegre. "Difícil pra burro tirar eles de São Paulo, blá blá blá..." E disse que breve viriam shows internacionais, também, citando o Led Zeppelin. "Vocês sabem quem é o Led Zeppelin?" Estamos esperando até hoje, mas tudo bem.

Saudade Instantânea em foto de maio de 1973. "Cacau" é Cláudio Vera Cruz.
A primeira atração da noite foi o grupo gaúcho Saudade Instantânea com sua ópera pop "Eugeny". Cheguei a ficar em dúvida se não seria o Terço, que também estava anunciado. Achei a sonoridade da banda parecida com a da música "Adormeceu", do grupo de Sérgio Hinds, que nossa professora de música nos mostrara no ano anterior como exemplo de influência de Bach. Mas era mesmo o Saudade com seu som progressivo e a menina Gata chamando a atenção na bateria por seus 13 aninhos e ótimo desempenho. Compunha a formação também o guitarrista Cláudio Vera Cruz.

O Terço foi o segundo a se apresentar e já entrou rachando com "Hey Amigo", que só seria lançada em disco em 1975. O rock do grupo em nada lembrava a citada "Adormeceu", de forma que cheguei a pensar que fosse outro grupo com nome igual. Mas não, era o mesmo Terço da professora de música, agora no auge de sua fase roqueira. Questionado no Orkut, o guitarrista César das Mercês não lembrou se a formação ainda era o power trio com Vinícius Cantuária na bateria ou já Luiz Moreno na percussão e Flávio Venturini nos teclados. Mas com certeza Sérgio Hinds estava na guitarra.

Imaginava-se que viriam Sá e Guarabyra, mas Cascalho disse que os Secos e Molhados já iriam se apresentar. Lembrei que tinham outro show agendado para a mesma noite no clube Leopoldina Juvenil e pensei ser esse o motivo da antecipação. Mas recentemente soube o que realmente aconteceu: Sá e Guarabyra ficaram esperando no hotel, para ficar por último. Foram avisados por telefone de que os Secos e Molhados, meio a contragosto, já estavam se preparando. A estratégia deu certo, mas teve um efeito colateral: alguns, entre eles um amigo meu, foram embora depois da apresentação dos Secos.


Ainda assim, fiquei em dúvida se a informação do Cascalho estava correta, pois uma banda desconhecida (ao menos para mim) iniciou tocando um longo trecho instrumental. De repente, no meio da execução, entram João Ricardo, Ney Matogrosso e Gérson Conrad devidamente maquiados, fazendo a dança tradicional. E assim teve início o momento mais esperado da noite. Quem ainda não tinha comprado o LP só conhecia duas músicas do grupo, "O Vira" e "Sangue Latino", que eram as que mais tocavam no rádio. A primeira foi apresentada duas vezes, uma no meio, outra no final do show, sempre num andamento mais rápido do que no disco. "Rosa de Hiroshima" também já começava a se sobressair. Uma lembrança que ficou marcada foi João Ricardo dando saltos em seqüência com violão e tudo. Recentemente perguntei à esposa dele no Orkut se ele ainda faz isso e ela respondeu: "Talvez, para pular de poça d'água..." O grupo não falou nada entre as músicas, como provavelmente nunca fazia.

O sucesso dos Secos e Molhados foi realmente extraordinário. Eu estava completando 13 anos naquela semana e meus amigos tinham mais ou menos a mesma idade. Nossa turma não ouvia praticamente nada de música brasileira. Acho que, naquela época, só os adolescentes mais politizados ouviam MPB. O resto era música pop direto, de preferência o que era lançado nos LPs "internacionais" de novelas. Ali havia alguns brasileiros se fingindo de americanos, entre eles o famoso Morris Albert. Mas nós curtíamos os Secos e Molhados. O grupo, com sua sonoridade rara e apelo visual provocador, atingia uma parcela de público que só ouvia música estrangeira. Hoje muito se fala na importância dos Secos e Molhados como contestadores em plena ditadura, mas eu diria que não era esse o maior trunfo da banda. Sim, as letras eram politizadas. Inclusive, o grupo teve composições censuradas, como "Tem Gente Com Fome" e "Tristeza Militar". Mas, para a maioria dos fãs, o que agradava nos Secos e Molhados era mesmo o espetáculo, a musicalidade e o mis-en-scène.

Por fim, chegou a vez de Sá e Guarabyra. A letra da música "Só Tem Amor Quem Tem Amor Pra Dar" tinha sido distribuída na platéia com o título de "Nós Escolhemos Pepsi" (se alguém ainda tiver isso, é uma relíquia) e Cascalho havia pedido que todos cantassem junto quando ela fosse apresentada. Fazia pouco tempo que os dois vinham tocando sem Zé Rodrix e ainda não tinham lançado nenhum disco como dupla. Foi um momento de descontração. Boa parte do público saiu das arquibancadas e sentou no chão, em frente ao palco. Lembro que eles cantaram "Mestre Jonas". Em certo momento, Sá anunciou uma música "ainda do tempo do Rodrix", mas hoje eu me pergunto se havia alguma composição do repertório que não fosse do tempo do trio. Talvez as novas que entrariam no LP "Nunca", do ano seguinte. Ah, sim, e a música da Pepsi, que era de um compacto solo de Guarabyra.

As fotos acima foram tiradas do Diário de Notícias (Secos e Molhados) e Zero Hora (Saudade Instantânea), durante as pesquisas que fiz no ano passado no Museu de Comunicação Hipólito da Costa, em Porto Alegre. Deixo abaixo as matérias que achei sobre o show. Não localizei uma que comparava a reação do público aos primeiros tempos de Roberto Carlos e citava um trecho da letra de "Sangue Latino". Essa eu lembro que li na época e tenho certeza absoluta de minha memória, pois foi ali que confirmei o nome da banda Saudade Instantânea e da ópera Eugeny. Ainda vou dar uma examinada no arquivo da Zero Hora. Lendo a nota da ZH e a matéria do Diário de Notícias, tive a impressão de que os jornalistas não ficaram até o fim. Apenas marcaram presença e foram para casa mais cedo. Inclusive, o Diário de Notícias erra a ordem dos shows. Incluí também uma matéria com Sá e Guarabyra publicada na mesma ocasião.
Cliquem para ampliar.





Procurem meu texto sobre o primeiro LP dos Secos e Molhados no livro "1973, o Ano que Reinventou a MPB", organizado por Célio Albuquerque.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Frases repetidas


Minha namorada é fã do Vin Diesel. Não sei o que ela viu nesse cara, eu tenho muito mais cabelo! Seja como for, pesquisando no YouTube, encontrei esse programa de TV em que debocham do ator por dar sempre as mesmas respostas em entrevistas. Na hora, também achei graça. Mas depois, concluí que eu também sou assim. Se repito um comentário ou narrativa, uso exatamente as mesmas palavras. Percebi isso no Orkut. Às vezes um assunto acaba se repetindo ou eu esqueço que já postei em algum tópico. Quando o abro, encontro um comentário meu exatamente como eu pensava em escrever. Ou então repito o assunto entre tópicos e comunidades, mas sempre com a mesma redação. Mesmo que se passem meses ou até anos entre um e outro. Certos elementos e expressões eu considero essenciais para fazer uma narrativa ou comentário, então eles raramente mudam. Pelo menos isso eu tenho em comum com o Vin Diesel.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

BOM DIA!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Texto meu no blog da Rosangela

O blog da poetisa Rosangela Aliberti (ela insiste que é "Rosangela" sem acento, mesmo) publicou um texto meu editado a partir de mensagens que postei no Orkut. É um assunto que já abordei aqui algumas vezes e com certeza vou abordar outras tantas, pois a "briga" está apenas começando. O texto não foi publicado neste blog, de forma que, quem quiser lê-lo, vai ter que dar uma passada lá. É só clicar aqui.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Tirinha

Não costumo publicar nada que não seja original deste blog (ou pelo menos pesquisado por mim fora da Internet), mas esta tirinha aí do site "Bichinhos de Jardim" mereceu.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Encontros

Hoje fiquei em Porto Alegre porque tenho dentista amanhã de manhã. E foi o dia de encontrar as pessoas na rua. Primeiro, foi o Zeca Azevedo em frente a uma loja de CDs da Galeria Chaves. O Zeca é uma amizade recente, mas sendo jornalista e profundo conhecedor de música - além de ter gostos em comum comigo, como soul music dos anos 70 - quase esquecemos da hora conversando. Qualquer hora temos que marcar um bate-papo mais prolongado para discutir cada inflexão vocal do Billy Paul e do Teddy Pendegrass.

Seguindo pela Rua da Praia, dou de cara com a Tanize, amiga de infância e ex-colega do Pio XII. Ela queria saber o nome da música do Herp Albert que tocava na Rádio Itaí nos anos 70. Primeiro eu disse que era "mãe sem acento". Ela anotou "Mae" e quis saber por que o título era em português. Expliquei que era na verdade "mêi" a pronúncia. Ela quase se ofendeu? "Emílio, tá pensando que eu sou ignorante? Então eu não vou conhecer o nome Mae, de Mae West?" Depois dei a dica de outra música da Itaí, "Look For a Star", na gravação de Billy Vaughn. E soletrei "L-O-O-K". Ela me olhou feio de novo. Tanize, procure entender: aqui na Internet eu encontro pessoas que não sabem escrever nem em português! Gente que inventa "auto de data", "nada haver", "menoria" e outras pérolas. Há algum tempo eu escrevi um comentário sobre o fato de que nós, do colégio Pio XII, éramos inteligentes e só hoje eu percebo isso. Mesmo os colegas que tiravam nota baixa eram espertos, só tinham preguiça de estudar. Depois achei que era muita presunção publicá-lo aqui no blog e o transcrevi somente na comunidade do Pio XII do Orkut. Pois meu encontro com a Tanize confirma minha tese. Os piodozenses arrasavam e arrasam. E ela não fala inglês, não, gente!

Infelizmente, ela me deu uma notícia ruim. Faleceu no sábado o nosso amigo e ex-colega João Luiz Bernardi Ferreira. Ele estava morando em Pelotas, onde lecionava no Departamento de Botânica do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas. O João Luiz era um cara divertido e autêntico que não tinha medo de dar sua opinião. No tempo do Pio XII, até não nos acertávamos muito. Eu o achava debochado demais. Mas depois nos aproximamos através de um amigo comum e solidificamos nossa amizade. Podíamos ficar anos sem nos ver, mas quando nos reencontrávamos, dizíamos bobagens e ríamos muito. É uma grande perda para todos.

Por fim, ao sair para o Shopping Praia de Belas, encontrei o Celio Romais, que eu só conhecia do Orkut, mas que já tinha me dito que morava na mesma rua que eu. Bem... quase, né? A essas alturas já não sei se moro aqui ou em São Leopoldo. Amanhã devo estar de volta lá.