O último audiobook que ouvi em português foi "Saga Brasileira, a Luta de um Povo por sua Moeda", de Miriam Leitão, que escutei em julho do ano passado. É a história de como o Brasil finalmente conseguiu superar a hiperinflação, depois de fracassados planos econômicos. Pois agora vou encarar outro que comprei faz tempo, não lembro exatamente quando, mas o lançamento é de 2009: "O Mago", biografia de Paulo Coelho escrita por Fernando Morais e narrada pelo ator José Mayer. Saiu em CD pela editora Plugme, com áudio em mp3.
Pelo visto, a Plugme não existe mais. Foi o que concluí após uma pesquisa rápida no Google. Quem parece estar na vanguarda dos audiobooks (ou audiolivros) no Brasil é o site ubook. Inclusive ele tem outro livro do Fernando Morais que eu adoraria ouvir: "Corações Sujos". Mas precisa de smart phone e eu ouço meus audiobooks no velho e bom iPod da Apple.
A expectativa não me entusiasma nem um pouco, mas há de chegar um momento em que eu me renderei aos smart phones. Por uma razão muito simples: as pessoas não simplesmente "aderiram" ao aparelho, elas migraram para ele! Tem usuário que nem lê mais e-mail. Se você não "mandar um Whats", ele jamais receberá sua mensagem. Cansei de ler pelo mensageiro do Facebook: "Me dá teu Whats, para a gente poder se comunicar." Ora, já não estamos nos comunicando? Ou então chega uma mensagem urgente pelo Facebook, porque o remetente não lembra ou não sabe que eu só o acesso pelo computador. Pensa que eu vou ler na hora, onde estiver. Qual o problema de simplesmente telefonar? No caso de crianças e adolescentes, eu entendo bem a situação. "Manhê, na minha aula todo o mundo tem Whats, só eu não! Tenho até vergonha de mostrar meu celular velho e barato! Não consigo mais me comunicar com eles!"
Mas eu vou resistir o máximo que puder. Aliás, vi que os telefones bem simples ainda são vendidos no centro de Porto Alegre. Deve ter mais gente como eu por aí.
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Lembram quando saiu uma entrevista minha para o site Collector's Room em 2011? Está aqui. Pois agora fui novamente entrevistado como colecionador, desta vez para outro site. Embora seja a mesma pessoa contando sua história, o enfoque ficou diferente. Além de ter oito anos a mais para atualizar. Aguardem, que darei o link quando for publicada.
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Além de escutar audiobooks, eu também leio livros, como vocês sabem. E sempre tenho pilhas na fila de espera. Pois, assim como no caso acima, resolvi dar preferência a publicações em português. Vai daí que estou lendo, finalmente, "Brock - o Rock Brasileiro dos Anos 90", de Arthur Dapieve. A edição original é de 1995. Antes desse eu já tinha lido o bem mais recente (no caso, de 2002) "Dias de Luta - o Rock e o Brasil dos Anos 80", de Ricardo Alexandre. Foi um período importante em que o rock nacional saiu do underground e se colocou na linha de frente da música brasileira. E ainda recebeu uma ajudinha do Rock in Rio na projeção de nomes como Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Só que isso teve um efeito prejudicial na popularidade da turma da MPB na segunda metade da década. O rock realmente tomou o poder.
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Os que compareceram às manifestações de hoje têm todo o direito de defender o Presidente que elegeram. Eu fiz isso pela minha Presidenta em 2016. E garanto a vocês que não participarei de movimentos golpistas, se houver. Maus exemplos não devem ser imitados.
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Boa semana a todos!