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domingo, janeiro 28, 2018
Morre o criador do Recruta Zero
Estas duas relíquias de minha biblioteca atestam minha admiração pelo Recruta Zero e todos os personagens criados pelo genial Mort Walker. Eu os lia desde a infância, mas hoje percebo que eles são na verdade para adultos. Mort refletia neles comportamentos típicos da vida real. O Tenente Escovinha, jovem que era promovido muito cedo para uma posição para a qual ainda não tinha maturidade. A esposa do General, típica "Primeira Dama", a quem o poderoso oficial devia obediência ao chegar em casa. Dona Tetê, a secretária gostosa. Quindim, o mulherengo.
Uma curiosidade é que, no original, "Zero" era o personagem que conhecemos como Dentinho. O Recruta Zero se chamava Beetle Bailey.
Os gibis eram lançados no Brasil pela Editora Rio Gráfica (que atualmente se chama Editora Globo após comprar a empresa gaúcha de mesmo nome). Em 1970, a editora Saber começou a publicar "Zé, o Soldado Raso". Nada mais era do que o Recruta Zero com outra denominação. Dentinho foi rebatizado Dentuço e os demais personagens foram apresentados com seus nomes originais, de forma que Quindim era Killer, Tainha era Snorkel e assim por diante. Mort Walker faleceu ontem, aos 94 anos. Obrigado por sua obra maravilhosa.
Esta imagem vem sendo divulgada no Facebook desde o final da manhã. Observem o horário: 10:18. Ou seja, ela foi ao ar na Band News quando ainda nem havia iniciado o segundo voto que condenou Lula. Sabe-se que é normal, em jornalismo, já se terem certos textos preparados para uma eventualidade. Quando uma pessoa famosa fica muito doente, seu obituário começa a ser redigido. Mas que esse "vazamento antecipado" ficou chato, ficou. Até porque a notícia se concretizou, então pareceu um "spoiler".
Ontem, às 20 horas, manifestantes reunidos na Av. Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, para ouvir Lula.
O acampamento no Anfiteatro Pôr-do-Sol, hoje, às 15 horas. Depois das 17, caiu uma chuva torrencial.
Aqui, a barreira que impedia o acesso do público às proximidades do TRF-4, um dos prédios que se veem ao longe.
Lula foi condenado por unanimidade, isto é, 3 a 0. Consuma-se a segunda parte do golpe. O mais triste de tudo isso é que nossa democracia foi posta à prova e não passou. Confirmou-se que a grande imprensa e as elites ainda conseguem interferir no processo eleitoral. Não apenas afastando uma Presidente legitimamente eleita, mas também impedindo que o sucessor dela se candidate. Uma farsa em dois atos. Deixa de existir o lado bonito da democracia - diria até sua própria essência - que é a soberania e o respeito à vontade do povo. A nós, que estivemos o tempo todo contra essa manobra desleal, só resta seguir de cabeça erguida, na certeza de termos feito a coisa certa.
Aos que se sentem incomodados com as manifestações nas ruas de Porto Alegre eu só faço uma pergunta: quem foi que trouxe para a rua o que já estava decidido nas urnas? E com o slogan bem explícito de "Vem pra rua"? Não reclamem agora. Foram vocês que começaram.
Hoje pela manhã, a convite de meu amigo Paulo de Campos, tive a honra de assistir à reunião do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, no Auditório do Museu de Artes (MARGS). O tema da sessão era "A Cultura e a Imprensa". Paulo, que é músico e colunista em Osório, trouxe para homenagear e compor a mesa Antão Sampaio, Diretor dos jornais "Bons Ventos" e "Revisão", daquela cidade. Também Ney Gastal participou com um depoimento interessantíssimo sobre sua trajetória no jornalismo cultural, em especial no Correio do Povo. Igualmente, os conselheiros contribuíram com seus relatos sobre o assunto.
Ney Gastal, entre outras histórias, contou sobre o seu dia de glória em que entrou na sala das rotativas do Correio do Povo e disse, como se vê nos filmes: "Parem as máquinas!" Elvis Presley tinha falecido. Ney aproveitou seu conhecimento de linotipista para redigir ali mesmo a matéria sobre o Rei do Rock. Outro relato curioso foi de quando entrevistou o MPB-4 no Chalé da Praça XV. Ao voltar para a redação, percebeu que nada havia sido gravado. Não desanimou: redigiu a entrevista "de cabeça" e depois ainda foi elogiado pelo integrante Ruy, que morreu recentemente. Mas a conclusão de sua fala teve um tom inequívoco de lamento pela perda de espaço da cultura na mídia atual. E também a contaminação das páginas de cultura pela publicidade, algo que não acontecia nos antigos veículos da Caldas Júnior.
Paulo de Campos falou resumidamente sobre seu trabalho de jornalista cultural em Osório. Enquanto ele palestrava, o telão ia mostrando matérias escritas por ele que haviam sido publicadas. De repente apareceu...
...o perfil que ele fez de mim! Foram só alguns segundos, mas consegui fotografar.
O homenageado Antão Sampaio dá o seu depoimento sobre a cultura em Osório e a participação da imprensa local na divulgação.
Walter Galvani, lenda do jornalismo gaúcho, conta sua história. E assim também outros conselheiros contribuíram cm seus testemunhos sobre jornalismo cultural. A foto bem de cima foi copiada do perfil da CEC no Facebook, mas as demais foram tiradas por mim. Acredito que haja outras registradas também por Paulo de Campos, então esta é uma postagem que poderá ser ampliada em breve.
Só hoje tomei conhecimento de que um de meus filmes preferidos, "A Felicidade Não se Compra", do diretor Frank Capra, foi lançado em Blu-ray nacional. A primeira vez em que o vi, estava passando por um momento complicado e achei o enredo muito fantasioso. Hoje entendo que a mensagem principal não está na última cena. Aquilo é apenas um bônus, um presente aos espectadores, para que não sejam frustrados em sua expectativa de um final plenamente feliz. O recado certeiro é dado um pouco antes, no clímax da trama: você não precisa ficar rico, famoso ou importante para ser uma pessoa bem sucedida. Os seres humanos realmente especiais são os que fazem diferença para melhor na vida dos outros. Mesmo que não percebam ou não sejam percebidos. Enredos piegas são um investimento de alto risco. Só dão certo se atingirem o público em cheio na sua proposta. É o caso deste filme. Creio que o lançamento tenha ocorrido em dezembro, já que é considerado um clássico natalino. Mas não espere o próximo final do ano: veja assim que puder. E reveja. Acreditem, este filme sempre me leva às lágrimas. E eu nunca canso de assistir.
Ainda não está decidido, mas esta poderá ser a capa da coletânea de crônicas "Dezmiolados: Volume 2". No mínimo, pode servir como material para divulgação. O desenho é de Marne Rodrigues, um dos participantes do livro.
Hoje meu filhão está completando 24 anos. A experiência de ser pai dele mudou a minha vida. Quero acreditar que me tornou um ser humano melhor. Feliz aniversário, "gugui"! Tu não tens nem ideia do quanto tu és importante para mim.
Aos que fazem campanha contra o voto nulo, gostaria de dar um lembrete: se vocês foram às ruas para afastar a Dilma, ajudaram a anular 54,5 milhões de votos válidos. Dois pesos e duas medidas.
A lembrança mais marcante de Ruy Farias, pra mim, foi a de um show do MPB-4 em Porto Alegre, no final de 1980, no Teatro Leopoldina. Minha motivação maior para estar lá, confesso, era conferir a participação especial de Kleiton e Kledir, que tinham acabado de lançar seu primeiro LP como dupla. Naquele ano havia falecido o compositor Sidney Miller. Em homenagem a ele, num momento solo, Ruy cantou "Pois é, Pra quê", acompanhando-se ao violão. Foi lindo. Ruy morreu ontem, aos 80 anos. Ele tinha saído do MPB-4 em 2004 e fez shows em 2017 com o grupo CyB4, que tinha também Cyva, Cynara (fundadoras do Quarteto em Cy) e Chico Farias (filho de Ruy e Cynara). É o segundo integrante original do MPB-4 a falecer. O primeiro foi Magro, em 2012, como registrei aqui.
Em 10 de agosto de 2016 eu registrei aqui no Blog os 50 anos de minha passagem pelo Jardim de Infância da Comunidade Evangélica, na Senhor dos Passos. Postei algumas fotos, mas disse que estava faltando uma da turma toda, que eu não sabia onde estava. Pois apareceu. Já a incluí na postagem respectiva, ao final. Cliquem aqui para ver.
Antes tarde do que nunca, estou criando o hábito de fotografar com meu celular "dumb phone" Nokia. Prefiro a Nikon compacta ou a Canon semiprofissional, mas como não costumo carregá-las por aí em qualquer situação, o telefone acaba servindo. Ele tira fotos bem melhores do que a velha Kodak Instamatic Pocket da minha adolescência. Aí está a Estação Niterói, do Trensurb, vista da passarela. Como não só gaúchos acessam esta página, é bom explicar: Niterói é um bairro da cidade de Canoas, na Grande Porto Alegre.
Esta é a segunda vez que meu nome aparece numa ficha catalográfica. A primeira foi como tradutor no livro "Porto Alegre de Quintana". Não fiz sozinho as versões para o inglês, mas, na divisão dos créditos, o outro tradutor foi mencionado em "O Rio Grande de Erico", lançado simultaneamente. A coletânea de crônicas "Dezmiolados: volume II" deve sair em março.
O médico para o paciente: - Sinto muito, teremos que fazer um procedimento perfunctório de emergência para evitar que se forme um fulcro. - Por que isso acontece, doutor? - Pode haver várias causas, mas é possível que você esteja colocando muito alvitre na salada. Esse tempero é um veneno. (Inspirado na crônica "Palavreado", de Luis Fernando Verissimo.)
Não esqueçamos que hoje é o aniversário dos dois maiores nomes individuais do rock: Elvis Presley e David Bowie. Quando o livro acima foi editado, ambos ainda estavam vivos. E já eram ícones.
Como estarei ocupadíssimo nos próximos dias, vou aproveitar que um amigo do Facebook (Marinho Rocker) postou esta matéria em uma das comunidades sobre rock e trazer as páginas para cá, para que vocês também possam ver. Esta foi a minha estreia na revista Poeira Zine, em julho de 2009. A capa acima eu já tinha mostrado, na época. Cliquem nas imagens abaixo, para ampliá-las.
Eu, como tantos brasileiros, tenho minhas razões para não gostar de Michel Temer. Mas desejo que ele se recupere de sua doença, sem sequelas. E que volte a exercer as funções para as quais tem legitimidade, quais sejam, de marido e de pai. De resto, continuará sofrendo críticas por seus desmandos no poder. Mas não quero que pague por seus erros com sofrimento físico. Quem pensa de forma diversa está se rebaixando ao nível dos que regozijaram com o câncer de Lula e com o falecimento de Marisa Letícia. Os verdadeiros defensores da democracia não deveriam nutrir sentimentos doentios de vingança. Melhoras para Michel Temer.
Este logotipo adaptado é uma ideia antiga que finalmente coloquei em prática. Colecionadores de discos logo identificarão do que se trata. Criei no Paint. A letra O foi a que deu mais trabalho, mas consegui. Já postei como imagem de capa no meu perfil do Facebook.
Jornalista free-lancer apaixonado por música. Minhas colaborações mais frequentes foram para o International Magazine, mas já tive matérias publicadas em Poeira Zine e O Globo. Também já colaborei com os sites Portal da Jovem Guarda e Collector's Room. Em 2022, publiquei "Kleiton & Kledir, a biografia". Aqui no blog, escrevo sobre assuntos diversos.