quinta-feira, junho 30, 2016
Boa notícia: Zeca Azevedo já está em casa. Aparentemente recuperado, pois fez uma postagem de agradecimento no Facebook e aproveitou para indicar ofertas de CDs de uma loja on-line. Bem vindo de volta e muita saúde, Zeca! Bola pra frente!
quarta-feira, junho 29, 2016
Retificação ainda que tardia
Fiquei feliz ao saber que a Trilha Entretenimento, de meu amigo Maurício Trilha, está trazendo Renato e Seus Blue Caps a Porto Alegre, em parceria com a Branco Produções. O show será no dia 19 de agosto, no Teatro do Bourbon Country. Breve devo providenciar meu ingresso. Se tudo der certo, quero fotografar a apresentação e divulgar as imagens aqui no Blog.
Obviamente, já assisti a Renato e Seus Blue Caps ao vivo em outras ocasiões. Eu os vi pela primeira vez em 1986, no saudoso Le Club. Já a foto acima foi tirada no dia 8 de novembro de 2006, no camarim do Teatro do Sesi. Eles se apresentaram numa dobradinha com os Golden Boys. Cobri o show para o Portal da Jovem Guarda. Vocês podem ler meu texto clicando aqui.
Depois disso, tive a honra de escrever a biografia do grupo para a seção "Arquivo Verde Amarelo" da Poeira Zine. Foi publicada na edição nº 26, de agosto/setembro de 2009. Lembrando desse fato, pensei que seria uma boa ideia levar a revista para mostrar a Renato, no Teatro do Bourbon. Talvez ele já tenha lido a matéria, mas não importa. Entregar-lhe o exemplar em mãos teria um significado especial para mim. Imediatamente, fiz a encomenda da publicação.
Após efetuada a compra, tive uma dúvida. Como terminava mesmo o meu texto? Será que eu tinha incluído uma informação que depois foi desmentida? Fui conferir nos meus arquivos e, infelizmente, eu havia cometido esse erro. Considero-me inocente, mas é sempre lamentável divulgar uma inverdade. Ou nem tão inverdade assim, como se verá adiante, mas de qualquer forma foi desagradável. Então agora fico receoso de levar a revista para Renato. Levo ou não levo? Será que ele vai entender ou me culpar?
Tudo começou quando, em 2009, anunciou-se no Orkut que a formação clássica de Renato e Seus Blue Caps estava voltando. Não em definitivo, claro. Mas os cinco integrantes do período de 1964 a 1968 - Renato, Cid (esses dois continuam no grupo), Paulo César, Carlinhos e Tony - voltariam a tocar juntos pelo menos uma vez, para relembrar os bons tempos. Como a notícia foi confirmada pela esposa de Tony, presumi ser mais do que confiável. E fiz uma postagem a respeito aqui no Blog (agora já a excluí).
Alguns dias depois, estranhei que um dos supostos responsáveis por essa reunião perguntou, em tom de enquete, se os fãs eram a favor desse retorno. Ora, por que questionar? Já não estavam fazendo? Pois que seguissem em frente. Não entendi o porquê dessa consulta. Até que, mais tarde, uma pessoa próxima a Renato divulgou a mensagem abaixo, capturada de uma conversa via MSN:
Eu, sinceramente, me senti enganado. Não por Renato, mas por quem divulgou antecipadamente algo que ainda era apenas uma hipótese. Aí, somando as coisas, entendi o que aconteceu. Algum empresário ou fã (ou ambos) teve a ideia de trazer de volta a formação clássica dos Blue Caps. Mas não entrou em contato com Renato para saber se o projeto seria bem-vindo. Começou pelos ex-integrantes (ou pelo menos por Tony), depois tentou conquistar o apoio dos fãs. Quando o líder do grupo tomou conhecimento, é lógico que ficou uma fera. E redigiu o desmentido acima.
Pois é. Mas aí já era tarde. Meu texto já estava publicado na Poeira Zine. Eis a última frase: "No momento em que esta matéria era fechada, falava-se em trazer de volta a formação clássica do grupo para shows." E eu lembro que fiquei feliz de ainda conseguir incluir essa informação de última hora. O mais irônico é que, a rigor, ela está correta. Em minha linguagem vaga, eu não disse quem era o responsável pelo anúncio. "Falava-se." Apenas isso. Mas é claro que, para os leitores, ficou como uma notícia confiável. Maculou a biografia.
Independente de levar ou não a revista, estarei lá no dia 19 de agosto para ver o show. E espero falar novamente com Renato.
Obviamente, já assisti a Renato e Seus Blue Caps ao vivo em outras ocasiões. Eu os vi pela primeira vez em 1986, no saudoso Le Club. Já a foto acima foi tirada no dia 8 de novembro de 2006, no camarim do Teatro do Sesi. Eles se apresentaram numa dobradinha com os Golden Boys. Cobri o show para o Portal da Jovem Guarda. Vocês podem ler meu texto clicando aqui.
Depois disso, tive a honra de escrever a biografia do grupo para a seção "Arquivo Verde Amarelo" da Poeira Zine. Foi publicada na edição nº 26, de agosto/setembro de 2009. Lembrando desse fato, pensei que seria uma boa ideia levar a revista para mostrar a Renato, no Teatro do Bourbon. Talvez ele já tenha lido a matéria, mas não importa. Entregar-lhe o exemplar em mãos teria um significado especial para mim. Imediatamente, fiz a encomenda da publicação.
Após efetuada a compra, tive uma dúvida. Como terminava mesmo o meu texto? Será que eu tinha incluído uma informação que depois foi desmentida? Fui conferir nos meus arquivos e, infelizmente, eu havia cometido esse erro. Considero-me inocente, mas é sempre lamentável divulgar uma inverdade. Ou nem tão inverdade assim, como se verá adiante, mas de qualquer forma foi desagradável. Então agora fico receoso de levar a revista para Renato. Levo ou não levo? Será que ele vai entender ou me culpar?
Tudo começou quando, em 2009, anunciou-se no Orkut que a formação clássica de Renato e Seus Blue Caps estava voltando. Não em definitivo, claro. Mas os cinco integrantes do período de 1964 a 1968 - Renato, Cid (esses dois continuam no grupo), Paulo César, Carlinhos e Tony - voltariam a tocar juntos pelo menos uma vez, para relembrar os bons tempos. Como a notícia foi confirmada pela esposa de Tony, presumi ser mais do que confiável. E fiz uma postagem a respeito aqui no Blog (agora já a excluí).
Alguns dias depois, estranhei que um dos supostos responsáveis por essa reunião perguntou, em tom de enquete, se os fãs eram a favor desse retorno. Ora, por que questionar? Já não estavam fazendo? Pois que seguissem em frente. Não entendi o porquê dessa consulta. Até que, mais tarde, uma pessoa próxima a Renato divulgou a mensagem abaixo, capturada de uma conversa via MSN:
Eu, sinceramente, me senti enganado. Não por Renato, mas por quem divulgou antecipadamente algo que ainda era apenas uma hipótese. Aí, somando as coisas, entendi o que aconteceu. Algum empresário ou fã (ou ambos) teve a ideia de trazer de volta a formação clássica dos Blue Caps. Mas não entrou em contato com Renato para saber se o projeto seria bem-vindo. Começou pelos ex-integrantes (ou pelo menos por Tony), depois tentou conquistar o apoio dos fãs. Quando o líder do grupo tomou conhecimento, é lógico que ficou uma fera. E redigiu o desmentido acima.
Pois é. Mas aí já era tarde. Meu texto já estava publicado na Poeira Zine. Eis a última frase: "No momento em que esta matéria era fechada, falava-se em trazer de volta a formação clássica do grupo para shows." E eu lembro que fiquei feliz de ainda conseguir incluir essa informação de última hora. O mais irônico é que, a rigor, ela está correta. Em minha linguagem vaga, eu não disse quem era o responsável pelo anúncio. "Falava-se." Apenas isso. Mas é claro que, para os leitores, ficou como uma notícia confiável. Maculou a biografia.
Independente de levar ou não a revista, estarei lá no dia 19 de agosto para ver o show. E espero falar novamente com Renato.
terça-feira, junho 28, 2016
Breve aqui, veranico de julho
Quando veio o frio há algumas semanas, ouvi gente dizendo: "Imagina como vai ser o inverno?" Eu respondia: vai ser como sempre foi em Porto Alegre, com alguns dias quentes. A maioria ficava incrédula. Pois o serviço de meteorologia já está anunciando calor para o próximo fim de semana. Incrível: sempre temos "veranico de julho", mas só eu e os meteorologistas lembramos. Cliquem aqui para ler todas as postagens deste blog em que citei o veranico de inverno.
quinta-feira, junho 23, 2016
sábado, junho 18, 2016
Iuri na piscina de bolinhas
Hoje eu estava indo com o Iuri pagar o estacionamento do Shopping Praia de Belas quando ele se aproximou da parede transparente que protege a piscina de bolinhas. Colocou o braço por cima, tentando pegar uma bola. Lembrei que, quando pequeno, ele adorava brincar lá dentro. Pensei se ele estaria querendo voltar lá. Pois estava! Ficou só dez minutos, mas como se divertiu! É maravilhoso ver meu filho feliz. Voltaremos mais vezes.
O poder do USB
Já faz algum tempo que gravei a entrevista de um amigo num programa local e depois registrei-a num DVD. Avisei para ele por e-mail. Ele respondeu agradecendo, mas dizendo que hoje vivemos na era do arquivo digital independente do meio. Nesse aspecto, sempre me considerei conservador. Mantenho meu fetiche por CDs e DVDs, mesmo sabendo que é possível obter música e vídeo em outros dispositivos de armazenamento.
Mas um detalhe nunca tinha me chamado a atenção: o que se pode fazer quando equipamentos de som têm uma entrada USB. É um recurso que está presente no meu home theater, num mini-system que uso para ouvir música no quarto e também no som do meu carro. Sim, eu uso pen drive há anos. Mas, para mim, sempre foi uma forma de se copiarem arquivos de um computador para o outro. Ou de se fazer back-up de fotos, textos, música e conteúdos diversos.
Pois bem: experimentei espetar um pen drive cheio de arquivos em mp3 no player do carro. Nossa! Horas e horas de música para ouvir! Lembro quando, numa viagem a Santa Catarina, levei dois CDs com gravações em mp3 para ir escutando. Se tivesse usado um pen drive, teria fundo musical para a ida e a volta e ainda sobraria. Uma pessoa "normal", que não seja colecionadora, consegue colocar todo o seu acervo de músicas em mp3 num pen drive.
Mas, como se sabe, o formato mp3 utiliza compressão com descarte de informações. Em outras palavras, a qualidade de som fica levemente comprometida. Então fiz uma experiência: coloquei um pen drive com arquivos WAV no home theater da sala. Esses têm a mesma qualidade de um CD. Bingo! Tocaram normalmente! Aproveitei também para rodar arquivos de vídeo em formato MOV que gravei em alta definição com minha Nikon compacta. Outro bingo! Imagem maravilhosa e som em estéreo! Depois exibi fotos. Ficaram ótimas na tela de 32 polegadas.
Fiz testes semelhantes com um HD externo. Funcionou sem problemas. Aparentemente, dará certo com qualquer meio de armazenamento com conexão USB. Nestas horas lembro de minha juventude, em que o máximo de música ininterrupta que se conseguia eram 45 minutos de um lado de fita de 90 (já que as de 120 não eram recomendadas). Como já comentei aqui, aos 23 anos gravei uma fita para ouvir enquanto pedalava na bicicleta estacionária. Hoje, quem quiser, faz uma festa só com música de pen drive, sem necessidade de alguém para ficar de discotecário.
Enfim, antes tarde do que nunca, estou convencido: não há mais necessidade de CD-R ou DVD-R. Continuo valorizando produtos originais, mas para cópias, um pen drive ou HD externo funciona perfeitamente. Basta usar a conexão USB e os arquivos de áudio, vídeo ou fotos podem ser desfrutados sem qualquer perda de qualidade. Apenas continua existindo a necessidade de se fazerem cópias de segurança de tempos em tempos, já que não há garantia de que esses dispositivos durem para sempre. Mas aí surge outra opção para preservar os arquivos: a "nuvem". Sobre isso, escreverei quando estiver conquistado por esse recurso.
Quem deve estar rindo sozinho é o jornalista Ney Gastal, aqui de Porto Alegre. Quando o CD era novidade, nos anos 80, ele já previa que o futuro do áudio e vídeo estaria nos "cartuchos de memória estática". Acertou em cheio.
Mas um detalhe nunca tinha me chamado a atenção: o que se pode fazer quando equipamentos de som têm uma entrada USB. É um recurso que está presente no meu home theater, num mini-system que uso para ouvir música no quarto e também no som do meu carro. Sim, eu uso pen drive há anos. Mas, para mim, sempre foi uma forma de se copiarem arquivos de um computador para o outro. Ou de se fazer back-up de fotos, textos, música e conteúdos diversos.
Pois bem: experimentei espetar um pen drive cheio de arquivos em mp3 no player do carro. Nossa! Horas e horas de música para ouvir! Lembro quando, numa viagem a Santa Catarina, levei dois CDs com gravações em mp3 para ir escutando. Se tivesse usado um pen drive, teria fundo musical para a ida e a volta e ainda sobraria. Uma pessoa "normal", que não seja colecionadora, consegue colocar todo o seu acervo de músicas em mp3 num pen drive.
Mas, como se sabe, o formato mp3 utiliza compressão com descarte de informações. Em outras palavras, a qualidade de som fica levemente comprometida. Então fiz uma experiência: coloquei um pen drive com arquivos WAV no home theater da sala. Esses têm a mesma qualidade de um CD. Bingo! Tocaram normalmente! Aproveitei também para rodar arquivos de vídeo em formato MOV que gravei em alta definição com minha Nikon compacta. Outro bingo! Imagem maravilhosa e som em estéreo! Depois exibi fotos. Ficaram ótimas na tela de 32 polegadas.
Fiz testes semelhantes com um HD externo. Funcionou sem problemas. Aparentemente, dará certo com qualquer meio de armazenamento com conexão USB. Nestas horas lembro de minha juventude, em que o máximo de música ininterrupta que se conseguia eram 45 minutos de um lado de fita de 90 (já que as de 120 não eram recomendadas). Como já comentei aqui, aos 23 anos gravei uma fita para ouvir enquanto pedalava na bicicleta estacionária. Hoje, quem quiser, faz uma festa só com música de pen drive, sem necessidade de alguém para ficar de discotecário.
Enfim, antes tarde do que nunca, estou convencido: não há mais necessidade de CD-R ou DVD-R. Continuo valorizando produtos originais, mas para cópias, um pen drive ou HD externo funciona perfeitamente. Basta usar a conexão USB e os arquivos de áudio, vídeo ou fotos podem ser desfrutados sem qualquer perda de qualidade. Apenas continua existindo a necessidade de se fazerem cópias de segurança de tempos em tempos, já que não há garantia de que esses dispositivos durem para sempre. Mas aí surge outra opção para preservar os arquivos: a "nuvem". Sobre isso, escreverei quando estiver conquistado por esse recurso.
Quem deve estar rindo sozinho é o jornalista Ney Gastal, aqui de Porto Alegre. Quando o CD era novidade, nos anos 80, ele já previa que o futuro do áudio e vídeo estaria nos "cartuchos de memória estática". Acertou em cheio.
sexta-feira, junho 17, 2016
Paul McCartney: mais uma biografia de referência
O inglês Philip Norman é um renomado biógrafo de músicos famosos. Escreveu obras de fôlego sobre, entre outros, Beatles, Rolling Stones e Elton John. Seu extenso volume sobre John Lennon, publicado em 2008, tornou-se uma nova referência sobre a vida do ex-Beatle. Pois desta vez ele arregaçou as mangas e produziu um trabalho de porte semelhante sobre o parceiro Paul McCartney. O audiobook muito bem narrado por Jonathan Keeble totaliza 30 horas de audição.
O que causa surpresa é que Paul se mostrou simpático à proposta de Norman de contar sua história, embora não seja uma biografia "autorizada" no sentido clássico do termo. Em 1981, o autor publicou "Shout!", sobre a carreira dos Beatles, e pegou pesado com o baixista. Desde então, vigora a ideia de que existiria uma certa antipatia entre eles. Se de fato havia essa animosidade, parece ter sido superada.
A narrativa presume que o leitor já conhece de antemão os fatos marcantes da trajetória de Paul McCartney. Logo, inexiste a preocupação de "não estragar surpresas" (ou, usando o termo estrangeiro tão em voga, não se evitam "spoilers"). Assim, sempre que a maconha entra em cena, o texto faz referência ao revés que Paul enfrentaria em 1980 no Japão. Quando Heather Mills surge na vida do músico, o autor apresenta informações sobre ela, citando que algumas foram colhidas do processo de divórcio.
O que este livro teria para contar que já não se saiba? Philip Norman aprofunda a análise da relação de Paul com seus familiares: o pai, o irmão, os filhos e as esposas. Fica-se sabendo, por exemplo, que a filha mais velha de Linda, a primeira Heather na vida de Paul, voltou a ter contato com o pai biológico, Joseph Melville See, chegando a residir por dois anos na mesma cidade que ele, Tucson, Arizona (o que leva muitos a supor que ele seja o "Jo Jo" da letra de "Get Back"). Na época do lançamento de "Anthology", em 1995, o telefonema ao ex-baterista Pete Best para lhe informar do dinheiro que receberia por sua participação em algumas faixas teria sido dado pelo próprio Paul.
A carreira turbulenta e cheia de guinadas de Paul garante uma leitura (ou, no meu caso, audição) cativante e nada monótona. Os Beatles, o boato de que Paul estaria morto, o casamento com Linda, o sucesso dos Wings, a prisão no Japão, a conturbada relação com Heather Mills, tudo isso é contado numa escrita saborosa e farta em informações. Ao final, Philip Norman explica em que termos Paul concordou com a biografia e como isso facilitou o acesso às fontes mais próximas ao personagem principal. Agora é aguardar e torcer por uma edição traduzida para o português. (P.S.: Edição em português pela Companhia das Letras anunciada para junho de 2017.)
O que causa surpresa é que Paul se mostrou simpático à proposta de Norman de contar sua história, embora não seja uma biografia "autorizada" no sentido clássico do termo. Em 1981, o autor publicou "Shout!", sobre a carreira dos Beatles, e pegou pesado com o baixista. Desde então, vigora a ideia de que existiria uma certa antipatia entre eles. Se de fato havia essa animosidade, parece ter sido superada.
A narrativa presume que o leitor já conhece de antemão os fatos marcantes da trajetória de Paul McCartney. Logo, inexiste a preocupação de "não estragar surpresas" (ou, usando o termo estrangeiro tão em voga, não se evitam "spoilers"). Assim, sempre que a maconha entra em cena, o texto faz referência ao revés que Paul enfrentaria em 1980 no Japão. Quando Heather Mills surge na vida do músico, o autor apresenta informações sobre ela, citando que algumas foram colhidas do processo de divórcio.
O que este livro teria para contar que já não se saiba? Philip Norman aprofunda a análise da relação de Paul com seus familiares: o pai, o irmão, os filhos e as esposas. Fica-se sabendo, por exemplo, que a filha mais velha de Linda, a primeira Heather na vida de Paul, voltou a ter contato com o pai biológico, Joseph Melville See, chegando a residir por dois anos na mesma cidade que ele, Tucson, Arizona (o que leva muitos a supor que ele seja o "Jo Jo" da letra de "Get Back"). Na época do lançamento de "Anthology", em 1995, o telefonema ao ex-baterista Pete Best para lhe informar do dinheiro que receberia por sua participação em algumas faixas teria sido dado pelo próprio Paul.
A carreira turbulenta e cheia de guinadas de Paul garante uma leitura (ou, no meu caso, audição) cativante e nada monótona. Os Beatles, o boato de que Paul estaria morto, o casamento com Linda, o sucesso dos Wings, a prisão no Japão, a conturbada relação com Heather Mills, tudo isso é contado numa escrita saborosa e farta em informações. Ao final, Philip Norman explica em que termos Paul concordou com a biografia e como isso facilitou o acesso às fontes mais próximas ao personagem principal. Agora é aguardar e torcer por uma edição traduzida para o português. (P.S.: Edição em português pela Companhia das Letras anunciada para junho de 2017.)
terça-feira, junho 14, 2016
Os 50 anos de Adriana Marques
Nesta data a cantora gaúcha Adriana Marques, falecida em 2009, estaria completando 50 anos. Haverá um show em sua homenagem hoje às 20 horas, com entrada Franca, no Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa. Segundo informação do jornalista Roger Lerina em Zero Hora, serão recriados os grupos musicais que Adriana
integrou: Tocaia, Bando Barato pra Cachorro e Cuidado que Mancha. Aproveito para indicar dois tópicos deste Blog em que Adriana foi destacada: um comentário com link para a entrevista exclusiva que ela concedeu a Rogério Ratner e também sua participação no CD Canções para leitores, de Rogério. As duas gravações - a entrevista e a música - foram divulgadas postumamente. O trabalho de Rogério como pesquisador e músico acabou levando-o a efetuar esses preciosos registros finais de Adriana.
sábado, junho 11, 2016
terça-feira, junho 07, 2016
Rogério Ratner também em livro
Este é o ano em que Rogério Ratner está concluindo seus projetos. Além do CD Canções para leitores, agora sai também o livro "Woodstock em Porto Alegre". Trata-se de uma obra sobre o movimento musical gaúcho de 75 e 76 capitaneado por "Mr. Lee" (o radialista Júlio Fürst) na Rádio Continental. Na verdade é um e-book em formato epub, o qual pode ser adquirido no site da editora Já. Novamente, Rogério me prestigiou convidando-me para escrever o prefácio. Esse convite, aliás, me foi feito há cerca de dez anos, quando as pesquisas do compositor e escritor estavam apenas iniciando.
domingo, junho 05, 2016
Domingo de novo
Fiquei uma semana sem postar aqui no Blog, de forma que o último tópico até poderia valer para hoje. O título, pelo menos. Mas estou aqui para dar um alô rápido. Fiquei com meu filho neste fim de semana, então agora estou precisando dar uma descansada. Eu até teria CDs novos para comentar, mas ficam para mais tarde. Essa semana que passou foi importante. Tomei uma decisão que, se se concretizar, vai mudar minha vida. Mas já estava nos planos. No dia 25 de maio, completei 35 anos na empresa em que trabalho. Sabem o que isso significa? Pois é. Ainda não é certo, mas tudo indica que... vai acontecer. E assim começará uma nova fase para mim.
Mas uma coisa de cada vez. Boa semana a todos.
Mas uma coisa de cada vez. Boa semana a todos.