sábado, abril 28, 2012
Depois de muito analisar os prós e contras, fez o que o seu coração mandava desde o começo.
Carole King conta sua história
Um audiobook pode ser lido por um narrador profissional ou
pelo próprio autor. No primeiro caso, tem-se a garantia de uma voz agradável e
pronúncia clara. Mas podem acontecer falhas, como em "David Bowie's
Low", de Hugo Wilckens. Ao citar a música "TVC 15", o locutor
Victor Bevine pronuncia "TVC fifteen", quando o certo seria "TVC
one five", que é como Bowie canta o refrão. Por outro lado, se o escritor
tiver boa dicção e estiver disposto a ele mesmo fazer a leitura, o resultado
será enriquecido pelo tom personalíssimo da interpretação. Ele terá
legitimidade para acrescentar uma risadinha ou algum tom mais específico à
situação, o que não seria lícito a um leitor de ofício.
A versão audiobook de "A Natural Woman – a Memoir", de Carole King, é lida pela própria cantora. Além das vantagens acima mencionadas, as citações de letras de música são cantadas por Carole, que ainda compôs e gravou trechos de piano para introduzir cada novo capítulo. Ao final, num bônus especialíssimo, ela executa uma composição instrumental inédita. Os fãs da autora de "It's Too Late" que optarem pela edição impressa tradicional do livro ficarão com suas coleções incompletas, pois o que temos aqui é mais um trabalho de estúdio da lendária artista americana. Só que falando a maior parte do tempo.
A voz de Carole King soa familiar para quem já conhece suas músicas. Ela transmite calma, confiança e serenidade. Ao descrever seu irmão que tem surdez e retardo mental, ela parece conter o choro. Também se percebe o tom de constrangimento com que ela confessa ter permanecido com seu companheiro Rick Evers mesmo depois de ter apanhado dele mais de uma vez. Para minha decepção, a autobiografia nada diz sobre um suposto namoro que ela teria tido com Neil Sedaka no começo da carreira, o qual serviu de inspiração para a clássica "Oh, Carol" (a que ela respondeu com uma composição quase idêntica chamada "Oh, Neil"). Mas a história de sua parceria com o primeiro marido Gerry Goffin é contada com detalhes, bem como as demais passagens marcantes de sua carreira: os sucessos dos anos 60 compostos para outros artistas, o álbum Tapestry, sua amizade com James Taylor, seus amores, as trocas de gravadoras e os shows recentes. "A Natural Woman" chegou a 6º lugar na lista de best sellers do New York Times. Carole agora é também sucesso na literatura. Torçamos para que se publique uma tradução em português (mas sem as vantagens do audiobook, obviamente).
-*-
Uma observação: quem não entende inglês pode ter uma amostra
de um audiobook lido pelo próprio autor ouvindo "Vale Tudo – Tim
Maia". A interpretação de Nélson Motta é perfeita, chegando a
"incorporar" Tim Maia em imitações das falas do cantor.
segunda-feira, abril 23, 2012
Robin Gibb e o show cancelado
Quando o show que Robin Gibb deveria ter feito no Pepsi on Stage em 7 de abril de 2011 foi cancelado, muitos ficaram desconfiados. A versão oficial foi a saúde do ex-integrante dos Bee Gees, mas houve quem não acreditasse. Afinal, já tinha havido um adiamento de última hora no ano anterior. A data original era 10 de dezembro de 2010. Pois agora sabe-se que era verdade. O estado de Robin é gravíssimo. Menos mal que ele acordou do coma. Essa notícia representa um fio de esperança para os fãs e a família do artista. Casualmente, gravei uma das chamadas do segundo show cancelado, ainda que com uma pequena falha de áudio. Vejam abaixo:
domingo, abril 22, 2012
Programa do Rogério Ratner
Rogério Ratner continua apresentando o seu ótimo programa Paralelo 30 na rádio on-line Buzina do Gasômetro. A edição mais recente focaliza o álbum Em Mar Aberto, de Fernando Ribeiro, relançado em CD no ano passado. Para ouvir esse programa (e outros), cliquem aqui e procurem a edição desejada. Aí é só clicar no ícone do "headphone".
sábado, abril 21, 2012
A propósito...
Notaram uma sutil mudança no tipo de letra ("fonte") do Blog? Faz parte de um pacote de "melhoras não solicitadas" que o provedor acaba de nos empurrar goela abaixo. A interface de publicação mudou completamente. Eu gostava mais antes, mas o que posso fazer? Isso remete a um texto que publiquei aqui em 2005: "Mudar por Mudar". Leiam-no.
Idade chegando
O único CD do Pink Floyd que faltava para completar minha coleção era o More. Ou assim eu pensava. Em minhas últimas visitas à Saraiva, vasculhava inutilmente os CDs do grupo, mas nada de aparecer o título que eu queria. Pois hoje fui procurar um CD específico em meu apartamento e, mexendo nas pilhas ao meu redor, o que apareceu? More, lacradinho! Eu já tinha comprado e nem lembrava! Deve ter sido no mesmo dia em que peguei a nova edição do Animals! Viram o que a idade faz com a memória da gente?
Tá bom, eu admito: não foi a primeira vez. Em certa ocasião uma namorada minha observou que eu tinha dois exemplares do mesmo DVD na mesma pilha. E eu nem tinha me dado conta. E teve também o caso em que eu quase comprei de novo um CD que já tinha, como citei aqui. Maluquices de consumista.
Tá bom, eu admito: não foi a primeira vez. Em certa ocasião uma namorada minha observou que eu tinha dois exemplares do mesmo DVD na mesma pilha. E eu nem tinha me dado conta. E teve também o caso em que eu quase comprei de novo um CD que já tinha, como citei aqui. Maluquices de consumista.
Previsão furada
Até hoje eu era fã da previsão do tempo do site Clicrbs. Os dias de chuva forte eram previstos com uma semana de antecedência. E não falhavam. Pois hoje falhou. Caiu uma pancada torrencial aqui no Menino Deus e ainda há nuvens escuras rondando ameaçadoramente. Pensei que o site iria "corrigir" a previsão, mas não, ainda está lá o 0mm de chuvas para hoje. Como dizia o meu pai, o futuro a Deus pertence.
quinta-feira, abril 19, 2012
Aniversário de Roberto Carlos
Apenas para registrar o aniversário de Roberto Carlos, mostro para vocês o autógrafo que meu pai conseguiu para mim quando era Vice-Presidente do Clube do Comércio de Porto Alegre (depois seria Presidente). O Rei cantou lá em 1972. E aproveito também para publicar novamente duas fotos da ocasião em que Roberto e Luciano Pavarotti se apresentaram juntos em 1998, num evento histórico, em Porto Alegre. Eu cobri o show para o International Magazine. A primeira foto é da entrevista coletiva, um dia antes:
Sou fã de Roberto Carlos desde pequenininho. Literalmente. Eu cantava "O Calhambeque" de cor, na infância. Meus discos preferidos dele são o de 1970 ("Jesus Cristo"), 1971 ("Detalhes") e 1972 ("Como Vai Você", "Por Amor" e outras).
Sou fã de Roberto Carlos desde pequenininho. Literalmente. Eu cantava "O Calhambeque" de cor, na infância. Meus discos preferidos dele são o de 1970 ("Jesus Cristo"), 1971 ("Detalhes") e 1972 ("Como Vai Você", "Por Amor" e outras).
quarta-feira, abril 18, 2012
Audiobooks de Larry Kane (Beatles)
Minha escuta de audiobooks durante as caminhadas segue firme. Está na hora de escrever sobre alguns deles aqui no Blog.
O jornalista Larry Kane foi o único a acompanhar os Beatles durante toda a turnê americana de 1964. "Ticket to Ride" revive esse período. Suas memórias (que ele próprio narra) são interessantes, mas sem grandes novidades para quem já leu dezenas de livros sobre o quarteto de Liverpool. Ele tem algumas historinhas curiosas para contar, mas em geral a descrição das viagens do grupo de aeroporto em aeroporto, hotel em hotel, acaba se tornando um tanto repetitiva. De certa forma, é um testemunho que confirma o que eles próprios diziam sobre a rotina das excursões. E as observações do autor sobre a personalidade de cada um dos Beatles também não incluem grandes revelações - ou pelo menos nada que já não tenha sido exposto detalhadamente em outras obras.
Já "Lennon Revealed" é bem mais rico. Em vez de simplesmente colocar sob uma lente microscópica suas impressões específicas sobre Lennon, Kane entrevistou pessoas ligadas ao ex-Beatle. E assim há capítulos dedicados a Cynthia Lennon, Yoko Ono, Stuart Sutcliffe (com base em depoimento de sua irmã Pauline) e May Pang. Ao contrário de "Ticket to Ride", este é um livro que consegue fugir do previsível e apresentar um belo retrato do saudoso músico. Inevitavelmente, Kane relata onde estava e como ficou sabendo da morte de John.
Além dos CDs com a narração, o pacote inclui também um DVD exclusivo com duração de 39 minutos. O autor é entrevistado pelo radialista Andre Gardner, que apresenta o já consagrado programa de rádio "Breakfast with the Beatles". Mas o prato principal é um filme colorido de cerca de 10 minutos contendo o que seria a última entrevista de John e Paul juntos, concedida a Kane em 1968 para divulgar o lançamento da Apple. Mais adiante, aparece também um trecho de um telejornal em 1975 em que Lennon faz a "previsão do tempo" a convite do autor, já então uma celebridade televisiva.
Breve mais audiobooks comentados. Aguardem.
O jornalista Larry Kane foi o único a acompanhar os Beatles durante toda a turnê americana de 1964. "Ticket to Ride" revive esse período. Suas memórias (que ele próprio narra) são interessantes, mas sem grandes novidades para quem já leu dezenas de livros sobre o quarteto de Liverpool. Ele tem algumas historinhas curiosas para contar, mas em geral a descrição das viagens do grupo de aeroporto em aeroporto, hotel em hotel, acaba se tornando um tanto repetitiva. De certa forma, é um testemunho que confirma o que eles próprios diziam sobre a rotina das excursões. E as observações do autor sobre a personalidade de cada um dos Beatles também não incluem grandes revelações - ou pelo menos nada que já não tenha sido exposto detalhadamente em outras obras.
Já "Lennon Revealed" é bem mais rico. Em vez de simplesmente colocar sob uma lente microscópica suas impressões específicas sobre Lennon, Kane entrevistou pessoas ligadas ao ex-Beatle. E assim há capítulos dedicados a Cynthia Lennon, Yoko Ono, Stuart Sutcliffe (com base em depoimento de sua irmã Pauline) e May Pang. Ao contrário de "Ticket to Ride", este é um livro que consegue fugir do previsível e apresentar um belo retrato do saudoso músico. Inevitavelmente, Kane relata onde estava e como ficou sabendo da morte de John.
Além dos CDs com a narração, o pacote inclui também um DVD exclusivo com duração de 39 minutos. O autor é entrevistado pelo radialista Andre Gardner, que apresenta o já consagrado programa de rádio "Breakfast with the Beatles". Mas o prato principal é um filme colorido de cerca de 10 minutos contendo o que seria a última entrevista de John e Paul juntos, concedida a Kane em 1968 para divulgar o lançamento da Apple. Mais adiante, aparece também um trecho de um telejornal em 1975 em que Lennon faz a "previsão do tempo" a convite do autor, já então uma celebridade televisiva.
Breve mais audiobooks comentados. Aguardem.
Notícia ruim
A semana vinha bem até agora, com pequenas vitórias se sucedendo e dando ânimo. Mas hoje bem cedo fui acordado com uma péssima notícia: o Luiz, motorista da van que leva o Iuri para a escolinha, teve um AVC. Logo ele, gente finíssima, sempre bem disposto, com paciência e experiência para lidar com crianças especiais. O Iuri gosta muito dele. A se confirmar a informação, espero que ele pelo menos se recupere para a vida familiar. Por que essas coisas acontecem, meu Deus?
domingo, abril 15, 2012
Caminhada do dia
quinta-feira, abril 12, 2012
Kiss e Little Richard
Achei sensacional essa foto do Kiss recebendo a visita do lendário Little Richard nos bastidores. Em geral o Kiss é rejeitado pelos roqueiros e críticos mais radicais, que não reconhecem a sua legitimidade como uma autêntica banda de rock vinda do underground. Em resposta, o grupo costuma antipatizar com a maioria dos colegas, com aquele papo de que "ainda estamos aqui, onde estão os grupos tais e tais, ainda temos o apoio dos fãs, etc, etc". Então é legal ver esse tipo de confraternização. Aliás...
Nos anos 70, a banda - aqui em sua formação original, com Ace Frehley e Peter Criss (os dois primeiros à esquerda) usando as maquiagens que criaram (hoje ostentadas respectivamente por Tommy Thayer e Eric Singer) - teve outro encontro histórico, no caso, com o inglês Elton John. Estavam todos no auge, então foi realmente um momento único eternizado nesta foto.
Nos anos 70, a banda - aqui em sua formação original, com Ace Frehley e Peter Criss (os dois primeiros à esquerda) usando as maquiagens que criaram (hoje ostentadas respectivamente por Tommy Thayer e Eric Singer) - teve outro encontro histórico, no caso, com o inglês Elton John. Estavam todos no auge, então foi realmente um momento único eternizado nesta foto.
terça-feira, abril 10, 2012
Pronúncia
Qual foi o brasileiro que inventou que a pronúncia de outsourcing é "autsârcin"? Pensei que fosse uma ou outra pessoa que falasse assim! Mas não, aparentemente todos estão dizendo dessa forma. Como se fosse o certo.
A pronúncia correta é "autsórcin"! Simplificadamente, é claro. Não tem como escrever pronúncia estrangeira sem usar caracteres fonéticos. Mas basicamente é isso aí. Assim como source pronuncia-se "sórs" (e não "sârs", como muitos pensam).
Outra palavra que todos erram é default. Mas vou parar por aqui.
A pronúncia correta é "autsórcin"! Simplificadamente, é claro. Não tem como escrever pronúncia estrangeira sem usar caracteres fonéticos. Mas basicamente é isso aí. Assim como source pronuncia-se "sórs" (e não "sârs", como muitos pensam).
Outra palavra que todos erram é default. Mas vou parar por aqui.
O Blog é brasileiro
Não sei quanto tempo faz, mas foi só na semana passada que observei que o endereço do Blog agora tem um "br" no final. Mas o endereço antigo (sem "br") continua redirecionando para cá. Os links de um tópico para outro também seguem funcionando, pelo teste que acabei de fazer.
domingo, abril 08, 2012
sábado, abril 07, 2012
Feliz Páscoa
Houve uma época de minha vida em que sempre vinha uma novidade boa depois da Páscoa. Com isso eu fiquei mal acostumado. Mas tem um lado bom, pois estimula o otimismo. Este deve ser um ano de mudanças para mim. Ou, no mínimo, de mudança, no singular. Então aproveito os bons fluidos da Páscoa para mentalizar que seja uma mudança para melhor. Que deixe para trás tudo o que não deu certo e leve somente as boas vibrações.
Feliz Páscoa a todos os visitantes do Blog!
Feliz Páscoa a todos os visitantes do Blog!
sexta-feira, abril 06, 2012
Jesus Cristo no Horto das Oliveiras
Aqui vemos o ator Ted Neeley, já quase com o dobro da idade de Cristo, revivendo no palco a atuação que o eternizou no cinema em "Jesus Cristo Superstar". A música se chama "Gethsemane". A melodia é de Andrew Lloyd Webber e a letra é de Tim Rice. Observem a emoção dos demais atores que assistem nas coxias.
A canção teve uma versão em português por Vinícius de Moraes, chamada "Jesus Cristo no Horto das Oliveiras". Abaixo está a interpretação de Agnaldo Rayol:
Leiam também o que minha irmã tem a dizer sobre os crucifixos nas salas de audiência, pois é pertinente para a Sexta-feira Santa.
domingo, abril 01, 2012
Primeiro de abril
Como eu sempre digo, não teria graça nenhuma tentar aplicar um "primeiro de abril" pelo Blog. Os internautas se deixam enganar com facilidade 365 dias por ano. Além do fato de que as informações falsas se propagam com muito mais rapidez do que os desmentidos. Em todo o caso, leiam o que eu escrevi sobre o assunto em 2006. Continua atual. É só clicar aqui.