sexta-feira, julho 31, 2020
Há muitos anos (muitos mesmo - décadas), lembro que, num quadro de perguntas e respostas, Sílvio Santos perguntou a um participante quais eram os dois únicos meses consecutivos com 31 dias. Passei rapidamente os dedos nos ossos da mão e fiz a tradicional contagem. Achei rápido a solução: julho e agosto. Mas o sujeito em questão errou. Até que a resposta dele não foi totalmente incorreta: ele disse dezembro e janeiro. Mas subentendia-se que eram dois meses do mesmo ano.
Pois cá estamos nós no último dia de julho. Às vezes me pego sonhando com um milagre em relação a esta pandemia. Que o número de infectados poderia cair de súbito, por consequência de uma combinação de fatores. Menos sobreviventes em situação de vulnerabilidade, conscientização ainda que tardia, mais conhecimento sobre os riscos de infecção e até o fim repentino de um ciclo. Nas vezes em que saio para ir à fruteira ou ao supermercado, ainda vejo gente sem máscara, o que me deixa revoltado. Mas tenho conseguido evitar que se aproximem. Aliás, acho que todos deveriam usar as máscaras descartáveis que se vendem nas farmácias. Com elas, consigo respirar sem problemas. E olha que sou asmático.
No começo do mês, eu estava examinando livros em formato Kindle (e-book) no site da Amazon e encontrei um de que não tinha ouvido falar ainda: "Os Presidentes", de Rodrigo Vizeu. Lendo os comentários, descobri que foi escrito com base num podcast chamado "O Presidente da Semana". Encontrei o site onde todos os episódios estavam disponíveis para download (é este aqui), baixei um por um e montei uma playlist em ordem, para ouvir como se fosse um audiobook. Muito bom! Não é apenas uma narrativa. Inclui entrevistas, dramatizações e, sempre que possível, áudios da época. Para quem se interessa pelo assunto, é mais do que recomendado. Parabéns a Rodrigo Vizeu e a todos os colaboradores pelo belo trabalho.
Já se sabe que a Feira do Livro de Porto Alegre, neste ano, vai ser on-line. Não sei se vai dar certo. Só posso dizer que o meu livro não será lançado nela. Além de o texto estar um pouco atrasado (admito), ainda tenho pesquisas pendentes que só poderão ser feitas quando tudo se normalizar. Já escrevi quase 73 mil palavras e estou entrando no ano de 2001 na biografia. Mas os anos seguintes até os dias de hoje serão apresentados de forma mais sintética em comparação com ao nível de detalhamento com que apresentei as décadas de 1970 e 1980. Já comecei o livro sabendo que seria assim, inspirado nas muitas biografias que já li de artistas famosos. Se eu fosse percorrer as duas últimas décadas da forma pormenorizada com que cobri as anteriores citadas, teria que publicar uma obra em dois volumes, como fez Jô Soares. Ou três, no caso da biografia de Getúlio Vargas redigida por Lira Neto. Isso não é aconselhável. Agora não é mais segredo, já foi anunciado até na imprensa que meus biografados são Kleiton e Kledir. Desde o começo eles me deram total cooperação na empreitada.
Bom agosto para todos. Que Deus continue nos protegendo.
terça-feira, julho 28, 2020
Renato Barros
Ouvi Renato e Seus Blue Caps pela primeira vez aos 5 anos. A música era "O Escândalo" ("um capeta em forma de guri"), que eu já conhecia na versão original de Shawn Elliott. No lado B do compacto estava "Preciso Ser Feliz". Certa vez, alguém me convenceu de que meus irmãos, que trabalhavam em rádio e TV, poderiam fazer chegar uma carta minha até Renato e Seus Blue Caps. Lembro que a escrevi (eu já era alfabetizado) numa página do receituário de minha mãe, que era dentista. Não conhecia o nome de todos, mas perguntei para minha irmã e ela inventou os que não sabia. O recado que eu mandava para cada um era o mesmo: que cortasse o cabelo! Claro que essa inusitada missiva jamais foi encaminhada.
Depois, fiquei um tempo desinteressado de música, até que voltei com toda a força aos 11 anos. E nesse retorno à paixão de infância, imediatamente redescobri Renato e Seus Blue Caps. Comprei todos os LPs de 1965 a 1973. Em 74 eu comecei a ouvir David Bowie e Pink Floyd e tive uma fase de rejeição à Jovem Guarda. Mas quando o grupo se apresentou em Porto Alegre em 1986, no saudoso Le Club, fui vê-los e a idolatria retornou com força total. Tratei de conseguir os discos que ainda não tinha e voltei a acompanhar o trabalho deles.
Em 1997 eu era colaborador do International Magazine. O editor, Marcelo Fróes, me avisou que iria entrevistar Renato Barros e questionou se eu queria colaborar com perguntas. Parte da matéria pode ser lida aqui. Em 2005, Marcelo produziu uma caixa com todos os álbuns originais de Renato para a CBS relançados em CD. Eu tive a honra de ser citado na seção de agradecimentos do relançamento e escrevi um comentário sobre o material para o IM (está aqui). No dia 8 de setembro de 2006, teve show de Renato e Seus Blue Caps e Golden Boys no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. Conversei rapidamente com Renato no camarim e tirei com ele a foto que aparece acima. Por fim, redigi a biografia do grupo em duas páginas para a Poeira Zine, em 2009.
Renato havia passado por um procedimento de dissecação da aorta, mas não resistiu. Faleceu hoje. Não te esqueceremos, Renato Barros.
Depois, fiquei um tempo desinteressado de música, até que voltei com toda a força aos 11 anos. E nesse retorno à paixão de infância, imediatamente redescobri Renato e Seus Blue Caps. Comprei todos os LPs de 1965 a 1973. Em 74 eu comecei a ouvir David Bowie e Pink Floyd e tive uma fase de rejeição à Jovem Guarda. Mas quando o grupo se apresentou em Porto Alegre em 1986, no saudoso Le Club, fui vê-los e a idolatria retornou com força total. Tratei de conseguir os discos que ainda não tinha e voltei a acompanhar o trabalho deles.
Em 1997 eu era colaborador do International Magazine. O editor, Marcelo Fróes, me avisou que iria entrevistar Renato Barros e questionou se eu queria colaborar com perguntas. Parte da matéria pode ser lida aqui. Em 2005, Marcelo produziu uma caixa com todos os álbuns originais de Renato para a CBS relançados em CD. Eu tive a honra de ser citado na seção de agradecimentos do relançamento e escrevi um comentário sobre o material para o IM (está aqui). No dia 8 de setembro de 2006, teve show de Renato e Seus Blue Caps e Golden Boys no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. Conversei rapidamente com Renato no camarim e tirei com ele a foto que aparece acima. Por fim, redigi a biografia do grupo em duas páginas para a Poeira Zine, em 2009.
Renato havia passado por um procedimento de dissecação da aorta, mas não resistiu. Faleceu hoje. Não te esqueceremos, Renato Barros.
sexta-feira, julho 03, 2020
Pensamento da hora
Com que idade você ficou sabendo que... a maioria das "grandes revelações" que começam assim não passam de informações falsas?
Trilha do Rock em reprise
Eu até que estava de olho na programação do Canal Brasil, mas, incrivelmente, esta informação me escapou. Antes tarde do que nunca, aviso aqui que a série "A Trilha do Rock no Brasil" está sendo reprisada, como parte do "Mês do Rock" na emissora. Começou no dia 1° e vai até o dia 13, um episódio por dia. Se entendi bem, às 17 e 45 é apresentado um novo capítulo e reprisado no dia seguinte às 6 e meia da manhã (então seria, na verdade, até o dia 14, mas vamos acompanhar e conferir). Eu apareço no episódio 10, "Longe Demais das Capitais", sobre rock gaúcho, que deve ir ao ar no dia 10 e na manhã do dia 11. Abaixo seguem imagens que capturei minha e de amigos que apareceram e agora estarão de novo na telinha.