quarta-feira, julho 24, 2024

Habemus veranicus di julius!

 
Agora é oficial: temos veranico de julho em 2024 em Porto Alegre. Vejam o termômetro na Av. Getúlio Vargas esquina Botafogo, aproximadamente às 14 e 30. 

terça-feira, julho 16, 2024

Com veranico?

Há três dias, fiz aqui uma postagem rápida intitulada "Sem veranico?", dizendo que, com base no que eu tinha verificado no site do Accuweather, talvez não tivéssemos "veranico de julho" neste ano. Pois ontem li no GZH uma matéria com o título "Segunda quinzena de julho terá veranico, com temperatura até 10°C acima da média no RS". Segundo a reportagem de Jhully Costa, Marcelo Schneider, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que "teremos um cenário de temperatura acima da normalidade no Rio Grande do Sul". Quanto às demais cidades gaúchas, não sei ao certo, mas em Porto Alegre é raríssimo não fazer calor em julho. Vamos ver como vai ser.

domingo, julho 14, 2024

Negacionismo

Qualquer negacionismo é condenável. A esquerda brasileira acha absurdo que a direita negue a pandemia, as vacinas e a lisura da última eleição presidencial (e é absurdo, mesmo), mas continua afirmando que a facada do Bolsonaro foi armação e agora diz o mesmo do atentado ao Trump. Que tal voltarmos à realidade, gente? 

Pronto, falei.

sábado, julho 13, 2024

Sem veranico?

Se a previsão do Accuweather se confirmar, neste ano não teremos "veranico de julho". Em 2007 também não teve. Nem em 1983. De vez em quando tem que falhar, para que as pessoas apaguem essa ocorrência de suas memórias e voltem a achar "atípico" quando acontece. 

quinta-feira, julho 11, 2024

Vocabulando em Kindle

 
Só na semana passada fiquei sabendo que, desde o dia 12 de maio, o Vocabulando está disponível para venda em edição Kindle (e-book) tanto na Amazon brasileira quanto americana (e talvez de outros países). O dicionário inglês-português de Isa Mara Lando tem foco específico em falsos cognatos e palavras que normalmente oferecem dificuldade na tradução, pela sua diversidade e riqueza de significados. Os verbetes são claros e explicativos. Tornam-se  interessantes até como mera leitura ocasional para quem, como eu, sempre gostou de inglês. Normalmente, os dicionários em Kindle são configurados para que a ferramenta de busca encontre a palavra procurada apenas no verbete respectivo. O Vocabulando não segue esse padrão, achando todas as ocorrências, mas isso acaba sendo útil para pesquisa reversa. Fica aqui a sugestão para um Vocabulando português-inglês, incluindo termos como "acompanhar", "conviver", "ficar" e "saudade", entre outros. Seria muito bem-vindo. 

Aqui, como amostra, um verbete típico do Vocabulando. 

segunda-feira, julho 01, 2024

Revisitando o centro

Há quem diga que o centro de Porto Alegre está decadente. Comparado com o que já foi um dia, talvez esteja, mesmo. Mas é um lugar onde eu me sinto em casa. Morei lá até os 26 anos. Depois disso, trabalhei lá em 1989 e, mais tarde, de 1996 a 2009. Tenho caixa postal na Agência Central dos Correios. Por muito tempo, chamei o centro de "meu shopping preferido", pois era onde se encontravam as melhores lojas de discos raros da cidade, visitadas por colecionadores de todo o país. Algumas poucas ainda resistem. Continua sendo a meca dos sebos de livros, boa parte deles na Riachuelo. 

Pois o centro foi uma das partes mais atingidas pela enchente de maio. Vídeos mostravam cenas estarrecedoras filmadas de dentro de botes. O Ed. Marechal Trompowsky, onde morei dos 2 aos 26 anos, ficou um mês sem água e luz, como registrou uma reportagem do GZH. Hoje resolvi dar uma passada no centro para comprar fones de ouvido no camelódromo (dos antigos, próprios para áudio, sem microfone, como eu gosto para usar no iPod) e já dei uma examinada nos arredores. O estacionamento onde eu costumava deixar meu carro, na esquina da Mauá com a Travessa Leonardo Truda, está funcionando normalmente, mas imagino que tenha enfrentado uma situação bem complicada. Muitos automóveis danificados? Não cheguei a entrar lá, pois achei melhor ir direto no estacionamento do Hotel Embaixador, que fica num ponto elevado. Mas quando for lá de novo, vou perguntar.

O que me motivava a usar justamente aquele estacionamento era a proximidade com a já citada Agência dos Correios. Essa está fechada ao público até segunda ordem. Duas encomendas que eu tinha feito ainda antes da enchente foram redirecionadas para uma unidade na Avenida Natal, a mesma da entrada do Cemitério Ecumênico João XIII. Se eu ainda trabalhasse no centro, ficaria bem atrapalhado, mas estando aposentado, posso me deslocar até esse outro endereço sem maiores problemas. 

Ao lado do Correio, na General Câmara, fica o Restaurante Vida e Saúde, que estava sendo recuperado. No Instagram eles postaram um vídeo mostrando os trabalhos, em tom de otimismo, num clima de "voltaremos". O Rua da Praia Shopping, destino de minhas caminhadas com meu filho, segue fechado. Também a Casa de Cultura Mario Quintana continua com a entrada bloqueada ao público em geral. Eu tinha esperanças de que pelo menos a Discoteca Pública Natho Henn estivesse funcionando, já que fica no 4º andar. Mas minhas pesquisas vão ter que esperar. 

Como só iria sair de lá às 16 e 30 para buscar meu filho na escolinha, dei uma circulada com calma por mais algumas ruas. Avistei alguns cafés, lancherias e até um bar que eu não conhecia. Ou são novos, ou tinham escapado ao meu radar. Não pretendo sair do Menino Deus, mas um pouco do meu coração sempre vai estar no centro, onde passei toda a minha infância e adolescência. Mesmo não existindo mais as minhas adoradas lojas de discos, de equipamentos de som, livrarias de ponta (Globo, Lima e Sulina) e cinemas de calçada. 

sábado, junho 29, 2024

Meio ano

E a primeira metade do ano está terminando. O Rio Grande do Sul tenta aos poucos retomar a normalidade, embora isso ainda vá levar um tempo para ocorrer plenamente. A agência onde tenho conta foi atingida diretamente pela enchente e não tem data prevista para reabrir. Mas consegui atendimento na unidade mais próxima de minha casa. O Rua da Praia Shopping, destino de minhas caminhadas de fim de semana com meu filho, ainda está se preparando para, em algum momento, voltar a funcionar. E hoje está muito frio.

É curioso que, no auge da crise, a expressão "não tem água" ganhou três significados diferentes. Não tem água em frente ao meu prédio: ótimo, escapamos ilesos. Não tem água nas torneiras: que pena, o banho fica prejudicado. Não tem água para vender nos supermercados: isso é mau, vamos procurar algum fornecedor alternativo. Por sorte o abastecimento logo começou a normalizar. 

Eu moro no térreo, mas não pretendo sair daqui. Acredito, pelo que aconteceu agora, que estou a uma distância segura de novas enchentes. Até porque quero crer que as autoridades vão tomar providências e, ao menos em Porto Alegre, o sistema de contenção irá se tornar mais eficaz. Eu confesso que sempre tive medo de chuvas fortes, de dirigir em temporal e correr o risco de ficar ilhado, principalmente quando estou com meu filho. Aconteceu uma vez. Mas alagamento de chuva é diferente de alagamento de enchente, embora precipitações torrenciais possam contribuir para cheias. 

Como curiosidade, sugiro a leitura do que escrevi na enchente de setembro do ano passado, que não chegou a ter consequências tão desastrosas. A não ser, talvez, a de criar a falsa ideia de que a cidade estava protegida. Cliquem aqui para ler.

Como dizia minha mãe: Feliz Meio do Ano! Começa na segunda-feira.