O fim do Par Perfeito
Com o final do ano, acabou também o Par Perfeito, a versão brasileira do Match.com. Imagino que tenha sido, entre outras coisas, pela popularidade do Tinder.
Eu usei o Par Perfeito algumas vezes. E, antes dele, o Almas Gêmeas, também de saudosa memória. Por um lado, o site de namoro virtual tira aquela magia, aquele mistério, aquele jogo de sedução que antecede o começo de um relacionamento. Aquela dúvida: será que ela está a fim? Tenho chance com ela? Por outro lado, ele agiliza o contato entre pessoas sozinhas que querem encontrar alguém. Quando afinal começa um namoro, fica a impressão de que aquele patético ritual de ficar virando as páginas como quem examina um menu de mulheres (ou homens, para quem busca pessoas desse gênero), no fim, valeu a pena. Hoje me dou conta que os namoros mais longos que tive depois que me separei foram com mulheres que conheci no Par Perfeito. Com exceções, mas foram.
O Par Perfeito rendeu até o título de uma música, embora só agora eu esteja revelando isto. "Elektranight", minha parceria com Rogério Ratner que está no CD Canções Para Leitores com vocal de Rafael Brasil, era o apelido de uma namorada que conheci no site em 2003, como se vê acima. O namoro durou pouco, mas tivemos um reencontro em 2008 e ali ficamos um ano juntos. A letra foi feita em 2004, depois de nossa primeira fase, e ela chegou a conhecer a composição pronta. Não sei se ouviu a gravação do CD. Escutem-na clicando aqui.