Gre-Nal com torcida mista
Às vezes me pergunto como nós, portoalegrenses, conseguimos conviver tão pacificamente no dia a dia, enquanto existe esta acirrada rivalidade. Parece que as pessoas que lotam um ônibus aos gritos em direção ao estádio não são as mesmas que comparecem diariamente à sala de aula ou ao ambiente de trabalho. A ida para o jogo é como um ritual de guerra. E, no caso de Gre-Nal, acostumei-me a enxergar de longe os objetos misteriosos que são jogados de um lado para o outro da cerca que divide as torcidas.
Torcida mista? Em que planeta meu amigo vive?
Pois hoje me deparo com a notícia de que o Gre-Nal do dia 1º de março terá um setor do Beira-Rio reservado para torcedores dos dois times. Cada colorado tem direito a convidar um gremista, num total de mil "pares". E o pior de tudo: para ter acesso a essa área exclusiva, cada um tem que comparecer vestindo a camiseta do seu time.
E agora? O Maurício estava certo desde o início? É bem verdade que a gente vê por aí casais "Gre-Nais", inclusive cada um com a camiseta respectiva. Eu sou colorado e tive um pai conselheiro do Grêmio, como já disse por aqui algumas vezes. Mas num ambiente de torcida, acho arriscado. Só me resta rezar para que não aconteça nada de grave nessa potencial junção do fogo com a gasolina. Se funcionar, ficarei feliz.
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