Desemprego à moda americana
Lembro minha mãe se queixando de que as moças (ou nem tão moças) que se candidatavam a uma vaga de empregada doméstica em nossa casa só queriam saber do salário, das férias e das folgas. Mas eu as entendia. Considerando que a atividade não seria das mais gratificantes, as vantagens se tornavam o único diferencial. Em outras palavras, dificilmente alguma delas levaria em consideração o tamanho do apartamento, quantidade de quartos, banheiros e moradores na hora de decidir. Chatice por chatice, escolha-se a que trará mais benefícios. Não é muito diferente de quem folheia um jornal de concursos examinando apenas a remuneração e a formação exigida. O que vai ter que fazer? Isso se vê depois. Importante é pagar as contas.
Mas, ao menos superficialmente, parece-me que os americanos ainda não abdicaram se suas aptidões. O especialista em computação entra na fila do desemprego buscando uma vaga em sua área, especificamente. E assim o fazem os demais profissionais, cada um querendo se colocar sem deixar de exercer a sua habilidade. Pensando bem, é melhor que não se quebre essa regra tácita. Enquanto o desemprego americano continuar atrelado às respectivas profissões, continuarão existindo vagas para os brasileiros que vão para lá lavar pratos, entregar pizzas ou trabalhar como garçons. Mas estou apenas conjecturando. Se alguém souber mais detalhes sobre o que acontece por lá, fique à vontade para postar seu testemunho nos comentários.
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