domingo, julho 29, 2012

Depois dos dilúvios

Há males que vêm para bem, diz o ditado. Mesmo que o saldo não seja necessariamente positivo. Em dezembro eu tinha planos de sair de férias em janeiro ou fevereiro. Mas houve uma reviravolta e acabei ficando em Porto Alegre, mesmo. Se eu tivesse saído, na volta, encontraria meu apartamento totalmente alagado! O problema de vazamento aqui se estendeu por um ano ou talvez um pouco mais. Até que aparecesse alguém que realmente o resolvesse, a impressão que eu tive é que um dos "esforçados" conseguiu canalizar toda a água da chuva para o ponto de luz da minha sala! Eu fiz vários filmezinhos, pois contando ninguém acredita. No dia do aniversário do Iuri (14 de janeiro), nem choveu tanto, mas a água que devia estar acumulada em algum ponto do forro veio toda aqui para dentro. Outro momento crítico foi a madrugada da Quarta-feira de Cinzas. A caixa preta que comprei para servir de balde não dava conta, eu tinha que ficar jogando a água fora de tempos em tempos. Vivi um ano com medo de chuva, sempre consultando a previsão do tempo.

Pois já faz um tempo razoável que o problema foi resolvido. Mesmo. Primeiro, o "salvador da pátria" colocou uma lona como solução provisória. Parou de jorrar água do ponto de luz, em compensação houve infiltração em vários pontos do teto. Pingava por tudo, eu tive que proteger alguns livros com duas capas de chuva que tenho. Na manhã do dia 14 de março eu tinha levado o Iuri ao médico. Enquanto estávamos no consultório, caiu um dilúvio em Porto Alegre que atrapalhou todo o trânsito (mostrei aqui a foto de minha rua toda alagada). Quando voltei, a infiltração foi tanta que chegou a inchar a porta de entrada. À noite, quando voltei do trabalho, tive dificuldade de abri-la e achei melhor não fechá-la. Apenas encostei-a e coloquei corrente e cadeado por dentro. Fotografei tudo isso. Talvez um dia eu divulgue essas fotos, como registro de algo que, felizmente, já passou. Mas acabou sendo um incentivo adicional para que eu parasse de me "amarrar" e providenciasse logo a minha mudança, que ainda deve demorar um pouco.
 
Mas, como eu disse, o problema foi resolvido. Choveu a cântaros nessa madrugada e não caiu uma só gota aqui dentro. Só que agora, depois de um ano convivendo com o problema, não consigo mais relaxar quando ouço barulho de chuva. Pego no sono mesmo quando já estou exausto. Que coisa. No apartamento novo não haverá motivo para essa preocupação, porque ele não fica no último andar. Aos poucos, tudo vai dando certo.

Bom domingo a todos.