quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Os 40 anos de "Som Grande do Sul"

A ideia de reunir os participantes do LP "Som Grande do Sul" em 1978 foi um absoluto sucesso. Com o teatro Bruno Kiefer cheio, os cinco grupos apresentaram as músicas do disco, ontem à noite, a partir das 20 horas. Alguns membros tocaram com mais de um conjunto, substituindo ex-integrantes já falecidos. 
Dois músicos são também humoristas e atuaram como mestres de cerimônias: Paulo Silva, o Bombachudo, do Grupo Folk, e Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana, do Grupo Rebenque. Segundo eles, a ordem de apresentação seria: "primeiro os sem cabelo, depois os com barriga e, por fim, os sem memória", para garantir que eventuais falhas ficassem para o final. Não foi bem assim que aconteceu, mas valeu a piada.
Cordas e Rimas: Paulo de Campos, Zé Caradípia e Rui Morselli.
Fruto da Época: Carlos Dutra, Tinho dos Santos e, em participação especial, Nico Gonzales.
Grupo Folk, aqui com dois integrantes da formação original: o cantor Victor Hugo (o terceiro da esquerda para a direita) e Paulo Silva (o quarto). Na percussão, à esquerda, está Chicão Dornelles, que tocou com todos praticamente o show inteiro. E o "guri" ao violão é o convidado Lucas Jaeger.
O produtor do LP, Ayrton dos Anjos, também conhecido como Patineti, foi chamado ao palco para relembrar os fatos que levaram à gravação do disco. Tudo começou com uma sugestão do saudoso crítico Osvil Lopes, da Folha da Tarde. 
Grupo Rebenque: Pedro Guisso (em participação especial), Jair Kobe, Vicente Lehmann, Calique Ludwig e Jairo Kobe. Com exceção de Vicente, todos vieram a fazer parte do Canto Livre. 
Grupo Tempero, aqui complementado por participações especiais: Nico Gonzales, Carlos Dutra, Fátima Gimenez, Zé Caradípia e Tinho dos Santos.
Final coletivo com apresentação das músicas mais conhecidas de dois participantes. Primeiro, "Asa Morena", de Zé Caradípia, sucesso na voz de Zizi Possi.
Por fim, "Vida", de Calique Ludwig e Ricardo Garay, mensagem tantas vezes veiculada pela RBS TV. Infelizmente, o "Som Grande do Sul" não está disponível nas plataformas digitais. Não seria má ideia um relançamento em CD, como foi feito em 2001 com o "Paralelo 30", também de 1978. Poderiam inclusive realizar um projeto semelhante àquele, no caso, um álbum duplo incluindo gravações originais e atuais. Está dada a sugestão.