sexta-feira, agosto 31, 2018

Agosto terminando

Não sei por que as pessoas em geral não gostam do mês de agosto. Eu não tenho nada contra. Houve uma época em que peguei implicância com setembro (como comentei no primeiro ano do Blog - leiam aqui), mas também é bobagem. Foi uma fase. Acho que, no momento, não tenho ranço com mês nenhum. Em todo o caso, agosto está terminando. Para mim, foi um mês bom.
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Muitas vezes me culpei por ter receio de fazer atualizações de software. De achar que podia acontecer algum problema. Sentia-me ao mesmo tempo medroso e incompetente. Pois cada vez mais concluo que é um medo plenamente justificado. Nessa semana precisei dar uma examinada em minha declaração de renda e, ao abrir o programa, apareceram caracteres verdadeiramente malucos. Depois descobri por que: é que eu tinha feito uma atualização de Java! De outra vez, as atualizações do sistema operacional me impediram de ligar normalmente o computador e eu tive que me valer do notebook para buscar auxílio. Por sorte, encontra-se quase tudo no YouTube. Tutoriais certeiros que informam a real solução do problema, ao contrário do que se verifica em manuais e mensagens de orientação do próprio software. Mas é ou não é para ficar paranoico?
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Há alguns dias digitalizei uma fita VHS que me foi repassada para copiar para DVD e me deparei com algo que sempre me irritou bastante nos velhos tempos do videocassete: efeitos totalmente supérfluos ou, mais do que isso, prejudiciais à visualização. Você está bem absorto revendo cenas do passado quando, de repente, a imagem gira como um cubo, ou se divide em duas mini-telas, ou é congelada gratuitamente enquanto o áudio prossegue. Lembrou-me das gravações em vídeo que contratei para registrar imagens do Iuri pequeninho em que eu tinha que implorar para ver somente o meu filho e não os recursos visuais da câmera ou da mesa de edição. Quanto amadorismo!
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Normalmente eu me entusiasmo com campanhas eleitorais, mais ainda para Presidente. E tenho consciência de que estamos passando por um momento crítico que os livros de História haverão de esmiuçar num futuro muito breve. Mas não tive ânimo de assistir a nenhum debate. Já a propaganda eleitoral gratuita eu vou conferir, como sempre. Achei que o PT encontrou uma solução salomônica ao lançar uma chapa tríplice encabeçada por Lula, mas com o "plano B" devidamente embutido. Entendo que o ex-Presidente se tornou inelegível no momento em que foi condenado em segunda instância, mas é bonito vê-lo liderar as pesquisas mesmo preso. Sinal de que o golpe não mudou a vontade do povo: sem o golpe, o PT venceria sua quinta eleição presidencial consecutiva. Quem sabe isso não se concretiza com Haddad. 
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Nas aulas de História do IPV e do Universitário, sempre que o professor César Mantelli pedia "um exemplo de paixão", um engraçadinho respondia "Paixão Côrtes", achando que tinha feito uma piada originalíssima. Tão original que saía todos os anos. Pois o grande tradicionalista nos deixou. Esse ganhou uma estátua em vida. Foi ele o modelo do Laçador.
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Bom setembro a todos!