Lançamento de biografia dos Secos e Molhados no Rio
O ponto de partida do texto de Vinicius foi sua dissertação de mestrado concluída em 2007. Aquele trabalho era riquíssimo em informações sobre os Secos e Molhados e merecia lançamento em livro. Imaginei que, se isso chegasse a acontecer, o autor fosse dispensar a parte introdutória, que apresenta uma contextualização do panorama musical brasileiro. Mas não, Vinicius preservou a estrutura original de sua tese, apenas expandindo e enriquecendo os dados. Entre as novas fontes utilizadas, para meu orgulho, está o meu texto "Meia hora de encantamento", do livro "1973, o Ano que Reinventou a MPB", organizado por Célio Albuquerque.
Mas o que o livro tem de mais precioso são os depoimentos exclusivos de Gérson Conrad e Luhli, a cantora e compositora que apresentou Ney Matogrosso a João Ricardo. Vinicius realizou também um criterioso garimpo de jornais e documentos e resgatou o release do lançamento do segundo LP dos Secos e Molhados, incluindo o roteiro de um evento que foi cancelado na véspera, quando ocorreu o fim do grupo.
Enfim, em termos de informações, "O Doce e o Amargo dos Secos e Molhados" é um trabalho bem feito e obrigatório para os fãs do grupo. Alguns talvez se decepcionem com a ausência de fotos. O uso delas implicaria num custo que o autor não estava preparado para assumir. E, se considerarmos que Gérson Conrad não teve autorização para publicar imagens de João Ricardo em seu livro, é de fato uma questão mais complicada do que parece. Talvez um dia tenhamos um belo volume a cores sobre os Secos e Molhados no padrão Taschen, por exemplo. De momento, valorizemos o esforço de pesquisa e redação de Vinicius Rangel.
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