segunda-feira, março 03, 2008

Deu a lógica (infelizmente)

Sábado à noite, quando escrevi que minha última esperança para restaurar a conexão da Internet era a visita da Brasil Telecom no dia seguinte, quase acrescentei: "se vier alguém". Mas resolvi não fazer para não parecer mais impertinente do que já sou. No mínimo, eu tinha que dar uma chance ao sistema de provar que eu estou errado e que ele funciona. Infelizmente, cada vez mais minhas teorias pessimistas se confirmam. Não existe senso de compromisso no Brasil. Não só não veio ninguém no prazo marcado, que era até 12:15 de domingo, como marquei uma visita pela segunda vez e não tive resposta. A moça ao telefone disse que em no máximo duas horas eu receberia um telefonema. Ninguém ligou. Resolvi sair com meu filho, pois já tinha desperdiçado demais o meu fim-de-semana com "plantões" inúteis. Na volta, nenhuma ligação na secretária eletrônica. De qualquer forma eu tinha informado meu celular e também por ali ninguém fez contato.

Hoje pela manhã, liguei para cancelar meu contrato com o Turbo da Brasil Telecom. A moça, é claro, implorou de todas as formas para que eu voltasse atrás. Uma amiga minha já trabalhou em help-desk de um concorrente e me contou que um dos indicativos de desempenho é a quantidade de reversões, ou seja, de clientes que pretendiam cancelar o contrato e são convencidos a não fazê-lo. No meu caso, a Brasil Telecom deu azar. Não tolero compromisso não cumprido. Certa vez cancelei a compra de um produto que eu queria muito porque o vendedor não o entregou no prazo prometido, que era a véspera de um feriado em que eu pretendia desfrutar minha aquisição com calma. E não era algo fácil de achar, que eu pudesse simplesmente ir em outra loja e comprar igual. A moça da Brasil Telecom ainda tentou argumentar que o atendimento estava no prazo, mas eu respondi que era minha segunda solicitação e o telefonema que viria em "no máximo duas horas" não chegou.

Se tudo der certo, minha Internet a cabo deve ser instalada no sábado. Até lá, dependerei de lan house, cybercafé, e minha sempre solícita irmã, que já me ofereceu o computador caso eu precise acessar a Internet.

Leiam também "Compromisso", que escrevi em 1º de outubro de 2004, e vejam que há tempos eu já me revolto com situações como essa.