terça-feira, março 20, 2007

Apelo verdadeiro

Gente, este apelo me foi repassado por uma pessoa muito esclarecida, que sabe diferenciar verdades de mentiras. Ela, por sua vez, o recebeu do jornalista Ney Gastal, que em 1992 dispôs de horas preciosas de seu horário de descanso para me conceder uma entrevista sobre videocassete, para minha monografia de conclusão de curso. Se vocês usarem o recurso de busca do blog no topo da página, encontrarão um texto meu em que ele é citado (procurem por "Gastal" - acho que errei a grafia do primeiro nome dele). Então, movido pela sensação de estar agindo bem, reproduzo aqui a mensagem recebida. A ajuda não é para ele, é para outro colega de Porto Alegre.

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Gente, leiam, é URGENTE:

Alguns de vocês, destas listas para onde envio mensagens, são jornalistas; outros não. Os que não são provavelmente fazem parte de uma imensa maioria de pessoas que acreditam que jornalistas sempre "dão um jeito" para resolver seus problemas com mais facilidade que o resto dos mortais. Não é verdade, e a mensagem abaixo deixa isto bem claro. Paulo Franken é um jornalista, fotógrafo do mais importante veículo do Rio Grande do Sul, e está às portas da morte porque precisa de um fígado e não há, nas últimas semanas, registro disponibilidade deste órgão para doação.

Então Paulo, fotógrafo que registrou milhares de fatos, personagens, acontecimentos, tragédias e alegrias, através de suas fotos (algumas das quais certamente você já viu) está lá, no hospital, à espera de quem surgir primeiro: o fígado ou a morte. E de nada adianta ser jornalista, conhecido, reconhecido ou o que for. Ele é igual a qualquer outra pessoa à espera de solidariedade. E, atentem bem, Paulo não está conquistando qualquer privilégio por ser jornalista. Se está, como está, em primeiro lugar na lista de transplantes, é porque seu caso é o mais grave de todos os que se encontram na mesma espera, coisa que dificilmente poderá ser considerada um privilégio.

Anália, mãe e esposa, na angústia da espera, lançou este apelo na rede, exatamente como fazem diariamente dezenas (só?) de outras pessoas que enfrentam problemas semelhantes. Sei que todos recebem apelos como este, sei que ninguém, pode dispor do próprio fígado, mas semanalmente topamos com a realidade de um parente, um amigo, um conhecido ou um vizinho que morrem inesperadamente por razões não patológicas. Infelizmente, na grande maioria das vezes estes mortos não estão registrados como doadores, nem suas famílias, na dor do momento, lembram que seus órgãos podem salvar outras vidas.

Lembre-os.

Lembre a todos, lembre a muitos. Se de sua ação surgir um fígado, a vida de Paulo poderá ser salva. Se surgirem muitos fígados, muitos outros pacientes também poderão continuar vivendo. Ajude.

Estou remetendo esta mensagem na noite de segunda-feira, 19 de março de 2007. A situação hoje é grave não apenas para ele, mas, após quatro semanas sem doadores, certamente para muitos outros. Ajude.

E divulgue esta mensagem para o maior número de pessoas que puder alcançar.

Ney Gastal

51 9807 8424

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Amigos!
Neste exato momento, um colega de Zero Hora, o fotógrafo Paulo Franken, luta contra a morte. Precisa urgentemente da doação de um órgão - o fígado - para que continue a viver, a trabalhar, a conviver com a família e os amigos... e o tempo está escorrendo entre nossos dedos como areia.
Paulo está no CTI do Hospital Dom Vicente Scherer da Santa Casa, que é onde deverá acontecer o transplante, se um doador aparecer. Acontece que há 4 semanas não há registro de entrada de qualquer doação. Paulo é o primeiro da lista de transplante hepático, dada a gravidade de seu caso.
Sei que todos se empenham em campanhas de doação de órgãos, mas é meu dever de mãe e esposa buscar todas as possibilidades e alternativas possíveis para que Paulo continue a viver. E isso pode estar nas mãos de quem a gente menos espera...
Obrigada a todos.
Anália Köhler
3268 3389 - 99877066