quinta-feira, outubro 20, 2005

Participação especial

Eu moro perto do Shopping Praia de Belas. Geladeira abastecida, trabalho por fazer, tinha decidido não sair de casa hoje. Mas, faltando 20 minutos para o Shopping fechar, sabendo que iria virar a madrugada no computador, no impulso, decidi dar uma passada lá. Cheguei em menos de dez minutos, mas de qualquer forma não teria muito tempo. O supermercado e a farmácia podiam esperar, pois ficam abertos até mais tarde. Fui primeiro na Saraiva.

Subindo a escada rolante, tive uma vista panorâmica do Batmóvel, inspirado na série de TV de 1966, e do carro da Penélope Charmosa. Estavam lá, como já é de praxe todos os anos, para divulgação da Festa do Ridículo. Eu, como fã do Batman da TV, bem que gostaria de ter um Batmóvel daqueles. Lembro de um que circulava pelas ruas de Porto Alegre que era um Maverick adaptado, mas esse que estava lá parece ser diferente, mais fiel ao original. Só não sei se teria coragem se sair por aí com ele. Será que eu faria sucesso entre as mulheres? Deixa assim, eu não esqueci que tenho namorada. Mas não sei se ela teria coragem de andar comigo no Batmóvel.

Cheguei na Saraiva e não encontrei tudo o que procurava. Olhei no relógio e calculei que, se fosse rápido, chegaria na Multisom antes de fechar. Como eu estava no piso superior e a loja fica no térreo, imaginei que, descendo pela escada normal, iria mais depressa. E fui. Tão depressa que, ao passar do último degrau, caí espetacularmente no chão. Foi uma queda aparentemente interminável, em que todos os meus esforços de abreviar o incidente só serviram para torná-lo ainda mais longo. Depois vi as marcas da sola do meu sapato no piso. Dois seguranças logo se aproximaram e literalmente me içaram do chão. Mas não foi em vão. Cheguei a tempo na Multisom e achei o que queria.

Depois, antes de ir ao supermercado, dei uma passada na Taba, que como diz o nome, é uma tabacaria. (E tabacaria, como todos sabem, é onde se compram revistas e jornais. Não me perguntem por quê.) Aproveitei para comprar a Zero Hora, que ainda não tinha lido. A senhora do caixa disse que era bom eu me apressar mesmo ou não leria mais. Aí comentei do meu tombo cinematográfico para pegar a loja aberta e disse que, felizmente, não havia muita "platéia". Ela me tranqüilizou:

- Ah, o senhor não se preocupe, que hoje o Shopping está promovendo a Festa do Ridículo e todos devem ter pensado que fazia parte do script!

Pô, dona, muito obrigado! A senhora é igual ao "consolador" daquela antológica piada! Valeu!