A morte do Super-Homem
Christopher Reeve, o ator que se consagrou como Super-Homem no cinema, faleceu de ataque cardíaco. Sua condição, como todos sabem, era dramática. Desde o acidente que o deixou tetraplégico, Reeve usava de todos os recursos para tentar se recuperar. Uma matéria que li há algum tempo me chamou a atenção. Ele se indignava com o discurso dos pesquisadores de "ir com calma" e "ter cautela". O que é calma e cautela para quem está numa situação crítica, vendo a vida passar com os movimentos tolhidos, querendo uma solução o quanto antes? Infelizmente para Reeve, ela não chegou a tempo.
Eu tenho o filme "Super-Homem" em DVD. Duas cenas são de arrepiar. Uma é a primeira aparição do herói, em que Clark Kent escapa para um canto para trocar de roupa e a câmera dá um close em seu peito para mostrar o "S" surgindo por trás do paletó (por sinal, a cena foi copiada no primeiro "Homem-Aranha"). A outra, esta sim, é pra arrasar. Lois Lane acaba de morrer, mas Super-Homem não se conforma, vai fazer o tempo voltar para que ela viva. Mas antes de começar a voar alucinadamente em torno da terra para inverter o seu sentido, ele ouve as vozes de seus dois pais: o adotivo, dizendo, "você está aqui por um motivo", e o verdadeiro, Jor-el, lembrando-lhe que "é proibido interferir no destino da humanidade... é proibido... é proibido..." E com essa voz ecoando em sua mente, o Super-Homem reverte o destino e traz sua amada de volta à vida.
Apesar dos merecidos elogios a "Homem Aranha", eu ainda acho que o "Super-Homem" de Christopher Reeve continua sendo a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema.
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