domingo, abril 12, 2015
O assunto das redes sociais, até ontem, pelo menos, foi Ed Motta afirmando que não fala nem canta em português em seus shows da Europa. Até entendo o que ele quer: ser visto como um artista "internacional" no exterior. Mas não tem como. Em qualquer parte do mundo, brasileiro atrai brasileiro. Chico Anysio soube explorar isso muito bem nos anos 80, lotando o Carnegie Hall em apresentações para a comunidade brasileira de Nova York. Já Caetano Veloso enfrentou um problema semelhante a Motta em 2004, em sua turnê mundial para divulgar o CD "A Foreign Sound", totalmente em inglês. O público ficava gritando: "Canta em português!" Lembro de ter escrito um texto para o International Magazine sobre as inevitáveis expectativas das plateias que comparecem a um show. Ney Matogrosso, por exemplo, já se apresentou algumas vezes com uma proposta diferente, em que se preocupava mais em cantar e menos em se mexer no palco. Os fãs começaram a gritar: "Rebola!" Enfim, todo o músico tem que estar ciente do que seu público quer ver. Pode até frustrá-lo, se assim o desejar, mas precisa estar preparado para as consequências.
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Ontem pela manhã estive no Museu de Comunicação Hipólito da Costa, em
Porto Alegre, e tive uma péssima notícia: o horário de abertura ao
público para pesquisa no arquivo de jornais mudou para 14 às 18, somente
de terça a sexta. Ainda bem que aproveitei o horário antigo, com
abertura pela manhã inclusive aos sábados, para fazer minhas pesquisas. Imagino que estejam em reformas, mesmo assim fico
decepcionado. Muita gente comparecia pela manhã, entre jornalistas,
pesquisadores e estudantes de Jornalismo. Agora só vou poder voltar lá
em dias de folga, férias e depois que me aposentar. Como alternativa, resta o arquivo da Zero Hora, que funciona com microficha, e o da Caldas Júnior, que cobra pelo tempo de permanência.
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Meu audiobook do momento é "Last Train to Memphis - The Rise of Elvis Presley", de Peter Guaralnick, que conta a vida do "Rei do Rock" até 1958. Depois tem o segundo livro, "Careless Love - The Unmaking of Elvis Presley", do mesmo autor, que narra a segunda parte da biografia de Elvis até seu falecimento. Consegui também os livros impressos. O total das duas obras ultrapassa mil páginas em letras pequenas. É realmente um trabalho de fôlego. Por enquanto, estou no começo do sucesso do cantor, após o lançamento do primeiro LP pela RCA e a produção do filme "Love Me Tender". Até aqui, Elvis aparece com um bom menino, temente a Deus, sempre agradecendo ao Senhor pelas bênçãos de sua carreira, bastante preocupado com o bem estar de seus pais e atencioso com sua namorada June.
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Espero que as manifestações de hoje sejam pacíficas e ordeiras como as de 15 de março. Bom domingo a todos!
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