Insônia
Já são quase cinco horas. Antecipei meu café da manhã. Depois durmo de novo, se a barulheira dos gremi..., digo, dos corintianos deixar. Olho ao meu redor e vejo pilhas de livros, CDs e DVDs quase caindo por cima de mim. Alguns estão ensacados, prevendo uma mudança que deve acontecer entre o final do ano e o começo de 2010, pelos meus cálculos. Finalmente. Vim para cá em 1998 pensando em ficar talvez um ano e acabei ficando mais de dez. Quando lembro dos primeiros meses, em que só havia praticamente o computador, cama, geladeira e fogão (e um armário embutido que faz parte do imóvel), vejo como esta minha residência passou por fases. A atual seria a da superlotação. Vou dar uma redistribuída nos sacos antes de sexta, quando meu filho vem para cá para passar o fim-de-semana. Senão ele mal vai poder circular. E aqui ele tem livre trânsito. Também é a casa dele (segunda casa, mas é).
Esta foi uma rara semana em que não tive nada para fazer fora do horário de trabalho. Aproveitei para folhear uns livros novos e assistir a alguns trechos de DVDs. É curioso que comprei o "Autorretrato" de Kleiton e Kledir na sexta-feira passada, mas a maioria das lojas ainda não o recebeu. Na segunda-feira, Roger Lerina escreveu na Zero Hora que o CD e o DVD começariam a ser vendidos "na primeira semana de julho". Pois eu consegui antes. Se soubesse que "só eu tinha", teria escrito um comentário bem mais longo e postado mais imagens. Mas agora fica assim.
Outro DVD a que estou assistindo aos poucos é o documentário "1958, o Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil", sobre a Copa daquele ano, na Suécia. De certa forma o DVD do Cosmos me motivou a pesquisar mais sobre futebol e Pelé. Eu tenho a recente autobiografia publicada pelo Rei do Futebol, mas estou lendo a que ele lançou em 1977 nos Estados Unidos, "My Life and The Beautiful Game", com o americano Robert L. Fish. É claro que o texto final foi escrito por Fish, mesmo assim ele se deixou contaminar pelo português de Pelé e incorreu em diversas traduções literais: "Selection" em vez de "National Team", "intermediary" em vez de "midfield", "interior" em vez de "backcountry" ou "countryside", "participation" em vez de "interest" ou "equity" e assim por diante. Isso é o que os tradutores costumam chamar de tupiniquinglish. Depois quero ler o livro novo (em português) para comparar e ter uma visão atualizada da vida do craque. Quem diria, virei fã de Pelé "fora de época", por assim dizer. Mas sempre o admirei. Fiz questão de assistir a "Pelé Eterno" no cinema. Depois comprei o DVD.
Por falar em livros, na semana passada encontrei um sebo na Estante Virtual vendendo uma coletânea de republicações do jornal Mersey Beat, de Liverpool, por 5 mil reais! Existem vendedores que "mordem", mas aqui foi um caso evidente de desinformação. O livreiro pesquisou e descobriu que o jornal original que serve de ilustração para a capa é raríssimo, existindo apenas três exemplares preservados no mundo todo. Na confusão, pensou estar de posse de uma dessas cobiçadas relíquias. Achei melhor avisá-lo. O Mersey Beat era um jornal de música editado por Bill Harry na época em que os Beatles surgiram. O livro em questão compila as matérias de interesse dos Beatlemaníacos. Eu tenho (e não paguei 5 mil reais por ele).
Agora vou tentar dormir de novo. Por sorte, só começo a trabalhar à tarde. A quem vai acordar daqui a pouco, bom dia.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home