Tietagem
Ouvi Renato e Seus Blue Caps pela primeira vez aos 5 anos. A música era "O Escândalo" ("um capeta em forma de guri"), que eu já conhecia na versão original de Shawn Elliott. No lado B do compacto estava "Preciso Ser Feliz". Certa vez, alguém me convenceu de que meus irmãos, que trabalhavam em rádio e TV, poderiam fazer chegar uma carta minha até Renato e Seus Blue Caps. Lembro que a escrevi (eu já era alfabetizado) numa página do receituário de minha mãe, que era dentista. Não conhecia o nome de todos, mas perguntei para minha irmã e ela inventou os que não sabia. O recado que eu mandava para cada um era o mesmo: que cortasse o cabelo! Claro que essa inusitada missiva jamais foi encaminhada.
Depois, fiquei um tempo desinteressado de música, até que voltei com toda a força aos 11 anos. E nesse retorno à paixão de infância, imediatamente redescobri Renato e Seus Blue Caps. Comprei todos os LPs de 1965 a 1973. Em 74 eu comecei a ouvir David Bowie e Pink Floyd e tive uma fase de rejeição à Jovem Guarda. Até que, nos anos 80, deixei de frescura e mais uma vez assumi minha admiração por esse grupo fantástico. Assisti a várias apresentações de Renato e Seus Blue Caps no saudoso Le Club. Ontem, finalmente, tive uma conversa rápida com meu ídolo de infância Renato Barros. A foto acima registra o nosso encontro. Só esqueci de dizer para ele cortar o cabelo. Ah, pensando bem, deixa assim...
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