Diário
Depois de anos amadurecendo a idéia, comecei em meados de 1977, aos 16 anos. Acabei parando aos 21, quando os compromissos (trabalho e faculdade) começaram a me tomar mais tempo. Acho que enjoei, também. Mas guardei os cadernos todos. E agora eles estão comigo de novo, após a mudança da penúltima sexta-feira. Fico em dúvida sobre que destino dar a eles. Com certeza vou querer reler tudo, pois foi para isso que os escrevi. Mas... e depois? Ali estão alguns desabafos um tanto íntimos que eu não gostaria de ver divulgados. Nenhuma revelação bombástica, apenas opiniões e divagações que eu acabava extravasando como uma espécie de terapia. E algumas paixonites platônicas, talvez.
Por outro lado, seria um desperdício simplesmente descartar aquelas anotações todas. Elas contêm registros de fatos e datas que, se não tiverem valor para outros, com certeza terão para mim. Falei logo abaixo no Saracura. Eu já não fazia diário quando assisti ao show citado. Em compensação, vi um show deles no Teatro Renascença em 1981 que foi algo fantástico, inesquecível. Escrevi todas as minhas impressões quando voltei para casa. Eu não gostaria de perder esses dados todos. Minha fase de diário pega o fim do segundo grau, os primeiros vestibulares, o começo na faculdade e também os meus primeiros meses de trabalho.
Eu sei que muitos diários já viraram livros. Mas eu não sou famoso, não haveria por que alguém se interessar por minha vida pessoal fora do círculo de amigos e parentes. E mesmo que alguém quisesse publicar, o texto teria que ser editado. Anotei muitos detalhes triviais que poderiam tornar a leitura cansativa. O que pensei em fazer, talvez, é uma transcrição seletiva dos fatos mais marcantes, deixando de fora os assuntos pessoais. Depois, destruiria os originais. Ou talvez não. Vamos ver. Aos 44 anos, acho que ainda tenho algum tempo para decidir. Mas se aparecer algo interessante que possa constar no blog, colocarei aqui.
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